288 pág.
Pré-visualização | Página 40 de 41
formato de malha regular de pontos. Neste caso, as curvas de nível são desenhadas a partir desta malha. A seqüência de trabalhos será: - definir a malha de pontos; - determinar a cota ou altitude de todos os pontos da malha; - interpolar os pontos por onde passarão as curvas de nível; - desenhar as curvas. A figura 15.21 ilustra o resultado para uma célula da malha. Figura 15.21 - Interpolação e desenho das curvas em uma célula da malha quadrada. Ponto B Cota = 86,1 m Ponto A Cota = 73,2 m 1,0 cm 3,9 cm 6,9 cm Cota = 75 m Cota = 80 m Cota = 85 m FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 264 Quando se utiliza este procedimento aparecerão casos em que o traçado das curvas de nível em uma mesma malha pode assumir diferentes configurações (ambigüidade na representação), conforme ilustra a figura 15.22. Nestes casos, cabe ao profissional que está elaborando o desenho optar pela melhor representação, bem como desprezar as conceitualmente erradas, como o caso da primeira representação na figura 15.22. Figura 15.22 - Ambigüidade na representação em uma célula da malha quadrada. Ao invés de utilizar uma malha quadrada é possível trabalhar com uma malha triangular. A partir dos pontos amostrados em campo, é desenhada uma triangulação e nesta são interpolados as curvas de nível (figura 15.23). 6 7 7 8 8 6 8 8 6 6 7 7 7 7 7 7 8 8 6 6 7 7 7 7 6 FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 265 Figura 15.23 - Malha triangular. Neste caso não existem problemas com ambigüidade. Durante a triangulação deve-se tomar o cuidado de formar os triângulos entre os pontos mais próximos e evitar triângulos com ângulos agudos. Na figura 15.24, para a segunda triangulação, os triângulos foram formados por pontos próximos, tentando-se evitar ângulos agudos. Figura 15.24 - Triangulação. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 266 15.2.3 - Exercício Dadas as curvas de nível e os pontos A, B, C e D, pede-se: Ponto X (m) Y (m) A 110 135 B 155 125 C 170 115 D 110 105 1 - O espaçamento entre as curvas de nível (eqüidistância); 2 - A cota dos pontos A, B, C e D; 3 - A distância AB; 4 - Traçar o perfil da estrada entre os pontos C e D. 140 130 120 110 100 100 110 120 130 140 160 150 180 170 765 755 760 765 770 FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 267 15.2.4 - Exercício Dados os pontos cotados, desenhar as curvas de nível. Comparar com as curvas geradas a partir de um programa para Modelagem Digital de Terrenos. Desenhar as curvas com eqüidistância de 0,5m. As cotas estão em metros. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 268 16 - BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133: Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10068: Folha de desenho - leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987. 6 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10582: Conteúdo da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro, 1988. 5 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14166: Rede de referência cadastral municipal - procedimento. Rio de Janeiro, 1998. 23p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8196, Emprego de escalas em Desenho Técnico: Procedimentos. Rio de Janeiro, 1983. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. O que é Normalização. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/normal_oque_body.htm > Acesso em: 17 nov. 2003. BARBOSA, L. G. Proposta de unificação do sistema altimétrico da Grande São Paulo. São Paulo, 1996. 107p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. BIBVIRT - Biblioteca virtual do estudante brasileiro. Aula 3 Normalização no Brasil. Disponível em: <<http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.html?principal.html&2>> Acesso em: 27 de nov. 2003. BRASIL, Ministério do Exército, Estado Maior do Exército, Manual Técnico - Serviço Geográfico. Nivelamento Geométrico. 1975. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 269 BRASIL. Ministério do Planejamento e Orçamento, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Diretoria de Geociências, Departamento de Geodésia. Especificações e normas gerais para levantamentos geodésicos, coletânea de normas vigentes. 1998. BRINKER, R. C. Surveying field notes, data collectors. In: BRINKER, R. C.; MENNICK, R. ed. The surveying handbook. 2 ed. New York: Chapman & Hall, 1995. 967p. BRINKER, R. C.; WOLF, P. R. Elementary Surveying. 6 ed. New York: Harper & Row, 1977. 568p. BURCHARD, B.; HARMAN, P. COGO A GO-GO. CADALYST, V.15, N.6, P.56-64, JUN. 1998. CAMPBEL, J. RS 232 Técnicas de interface. São Paulo: EBRAS, 1986. 158 p. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ (CEFET). Matemática, ETE´s e CEFET´s - Trigonometria. Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná: Curitiba, 1984. CINTRA, J. P. Automação da Topografia: do campo ao projeto. Tese apresentada à EPUSP para obtenção do título de livre docente junto ao Departamento de Engenharia de Transportes na área de Informações Espaciais. São Paulo, junho de 1993. 120 p. CINTRA, J. P. Topografia Notas de Aula. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes, Laboratório de Topografia e Geodésia. Disciplina de Topografia Básica PTR 285. São Paulo, 1996. CLMSYSTEMS. The men who made COGO. Disponível em: http://www.clmsystems.com/docs/Rls1/1x210.html Acesso em: 20 oct. 1998. DOUBECK, A. Topografia.Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989. DURAN V. J. L. Topografia Eletrônica, Notas de Aula, 199_. 67p. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 270 ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 9 ed. Rio de Janeiro, Globo, 1987. FAGGION, P. L. Determinação do Fator de Escala em Estações Totais e MED Utilizando Observações de Campo e Laboratório, Curitiba, 1999. 45f. Seminário Apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas da Universidade Federal do Paraná. FAGGION, P. L. Obtenção dos Elementos de Calibração e Certificação de Medidores Eletrônicos de Distância em Campo e Laboratório. Curitiba, 2001, 134f. Tese (Doutorado em Ciências Geodésicas) - Setor de Ciências da Terra, Universidade Federal do Paraná. FIALOVSZKY, L. Surveying instruments and their operational principles. New York: Elsevier, 1991. 738p. GEMAEL, C. Introdução à Geodésia Física. Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Curitiba, 1981. GEMAEL, C. Introdução à Geodésia Geométrica. Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas. Curitiba, 1987. GEMAEL, C. Introdução ao ajustamento de observações: aplicações geodésicas. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 1994. 319 p. IBGE. Web Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geografia/geodesico/altimetrica.shtm Acesso em: 02 jan.2004. INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA (INCRA). Normas técnicas para georreferenciamento de imóveis rurais. 2003. IRVINE, W. Surveying for Construction. 2 ed. Maidenhead: McGraw- Hill, 1980. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion 271 JOLY, F.