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RESUMO - Direito do Trabalho I - 2° Bi

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CONTRATO DE TRABALHO
Natureza jurídica contratual:
Bilateralidade
Onerosidade
Comutatividade
Consensualidade
Pessoalidade
Contrato de adesão 
De execução continuada
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto à forma:
Tácito: resulta de um dado comportamento; sem solicitação expressa alguém presta serviços a outrem, sem oposição; continuidade do comportamento revela a vontade, a concordância com o pacto; presunção de benefício com o trabalho prestado gera obrigações.
Expresso: verbal decorre da oralização; troca de palavras quanto à aceitação do contrato e com obrigações recíprocas; escrito quando o ajuste é firmado por um instrumento escrito; em regra não se exige forma solene, escrita; serão obrigatoriamente escritos os contratos: de artistas, de atleta profissional, de aprendizagem, contrato temporário; de experiência (O contrato de experiência é por tempo determinado. Quando ele acabar, se transforma em contrato por tempo indeterminado, e aquele vai ser considerado como uma cláusula de experiência).
Quanto à duração
Por tempo indeterminado: Forma comum, presumível em todos os ajustes; princípio da continuidade da relação de emprego; presunção de benefícios ao trabalhador.
Por tempo determinado: Exceção; deve ser provado pelo interessado; implica restrição de alguns direitos; lei autoriza de forma restrita; partes ajustam antecipadamente o seu termo final; Definição: CLT, art. 443
 Hipóteses autorizadas e válidas (CLT, art. 443, § 2º):
 a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique predeterminação
 de prazo
 b) atividades empresariais de caráter transitório
 c) contrato de experiência
Contratos por tempo determinado: 
CLT, art. 443, § 1º contrato cuja vigência depende de termo prefixado ou da execução de serviços específicos, ou da realização de certo evento suscetível de previsão aproximada. Específicos de técnico estrangeiro; atleta profissional; artistas; aprendizagem; obra certa; safra; empregado admitido acima do quadro fixo da empresa; Prazo em geral o máximo de 2 (dois) anos; experiência 90 dias; prorrogação autorizada uma única vez; termo final: elemento cronológico, conclusão do objeto ou o advento de um acontecimento de previsão aproximada. Renovações sucessivas CLT, art. 452; novo contrato com o mesmo empregado só após seis meses do término do anterior, exceto em casos de serviços especializados ou acontecimento aproximado.
Quanto à regulamentação
Comuns: regidos pelas normas genéricas da legislação trabalhista; normas gerais em vigor; Previstos pela CF e CLT.
Especiais: submetidos a regime próprio de legislação devido a aspectos peculiares do serviço; elaboração de normas específicas; destinados a empregados de uma profissão especial, como bancários, professores, ferroviários, domésticos, avulsos, aeronautas, rurícolas 
Quanto aos sujeitos
Singulares: quando a contratação envolve um empregado em particular; regra nas contratações individuais de trabalho;
Plúrimos: quando os sujeitos ativos ou passivos podem ser vários, mas sempre determinados. Podem ocorrer:
 a) contrato de equipe - um empregador contrata vários trabalhadores que atuam em grupo
 b) um trabalhador é admitido por mais de um empregador;
 c) dois ou mais empregadores admitem uma equipe de empregados, por meio de um único vínculo de trabalho
 d) contratos de duração intermitente. 
Requisitos de Validade do Contrato de Trabalho
	Pressupostos 
Trabalho livre
Prestado por pessoa física
Não eventual
Oneroso
Subordinado
	Requisitos
Capacidade das partes
Objeto lícito
Forma (escrito ou oral) - informal
Vontade
REQUISITOS:
1) CAPACIDADE:
	No Direito Civil - Código Civil art. 1º, 3º, 4º, 5º
Capacidade plena
Incapacidade absoluta
Incapacidade relativa
	No Direito do Trabalho - CF, art. 7º, XXXIII
Capacidade plena
Incapacidade relativa
Incapacidade absoluta
No Direito do Trabalho
Menor de 16 anos – vedação
De 16 a 18 anos - autorização legal 
 restrições
 responsável legal – atuação
 direitos assegurados
Acima de 18 anos - capacidade plena
2) OBJETO LÍCITO:
Objeto do contrato prestação de fazer (utilidade e necessidade), por pessoa física, com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.
Objeto ilícito prestação de fazer repudiada pelo ordenamento jurídico (prostituição, contrabando, trafico de entorpecentes, jogos de azar).
Nulidades: Nulidade absoluta efeitos ex tunc - Nulidade relativa efeitos ex nunc. 
Princípios aplicáveis: Impossibilidade de retorno ao status quo ante, 
Vedação ao enriquecimento sem causa, 
Irretroatividade das nulidades.
3) FORMA: Pode ser escrito ou oral. O Contrato de trabalho é informal porque se baseia no princípio da realidade sobre a forma.
EFEITOS JURÍDICOS: Período pré contratual
Caso eu não observe os requisitos do contrato do trabalho eu vou ter uma nulidade relativa do contrato de trabalho, mas esse contrato pode ter efeitos ex nunc, dependendo do caso. Ex: é vedado o contrato de trabalho de menor de 16 anos, e se ele trabalhar? A jurisprudência garante todos os direitos daquele menor, mas o contrato só será nulo a partir da data da declaração e ele terá todos os seus direitos garantidos antes da declaração da nulidade. Ex: se o trabalhador labora em atividade ilícito? A jurisprudência não reconhece nenhum efeito para tanto. Caso o trabalho seja proibido (ex:contratação pela administração pública sem concurso público, estrangeiro trabalhando sem visto), nos termos da Súmula 363, não é reconhecida a relação de emprego, porém, como não é possível devolver aquele energia de trabalho e pelo princípio do não enriquecimento sem justa causa, a jurisprudência paga os salários e o FGTS.
PROVA: 
Meios de prova: para provar a existência do contrato de trabalho admite-se todos os meios de prova, sendo que, a rainha das provas é a Carteira de Trabalho – CTPS. Quando não tem assinatura na CTPS o ônus de prova que existe a relação de emprego é do empregador. Mas se o empregador não negar que o trabalho existiu, mas que não era por intermédio da relação de emprego (ex: trabalhador autônomo), o ônus de provar tal alegação é do trabalhador.
Alteração do Contrato de Trabalho
1. Princípio da imodificabilidade
CLT, art. 468 nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente.
Regra: Inalterabilidade
 Intervenção do Estado nas relações laborais
 Proteção do trabalhador contra imposições do empregador em razão do poder de direção deste
 Norma de ordem pública
 Restrição à autonomia das partes contratante
Exceções:
Admite-se alteração das condições de trabalho:
a) Por mútuo consentimento – será ilícita, em regra, quando for unilateral; convenção tácita e presunção de consentimento;
b) Que não acarrete prejuízos ao empregado – se a alteração provocar prejuízos direta ou indiretamente ao empregado será inválida; empregado não está obrigado a aceitar condição pior; indução a erro e coação patronal
Art. 7º, VI, da CF/1988 – irredutibilidade salarial 
2. Jus variandi do empregador
Conceito: Modificações unilaterais excepcionais, não substanciais, que não atinjam cláusulas essenciais do contrato e que não impliquem prejuízos significativos ao empregado
Cláusulas essenciais: função, jornada, local, salário
Jus resistentiae do empregado: direito do empregado de se opor a algumas modificações prejudiciais ou ilegais. Direito de postular em juízo a abstenção do empregador ou a rescisão indireta do contrato
3. Mudança de local – transferência
CLT, art. 469 e 470: condições de validade.CLT, art. 659, IX: medida liminar para impedir transferência abusiva.
Caracterização quando acarretar mudança de domicílio.
Legitimidade quando houver cláusula contratual escrita e necessidade do serviço; cláusula implícita pela natureza do serviço; na extinção do estabelecimento em que trabalha o empregado; empregados de confiança.
Formas: Provisória e definitiva; sucessão de transferências.
Adicional de transferência: acréscimo salarial de 25%.
Empregados intransferíveis: representação sindical ou profissional.
Interrupção do Contrato de Trabalho
Obrigações contratuais:
Principais: prestar trabalho (empregado)
 pagar salário (empregador)
Secundárias: empregado: probidade, seriedade, boa conduta, fidelidade, obediência
 Empregador: cumprir a legislação; oferecer boas condições de trabalho, higiene e segurança 
Deveres anexos de conduta respeito à personalidade e à dignidade do empregado; boa fé; proteção; solidariedade.
Interrupção:
Conceito: Paralisação temporária das obrigações de uma das partes e de alguns efeitos do contrato de trabalho; 
Efeitos: contrato permanece vigente; ausência de trabalho pelo empregado, mas com obrigação de pagar salário pelo empregador; há contagem do período como tempo de serviço; garantia de todos os direitos garantidos à categoria no retorno.
Hipóteses: CLT, art. 473 – faltas justificadas
 férias, licença paternidade, 
 afastamento por doença ou acidente até 15 dias
Situações indefinidas: licença gestante, serviço militar, greve; aborto espontâneo
Suspenção do Contrato de Trabalho
Conceito: paralisação temporária e total das obrigações de ambas as partes e dos efeitos do contato de trabalho.
Efeitos: contrato permanece vigente; ausência de trabalho pelo empregado, sem obrigação de pagar salário pelo empregador; não há contagem do período como tempo de serviço; garantia de todos os direitos atribuídos à categoria no retorno.
Hipóteses afastamento por doença ou acidente de trabalho após o 16º dia, aborto criminoso; eleição para cargo de diretor; encargo público; representação sindical no caso de afastamento; suspensão disciplinar; faltas injustificadas ou não abonadas pelo empregador; participação em curso ou programa de qualificação profissional (art. 476-A); licença não remunerada. 
Contrato individual de trabalho
Relação de Trabalho
Vida em sociedade:
Relações humanas – normas jurídicas 
 direito objetivo
 direito subjetivo (sujeito x objeto)
É uma relação humana, uma relação jurídica de direito pessoal (porque envolve uma obrigação de fazer, dar) entre dois sujeitos.
A origem desse contrato é a vida em sociedade.
O direito do trabalho possui cunho de direito pessoal, porque envolve prestações e obrigações: 
Trabalho humano ( R$
Relações jurídicas – de direito real (res)
 de direito pessoal (ação: fazer, dar)
O contrato de trabalho não é um negócio jurídico, porque não existe liberdade e igualdade. O contrato de trabalho abrange qualquer obrigação de fazer e em troca tem uma contraprestação.
Relações jurídicas de direito pessoal – prestação/obrigação
Relação jurídica de trabalho – gênero – prestação: trabalho humano; obrigação: pagamento do preço
Materialização
Contrato de trabalho 
– Autônomo: Por conta própria. Autodefinição das condições laborais: O que? Como? Quando? Quanto?Onde?
– Subordinado: Sujeição; Condução da forma de executar o trabalho.
Vínculo de emprego - empregado
Pressupostos – pessoa física
 pessoalidade
 não eventualidade
 onerosidade
 subordinação
Relação de Trabalho: 
EM SENTIDO LATO
Autônomo; Eventual; Avulso; Parasubordinado; Outras formas
EM SENTIDO ESTRITO
Contrato de trabalho – subordinado (Conceito de Subordinação: dependência, Econômica, Técnica, Hierárquica e Jurídica). 
SUBORDINAÇÃO por dependência ECONÔMICA:
O trabalhador precisa laborar e ganhar seu R$ para manutenção de sua vida;
SUBORDINAÇÃO por dependência TÉCNICA:
O trabalhador não conhece a técnica daquele trabalho e depende do ensino. As vezes o empregador pode ter dependência técnica do trabalhador;
SUBORDINAÇÃO por dependência HIERÁRQUICA:
O trabalhador está em nível subordinado. O chefe lhe da as ordens;
SUBORDINAÇÃO por dependência JURÍDICA
O contrato é fundamento da subordinação e o contrato é o limite da subordinação (isso impede o trabalho servil). O empregador que divide a força de trabalho.
Resulta de um contrato (fundamento e limites);
O trabalho é apontado como o principal fator de produção e o empregador possui os fatores de produção. A força de trabalho é inseparável da figura do trabalhador, o trabalhador se subordina ao chefe. A subordinação é uma consequência do direito do empregador.
A subordinação pode ser: a) Subjetiva: tem sujeição e dependência ou b) objetiva-estrutural: a atividade do empregado está integrada na organização da empresa, é fundamental aquele trabalho para empresa.
A CLT só tem aplicabilidade se houver subordinação, se o trabalhador for autônomo a CLT não se aplica.
Contrato e limites 
liberdade individual e dignidade da pessoa do trabalhador;
contrato não sujeita ao empregador toda a pessoa do empregado; 
limites no âmbito da execução do trabalho contratado;
Acentuação do caráter de confiança (punições);
Contrato de trabalho
“Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego (CLT, art. 442) 
“Negócio jurídico pelo qual uma pessoa física (empregado) se obriga, mediante o pagamento de uma contraprestação (salário) a prestar trabalho não eventual em proveito de outra pessoa, física ou jurídica (empregador), a quem fica juridicamente subordinado” (Délio Maranhão)
Particularidades
Sem conteúdo específico (abrange qualquer obrigação de fazer).
Objeto (constituir uma obrigação: de fazer - prestar trabalho e uma contraprestação - pagar o salário).
CARACTERÍSTICAS:
Contrato de direito privado
Limitado (a autonomia da vontade não é livre)
Intuitu personae em relação à figura do empregado (relação de confiança entre chefe e empregado)
Sinalagmático (o contrato de trabalho deve ser equilibrado. Para toda prestação há uma contraprestação. Está ligado à intervenção estatal)
Consensual (a lei não exige forma, basta o consenso manifestado verbal, escrito ou tácito).
De trato sucessivo (gera relação de crédito e débito permanente. Prestações contínuas).
Oneroso (Contraprestação pecuniária $$)
Comporta outros contratos acessórios (ex: aluguel, depósito, comodato).
COMPETÊNCIA:
A competência da justiça do trabalho está prevista no artigo 114 da CF:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;  II as ações que envolvam exercício do direito de greve;  III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;  IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;  V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;  VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I,a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;  IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (...) 
A competência da justiça do trabalho refere-se a subordinados e autônomos, o que não se estende ao autônomo os direitos trabalhistas. Essa competência da justiça do trabalho não inclui servidores públicos estatutários, mas abrange os funcionários públicos celetistas. Não abrange as relações tipicamente de consumo.
RELAÇÃO JURÍDICA DE EMPREGO
Os sujeitos
Trabalhadores subordinados regidos pela CLT:
Servidor público;
Trabalhador Rural não tem vínculo celetista e não são regidos pela CLT
Estagiários
Formulação legal do direito: a lei possui comandos gerais e abstratos e se dirige a todos.
Silogismo: quando não há dúvida para aplicar o direito, mas caso o Magistrado tenha dúvida ele interpreta com equidade. A lei pode ser interpretada pelas seguintes formas:
Sistema tradicional de interpretação: considero a norma exatamente como ela está escrita, não existem outros entendimentos. Aplico a norma de maneira estatal.
Sistema de Interpretação histórico evolutivo: dou a norma o sentido para aquele momento. É a norma adaptada para aquele tempo.
Sistema Teleológico: interpreto conforme a finalidade da norma. O interprete é bem atuante.
Sistema do Dto Livre: o interprete interpreta conforme quiser.
Sistema de Integração de Lacunas: complementa a lei com outra (pode usar a analogia ou os costumes.
Empregado
Definição legal: CLT, art. 3º
Definição doutrinária: pessoa física que presta serviços (técnicos, intelectuais ou manuais) de natureza não eventual a empregador, mediante salário e com subordinação jurídica. 
Pressupostos: pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, subordinação jurídica subjetiva (pessoal, técnica e econômica) e objetiva (integração da atividade do trabalhador na organização empresarial) 
Situações intermediárias: altos empregados/confiança, intelectuais (advogados, médicos, dentistas, engenheiros, cientistas, jornalistas, artistas, músico), atleta (árbitro de futebol, treinador), mãe social, entre familiares, cônjuges e união estável, índios, aprendizes, trabalhadores em domicílio, teletrabalho. 
A doutrina ensina que empregado é aquele que presta serviços de qualquer cunho, de natureza não eventual a empregador, mediante salário e com subordinação jurídica. Sendo que, são pressupostos para ser empregado a pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, subordinação jurídica subjetiva (pessoal, técnica e econômica) e objetiva (integração da atividade do trabalhador na organização empresarial). Existem algumas situação intermediárias, por exemplo, o diretor não é empregado quando for eleito para cumprir o mandado; profissionais intelectuais podem ser autônomos, atleta, arbitro que não tem vínculo. No que tange ao índio, ele não terá vínculo de emprego se ele não estiver integrado a civilização. O menor aprendiz é equiparado ao trabalhador, mas não é trabalhador. É possível que as pessoas da mesma família criem vinculo de emprego.
Empregador 
Definição legal: CLT, art. 2º e § único
Definição doutrinária: pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado que contrata com uma pessoa física a prestação de serviços, efetuado com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e sob subordinação (M.G.D.) 
A empresa: críticas ao conceito legal
Efeitos jurídicos: despersonalização (impessoalidade)
 assunção de riscos (alteridade)
A figura do empregador está no art. 2º da CLT, sendo essa figura como a pessoa individual ou coletiva, pública, física, jurídica ou um ente despersonalizado. A problemática é que se o empregador for pessoa física não haverá pessoalidade, ou seja, a p.j. não tem pessoalidade para com o empregador. Outro problema apontado pela doutrina é o da assunção dos riscos (alteridade), que é quando o empregador pode transferir os riscos da atividade para o empregado (art. 2, CLT). A figura do empregador pode ser: a) Um grupo econômico, art. 2º, CLT – cada empresa tem o seu CNPJ aqui, mas deve haver relação de uma empresa para com a outra do grupo econômico. Não exige-se que somente uma empresa fique no comando. Há autonomia das empresas, mas no que se refere ao dto trabalhista, há solidariedade entre as empresas do mesmo grupo econômico., portanto, o empregador que trabalha em um grupo econômico pode ter vínculo de emprego com mais de uma empresa. B) Administração pública direta: não há solidariedade entre os entes econômico, empresa pública e sociedade de economia mista não formam grupo econômico, portanto, não há solidariedade. C) Sucessão de empregadores: previsto no art 40 e 448 da CLT. Os direitos adquirido pelos empregados devem ser mantidos. D) Administração pública: mesmo sendo contratado pela CLT esses empregados devem passar por concursos públicos.
Empregadores atípicos
Empregador por equiparação-CLT,art.2º, § 1º
Partido político: pessoa jurídica de direito privado; serão empregados os contratados para trabalhar na sede do partido; excluem-se os cabos eleitorais e os que se engajam em campanhas eleitorais por razões ideológicas
Edifício de apartamentos-condomínio
Serão empregados do condomínio e não dos moradores os porteiros, zeladores, faxineiros, serventes de prédios residenciais desde que a serviço da administração; síndico eleito em asembléia pelos moradores não é empregado, mas mandatário; se contratado para essa finalidade poderá ser 
Falência e empresas em liquidação 
Na falência, extinta a sociedade, extinguem-se os contratos; se não extinta a sociedade, os contratos podem ser cumpridos pelo administrador judicial – massa falida;
Nas empresas em liquidação o liquidante tem poderes de gestão e a rescisão dos contratos fica ao arbítrio do liquidante;
Patrimônio hereditário
Herdeiros serão os empregadores até consumar-se a partilha; consumada esta, as relações de emprego prosseguem com aquele com quem permaneça o serviço do empregado;
Usufruto
Empregador é o usufrutuário e não o nu proprietário
Agentes políticos e Agentes Públicos
Agentes políticos: não há vínculo de emprego entre os titulares de cargos que compõe a estrutura da organização política do país (Presidente da República, Governadores de Estados, Prefeitos, Ministros e Secretários de pastas, Senadores, Deputados e Vereadores
Agentes públicos: são os membros do Poder Judiciário, regidos por lei especial – LOMAN – os servidores públicos são regidos pelo Direito Administrativo; não há vínculo empregatício entre membro do Poder Judiciário e Oficial de Justiça nomeado ad hoc.
Cartórios
Cartórios judiciais oficializados: servidores públicos
Cartórios notariais e de registro: atividade exercida em caráter privado por delegação do Poder Público; vínculo de emprego com o titular
Empregador aparente
Situação simulatória para esconder o real empregador (art. 9º CLT); sociedade sem registro,testas de ferro, outros 
Terceirização de serviços
Conceito: fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação juslaboralista que lhe seria correspondente.
Significado: transferir para outrem atividades consideradas secundárias, ou seja, de suporte, permanecendo a empresa com sua atividade principal. 
Objetivo: teoricamente é diminuir os custos e melhorar a qualidade do produto ou do serviço.
Efeitos econômicos: (implica plenajamento de produtividade, qualidade e custos) e jurídicos: (mão-de-obra terceirizada poderá implicar reconhecimento de vínculo empregatício com o tomados dos serviços na hipótese de fraude; ou responsabilidade subsidiária do tomador quando inadimplente a empresa prestadora).
Origem Administração Pública – descentralização interna; Decreto-Lei 200/1967 e Lei 5465/1970 (transporte, conservação, limpeza, operação de elevadores, preparo de alimentos, outros)
Iniciativa privada: descentralização, especialização, reduçãode custos, lucratividade
Regulamentação legal: País assimilou a tendência com alguns instrumentos jurídicos: Lei 6019/1974 (trabalho temporário), Lei 7102/1983 (serviços de segurança bancária), Lei 8863/1994 (estende possibilidade a estabelecimentos comerciais, industriais, residenciais e de prestações de serviços
Súmula 331 doTST
Não pode terceirizar a atividade principal da empresa. Se a empresa terceirizar a atividade fim ou as atividades essenciais, será reconhecido o vínculo de emprego. Se houve subordinação direita com o tomador (responsabilidade pode ser solidária ou subsidiária) também haverá vínculo de emprego.
A PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO
No campo do direito civil existem dois tipos de prescrição: 
a) prescrição extintiva: prescrição na qual a pessoa perde um direito e 
b) prescrição aquisitiva: prescrição na qual a pessoa ganha um direito, ex: usucapião.
           No direito do trabalho não existem nenhuma hipótese de prescrição aquisitiva, existindo somente e prescrição extintiva (porque é ela que garante a segurança jurídica).
A prescrição é matéria de direito material e está tratada no Código Civil. Por prescrição entende-se como: Perda da pretensão por não ser exercida no prazo legal (C.C. art. 189) e também pela perda do direito de exigir o cumprimento de uma obrigação por já ter escoado o prazo fixado em lei para o seu exercício. A prescrição não se confunde com a decadência, porque na prescrição eu tenha a perda do direito de ação e na decadência eu tenho a perda do direito em si.
Assim, a prescrição é conceituada como:
Instituto de direito material
Não extingue o direito subjetivo
Direito subsiste mas não pode ser exercido
Encobre a eficácia da pretensão (CC - art. 189)
Subsiste obrigação moral
Os fundamentos da prescrição são:
PUNIÇÃO À NEGLIGÊNCIA DO CREDOR
PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO OU PERDÃO
PRESUNÇÃO DE ABANDONO OU RENÚNCIA
MECANISMO DE REDUÇÃO DE DEMANDAS
INTERESSE SOCIAL
A prescrição foi prevista em 1950 que era a fase da escravidão, quando a pessoa tinha até 1 ano para reclamar até o término do contrato, depois ela podia discutir os últimos 10 anos. Em 1917 e pessoa tinha 05 anos para discutir o contrato, independentemente se der durante a vigência do contrato ou depois da extinção. Em 1943 a CLT passou a prever 02 anos de tempo da prescrição; Por fim, em 1988 a CF alterou a regra da CLT:
CF/1988 - art. 7º, XXIX
5 anos - para trabalhadores urbanos e rurais (na vigência do contrato)
2 anos – após a extinção do contrato
CLT – art. 11 e EC 28/2000
Ou seja, se eu entrar com a ação durante a vigência do contrato, eu posso discutir os últimos 5 anos.
O marco inicial de contagem é o ajuizamento da ação e o prazo começa a contar a partir da data de ciência da lesão por parte do trabalhador. Sendo que:
a)    Se a lesão for sucessiva: a cada mês eu tenho a prorrogação da lesão a prescrição é parcial;
b)    Se a lesão for decorrente de um único ato: não gera conseqüências futuras, e pessoa tem 5 anos a partir desse ato para ajuizar a ação.
Não confundir os institutos de PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PRECLUSÃO:
	Prescrição
	Decadência
	Preclusão
	Extingue a ação
Prazo inicia com violação do direito
Supõe direito nascido e efetivo que pereceu sem a ação;
Ação nasce depois do direito
Prazo definido em lei
Prazo suspende e interrompe
Admite renuncia
Invocada – direitos patrimoniais(ver CPC, 219, § 5º - Lei 11280/2006)
Atinge só ações condenatórias
JUIZ PODE DECLARAR DE OFÍCIO, EXCETO SE FOR DE DTO PATRIMONIAL. Sendo que, para a jurisprudência, quando se tratar de dtos patrimoniais a parte deve arguir.
	Extingue o próprio direito
Prazo inicia com o nascimento próprio direito
Supõe direito que embora nascido, não se efetivou
Ação nasce com o direito
Prazo na lei ou vontade
Não suspende nem interrompe
Não admite renúncia
Conhecida e declarada de ofício
DE DTO MATERIAL
	Instituto de direito processual
Fundamento: necessidade de impulsionar o processo
Perda, extinção ou consumação de uma faculdade processual
Espécies: temporal;
Lógica;
Consumativa;
pro judicato;
DE DTO MATERIAL.
Em ação declaratória não há prescrição.
O juiz possui o poder de dar despachos, decisões interlocutórias, sentenças e acórdãos, sendo que, somente na sentença e nos acórdãos incide o instituto da preclusão, pois, depois de proferida aquela sentença o Juiz não poderá modifica-la, exceto se for por embargos de declaração ou quando houve equívoco quanto aos pressupostos de admissibilidade.
Não corre a prescrição para menor de 18 anos, a justificativa é porque, rigor, ele não poderia estar trabalhando.
O FGTS prescreve em 30 anos, sendo que, empregados domésticos possuem os mesmos direitos que os demais trabalhadores. No que concerne ao DANO MORAL ele se prolonga no tempo, portanto, mesmo que ultrapasse o tempo de 05 anos, o dano moral pode ser arguido. No caso de acidente do trabalhador o dano moral inicia-se no momento em que o trabalhador teve ciência que o dano ocorreu. 
Na aposentadoria por invalidez: conta da data da concessão de aposentadoria; Se o trabalhador é afastado e volta a trabalhar: conta a partir  da alta médica. Se ele volta a trabalhar mais ainda está doente a prescrição não se inicia.

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