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* * Art. 267 CP - EPIDEMIA Pena, reclusão de 10 a 15 anos SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa. SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO: causar: propagar, difundir germes patogênicos (ex. febre amarela, difteria). TIPO SUBJETIVO: dolo de causar epidemia. AÇÃO PENAL: pública incondicionada. CONSUMAÇÃO: infecção de várias pessoas. MODALIDADE CULPOSA: Art. 267, §2º CPB. TENTATIVA: cabível. Crime DE PERIGO CONCRETO. FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): art. 267, §1º c/c art. 1º, VII da Lei 8.072/90 = pena em dobro * * Art. 269 CP - OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA Pena, detenção, de 6 meses a 2 anos e multa. SUJEITO ATIVO: crime próprio (somente o médico) SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO: deixar de denunciar: não comunicar. TIPO SUBJETIVO: dolo com vontade livre e consciente. AÇÃO PENAL: pública incondicionada (cabe suspensão condicional do processo) CONSUMAÇÃO: com a mera inação (crime de mera conduta). TENTATIVA: não é cabível- crime omissivo próprio. Doença: Portaria 2.325/03 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): Art. 285 que remete ao art. 258 do CPB * * ART. 273 – FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS Bem jurídico protegido – saúde pública. Sujeito ativo – qualquer pessoa. Sujeito passivo – sociedade. Tipo objetivo – falsificar (empregar substancia diversa), corromper (estragar), adulterar (deformar) ou alterar (modificar) produto destinados a fins terapêuticos (prevenção de doença) ou medicinais (cura de doença). Tipo subjetivo – dolo (caput e §1º) ou culpa (§2º). Classificação – crime comum; hediondo no caput e §1º; formal; doloso ou culposo; de perigo comum abstrato; é permanente, nas modalidades de “expor à venda” e “ter em depósito para vender”. Admite tentativa. * * Art. 280 CP - MEDICAMENTO EM DESACORDO COM RECEITA MÉDICA Pena, detenção de 1 a 3 anos ou multa. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO: fornecer: entregar a alguém. TIPO SUBJETIVO: dolo de entregar substância medicinal em desacordo com a prescrição médica. Culposa (§ único) AÇÃO PENAL: pública incondicionada (suspensão condicional do processo) CONSUMAÇÃO: com a entrega da substância medicinal em desacordo com a prescrição médica – crime de mera conduta. TENTATIVA: cabível Art. 39 do Código de Ética Médica: vedação do receituário ilegível FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): Art. 285 que remete ao art. 258 do CPB * * Art. 282 CP - EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA Pena: detenção de 6 meses a 2 anos. CRIME DE PERIGO PRESUMIDO SUJEITO ATIVO: qq pessoa - crime comum (1ª parte) e crime próprio (2ª parte) SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO:exercer: praticar, exercitar as profissões sem autorização legal. TIPO SUBJETIVO: dolo com vontade livre e consciente. AÇÃO PENAL: pública incondicionada (cabe suspensão condicional do processo) CONSUMAÇÃO: com a habitualidade da conduta. TENTATIVA: não é cabível. FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): Art. 282, § único = aplica-se multa também. Arts. 285 c/c art. 258 do CPB Art. 5º, XIII CF/88 * * ART. 283 - CHARLATANISMO (fraude) Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano e multa. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa, inclusive o médico (charlatão) SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO: inculcar: sugerir, apregoar ou anunciar: publicar, tipo misto de conteúdo variável, por meio secreto ou infalível. TIPO SUBJETIVO: dolo com vontade livre e consciente de fraude. AÇÃO PENAL: pública incondicionada (cabe suspensão condicional do processo) CONSUMAÇÃO: com a inculca ou anúncio. TENTATIVA: é cabível. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): Art. 285 que remete ao art. 258 do CPB * * Art. 284 CP - CURANDEIRISMO x RELIGIÃO (Art. 5º, VI CF/88) Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos e multa. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (IGNORANTE e RUDE) SUJEITO PASSIVO: a coletividade. OBJETO JURÍDICO: tutela-se a saúde pública. TIPO OBJETIVO: exercer: praticar com frequência. TIPO SUBJETIVO: dolo com vontade livre e consciente. AÇÃO PENAL: pública incondicionada (cabe suspensão condicional do processo) CONSUMAÇÃO: quando o agente reitera os comportamentos previsto no tipo. TENTATIVA: não é cabível. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. FORMA MAJORADA DO CRIME ou QUALIFICAÇÃO (para alguns): Art. 285 que remete ao art. 258 do CPB Art. 284, § único: aplica-se também a pena de multa. * * Quando a questão envolve religião há que se ter cautela, eis que pode não caracterizar o crime, tendo em vista a inviolabilidade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos curtos religiosos (art. 5º, VI, CF). Sobre este assunto assim discorre NUCCI: “O Estado nada pode fazer para impedir a prática de rituais religiosos, às vezes envolvendo a cura de males físicos através de cirurgias espirituais, porque está envolvida a crença do paciente. Enquanto não se ultrapassar o limite do disponível, funciona o consentimento da vítima para afastar qualquer ilicitude. Entretanto, se o ofendido morrer ou sofrer lesão grave, como lamentavelmente já aconteceu por conta disso, o agente da operação espiritual deve ser responsabilizado pelo que causou à vítima, tendo em vista que a vida e a integridade corporal em determinados graus são consideradas bens indisponíveis, ainda que se tenha que afastar a aplicação da inviolabilidade de crença, pois nenhum direito é absoluto.
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