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* Ciclo celular Profa. Fabiana Melo Sterza * * Período que compreende as modificações ocorridas em uma célula desde a sua formação até sua própria divisão em duas células-filhas. Objetivo: Manter a vida em organismos pluricelulares Gerar a vida em eucariontes unicelulares Ex: Zigoto – animal adulto (100 trilhões de cel. Somáticas) * Embrião humano com 3 dias Organismo procarionte – divisão binária Organismo eucarionte divisão mitótica * * Mitose – células somáticas – diplóides Meiose – células germinativas - haplóides * Interfase – período de crescimento e preparação para a nova divisão G1 – intervalo (gap) pós-mitótico ou pré-sintético S – síntese G2 - – intervalo (gap) pré-mitótico ou pós-sintético Mitose Cariocinese – divisão do núcleo Citocinese – divisão do citoplasma * - Síntese de DNA - duplicação dos cromossomos = 2 cromátides - Síntese de proteínas - Intensa atividade bioquímica - célula cresce em volume e em número de organelas - Preparação para mitose – formação das fibras do fuso acromático * * Síntese RNA e proteínas Duração + variável Síntese DNA 7 a 8 hs Síntese RNA e proteínas Início da mitose 2 a 4 hs 95% do tempo 1 h Duração média do ciclo celular = 12 h * * Sua duração varia conforme: o tipo celular – uni e pluricelulares condição fisiológica da célula, disponibilidade de hormônios, fatores de crescimento, temperatura, pressão osmótica e hidrostática, pressão externa de oxigênio * Células que se dividem continuamente Células embrionárias Epitélio que reveste o intestino delgado Folículos capilares Células do tecido linfático e ósseo São mais sensíveis a agentes ou tratamentos químicos + lesão + reposição * 2. Células que se dividem como resposta a estímulos Permanecem quiescentes (G0) – baixo metabolismo – até que ocorra um estímulo Estímulos: nutrientes (leveduras), hormônios de crescimento, estímulos mecânicos (lesão). Exemplos: hepatócitos, fibroblastos da pele, células renais, do pulmão, do ovário, do músculo liso, dos ossos, etc. Transição G0/G1 – S = Ponto de restrição – maior desafio! * 3. Células Terminalmente Diferenciadas Depois de sua diferenciação não dividem mais – sempre G0 Exemplos: Neurônios, células do músculo cardíaco e esquelético ataque cardíaco – falta de renovação Eritócitos anucleados de mamíferos (cél. Sg) células tronco pluripotentes. * Reinício da síntese de RNA e proteínas Formação de novos centríolos Enzimas essenciais: catalisadoras dos desoxiribonucleotídeos trifosfatados DNA polimerase Ativadoras dos genes que codificam as histonas Duração variável influência de fatores extracelulares inibidores e mutações podem bloquear a proliferação Ponto de restrição (Ponto R) – a transição de G1 para S, só ocorrerá se uma quantidade suficiente de proteínas for sintetizada e acumulada em G1 P53 – sinaliza a necessidade de parada do ciclo em G1 devido a danos no DNA Falha em p53 - câncer G1 é ausente em: Amoeba proteus, Physarium sp., Tetrahymena sp. Células embrionárias iniciais * Síntese / Replicação de DNA e Histonas Eucromatina (geneticamente ativa) – replica primeiro Heterocromatina – replica no final do período S Duração relativamente constante Influência apenas de fatores intracelulares Duração = 7 a 8 hs (maior em células tumorais) * * Cromatina – DNA + Histonas Replicação - Início 1- Forquilha 2- Helicase – Desenrola progressivamente as cadeias 3- DnaA – separação das cadeias no replicons (origens de replicação) 4- Proteínas SSP (Single Strand Proteins) – mantém a estabilidade dos filamentos separados * Preparação para a Replicação Mediada pela DNA polimerase que só promove o crescimento da cadeia na direção 5’- 3’ Replicação Semidescontínua Cadeia Líder ou contínua (leading strand) – cadeia filha que avança no sentido 5’- 3’ Cadeia retardatária ou descontínua (lagging strand) – cadeia filha que avança no sentido 3’- 5’descontinuamente - fragmentos de Okazaki Necessidade de Primers RNA-polimerase – cadeia contínua – DNA Pol gama Primase (RNA-polimerase especial) – cadeia descontínua – DNA Pol alfa * Replicação propriamente dita Precursores do DNA – Desoxiribonucleotídeos trifosfatados dATP, dGTP, dTTP, dCTP - sintetizados no G1 Para incorporar ao DNA – monofosfatos = produção de energia União dos fragmentos de Okazaki – unidos pela enzima DNA-ligase * Replicação bidirecional Origens de replicação Nos eucariontes existem vários simultaneamente 1 cromossomo humano = 200 pontos de origem Réplicons = unidades de replicação Núcleo celular mamífero = 20 a 30.000 réplicons Famílias de réplicons = unidades que iniciam a síntese simultaneamente * DNA polimerase confere se as bases adicionadas ao filamento estão corretas Possibilidade de reparo Corte do fragmento errado por endonucleases Substituição por um segmento correto Sistemas de proteção = antioxidantes (glutation e vitamina E) * Preparativos para a próxima mitose – pouco conhecido Replicação deve estar completa Reparos realizados Síntese de RNA e proteínas não histônicas Acúmulo de MPF (fator promotor de maturação) Condensação cromossômica Ruptura do envoltório nuclear Montagem do fuso * * * Síntese RNA e proteínas Duração variável Síntese DNA Síntese RNA e proteínas Início da mitose Interrupção do metabolismo normal * Mitose (4C) * Organização gradual da cromatina – facilitar a divisão do DNA duplicado em células filhas Condensação da cromatina – cromossomos/cromátides MPF Quanto maior condensação, menor a transcrição dos RNAs Desorganização dos nucléolos Formação de ásters = centrossomo + fibras radiais GVBD – ruptura do envoltório nuclear * Cromossoma (duas cromátides irmãs) Fibras do fuso Centrômero * * * Prófase * Condensação máxima – 2 cromátides visíveis ao microscópio óptico Formação da placa metafásica – alinhamento dos cromossomos na linha equatorial Manutenção dos cromossomos nessa linha pelas fibras: Polares = centrossomos localizados nos dois pólos * Fuso – constituído por 2 hemi-fusos com 3 tipos de fibras: polares – partem dos centrossomos em pólos opostos e interdigitam na região central da célula (sem alcançar o pólo oposto) cinétocóricas – ligam cada cromossomo aos dois pólos opostos (região dos centrômeros) Livres – curtas e não ligadas aos pólos ou aos cinetócoros * Fibras do fuso * Metáfase * Separação dos centrômeros migração das cromátides para pólos opostos Fibras cinetocóricas – cromossomos próximo aos pólos Fibras polares – aumentam a distância entre os pólos * * Anáfase * Telófase Inicia quando os cromossomos filhos alcançam os pólos desaparecimento das fibras do fuso reconstituição dos núcleos (inativação do MPF) divisão citoplasmática Actina + miosina anel contrátil na zona equatorial da membrana constrição e invaginação 2 células filhas com partes iguais do citoplasma * Inicia quando os cromossomos filhos alcançam os pólos desaparecimento das fibras do fuso reconstituição dos núcleos (inativação do MPF) divisão citoplasmática Actina + miosina anel contrátil na zona equatorial da membrana constrição e invaginação 2 células filhas com partes iguais do citoplasma * * Telófase * * * * * * A célula preexistente da origem a células diferentes dela própria e entre si Com redução do número de cromossomo Não é um processo cíclico Divisão reducional das céls germinativas Fusão de 2 gametas– restabelece a fase diplóide Período S – duplicação do DNA 2 divisões celulares sucessivas – redução do número de cromossomos Subdivididas em: prófase, metáfase, anáfase e telófase * * * * Intérfase Célula diplóide replica o DNA * Prófase I * os cromossomos iniciam sua organização tornando-se filamentosos Os cromossomos tornam-se visíveis como delgados fios que começam a se condensar, mas ainda formam um denso emaranhado. Nesta fase inicial , as duas cromátides- irmãs de cada cromossomo estão alinhadas tão intimamente que não são ditinguíveis. * Os cromossomos homólogos começam a combinar-se estreitamente ao longo de toda a sua extensão. O processo de pareamento ou sinapse é muito preciso. Os cromossomos organizam-se em pares, formando tétrades, ou seja, quatro cromátides * Paquíteno * Os cromossomos tornam-se bem mais espiralados. O pareamento é completo e cada par de homólogos aparece como um bivalente ( às vezes denominados tétrade porque contém quatro cromátides) Neste estágio ocorre o crossing-over, ou seja, a troca de segmentos homólogos entre cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos. * Ocorre o afastamento dos cromossomos homólogos que constituem os bivalentes. Embora os cromossomos homólogos se separem, seus centrômeros permanecem intactos, de modo que cada conjunto de cromátides-irmãs continua ligado inicialmente. Depois, os dois homólogos de cada bivalente mantêm-se unidos apenas nos pontos denominados quiasmas (cruzes). * Ocorre a terminalização dos quiasmas, isto é, seu deslizamento para as extremidades dos cromossomos e sua completa separação. O nucléolo desaparece e a carioteca desintegra-se, ficando os cromossomos soltos no citoplasma. Cada cromossomo do par de homólogos se liga a fibras do fuso acromático que se dirigem a um dos pólos celulares. * Metáfase I * Anáfase I * Telófase I Citocinese: filamentos de miosina e actina formam um anel contrátil na membrana – invaginação - divisão * Prófase II Individualização dos cromossomos Fragmentação da membrana nuclear Formação do fuso e afastamento dos centríolos Duração negligenciável ! * Metáfase II * Anáfase II * Telófase II * * * Fator Promotor da Maturação (MPF) Induz a condensação cromossômica O rompimento do envoltório nuclear Reorganização do citoesqueleto, para a montagem do fuso Logo após a metáfase o MPF ativa um sistema enzimático de degradação da própria ciclina – cessa a mitose Fator citostático (CSF) – age para manter os oócitos em MII * Treonina 14 Tirosina 15 fosforiladas * Controlam a progressão de G1 a S, impulsionando-as a atravessar o ponto de restrição no final de G1 NGF – fator de crescimento do nervo EGF – fator de crescimento epidérmico FGF – fator de crescimento de fibroblastos PDGF – fator de crescimento derivado de plaquetas IGF – fator de crescimento semelhante à insulina * PDGF e FGF – tornam as células em G0 competentes para deixar esse estágio EGF – as células progridem nas primeiras etapas de G1 IGF – conseguem transpor o ponto de restrição - ficam comprometidas com a divisão Fatores de competência Fatores de progressão * Morte Celular Programada – mediada por proteases – caspases Fragmentação do DNA Corpos apoptóticos = vesículas revestidas por membranas em resultado à fragmentação Fagocitose PROCESSO FISIOLÓGICO – CONTROLE DO CRESCIMENTO CELULAR * *
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