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Profa. Heloisa Matos Profa. Jussiely Oliveira Prof. João Paulo Bezerra NEUROANATOMIA COMPONENTES DO TECIDO NERVOSO Neurônios - Receber, processar e enviar informações (NÃO SE DIVIDEM) Células Gliais ou Neuróglia – Sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa (CONSERVAM A CAPACIDADE DE MITOSE) NEURÔNIOS - Células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células - Utilizam basicamente a linguagem elétrica (Modificações no potencial de membrana) - 3 regiões responsáveis por funções especializadas (Corpo celular, dendritos e axônio) Classificação dos neurônios quanto a sua morfologia A. Neurônio multipolar Apresenta vários dendritos e um axônio (ex: maioria dos neurônios). B. Neurônio bipolar Apresenta um dendrito e um axônio (ex: neurônios da retina). C. Neurônio pseudounipolar Apresenta próximo ao corpo celular um prolongamento único, mas que se divide em dois, onde um ramo vai para a periferia e o outro para o SNC (ex: neurônios sensitivos). Classificação dos neurônios quanto à função: Neurônio aferente ou sensitivo: Neurônio que leva informações do meio externo e meio interno para o sistema nervoso central; Seu corpo celular situa-se no gânglio sensitivo; Possui receptores na extremidade periférica (mecanoceptores, termoceptores, nociceptores, receptores musculares, receptores articulares e visceroceptores). Classificação dos neurônios quanto à função: Neurônio eferente ou motor: Neurônio que leva informações do sistema nervoso central para uma célula efetuadora (célula muscular ou glândula); Encéfalo: Possuem seu corpo celular na substância cinzenta ou nos núcleos dos nervos cranianos. Medula: Possuem seu corpo celular na coluna anterior da substância cinzenta. Classificação dos neurônios quanto à função: Neurônio de associação ou interneurônio: Constitui a maior parte dos neurônios existentes no sistema nervoso central; Neurônios que relacionam neurônios aferentes e eferentes; Os neurônios de associação situados no encéfalo estão relacionados com as funções psíquicas. Células Gliais ou Neuróglia Sistema Nervoso Central Astrócitos: Participam do citoesqueleto do SNC, controlam a passagem de substâncias do sangue para o encéfalo e auxiliam em processos de cicatrização. Oligodendrócitos: Formam a bainha de mielina; Microglia: Removem restos celulares e corpos estranhos do sistema nervoso. Células ependimárias: Revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula e auxiliam na produção do líquor. Células Gliais ou Neuróglia Sistema Nervoso Periférico Células satélite: Formam a bainha de mielina. Células de Schwann: Formam a bainha de mielina. Neuróglia Localização e organização dos neurônios Corpos celulares SNC: Encéfalo (Substância cinzenta ou em núcleos dos nervos cranianos) e na Medula (Substância cinzenta) SNP: Gânglio espinhal Axônios SNC: Tratos ou fascículos SNP: Nervos cranianos e espinhais Fibras Nervosas e Nervo Fibra nervosa = um axônio Nervo = Conjunto de axônios Classificação das fibras nervosas e dos nervos: →Mielínica: Quando a fibra está envolvida pela bainha de mielina. →Amielínica: Quando a fibra não está envolvida pela bainha de mielina. Substância branca: Área do SNC formada por fibras nervosas mielínicas e neuróglia. Substância cinzenta: Área do SNC formada por corpos de neurônios, fibras amielínicas e neuróglia. Nervos Podem ser espinhais ou cranianos; Conduzem o impulso nervoso do SNC para o SNP e vice-versa; Podem conter fibras sensitivas, motoras ou ambas; Formado pelo epineuro (rica em vasos), perineuro (envolve os fascículos) e endoneuro (envolve cada fibra). Sinápse Sinápse – Local de comunicação entre dois neurônios. Transmissão sináptica – Passagem da informação (impulso nervoso) através da sinápse. Sinápse Química Sinápse Elétrica ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TELENCÉFALO TELENCÉFALO 1 • O telencéfalo compreende dois hemisférios cerebrais que são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro (1). A ligação entre os hemisférios cerebrais é dada pelo corpo caloso (2). 2 TELENCÉFALO • Na superfície do telencéfalo, existem os sulcos (3) que delimitam os giros cerebrais (4). • Padrão de sulcos ou giros variam em cada cérebro 3* 4* TELENCÉFALO O telencéfalo é dividido em lobos: frontal, parietal, occipital e temporal. *Ínsula Os principais sulcos do telencéfalo são: central (de Rolando), lateral (de Sylvius) e parieto-occipital. A divisão do telencéfalo em lobos NÃO CORRESPONDE A UMA DIVISÃO FUNCIONAL, exceto o lobo occipital que está todo, direta ou indiretamente, relacionado à visão; O lobo frontal é a principal área motora do cérebro; No lobo frontal esquerdo, existe o GIRO DE BROCA, onde se localiza o centro cortical da palavra falada; O lobo frontal (área pré-frontal) é responsável pelo comportamento social e emocional do indivíduo e pela manutenção da atenção; TELENCÉFALO ORGANIZAÇÃO INTERNA DO TELENCÉFALO: Córtex cerebral - Centro branco medular - Núcleos da base Córtex cerebral Fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro; No córtex cerebral chegam impulsos provenientes de todas as vias da sensibilidade que aí se tornam conscientes; Do córtex saem os impulsos nervosos que comandam os movimentos voluntários; O córtex cerebral se relaciona também com os fenômenos psíquicos. CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO - Fibras de projeção – Ligam o córtex a centros subcorticais. Veiculam informações relacionadas com a sensibilidade e a motricidade. - Fibras de associação – Ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. Veiculam informações relacionadas às funções psíquicas. - Fibras comissurais - São fibras que vão de um hemisfério cerebral para o outro, conectando estruturas funcionalmente relacionadas. Organização interna do telencéfalo: Córtex cerebral - Centro branco medular - Núcleos da base Núcleos da base: Núcleo caudado (1), putâmen (2) e globo pálido (3). Tais núcleos são constituídos por corpos de neurônios que se relacionam com a área motora do córtex cerebral e do tálamo, ou seja, lesões dos núcleos da base causam alterações motoras como por exemplo a coréia e a atetose. Organização interna do telencéfalo: Córtex cerebral - Centro branco medular - Núcleos da base 1 2 3 No lobo parietal situa-se uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica; A região temporoparietal é responsável pela percepção espacial e pela percepção corporal; No lobo temporal localiza-se o centro cortical da audição; O lobo temporal se relaciona com o hipocampo e consequentemente, com as funções de aprendizado e memória. TELENCÉFALO Homúnculo de Penfield Assimetria Funcional do Telencéfalo QUESTÕES Através de qual estrutura os hemisférios cerebrais estão conectados? Quais as divisões do telencéfalo em lobos? O sulco central e lateral separaquais lobos? Onde encontra-se o centro cortical da palavra falada? E como é chamada? Que tipos de fibras formam o centro branco medular? ANATOMIA MACROSCÓPICA DO DIENCÉFALO DIENCÉFALO O DIENCÉFALO E O TELENCÉFALO formam o cérebro (prosencéfalo), a porção mais desenvolvida e importante do encéfalo Ocupam cerca de 80% da cavidade craniana. DIENCÉFALO O diencéfalo está quase totalmente encoberto pelo telencéfalo, podendo ser parcialmente visualizado na face inferior do encéfalo ou no corte sagital mediano. O diencéfalo compreende as seguintes partes: Tálamo Hipotálamo Epitálamo Subtálamo Exceto o subtálamo, todas as partes do diencéfalo se relacionam com o III ventrículo( ). DIENCÉFALO DIENCÉFALO – III Ventrículo O III ventrículo é uma cavidade ou dilatação presente no diencéfalo, que se comunica com o IV ventrículo através do aqueduto cerebral do mesencéfalo (1) e com os ventrículos laterais através dos forames interventriculares (2). 2 1 DIENCÉFALO No corte sagital mediano - Parede lateral do III ventrículo, Sulco hipotalâmico (1) que vai do aqueduto cerebral ao forame interventricular (2) e que divide a região do tálamo (região acima do sulco hipotalâmico) da região do hipotálamo (região abaixo do sulco hipotalâmico). Região posterior do ventrículo, acima do sulco hipotalâmico formada pelo epitálamo 1 2 DIENCÉFALO – TÁLAMO Os tálamos são 2 massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas uma de cada lado dos hemisférios cerebrais e unidos por meio de uma região que atravessa em ponte o III ventrículo, denominada de aderência intertalâmica (1). 1 O tálamo funciona como uma subestação que recebe e distribui as informações para o telencéfalo. Todos os impulsos sensitivos, exceto os impulsos olfatórios, fazem conexão com o tálamo antes de chegar ao córtex; Alguns impulsos motores fazem conexão no tálamo. TÁLAMO - FUNÇÕES DIENCÉFALO – HIPOTÁLAMO O hipotálamo é formado pelos: Corpos mamilares (1) – 2 eminências arrendondadas de substância cinzenta evidentes na fossa interpeduncular. Quiasma Óptico (2) – Recebem as fibras dos nervos ópticos que aí cruzam em parte e se dirigem aos corpos geniculados laterais depois de contornar os pedúnculos cerebrais. LOCALIZADOS NO ASSOALHO DO 3º VENTRÍCULO 1 1 2 2 DIENCÉFALO – HIPOTÁLAMO O hipotálamo é formado pelos: Túber Cinério (3) – Região situada entre o quiasma óptico e os corpos mamilares. Infundíbulo (4) – Região proveniente do túber cinério que se prende à hipófise (5). LOCALIZADOS NO ASSOALHO DO 3º VENTRÍCULO 4 3 4 5 HIPOTÁLAMO - FUNÇÕES O hipotálamo é responsável pelo controle do sistema nervoso autônomo; Controle da temperatura corporal. A partir de termorreceptores periféricos e de termorreceptores localizados no próprio hipotálamo, o mesmo ativa o centro de perda de calor (vasodilatação periférica e sudorese) ou o centro de conservação de calor (vasoconstricção periférica e tremores musculares); O hipotálamo, juntamente com o sistema límbico e a área pré-frontal, tem papel importante na regulação do comportamento emocional como raiva, medo, prazer, etc; Participa da regulação do sono-vigília; O hipotálamo é responsável, juntamente com o sistema límbico, da regulação da ingestão de alimentos, através do centro da fome e centro da saciedade; HIPOTÁLAMO - FUNÇÕES O hipotálamo regula também a ingestão de água através do centro da sede e a diurese através da relação com a hipófise que secreta hormônios antidiuréticos. O hipotálamo regula o sistema endócrino por meio de sua relação com a hipófise; O hipotálamo gera e regula o ritmo circadiano. HIPOTÁLAMO - FUNÇÕES DIENCÉFALO – EPITÁLAMO O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal (1). A base do corpo pineal prende-se à comissura posterior (2) que divide o mesencéfalo do diencéfalo. 1 2 1 A glândula pineal é responsável pela produção do hormônio melatonina. Tal hormônio tem uma ação antigonadotrópica, ou seja, inibidora sobre as gônadas. No homem, a glândula pineal está mais relacionada com o rítmo circadiano. EPITÁLAMO - FUNÇÕES DIENCÉFALO – SUBTÁLAMO Pequena área situada na região posterior do diencéfalo; Observado apenas nos cortes frontais do diencéfalo; Sua estrutura mais importante é o núcleo subtalâmico, que se relaciona com a motricidade somática. ESTUDO DO TRONCO ENCEFÁLICO (BULBO – PONTE – MESENCÉFALO) ENCÉFALO – TRONCO ENCEFÁLICO Visão superior do encéfalo Visão inferior do encéfalo Visão lateral do encéfalo Visão medial do encéfalo TRONCO ENCEFÁLICO Localizado entre a medula espinhal e o diencéfalo, situando- se anteriormente ao cerebelo; Constituído de corpos de neurônios (núcleos) e fibras nervosas (tractos, fascículos ou lemniscos) – relevos ou depressões Formado, de caudal pra cranial, pelo bulbo, ponte e mesencéfalo; Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico; Mesencéfalo Bulbo Ponte TRONCO ENCEFÁLICO BULBO O bulbo é o elo de ligação entre o tronco encefálico e a medula espinhal TRONCO ENCEFÁLICO - BULBO A separação entre medula e bulbo se dá ao nível do forame magno, ou seja, na emergência do primeiro nervo espinhal; A separação entre o bulbo e a ponte se dá através do sulco bulbo- pontino, visível na região anterior do tronco encefálico. Sulco bulbo-pontino TRONCO ENCEFÁLICO - BULBO O bulbo possui os mesmos sulcos presentes na medula espinhal cervical; TRONCO ENCEFÁLICO - BULBO De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide (1), formada por fibras nervosas que LIGAM AS ÁREAS MOTORAS DO CÉREBRO AOS NEURÔNIOS MOTORES DA MEDULA; Na porção anterior e caudal do bulbo existe a decussação das pirâmides (2), região onde as fibras que descem pela pirâmide cruzam para o lado oposto. ( 1 ) ( 2 ) TRONCO ENCEFÁLICO - BULBO A metade inferior do bulbo ou porção fechada do bulbo possui um estreito canal que é continuação do canal central da medula e que se abre para formar o IV ventrículo ( ); Na região posterior do bulbo, observamos a presença dos fascículos grácil(1) e cuneiforme (2), assim como na medula espinhal cervical; Tais fascículos irão se comunicar com o cerebelo através dos pedúnculos cerebelares inferiores (3). 2 1 3 TRONCO ENCEFÁLICO - PONTE A ponte apresenta em sua região anterior estrias transversais que a percorrem para formar os pedúnculos cerebelares médios(1) que se comunicam com os hemisférios cerebelares; A região posterior da ponte, forma com a parte aberta do bulbo, o IV ventrículo; 1 QUESTÕES ONDE ESTÁ LOCALIZDO O TRONCO ENCEFÁLICO? DE QUE É FORMADO TRONCO ENCEFÁLICO? DE QUE É CONSTITUÍDO O TRONCO ENCEFÁLICO? CITE OS LIMITES SUPERIOR E INFERIOR DO BULBO DE QUE SÃO FORMADAS AS PIRÂMIDES DO BULBO? O QUE OCORRE NA DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES? QUEM FORMAOS PEDÚNCULOS CEREBELARES MÉDIOS? ESTUDO DO TRONCO ENCEFÁLICO (BULBO – PONTE – MESENCÉFALO) ENCÉFALO – TRONCO ENCEFÁLICO Visão superior do encéfalo Visão inferior do encéfalo Visão lateral do encéfalo Visão medial do encéfalo TRONCO ENCEFÁLICO IV VENTRÍCULO Forma losângica Situado entre o bulbo e a ponte ventralmente e o cerebelo dorsalmente Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral TRONCO ENCEFÁLICO IV VENTRÍCULO AQUEDUTO CEREBRAL – Comunica o 3º e o 4º ventrículo ABERTURAS LATERAIS E ABERTURAS MEDIANAS – Comunica o IV Ventrículo com o espaço Subaracnóide TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO O mesencéfalo(1) localiza-se entre a ponte(2) e o diencéfalo(3) e é atravessado por um estreito canal que une o III ao IV ventrículo chamado de aqueduto cerebral. Na região anterior do mesencéfalo localizam-se os pedúnculos cerebrais(4) que se comunicam com o diencéfalo. Dividido em: Tecto do Mesencéfalo e Pedúnculos Cerebrais 1 3 2 IV Ventrículo III Ventrículo 4 TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO TECTO DO MESENCÉFALO - Localizado dorsalmente ao aqueduto cerebral PEDÚNCULOS CEREBRAIS - Localizado Ventralmente ao aqueduto cerebral - Se divide em uma parte dorsal e uma parte ventral (separadas pela SUBSTÂNCIA NEGRA) SUBSTÂNCIA NEGRA – Correspondida na superfície do mesencéfalo pelos sulcos lateral do mesencéfalo e sulco medial do pedúnculo cerebral, de onde emerge o III par de nervo craniano - OCULOMOTOR TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO Na região posterior do mesencéfalo existem 4 eminências arredondadas chamadas de colículos superiores (se relacionam ao controle dos movimentos oculares) e colículos inferiores (se relacionam às vias auditivas). Caudalmente aos colículos inferiores emergem o IV par de nervo craniano - TROCLEAR Corpo pineal TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO O mesencéfalo participa ainda da regulação do sono, do comportamento emocional e alimentar e do controle motor voluntário. A degeneração de neurônios da substância negra(3) resulta na síndrome de Parkinson. 3 Emaranhado de núcleos e fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico e estende-se um pouco ao diencéfalo, superiormente, e aos níveis mais altos da medula; Tem uma estrutura que não corresponde exatamente à substância branca ou cinzenta, sendo, de certo modo, intermediária entre elas; Estabelece conexões com o cérebro, o cerebelo, com a medula espinal e com núcleos de nervos cranianos; Dentre as funções, as principais são: o controle da atividade elétrica cortical – regulação do sono e vigília, controle da motricidade somática, controle da parte autônoma do sistema nervoso, controle neuroendócrino e integração de reflexos (controle da respiração e controle vasomotor). TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO – FORMAÇÃO RETICULAR TRONCO ENCEFÁLICO NERVOS CRANIANOS I – Olfativo; II – Óptico III – Oculomotor; IV – Troclear e VI- Abducente (Inervam os músculos extrínsecos do olho). V – Trigêmio (Sensibilidade da cabeça e motricidade dos músculos da mastigação). VII- Facial (Inerva os músculos da mímica facial, sensibilidade da lingua e as glândulas lacrimal e sublingual). VIII – Vestíbulo-coclear (Relaciona-se com a audição e o equilíbrio). IX – Glossofaríngeo (Inerva a parte posterior da lingua, faringe, úvula, tonsilas e tuba auditiva). X – Vago (Inerva a laringe, traqueia, esôfago, vísceras torácicas e abdominais). XI – Acessório (Inerva vísceras torácicas). XII – Hipoglosso (Inerva os músculos da lingua). http://www.youtube.com/watch?v=uGesS1TZTEc http://www.youtube.com/watch?v=iBwlvAnTNf8 ANATOMIA DO CEREBELO LOCALIZAÇÃO O cerebelo situa-se posteriormente ao bulbo e a ponte, contribuindo para formação do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso ocipital CEREBELO CEREBELO 1 2 3 Liga-se ao mesencéfalo (Pedúnculo cerebelar superior) 1 Liga-se a ponte ( Pedúnculo cerebelar médio) 2 Liga-se a medula e ao bulbo (Pedúnculo cerebelar inferior) 3 FUNÇÕES Manutenção do equilíbrio e da postura Controle do tônus muscular Controle dos movimentos voluntário Aprendizagem motora. Uma lesão em um dos hemisférios cerebelares resulta em comprometimento no hemicorpo do mesmo lado da lesão. CEREBELO CEREBELO ASPECTOS ANATÔMICOS O cerebelo é formado por dois hemisférios cerebelares unidos pelo vérmis (1). A superfície do cerebelo apresenta sulcos transversais que delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo e apresenta também fissuras que delimitam lóbulos. 1 CEREBELO ORGANIZAÇÃO INTERNA Centro de substância branca (corpo medular do cerebelo) Revestimento de uma camada de substância cinzenta (córtex cerebelar) O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, recebem o nome de “árvore da vida”. CEREBELO ORGANIZAÇÃO INTERNA No interior do corpo medular do cerebelo existem 4 pares de núcleos de substância cinzenta (núcleos centrais do cerebelo) - Denteado - Emboliforme - Globoso - Fastigial Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua importância é apenas topográfica. CEREBELO CEREBELO DIVISÃO ONTOGENÉTICA - CORPO DO CEREBELO: Lobo anterior do cerebelo (vermelho), lobo posterior do cerebelo (verde); - LOBO FLÓCULO-NODULAR (AZUL). Os lobos são delimitados por fissuras, sendo as mais evidentes: as fissuras primária (1), a pós-clival (2) e horizontal (3). Os lobos do cerebelo são ainda divididos pelas fissuras em unidades menores chamadas de lóbulos. 1 3 2 AFERÊNCIAS E EFERÊNCIAS DO CEREBELO O cerebelo recebe informações do núcleo vestibular do ouvido interno sobre a posição da cabeça, dado importante para manutenção do equilíbrio e da postura; O cerebelo recebe informações sensitivas vindas da medula espinhal sobre os receptores localizados nos músculos e nas articulações; As informações aferentes, ou seja, as que chegam ao cerebelo, fazem conexão no córtex cerebelar. AFERÊNCIAS E EFERÊNCIAS DO CEREBELO O cerebelo envia as informações para os neurônios motores da medula espinhal de forma indireta, pois as informações eferentes são enviadas para o tálamo e/ou o córtex cerebral, que por sua vez mandam as informações motoras para os neurônios motores da medula espinhal. As informações eferentes deixam o cerebelo a partir dos 4 pares de núcleos centrais do cerebelo (núcleo denteado; núcleo globoso; núcleo fastígio e núcleo emboliforme) . MEDULA ESPINHAL Medula Espinhal Generalidades Medula Espinhal Estrutura • Estrutura cilíndrica, achatada no sentido ântero-posterior; • Comunica-se superiormente com o bulbo; • Termina, no adulto, ao nível da 2ª vértebra lombar (L2); • A medula termina afinando-se para formar o cone medular, o filamento terminal e a cauda eqüina. Medula Espinhal Estrutura Medula espinhalCone medular Filamento terminal Cauda eqüina Medula Espinhal Estrutura • Intumescência Cervical e Intumescência Lombar A medula espinhal não possui calibre uniforme. Nas regiões cervical e lombar, apresenta dilatações que correspondem aos plexos braquial e lombossacral, os quais originam os nervos espinhais que irão inervar os membros superiores e inferiores respectivamente. Medula Espinhal Estrutura • A superfície da medula espinhal apresenta os seguintes sulcos longitudinais em toda a sua extensão: – Sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. • Na medula espinhal cervical, existe ainda o sulco intermédio posterior que penetra a medula através do septo intermédio posterior. Medula Espinhal Estrutura • Na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se no centro da medula e apresenta a forma de um H ou “borboleta”. Apresenta 3 colunas: Coluna anterior, lateral e posterior. • No centro da substância cinzenta, localiza-se o canal central da medula, por onde é drenado o líquor. • A substância branca localiza-se em volta da substância cinzenta e delimita 3 funículos: Funículo anterior, lateral e posterior. Na medula cervical, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e cuneiforme. Medula Espinhal Estrutura Cortes transversos da medula espinhal, em níveis diferentes, mostrando a disposição das substâncias cinzenta e branca Medula Espinhal Estrutura Dos sulcos lateral anterior e lateral posterior, emergem, respectivamente, as raízes ventrais (motora) e dorsais (sensitiva) dos nervos espinhais. A medula espinhal apresenta 31 pares de nervos espinhais (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. • Os 31 pares de nervos mistos determinam 31 segmentos medulares, responsáveis pela inervação do nosso corpo; Medula Espinhal Dermátomos e Miótomos Medula Espinhal Envoltórios medulares Como todo o SNC, a medula espinhal é envolvida por membranas denominadas meninges: dura-máter, aracnóide e pia-máter. Medula Espinhal Envoltórios medulares • Dura-máter: – Meninge mais externa, mais espessa e resistente, forma o saco dural; – Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura-máter craniana, caudalmente termina ao nível da vértebra S2; – Prolongamentos laterais da dura-máter embainham os nervos espinhais (epineuro). • Aracnóide: – Formada por estrutura trabeculada que une a dura-máter à pia-máter. • Pia-máter: – Meninge mais delicada e mais interna, forma o filamento terminal, que ao furar o fundo do saco dural, recebe a dura-máter e se insere na superfície do cóccix, formando o ligamento coccígeo. – Origina também os ligamentos denticulados que se inserem na dura-máter para fixar a medula espinhal dentro do saco dural. Medula Espinhal Espaços Meníngeos Obs: O espaço subaracnóideo, como não oferece perigo de lesão da medula espinhal, é utilizado para: retirada de líquor; medida da pressão do líquor; contrastes; anestesias, etc. CURIOSIDADE Hérnia de Disco Profª Manuela Andrade Meninges Encefálicas e Líquor Meninges Encefálicas MEMBRANAS CONJUNTIVAS Dura-Máter Aracnóide Pia – Máter FUNÇÃO: Proteção dos Centros Nervosos Meninges Encefálicas Dura-Máter Membrana mais externa e resistente que envolve o encéfalo, formada por dois folhetos: um interno, que continua com a dura-máter espinhal e um externo, que adere aos ossos do crânio. Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe no encéfalo o espaço epidural como existe na medula. A dura-máter encefálica é bastante vascularizada e inervada, sendo responsável pela maioria das dores de cabeça. A dura-máter encefálica forma 3 pregas dentro do encéfalo: foice do cérebro, foice do cerebelo e tenda do cerebelo. Meninges Encefálicas Dura-máter Foice do cerebelo Tenda do cerebelo Foice do cérebro Meninges Encefálicas Aracnóide Membrana muito delicada, separada da dura-máter por um pequeno espaço preenchido por uma pequena quantidade de líquor necessária para a lubrificação das superfícies de contato. Meninges Encefálicas Aracnóide Cisternas Subaracnóides – Dilatações do espaço Subaracnóides, que contêm grande quantidade de líquor - Cisterna Cerebelo Medular (Magna) – Espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo - Cisterna Pontina – Situada ventralmente a ponte - Cisterna Interpeduncular – Situada entre os pedúnculos - - Cisterna Quiasmática – Situada ventralmente ao quiásma Óptico Meninges Encefálicas Pia-Máter Membrana mais interna que adere à superfície do encéfalo, separada da aracnóide pelo espaço subaracnóideo que contêm uma grande quantidade de líquor. Dar Resistência aos órgãos nervosos Sistema de Barreiras Encefálicas Dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de substâncias do sangue para o tecido nervoso, do sangue para o líquido cerebrospinal ou do líquido cerebrospinal para o sangue. Dispositivos que dificultam a troca de substâncias entre o tecido nervoso e os diversos compartimentos de líquido da parte central do sistema nervoso. Duas barreiras distintas compõem esse sistema: - Barreira Hematencefálica - Localizada na interface parede capilar/substância encefálica - Barreira Hematoliquórica - Localizada no plexo coróideo. Líquor – Líquido cérebro-espinhal Líquido incolor que ocupa os espaços subaracnóideos e as cavidades ventriculares e que tem a função de amortecer qualquer pressão ou choque que atinja o SNC. O volume total de líquor é 100 a 150cm3, renovando-se completamente a cada oito horas. Tal líquido é formado pelos plexos corióides presentes nos ventrículos cerebrais e reabsorvido pelo sangue através das granulações aracnóideas. A comunicação do líquor presente no encéfalo e na medula espinhal se faz através das aberturas mediana e laterais do IV ventrículo. Líquor – Líquido cérebro-espinhal Curiosidades! Hidrocefalia. Hipertensão Craniana. Hematomas extradural e subdural. DIFERENCIE DURA MÁTER DA PIA MÁTER QUAL A FUNÇÃO DA PIA MATER? DIFERENCIE A DURA MATER ENCEFÁLICA E A DURA MÁTER ESPINHAL QUAL A FUNÇÃO DO LÍQUOR? O QUE SÃO AS CISTERNAS ARACNÓIDES?
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