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HABILIDAD ES E TÉCNICA S CUL INÁR IA S I - PR OFE SSOR ROBSON MOTA CELSO MACHADO DOS SANTOS - 1º SEMESTRE - 2016 1 celso35@uol.com.br AROMÁTICOS E SAIS AROMÁTICOS, PREPARAÇÕES AROMÁTICAS E TIPOS DE SAIS 1. AROMÁTICOS E SAIS. Os aromáticos são insumos, ou mistura de alguns, que são utilizados nas preparações para dar sabor e aromas. Entretanto, o seu uso nunca deve ser exagerado, para não se sobrepor ao sabor do insumo principal. Alguns preparações aromáticas já são bem conhecidos na literatura especializada. Entretanto, a criatividade do chef muitas vezes faz surgir novas fórmulas. Ao longo da História, as ervas e especiarias foram reverenciadas: seu poder de transformar o sabor de uma receita tem mesmo qualquer coisa de mágico. 2. AROMÁTICOS A Pimenta do reino A pimenta do reino pode ser de três tipos: a preta, quando o grão está seco, a branca, que é a seca também, mas descascadas; e a verde, encontrada principalmente em conserva, já que se trata do grão fresco. A pimenta vermelha, na verdade é o fruto da aroeira. A pimenta do reino é uma das especiarias mais utilizadas na gastronomia. É conhecida desde a antiguidade, tendo sua origem na Ásia (KÖVESI et al, 2007). As Ervas e especiarias As ervas e as especiarias também tem o caráter de inserir sabor e odor às preparações gastronômicas, quer seja como aromático principal ou elemento de uma preparação aromática. Dentre tantas ervas e especiarias, destacam-se: - O alecrim - O anis estrelado - A mostarda - O manjericão - A baunilha - O gergelim - A cebolinha - A canela - Noz moscada - O coentro - O cominho - A páprica - A hortelã - O curry - O alho - A manjerona - A erva doce - O açafrão - O gengibre O Alecrim Erva de sabor pronunciado, possui folhas duras o que permite ser usada durante a cocção e não raro, retirada antes de servir. Combina com carnes e frango assado, em marinadas para caças. Quando desidratada, pode ser triturado juntamente com o sal ou frutas secas. HABILIDAD ES E TÉCNICA S CUL INÁR IA S I - PR OFE SSOR ROBSON MOTA CELSO MACHADO DOS SANTOS - 1º SEMESTRE - 2016 2 celso35@uol.com.br O Manjericão Muito usado na gastronomia italiana, deve sempre ser utilizada fresca e na finalização das preparações. A Cebolinha Largamente utilizada na gastronomia, juntamente com a salsa ou coentro forma o cheiro verde. As folhas devem ser usadas sempre na finalização dos pratos. A parte branca pode ser utilizada durante a cocção. O Coentro Usa-se tanto as folhas e os talos, como as sementes. Presente na gastronomia brasileira, principalmente no Norte e no Nordeste, mas também é utilizado na cozinha africana, mexicana, árabe, indiana, chinesa e tailandesa. A semente é um dos componentes do curry. A Hortelã Seu potencial está nas folhas frescas. Muito utilizada em saladas cruas e cozidas, no preparo de cordeiro. Usada também em sobremesas a base de chocolate ou frutas, em licores, chás e balas. A Manjerona Com sabor semelhante ao orégano, é usada nas preparações de peixes, nas pizzas e em molhos. O Louro Usado nas cozinhas brasileira, francesa e mediterrânea, possui sabor forte e deve ser retirado antes de servir. Usado em ensopados, feijão, arroz, sopas e como aromático de fundos. Deve ser utilizado com parcimônia. O Orégano Pode ser usado tanto fresco como desidratado, sendo o desidratado com sabor mais forte. Utilizado em pizzas, molhos de tomate, ensopados e frango grelhado. A Salsa Considerada a erva universal, possui sabor levemente picante. Utilizada na finalização de diversas preparações e seus talos como aromáticos para caldos. O Tomilho Pode ser encontrado fresco e desidratado. O fresco permite ser utilizado no inicio das preparações, resistindo bem ao calor. Como tem sabor pronunciado, deve ser usado com cautela. Utilizado em ensopados, assados, grelhados, molhos e como aromático para fundos. HABILIDAD ES E TÉCNICA S CUL INÁR IA S I - PR OFE SSOR ROBSON MOTA CELSO MACHADO DOS SANTOS - 1º SEMESTRE - 2016 3 celso35@uol.com.br 3. PREPARAÇÕES AROMÁTICAS Mirepoix Ao contrário de muitas obras, o mirepoix é na verdade uma mistura de vegetais aromáticos, não um corte. Normalmente é composto de cebola, alho poró, salsão e cenoura. A proporção é de 25% de cada ingrediente. Mas na ausência do alho poró, pode também montar o um mirepoix só com os demais. Nesse caso a cebola agrega 50%. Existe também o mirepoix branco. Isso ocorre quando a cenoura é substituída pelo alho poró, para manter a coloração clara, ao final da preparação (KÖVESI et al, 2007). Essa mistura é bastante utilizada nos fundos e em muitas outras preparações, sendo descartado após a cocção. O seu tamanho varia de acordo com o tempo de cocção. Matignon Trata-se de um mirepoix acrescido de presunto ou bacon, e opcionalmente, cogumelo. Pode ser elaborado nas seguintes proporções: - 2 partes de cenoura, - 1 parte de salsão, - 1 parte de alho poró, - 1 parte de cebola, - 1 parte de bacon ou presunto, e - 1 parte de cogumelos (KÖVESI et al, 2007). No caso do matignon, esse normalmente não é descartado ao final da cocção. Sendo assim, recomenda-se o corte padronizado. Bouquet garni O bouquet garni é um conjunto de ervas, largamente utilizado na gastronomia clássica. Entretanto, pode ocorrer variações, em decorrência dos regionalismos. Basicamente é composto de talos de salsão em bastão, talos de salsa, tomilho e louro, envoltos na folha do alho poró e amarrados por um barbante ou por uma tira do folha do alho poró (KÖVESI et al, 2007). Cebola brûlée Bastante utilizada para dar cor e sabor aos fundos e consommés. A cebola brûlée é uma cebola cortada ao meio, tendo a superfície que foi cortada, queimada na chapa ou frigideira, até ficar bem escura (KÖVESI et al, 2007). Cebola piquée Utilizada para aromatizar sopas e o molho bechamel. Trata-se de uma cebola espetada com 1 folha de louro e 3 cravos da índia (KÖVESI et al, 2007). HABILIDAD ES E TÉCNICA S CUL INÁR IA S I - PR OFE SSOR ROBSON MOTA CELSO MACHADO DOS SANTOS - 1º SEMESTRE - 2016 4 celso35@uol.com.br Sachet d’épices Utilizado como um saquinho de chá, usa-se a gaze para sua elaboração, colocando algumas ervas e especiarias, como a pimenta do reino, o louro, talos de salsão e tomilho (KÖVESI et al, 2007). Assim como no bouquet garni, pode ocorrer variações, em decorrência do regionalismo, mas também da criatividade do chef. Duxelles Além de uma preparação aromática, também pode ser um recheio. É uma mistura de cogumelos bem picados e salteados, échalote, alho poró e vinho branco (KÖVESI et al, 2007, p. 59). 4. MARINADAS Além de aromatizar as preparações gastronômicas, muitas vezes as marinadas também são utilizadas para amaciar algumas carnes. É bastante utilizada nas carnes, nos peixes, nas aves e também nos vegetais. Sua composição básica é formada por óleo, acido, que pode ser um vinho, um suco cítrico ou vinagre, e aromatizantes, que podem ser especiarias, ervas e outros vegetais. Para não desidratar as carnes, não é recomendado o uso de sal nas marinadas (KÖVESI et al, 2007). 5. SAIS Sal grosso Sal marinho em cristais bem maiores que o refinado. Bem mais barato que o outro, o refinado. É largamente utilizado na gastronomia (KÖVESI et al, 2007). Sal iodado Também chamado de sal de mesa, trata-se do sal refinado com adição de iodo. Adiçãoessa obrigada pela legislação brasileira. Pelo seu poder de se dissolver mais facilmente, é o mais utilizado no dia a dia (KÖVESI et al, 2007). Fleur de sel (Flor de sal) A Flor de sal é extraída da camada de sal que se forma na superfície da água do mar. Trata-se de um insumo aromático extremante caro, mas muito valorizado na gastronomia. Normalmente é utilizado na finalização de preparações gastronômicas, para ressaltar o sabor (KÖVESI et al, 2007). Esse sal possui várias denominações, decorrente da região onde é extraído, como por exemplo: Sal da costa oeste da Sicília; sal de Maldon, da costa do Reino Unido, sal da costa do Algaver e etc. (KÖVESI et al, 2007). Apesar de ser um sal, também é possível encontrar em fichas técnicas de sobremesas. Isso demonstra seu poder de ressaltar o sabor e não salgar o alimento. O Brasil, mas especificamente o estado do Rio Grande do Norte, já possui sua Flor de sal. HABILIDAD ES E TÉCNICA S CUL INÁR IA S I - PR OFE SSOR ROBSON MOTA CELSO MACHADO DOS SANTOS - 1º SEMESTRE - 2016 5 celso35@uol.com.br Sal negro De origem indiana, é recolhido em regiões vulcânicas. A quantidade de enxofre, mineral comum nessas áreas, resulta em uma coloração acinzentada e ao mesmo tempo rosada. Tem um forte cheiro de enxofre e é utilizado para temperar aves e peixes durante o cozimento e até ser utilizado para dar um toque final aos pratos. Tem pouco sódio e seu consumo é recomendado a hipertensos e também é utilizado em tratamentos de medicina ayurvédica. Sal rosa do Himalaia É considerado um dos sais mais antigos e mais puros do mundo. Produzido na cadeia montanhosa do Himalaia, é rico em minerais como magnésio e cobre. Sua composição tem pouca concentração de sódio, o que garante outras propriedades além do sabor salgado. Tem sabor suave e é retirado de uma grande profundidade, o que encarece seu custo. Sal havaiano De cor avermelhada, esse sal é composto pela argila Alaeca, cujo dióxido de ferro resulta na coloração forte. A quantidade de sódio é praticamente a mesma do sal comum, porém tem um sabor suave e pode ser utilizado em saladas, carnes e massa. Sal saborizado Consiste em qualquer tipo de sal que recebe ervas ou especiarias desidratados na moagem. Pode ser comprado em supermercados ou empórios, mas pode ser preparado em casa. Sal defumado Há vários tipos de sal defumado e dois métodos diferentes: assim como os embutidos, a defumação pode ser feita de maneira artesanal ou química. No artesanal, o produto passa por um processo de envelhecimento em barris de carvalho ou sobre o fogo com a aromatização de pedaços de madeira conhecidos pelos fortes aromas, como a cerejeira e o carvalho. Na produção artificial, são acrescidos a sais grossos ou refinados aromatizantes e corantes artificiais que reproduzem as características resultantes da defumação. 6. REFERÊNCIAS KÖVESI, Betty; SIFFERT, Carlos; CREMA, Carole; MARTINOLI, Gabriela. 400 g. São Paulo: Companhia Editorial Nacional, 2007. INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA. Chef profissional. São Paulo: Senac Editoras, 2009. SEBESS, Mariana. Técnicas de cozinha profissional. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2009.
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