Buscar

RESUMO - Processo Penal I - 2° Bi

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Penal I - Prof. Rodrigo Regnier Chemim Guimarães
2° BIMESTRE
05-04-2013 - Inquérito Policial
Procedimento
Não é processo, pois não tem partes.
- sem contraditório
- sem ampla defesa
O investigado pode exercitar uma espécie de defesa no curso da investigação.
Se o contraditório e a ampla defesa forem concedidos em sua plenitude na investigação, não seria necessário levar a juízo. Tais princípios não são aplicados em tal fase, pois inviabilizaria a investigação.
Há casos em que nem se sabe quem é o autor, o que torna impossível o fornecimento do contraditório e da ampla defesa.
O advogado pode acompanhar, pode interferir, mas não estão presentes o contraditório e a ampla defesa.
Administrativo
É um órgão da administração pública, que investigará, não é um órgão jurisdicional.
Nesta fase o juiz atua como um juiz de garantias. As garantias constitucionais serão levadas em conta pelo juiz nesta fase. Toda vez que no curso da investigação for realizado determinado ato que ponha em jogo os direitos fundamentais do cidadão, antes de ser realizado o ato, é necessária autorização judicial.
Alguns dos atos administrativos são decisórios, devendo estes serem fundamentados, sob pena de nulidade. Ex: indiciamento (indicar formalmente uma determinada pessoa como suspeita da prática de um delito). Art. 6, V, CPP
Art. 6o  Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
        V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
O indiciamento não é vinculante, não significa sequer que o indivíduo será processado. O indiciado pode impetrar Mandado de Segurança se o indiciamento não estiver fundamentado.
O CPP não responde “Quando? Como? Quem? Por que indiciar?”
Preliminar
Antecede a fase judicial, para que o promotor tenha condições de aferir se vai ou não iniciar a ação. É portante, uma fase pré-criminal. Pré-processual.
Preparatório
Preparatório da "opinio delicti": formação da opinião técnico-jurídica sobre o delito pelo titular da ação, normalmente o MP, excepcionalmente a vítima.
Provisório
Com relação aos depoimentos (vítima, testemunha e denunciado), tendo em vista que as falas das pessoas colhidas no inquérito não tem a característica da definitividade probatória, isto porque não há contraditório e ampla defesa. A fala colhida no inquérito para adquirir um status técnico-jurídico de prova deve ser repetida em juízo, para que o juiz possa usar como prova.
Definitivo
Com relação aos documentos e às perícias, tais provas são irrepetíveis.
Escrito
Interpretação progressiva da regra (visa atualizar a regra).
Art. 9o  Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Sigiloso
Art. 20.  A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
- Sigilo interno
Em relação às pessoas que estão diretamente interessadas na investigação, em regra, o sigilo não existe. Há uma publicidade interna.
O sigilo interno quase não existe, acaba existindo num determinado momento.
Súmula vinculante nº 14: É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA.
Ao que está documentado no inquérito, o advogado tem acesso. Quando a diligência ainda está em curso, o advogado não tem acesso.
- Sigilo externo
Dispensável
Não é obrigatório, não é uma condição para o exercício de uma ação penal (CPI, investigação do COAF ou de qualquer órgão público podem substituir o inquérito, etc)
O inquérito é o principal meio de investigação, mas não é o único, nem o necessário.
Notícia do crime ("notitia criminis")
De cognição direta
Está ligada à atividade rotineira de investigação do próprio Estado, decorre diretamente da ação investigativa do Estado. O Estado toma contato com a notícia de outro crime em razão de outra investigação que estava em curso.
De cognição indireta
Quando alguém vai até a polícia comunicar, fazer o Boletim de Ocorrência (BO).
Chamada de "delatio criminis", esta é uma espécie de "notitia criminis".
É chamada de:
- requisição - quando vier do MP, do juiz ou do superior hierárquico do delegado;
- requerimento - nos casos de ação penal privada, quando se requer (e se autoriza) ao delegado que investigue; ex: crime de internet.
- representação - ação penal pública condicionada à vontade da vítima, a vítima autoriza a investigação por meio da representação.
De cognição coercitiva
Ocorre nas hipóteses de flagrante delito, o fato não pode ser ignorado.
15-04-2013 - Busca e apreensão
Art. 6o , CPP – Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
 I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
A busca e a apreensão deve ser o mais precisa possível, tanto com relação ao local, quanto com relação aos objetos apreendidos.
A busca e a apreensão deve ser feita durante o dia. Alguns autores dizem que dia é o horário que vai entre o nascer do sol e o pôr do sol, alguns autores adotam a leitura inversa do CC (que define noite) e outros defendem que é das 6h às 18h, este último entendimento é o que tem sido mais observado.
De acordo com o STF, é possível fazer busca e apreensão em escritório de advocacia, desde que o advogado seja o sujeito do crime. Pode também, ser coautor ou partícipe. A diligência em escritório de advocacia deve ser efetuada juntamente com um representante da OAB. 
Se o indivíduo não estiver no local, a porta deve ser arrombada, desde que um vizinho acompanhe.
Busca e apreensão pessoal, no corpo da pessoa, deve ser precedida de mandado, salvo quando há flagrante. Uma mulher deve ser revistada ou outra mulher. Há casos em que isso não é possível e se aceita o desrespeito a isso.
Reconhecimento de Pessoas e Coisas: Art. 6, VI, CPP: Tribunal acredita que não pode ferir o pincípio da não autoincriminação (não produzir provas contra si mesmo).
Acareação: Art. 6, VI, CPP: Duas pessoas divergem num ponto importante do fato e para esclarecer qual é a melhor versão, ambas falam frente a frente.
Corpo de delito é o vestígio do crime no plano físico. Tudo aquilo que represente o resultado naturalístico do crime.
Perícia oficial: 1) IML
		 2) Instituto de Criminalística
Se não houver um perito oficial, em determinada área ou em determinado local, podem ser nomeados 2 (dois) peritos – pelo juiz – que tenham preferencialmente formação na área específica.
Perícia dispensada: Há casos em quenão é preciso ou não é possível fazer perícia, caso em que a testemunha a supre ou “icto primo oculi”.
Art. 167, CPP.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
"Icto primo oculi": a primeira vista. Por vezes a prova é evidente, constatada a primeira vista, sem dificuldade, não é necessária uma perícia.
Identificação criminal: tema constitucional (Art. 5º, LVIII, CF), quem tem identidade civil não precisa ser identificado criminalmente, salvo nas hipóteses previstas em lei.
Lei 12037/09: o inciso VIII do art. 6º, CPP virou letra morta e vale esta lei (art. 3º)
Art. 3º  Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; (ex: estelionatário);
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; (nesse caso pode incluir a coleta de material biológico, conforme lei n° 12.654/2012)
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único.  As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Averiguar a vida pregressa do indiciado – Art. 6º, IX, CPP – Resquício de direito penal do autor.
Art. 7, CPP, reprodução simulada dos fatos.
RELATÓRIO – Quando o delegado entende que o inquérito está encerrado no tocante à investigação, ele elabora um relatório apenas informativo, não opinativo. O inquérito é feito para o titular da ação. Se o promotor entender que falta alguma coisa, o delegado deve continuar investigando. Somente o titular da ação pode averiguar ou oferecer denuncia por inquérito. Quem faz isso é o MP ou a vítima, não o delegado.
Prazo do inquérito – dependerá de diversos fatores:
Indiciado solto
- Regra geral: 30 days – “regra para inglês ver”, pois o prazo de fato acaba sendo o prazo prescricional do crime. (renováveis) O promotor decide quanto à renovação do prazo.
- Tráfico de drogas: 90 days.
Indiciado preso preventivamente
- Competência estadual (CPP):
Regra geral: 10 dias (prazo não cumprido caracteriza constrangimento ilegal, que ocasiona liberdade).
Tráfico de drogas: 30 dias prorrogáveis, pelo juiz, por mais 30 dias.
- Competência federal:
Regra geral: 15 dias renováveis, pelo juiz, por mais 15 dias (apenas uma vez).
Tráfico de drogas: 30 dias prorrogáveis, pelo juiz, por mais 30 dias. (mesmo do estadual)
Prisão temporária:
Duração de 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias.
Prisão temporária em crime hediondo ou equiparado: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias.
Contagem do prazo: O dia da prisão é o dia 1, independentemente do horário
26-04-2013 - RELATÓRIO:
Após o relatório do Inquérito Policial, o MP o analisa:
1° - Preenchidas as condições da ação, o MP deve oferecer denúncia.
2° - Se ao analisar o inquérito o MP perceber que não estão preenchidas as condições da ação, o MP deve devolver o Inquérito Policial à polícia requisitando diligências complementares.
3° - O MP verifica que não tem as condições da ação e que não tem mais o que fazer para obter os elementos a fim de oferecer a denuncia ou que não há crime, então deve promover o arquivamento do IP.
ARQUIVAMENTO: A polícia não pode, por si própria, arquivar o IP, pois o IP não é para ela. Mas quem deve promover o arquivamento? O MP ou o Juiz?
Art. 28 - CPP.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Pela interpretação gramatical, feita pela doutrina tradicional, o juiz tem o poder de arquivar. Pela interpretação lógica e sistemática, feita pela doutrina mais moderna, o MP tem o poder de arquivar.
A última palavra quanto ao arquivamento é do Procurador Geral, o Procurador Geral, achando que o juiz tem razão, oferece denuncia ou designa outro promotor para fazê-lo, se o Procurador Geral achar que o promotor tem razão, ele mantém o arquivamento. O juiz é obrigado a atacar a decisão do Procurador Geral, de modo que o arquivamento é de poder do MP, vez que é quem fará a análise de sua procedência.
Além disso, o arquivamento não é peremptório, definitivo. Mas sim o prazo prescricional do crime. Conforme CPP:
Art. 18 - CPP.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Art. 129, I, CF - o titular da ação penal é o MP, o que reforça o fato de que é este que tem o poder de arquivar o IP.
AÇÃO PENAL
Actio - Teoria civilista ou imamentista da ação – Savigny.
Savigny defendia a "actio" dos romanos era o direito material em movimento.
Windscheidt critica Savigny. A ação equivale ao que os alemães no séx IX entendiam por pretenção.
29-04-2013 – CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS (quanto à legitimidade ativa).
1. Ação Penal Pública Incondicionada
2. Ação Penal Pública Condicionada
A regra da representação ou vai estar no próprio artigo ou no final de uma seção. A representação é qualquer ato que expresse a vontade da vítima de prosseguir com a ação penal, não é necessário formalismo. 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
O prazo decadencial para representação é de 6 meses contados a partir da ciência por parte da vítima a respeito da autoria do delito, não se inicia necessariamente na data do fato.
A vítima pode mudar de ideia e retratar-se da representação, sendo o prazo até o momento imediatamente anterior ao oferecimento da denúncia, este ocorre quando o promotor protocoliza a denúncia. Após este momento, não pode mais a vítima retratar-se.
O entendimento dominante é de que a vítima pode se retratar e representar novamente quantas vezes quiser dentro do prazo de 6 meses. Depois de 6 meses só é possível se retratar e desde que seja feita antes do oferecimento da denúncia.
Exceção: Nos casos de violência doméstica, Lei Maria da Penha, a retratação deve ser feita na frente do juiz, para que o juiz explique para a vítima a proteção do Estado. Nesse caso, a retratação pode se dar até o recebimento da denúncia. Ou seja, o MP já protocolou mas o juiz ainda não decidiu se recebe ou não a denúncia.
3. Ação Penal Exclusivamente Privada
Os legitimados são: A vítima ou o representante legal:
Art. 31.  No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão
Prossegue-se mediante queixa (queixa-crime). A lei decidirá quando é cabível, hoje há poucas leis exclusivamente privadas. Strptus fori: escandalo do processo.
O exercício da ação deve ocorrer em 6 meses contados a partir da ciência da autoria, sob penade decadência e extinção da punibilidade.
A queixa deve, necessariamente, ser feita por advogado e a procuração deve ser com poderes específicos para o caso.
Se a vítima assinar a petição inicial, junto com o advogado, chancelando o texto, admite-se a procuração genérica, para evitar que a vítima se valha da imunidade do advogado para imputar falsamente um crime a terceiro. Se for mentira, haverá denunciação caluniosa.
4. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
É a forma de ação que veio no lugar da Pública. Nesses casos a legitimidade é do MP, porém, devido a sua inércia a vítima pode ingressar com a ação.
Prazo para oferecimento da denúncia após o relatório do Inquérito Policial.
Prazo para indiciado preso: 5 dias
Prazo para indiciado solto: 15 dias
O prazo é impróprio. O prazo de verdade é o prazo prescricional.
No 16º dia, a vítima pode oferecer uma ação penal pública subsidiária, é um controle externo da vítima. Pois é o caso de inércia do MP. Em caso de arquivamento ou diligências, não cabe ação penal privada subsidiária, tão somente na absoluta inércia do MP.
O pedido de novas diligências ou o pedido de arquivamento não enseja ação pública privada subsidiária da pública, pois não houve inércia do promotor.
5. Ação Penal Personalíssima
Legitimidade apenas da vítima. O único caso que existe é o Art. 236, CP: 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Condições da Ação
1. Possibilidade jurídica do pedido
No processo civil, só não se tem possibilidade jurídica do pedido quando a lei vedar.
No processo penal, só se pode ingressar com uma ação penal quando o comportamento, pelo menos na aparência, amoldar-se a um tipo penal. Só se pode agir quando estiver previsto na lei.
Utiliza-se a expressões: Tipicidade aparente e Criminosidade aparente – A lei determina o que pode. Não há pedido.
2. Interesse de agir - Punibilidade concreta.
3. Legitimidade das partes - Restrita
A doutrina mais tradicional importa a terminologia do processo civil (possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade da parte), mas tem dificuldades para incorporar o próprio conceito.
4. Justa causa
Afrânio Silva Jardim: justa causa é uma necessidade de verificação de um lastro probatório mínimo que dê suporte ao fato narrado na denúncia ou na queixa. 
03-05-2013 - Condições genéricas da ação
Condições específicas da ação de procedibilidade
Representação
Requisição do Ministro da Justiça
Art. 236, parágrafo único, CP:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Art. 7º, §2º, CP:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Pressupostos de validade da denúncia ou da queixa
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
A denúncia sem rol de testemunhas não é inepta, o rol de testemunhas não chega a ser um pressuposto de validade. 
Ainda que o promotor erre a tipificação legal, a denúncia continua sendo válida. Se faltar a tipificação jurídica, a denúncia também não é inepta, no máximo o juiz determinará que o promotor o faça.
A qualificação do acusado não é imprescindível, desde que hajam outras informações que permitam identificar o sujeito.
Qualificação do acusado ou esclarecimentos
Exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias
Quando? (Prescrição) Onde? (Competência) Quem? Fez o que? De que forma? Por quê? Contra quem?
É fundamental ter um balizador temporal (quando).
Se o local onde for cometido o delito for ignorado por completo, primeiro é o endereço do réu que determina a competência e se o réu não possui residência, a competência é a do primeiro juiz que tomar conhecimento.
Tipo objetivo e subjetivo: Fez o que? De que forma? Por quê?
É recomendável que seja usado o verbo do tipo para descrever a conduta, algum sinônimo pode, inclusive, gerar a inépcia da denúncia.
Art. 70.  A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1o  Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o  Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o  Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
10-05-2013 - Tribunal do Juri
O tribunal do Juri é bifásico:
1ª fase) formação da culpa:
MP oferecendo a denúncia – juiz decide receber a denúncia -> citação – resposta – absolvição sumária.
Caso não seja absolvido: -> Audiência de Instrução e Julgamento (vítima, testemunhas, interrogatório do réu, alegações finais orais) 
-> Após audiências: possibilidade decisórias do juiz:
Pronunciar: é uma decisão de adminissibilidade. O juiz aceitou a acusação e vai a juri.
Impronunciar: é o inverso. Há falta de provas para ir ao juri e também para absorver. Então rejeita-se a denúncia.
Absolver sumariamente: não menor dúvida de que não foi ele ou há excludente de ilicitude. Tem que ter absoluta certeza, ou seja, não há qualquer prova em contrário ou que coloque em dúvida.
Desclassificar: É quando o juiz não submete a juri porque não é um crime doloso contra a vida, tornando o juizo incompetente. O juiz encaminha, então, para o outro juiz competente.
Em caso de PRONÚNCIA, haverá a 2ª fase)
Pronúncia – petição promotor – defesa (nessa fase é possível apresentar novas provas e arrolar as testemunhas – até 5 testemunhas por fato) – Sorteio dos jurados* - Int. – Sessão de Julgamento em Plenário.
* O tribunal do Juri é composto de 25 jurados e um juiz presidente, dos quais serão sorteados 6 para compor o conselho de sentença.
Fase de Preparação
1° Conferência (chama dos 25 jurados. Tem que estar presente no mínimo 15 jurados. Os que faltaram serão multados. Sorteia-se 7 que comporão o conselho de sentença. Cada parte pode recusar até 3 jurados imotivadamente. 3 para desefa e 3 para acusação).
2° Juramento dos Jurados – investidura de poderes.
3° Testemunhas- inquirição
4° Interrogatório do réu.
5° Requerimento de leitura de peças pelo escrivão.
Fase de Debates
6° Promotor tem 1h30 para falar. Defesa tem 1h30 para falar. Se for mais de 1 (um) réu, adiciona-se mais uma hora.
Réplica Promotor tem 1h. Tréplica a defesa tem 1h. Em caso de mais de 1 (um) réu, acrescenta mais uma hora.
7° Leitura pelo juiz dos quesitos a serem julgados.
8° Sala Secreta: Adv., Juiz, Promotor, Escrivão, Oficial de Justiça + Jurados.
QUESITOS Art. 483, CPP
Art. 483.  Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
        I – a materialidade do fato; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        II – a autoria ou participação; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        III – se o acusado deve ser absolvido; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 1o  A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 2o  Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        O jurado absolve o acusado?
        § 3o  Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 4o  Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 5o  Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 6o  Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – Materialidade: SIM - desmembra outra questão: Essas lesões causaram a morte? Sim: Absolvido. Não: Continua.
II – Autoria ou participação: NÃO: absolve.
III – O jurado absolve o acusado? SIM: Absolve. NÃO: continua com mais questões.
Tese de desclassificação pela defesa: ex: dizer que foi culposo. 
Quando a defesa utilizar de tese de desclassificação, haverpa pequenas alterações quantos aos quesitos:
I – Materialidade.
II – Autoria ou participação.
II’ – Questão em caso de desclassificação. Ex: Houve dolo de matar?
III – O jurado absolve o acusado? 
III’ – Questão em caso de desclassificação. Ex: O excesso foi culposo?
Porém, em caso de tese de desclassificação, ocorre que haverá o momento correto para a questão “a mais”.
Desclassificação Própria
Não diz que crime é, muda a competência. Se a tese principal da defesa for a desclassificação a pergunta virá após a segunda (II’), pois em caso negativo não tem o juri competência para julgar. Juiz togado, em caso de incompetência, remete para juizo competênte.
Desclassificação Imprópria
A pergunta será após o 3 quesito, qando a tese de defesa não é de desclassificação, mas de absolvição e a desclassificação seja uma tese secundária. Nesse cso haverá uma definição do crime, porque a pergunta utilizará do crime imputado na tese. Não há deslocamento de competência. Ex: O excesso foi culposo? Se sim, já se tem um crime definido. Nesse caso, o jurado desclassifica, diz que crime é e não muda a competência.
13-05-2013 - COMPETÊNCIA
Art. 75 - CPP.  A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente.
        Parágrafo único.  A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.
Art. 76 - CPP.  A competência será determinada pela conexão:
        I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
        II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
        III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
Art. 75, CPP - competência será por distribuição.
Art. 76, CPP: Conexão
Inciso I: as três características falam em "várias pessoas"
Conexão intersubjetiva - nome dado às três características - conexão entre sujeitos
Por simultaneidade
- Duas ou mais infrações
- Praticadas ao mesmo tempo
- Por várias pessoas reunidas
A reunião pode ser ocasional, não precisa ser organizada, não é necessário um liame subjetivo.
Por concurso
- Duas ou mais infrações
- Por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar
Nesse caso, há um liame subjetivo. Ex: praticam um roubo para distrair a atenção da polícia, enquanto sequestram.
Por reciprocidade
- Duas ou mais infrações 
- Por várias pessoas
- Umas contra as outras
Inciso II: conexão objetiva
Art. 76, II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
ex: homicídio e ocultação de cadável (mesmo processo).
Inciso III: conexão probatória (instrumental)
Quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova da existência de outra infração.
Ex: furto e receptação – A receptação demonstra a origem ilícita da coisa.
Ex: lavagem de dinheiro – O crime de lavagem só existe se o dinheiro ao qual quer se dar aparência lícita vem de atividade ilícita.
Art. 76, CPP: Continência
Art. 77 - CPP.  A competência será determinada pela continência quando:
        I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
        II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
Por cumulação Subjetiva
- Duas ou mais pessoas
- Em uma mesma infração
	Ex: coautoria
Por concurso
- Duas ou mais infrações
- Em uma mesma conduta.
Ex: concurso formal de crimes.
Regra de “forum attractiones” (atração de foro).
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263,de 23.2.1948)
        c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
        IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Inciso I) Juri x Justiça Comum: A competência é sempre do Juri.
Inciso II) Concurso na mesma categoria. Regra de Conexão.
Lugar da ingração da pena mais grave. 
ex: furto na comarca A e roubo na comarca B. A comarca B julgará os dois delitos, pois roubo é mais grave que furto.
Prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as penas forem de igual gravidade.
ex: Dois furtos na comarca A e um furto na comarca B. A comarca A será competente para julgar todos os delitos.
Competência pela prevenção
	COMPETÊNCIA FUNCIONAL (“Racione personal”) – ou prerrogativa de função, ou foro privilegiado.
(Matéria totalmente constitucional. Tanto constituição federal, quanto estadual.)
Ex: art. 29, X (comp. privat. TJ – prefeito), 96 (comp. privativa TJ – juizes e promotores), 102 e 105 (comp. originária STJ), CF.
Ex²: Constituição do Paraná – Dep. Estaduais e secretários de estádo, vice-governador do estado – TJ. Vereadores e delegados no PR, não tem prerrogativas de foro: Justiça Comum.
Inciso III) Concurso de jurisfição de diversas categorias predominará a de maior graduação:
Ex.a) prefeito desviando verba pública para si. Funcionário em coautoria. Prefeito pela regra geral responde em 2° grau e o funcionário em 1° grau. Nesse caso, atrai-se para 2° grau (ambos).
Ex.b) Mensação: Marcos Valério, empresário, seria 1° grau. Mas houve coautoria, por isso STF.
Ex.c) Prefeito mata dolosamente. Juri ou TJ? Juri, caráter geral. TJ, caráter especial. Ambas as regras são constitucionais, mas a regra especial prevalece. Por isso o prefeito será julgado pelo TJ do estado e não irá para Juri.
Ex.d) Carli Filho? Era dep. Estadual. Foi para juri porque renunciou ao mandato, cessou a prerrogrativa.
SÚMULA Nº 721
 
A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI PREVALECE SOBRE O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDO EXCLUSIVAMENTE PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
Não se aplica essa súmula, porque a constituição federal em seu art. 27, parágrafo 1° dá aos Deputados estaduais simetria de tratamento: a CF dá imunidade. Perdendo eficácia a súmula 721, STF. Sendo aplicada apenas para secretário de estado e vice-governador.
Ex.e) Prefeito do Paraná mata alguém no Rio Grande do Norte. Competência do TJ/PR.
Ex.f) Prefeiro do Paraná + funcionário em Natal, matam alguém (dolosamente). Nesse caso , não haverá atração. Porque a atração é infraconstituicional e o juri é constitucional. Prefeito: TJ/PR e o Funcionário: Juri.
Ex.g) Prefeito do PR vai a Brasília encontrar o ministro. Mata o chefe de gabinete ( que exercia sua função publica). Há interesse da União. JF ou TJ/PR? JF. Logo deverá ser TRF4 em Porto Alegre/RS (pq ele é prefeito do PR).
Ex.h) Promotor e Juiz (ambos TJ): Praticam o crime de descaminho na fronteira em Guaíra. Há interesse da União. Competência absoluta do TJ do Estado. Se o crime fosse praticado por procurador federal e juiz federal: Competência absoluta do TRF. Ou seja. Sempre Proc. Fed e Juiz Fed – TRF e Promotor e Juiz Est. – TJ.
17-05-2013
A Justiça Especial tem preferência sobre a Justiça Comum.
Art. 79, CPP
I: tendo em vista as justiças especiais são Justiça do Trabalho, Justiça Militar e Justiça Eleitoral, que a Justiça do Trabalho não julga crimes e que crimes conexos de Justiça Comum e Justiça Militar não podem ser julgados no mesmo processo. Só é possível julgar conjuntamente crimes conexos da Justiça Comum e da Justiça Eleitoral, que devam ser julgados nesta.
Doença mental superveniente suspende o processo. Se são dois réus e só um deles é acometido de doença mental após o crime, o processo deve ser separado. 
Art. 80
 Art. 80.  Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
Art. 81
Art. 81.  Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais processos.
Parágrafo único.   Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.
Em caso de desclassificação própria, o crime conexo muda de competência junto com o que foi desclassificado.
Em caso de dois crimes conexos, prevalece a competência do crime que tem a maior pena.
Art. 82
Art. 82.  Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
Se dois crimes conexos eram para ser julgados no mesmo processo, todavia estão sendo julgados em processos diferentes, o juiz competente deve avocar o processo que corre em outro juízo, salvo se já houver sentença definitiva, neste caso é feito um recálculo da pena, unificação das penas, para fins de execução.
Art. 84 - 91, CPP
Art. 109, CF
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Crimes políticos: crimes da Lei de Segurança Nacional
Interesses da União: União como vítima ou como autora
Principais autarquias federais: todas as agencias nacionais reguladoras (ANTT, ANTAC, ANA, ANVISA, ANCINE, etc), todas as entidades que regulamentam atividade profissional (CRM, OAB, etc), institutos nacionais (INSS, INPI, etc), Colégio Pedro II
Empresas públicas federais: Correios, Embrapa, Caixa Econômica Federal
Em sociedade de economia mista, ainda que a União seja detentora da maior parte do capital, a competência é da Justiça Estadual (Banco do Brasil, Petrobrás).
Quando o crime é cometido na franquia do Correio, a vítima é franqueada, se o prejuízo for dos Correios é crime federal, se for do franqueado é crime estadual.
21-05-2013 – Incidênte de deslocamento de competência para a Justiça Federal 
(essa foi uma das aulas em que o Chemin estava com preguiça de dar aula e só ficou lendo a letra da lei)
109, parágrafo 5°, CF
VI – Crime contra a organização do trabalho e contra o sistema financeiro.
VII – Habbeas Corpus
IX – 	Navios e aeronaves: Justiça Federal. Ainda que aeronave em solo.
EMBARCAÇÕES: CPP
XI – Indígenas – direitos indígenas.
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA
STF
555
603
704 (caso do Marcos Valério)
721
SJT
6 *causuística – homicídio doloso de militar-civil –> justiça comum. 
		- homicídio doloso de militar-militar -> justiça militar
42
47 (justiça militar – salvo homicidio doloso)
48 (estelionato)
53
59
62
73 (estelionato – moeda falsa: federal; falsificação grosseira: estadual)
75 (facilitação de fuga de preso por militar: estadual)
78
90 (militar + comum)
104 (estadual)
107 (estadual)
122 (Federal: crimes conexos)
140 (estadual)
147 (Federal)
151
165 (federal)
172 (Justiça Comum) -> Militar que abusa a autoridade (comp. comum estadual) e lesão corporal (justiça militar)
192 (federal)
200 – passaporte falso
206 Lei estadual não pode conflitar com o CPP
208 e 209 – Prefeito municipal 
a) desvio de verba sujeita a prestação de contar
b) desvio de verba transf. e incorporada ao patrimônio (presta-se contas ao estado e não à União).
Ainda que seja $ da União, depende de p/ que deverá prestar contas.
224
235 (conexão)
244 (estelionato: cheque sem fundo).
1°) Quem praticou tem prerrogativa de Foro?
2°) Tem interesse da União? Especial (militar, eleitoral)? Federal ou Estadual?
3°) Território (local do delito)?
4°) Há conflito de competência territorial?
5°) Mais de um crime? Conexão?
PROCESSO PENAL
- Teoria do Contrato: entedia o processo como equivalente a um contrato;
- Teoria do QUASE contrato: parece-se com um contrato. Mas não é um contrato;
- OSKAR VON BULOW: Teoria da Relação Jurídica: fórmula de Bulgaro: glosador que construiu a ideia de que o processo é uma “iudicium est actum trium personarium: iudicis, acturis te rei” (processo é um aqui que envolve 3 personagens: juiz, autor e réu).
A partir disso, Bülow diz que processo é uma relação jurídica que se desenvolve entre esses 3 personagens. 
Relação Jurídica:- pública
			- abstrata
			- unitária
			- complexa.
Principal teoria utilizada pelos doutrinadores.
GOLOSCHMIT: “Melhor” segundo o Chemin.
Teoria da situação jurídica. Não como processo unitário, estático. Mas várias situações jurídicas. É um suceder de situações.
MP oferece denuncia – Juiz avalia (situação 1)
Juiz Recebe – Citação (Situação 2)
Citação – Defesa Tecnica (Situação 3).
No processo penal o que importa para que o processo exista: autor peticionando perante um juiz com jurisdição e a potencial existência de um réu.
Pressupostos de existência: AUTOR, JUIZ e RÉU.
Suspensão do Processo
Se o crime prescreve em 4 anos, fica suspenso por 4 anos. Após 4 anos, continua o prazo para prescrição (4 anos - (menos) 3 meses que foi o tempo do recebimento da denúncia até a suspensão); Ou seja, o prazo de suspensão é o prazo da prescrição.
Art 89, lei 9.099/95: “Sursis” processual
Quando o crime for de pena cominada de até 1 ano:
medida despenalizadora
o réu não é obrigado a aceitar
suspensão condcional do processo.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
        § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
        I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
        II - proibição de freqüentar determinados lugares;
        III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
        IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
        § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
        § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
        § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
        § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
        § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
        § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
Outras hipóteses de suspensão:
Homogênea: É o próprio juiz da causa que resolve a questão (hpa doutrinadores que dizem que é de mesma matéria); Incidente de falsidade documental: enquanto se discute sua veracidade irá ser discutido se é verdadeiro ou falso.
Heterogênea: Depende da decisão de outro juiz ou de outra esfera judicial. Ex: suspende ate´que se resolva a questão no civil. Ex²: crime de bigamia. Ação anulatória de casamento no civil, o juiz penal irá suspender o curso até que se saiba se é nulo ou não. Pois assim, não poderá dar prosseguimento ao penal.
PROCESSO ≠ AUTOR ≠ PROCEDIMENTO (RITO)
PROCEDIMENTOS
Art. 394, CPP
 Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluídopela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Comuns: Ordinário – pena máx ≥ 4 anos.
		Sumário – pena máx < 4 anos.
	Sumaríssimo – infrações penais de menor potencial ofensivo (pena máx ≤ 2 anos).
Rito Comum:
 ✦ MP OFECE DENÚNCIA –  ✦ JUIZ DECIDE RECEBER –  ✦ CITAÇÃO –  ✦ RESPOSTA –  ✦ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA –  ✦ AIJ (vitima, testm. MP (8), testm. Def (8), interr. Réu, requerm. dilig, complemen., alegações finais Mp e Def. (20 min+10 min), SENTENÇA.
Sumário: Prazo instrução: 30 days;
Alegações só orais
5 testemunhas por fato.
Ordinário: Prazo para encerramento da instrução 60 days
Podem requerer alegações finais apresentadas por memoriais escritos
5 testemunhas por fato.
Sumaríssimo: No momento que não aceita a transação é oferecida denúncia oralmente. Diferença é fase pré-processual. Composição divel dos danos.
3 testemunhas por fato imputador para defesa e para acusação.
RITO SUMARÍSSIMO:
Audiência Prévia (Tentativa de Transação – recusa – MP of. Den. Oral) – Audiência de I.J. (defesa técnica + ouvir test/reu/dilig/aleg/sentença – juiz recebe) 
Transação Penal -> Lei 9.099/95 – Art. 76
Exclusão do processo por medidas alternativas.
-proposta de não discurtir o caso. Não gera incidente nem penal, nem civil. Medida d despenalização.
- fim de impedir que ocorra mais de 1vez em 5 anos. Logo se já recebeu uma vez não pode receber novamente dentro 5 anos.
27-05-2013 - Teoria geral da prova
Prova é ?
Prova é tudo aquilo que o juiz possa valorar na sentença.
Momento da prova
1º Requerimento: Não é obrigatório – a partir do requerimento a prova deixa de ser de quem a requereu e passa a ser do processo. 
2º Admissibilidade
3º Produção
4º Valoração: A valoração da prova pelas partes ocorre nas alegações finais e pelo juiz na sentença.
Princípio da comunhão ou comunicação da prova: Se foi arrolada e foi aceita, significa que vai ser produzida. E se o promotor desistir da ouvida? Só deixará de ser ouvida se a parte contrária também desistir, aplicando-se o princípio. (há quem entende que esse p. não existe).
Fatos que independem de prova
1. Fatos intuitivos ou axiomáticos
Obvios/evidente
2. Fatos notórios
Fato notório num determinado tempo, espaço e população.
Depende o grau da notoriedade para se verificar se precisa ou não de prova.
 Ex: maioria consegue perceber o que está acontecendo. Sala de aula, quem está na sala sabe a matéria, quem está fora não é notório saber.
3. Presunções legais
Constituição e leis federais dispensam de prova. Presume-se que o juiz conheça a CF e todas as leis federais. Leis estaduais, municipais, decretos, regulamentos e legislação alienígena dependem de prova. Deve ser juntada uma cópia da lei.
Mas o resto não é presumido, precisa de prova. Quando a lei presumi algo. Ex: 18 anos – imputabilidade. A imputabilidade é presumida. A inimputabilidade não é presumida.
4. Fatos inúteis
Fatos que não possuem relevância alguma para o caso.
Hoje, as testemunhas beatificadoras ou abonatórias de conduta ainda são aceitas, por conta do art. 59, CP (personalidade, conduta social do réu). Embora se defenda que o juiz não pode valorar tais critérios, ainda se admite tal valoração.
Prova ilícita
- Prova ilícita "stricto sensu" - prova obtida por meio de violação de regra de direito material, comete-se um crime para se chegar a uma prova. Ex: tortura, violação de domicílio, interceptação ilegal.
- Prova ilegítima - viola-se uma regra de direito processual penal. Ex: juri para que se possa usar um doc. probatório deve ter sido juntado com no mín. 3 dias de antecedência.
Há três vertentes para interprestar a prova ilícita:
Teoria da Admissibilidade da prova ilícita
- Uma defende que sempre deve ser aceita, ainda que ilícita. Puna-se o autor do crime, mas aproveite-se a prova.
Teoria da inadmissibilidade da prova ilícita:
- Nunca deve ser aceita a prova ilícita. Quando se aceita uma prova ilícita, aceita-se o abuso do Estado, o que não pode;
Teoria da Proporcionalidade
- Como regra não se aceita a prova ilícita, mas dependendo o valor dos bens jurídicos e jogo, atendendo-se à regra da proporcionalidade, deve-se aceitar. Se o bem jurídico violado para obtenção da prova for menos importante que o bem jurídico a ser protegido, aceita-se a prova ilícita. Quando os bens jurídicos tiverem o mesmo valor ou houver dúvida quanto a isso, a prova não pode ser usada. 
Se o bem jurídico para chegar na prova for menos importante, aceita-se.
Ex: vítima coluiada ao juiz. Réu não consegue provar – coloca uma escuta, pega conversa do juiz com a vítima. 
Teoria dos frutos da árvore envenenada/ Teoria da prova ilícita por derivação/ "Fruits of the poisonous tree doctrine"
Quando se tem uma prova ilícita originária, tudo o que se adquire a partir dela não pode ser usado.
Teoria produzida na suprema corte americana.
 
Teoria da fonte independente – Se no caso concreto ocorreu uma derivação de prova ilícita, mas haveria outra fonte que chegaria àquelas provas. Aproveita as derivadas.
Teoria da descoberta inevitável - ex: confissão mediante tortura do local do corpo: no apartamento. Mais cedo ou mais tarde descobririam o corpo lá, ainda que não tivessem torturado.
Teoria da atenuação do nexo causal 
Teoria da boa-fé - todas as teorias querem impedir que o Estado abuse. Então, sempre que houver boa-fé do Estado é aceitável a prova.
No Brasil, encorporou em 2008 art 157, CPP (antes art. 5, LVI, CF).
03-06-2013
O interrogatório é primordialmente um meio de defesa, mas pode servir, secundariamente, de prova nas ocasiões em que o réu decide dar uma versão.
Prova é tudo aquilo que o juiz pode valorar na sentença.
O silêncio do réu não pode ser valorado, mas a fala pode.
Art. 187, CPP
Tolera-se a mentira do réu, mas tem limite.
Se o réu aponta outrem como autor do delito, sabendo que não era, comete denunciação caluniosa.
Se o réu alega que confessou o crime pois foi torturado na delegacia, enquanto não foi, isso também é vedado.
Art. 185, parágrafo §2º, CPP
Interrogatório por vídeo-conferência
Resolução 105 do CNJ
Art. 207, CPP

Outros materiais