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Geologia

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1 
Renan Salvate Campos Geologia 
Geologia 
A terra 
Estrutura e composição 
O planeta terra é dividido em 3 partes, 
crosta, manto e núcleo. Camadas que 
apresentam densidades e formações dife-
rentes, bem como rochas e minerais mais 
abundantes em cada uma. 
Crosta 
A crosta terrestre é a camada mais externa 
da superfície da terra. É a parte superior da 
litosfera com uma espessura variável de 5 
km a 70 km. Basicamente constituída de 
basalto e granito. 
Pode ser dividida em Continental e Oceâni-
ca. A Crosta Continental tem espessura de 
30 km a 40 km nas regiões mais antigas e 
sismicamente mais estáveis e 60 km a 70 
km nas cadeias montanhosas mais novas. 
Basicamente constituída de Granito, é me-
nos densa. Já a Crosta Oceânica tem de 5 
km a 10 km de espessura. Por ser constitu-
ída de Basalto e conter mais Ferro é mais 
densa que a continental. 
Formada em sua maioria por Oxigênio 
(46%). Seus principais componentes são o 
Silício (28%), Alumínio (8%), Ferro (6%), 
Magnésio (4%), Cálcio (2,4%), Potássio 
(2,3%) e Sódio (2,1%) 
Manto 
O manto é a camada intermediária da Ter-
ra, estendendo-se de 30 km a 2.900 km de 
profundidade. 
Difere-se da crosta especialmente pela sua 
composição química e comportamento 
mecânico, que pode ser notado na frontei-
ra, zona de transição chamada de descon-
tinuidade de Moho. 
No manto superior encontra-se a Astenos-
fera, região plástica, nem líquida nem sóli-
da que permite deformações e o movimen-
to da crosta acima. Situada entre 400 km e 
650 km de profundidade. 
Tanto no manto superior quanto no manto 
inferior ocorre à convecção do manto. O 
manto é sólido devido a alta pressão, e 
podem existir câmaras magmáticas com 
uma parte do manto viscosa, chamada 
magma. 
Sua composição é de Oxigênio (44%), Silício 
(21%), Magnésio (22%), Ferro (6%), Cálcio 
(2,3%) , Alumínio (2,2%), Sódio (0,3%) e 
Potássio (0,03%) . 
Núcleo 
O núcleo é a parte mais interna da Terra, 
dividida em duas partes, o interno e o ex-
terno. 
O Núcleo Externo é viscoso, composto 
principalmente por ferro, mas também 
contem enxofre, silício e oxigênio. Sua con-
vecção é responsável pela existência do 
campo magnético da Terra. 
O Núcleo Interno é composto de ferro e 
níquel. Com uma temperatura de 4.500ºC 
e pressão superior a 4,5 x 106 atm, o núcleo 
interno é sólido. 
Placas tectônicas 
O planeta Terra está dividido, em seu inte-
rior, em domínios concêntricos, cada qual 
com suas próprias características de visco-
sidade, plasticidade e elasticidade, dos 
quais o mais externo é a litosfera. 
A litosfera é constituída pela crosta e a 
porção mais rígida do manto superior. Com 
espessura variável de 100 km a 400 km, 
2 
Renan Salvate Campos Geologia 
tem fraturas e falhas que a retalham em 
placas tectônicas. 
Abaixo da litosfera fica a astenosfera, com 
um gradiente térmico capaz de iniciar a 
fusão parcial das rochas, tem uma caracte-
rística plástica que permite o deslizamento 
das placas da litosfera sobre ela. 
 
Pacífica Aficana 
Nazca Arábia 
Sul Americana Eurásia 
Norte-Americana Filipinas 
Antártica Indo-Australiana 
 
Limites entre as placas 
As maiores atividades sísmicas e vulcões do 
planeta se encontram nos limites entre as 
placas. Essas atividades são responsáveis 
pelo surgimento de cadeias de montanhas, 
e a destruição de placas. São três: 
Limites divergentes 
Ocorrem nas cadeias meso-
oceânicas onde tensões traci-
onais afastam uma placa da 
outra com intrusão de magma 
da astenosfera entre elas, que se solidifica 
e vira crosta. 
Limites convergentes 
Ocorrem onde as placas 
colidem frontalmente, 
com conseqüências que 
dependem da densidade 
das placas. Normalmente a de maior den-
sidade mergulha sob a de maior densidade, 
num processo chamado subducção. Levan-
do a formação de relevos elevados e erup-
ções vulcânicas. 
Limites conservativos 
Marcam o contato de 
placas de densidades 
semelhantes que coli-
dem obliquamente. Não há destruição de 
placas, nem formação de crosta. 
Independente do tipo de movimentação e 
interação de placas, abalos sísmicos e ter-
remotos ocorrerão sempre que elas se 
moverem, deformando as rochas presentes 
nessas regiões. 
Movimento das placas 
O motor que move as placas tectônicas é a 
convecção do magma. Com a elevada tem-
peratura no manto inferior a densidade do 
seu material diminui e sobe lentamente em 
direção ao manto superior. O material de 
maior densidade que existe lá desce para 
ocupar o lugar, formando assim a convec-
ção. Essa movimentação do manto promo-
ve a movimentação da astenosfera, e por 
estar acoplada nela, a litosfera também se 
move. 
Colisões entre placas 
A convergência das placas resulta na coli-
são entre elas. Existem três tipos de coli-
são, Continental contra Continental, Conti-
nental contra Oceânica e Oceânica contra 
Oceânica. Em todos os casos a placa menos 
densa afunda sobre a outra, num fenôme-
no chamado de subducção. Por outro lado, 
cada colisão resultara em uma formação de 
relevo diferente: cordilheiras de monta-
nhas tipo alpinas, cordilheiras de monta-
nhas tipo andino e arcos de ilhas respecti-
vamente. 
 
3 
Renan Salvate Campos Geologia 
Minerais 
Um mineral é um sólido homogêneo, com 
composição química definida, mas que 
pode variar dentro de intervalos definidos, 
formado por processos naturais inorgâni-
cos, cujos átomos se encontram organiza-
do em um arranjo periódico tridimensional 
denominado estrutura cristalina. 
Identificação dos minerais 
Os minerais podem ser identificados pelas 
suas propriedades macroscópicas, que 
podem ser determinadas por ensaios físi-
cos ou com o uso de equipamentos 
Hábito Cristalino 
Alguns minerais têm uma forma habitual 
de exibição devido a sua estrutura cristali-
na. Podem ser laminar, prismático, fibro-
so, tubular ou equidimensional. 
Transparência 
É a capacidade do mineral de permitir a 
passagem de luz. Podem ser transparen-
tes, translúcidos e opacos. 
Brilho 
Refere-se ao modo como o material reflete 
a luz. Pode ser metálico ou não metálico, 
sendo o segundo subdividido em vítreo, 
gorduroso e sedoso. 
Cor 
A cor é resultado da absorção seletiva da 
luz incidente, principalmente devido a pre-
sença de elementos químicos de transição 
como o Fe, Cu, Ni, Cr e V ou devido a defei-
tos cristalinos. Podem ser idiocromáticos 
se apresentarem somente uma cor ou alo-
cromáticos se apresentarem várias cores. 
 
 
Traço 
A cor do pó obtido ao se riscar o mineral 
contra uma placa de porcelana. Boa para 
identificar minerais opacos que apresen-
tam traço colorido. 
Dureza 
É a resistência do mineral ao ser riscado. 
Usa-se a escala de Mohs para identificar os 
minerais. 
Dureza Mineral 
1 Talco 
2 Gipsita 
3 Calcita 
4 Fluorita 
5 Apatita 
6 Ortoclásio 
7 Quartzo 
8 Topázio 
9 Coríndon 
10 Diamante 
 
 
� Unha: 2,5 
� Canivete: 5,5 
� Vidro: 7 
Clivagem 
São planos de fratura com regularidade, 
que refletem a fraqueza do mineral em 
determinadas direções da estrutura crista-
lina. Pode ser laminar, cúbica ou romboé-
drica. 
Fratura 
Quando o mineral não apresenta clivagem, 
apresenta fratura. São fraquezas da estru-
tura cristalina, porém não tem regularida-
de. 
 
 
 
4 
Renan Salvate Campos Geologia 
Densidade 
A massa específica do mineral é dependen-
te da sua composição, oscilam entre 2,5 e 
3,3. 
Magnetismo 
É o efeito de campos magnéticos presentesno mineral. Poucos são perceptíveis com 
um imã de mão, alguns só com eletroímãs. 
Classificação dos minerais 
Silicatos 
São os minerais mais abundantes na crosta 
e do manto. Tem grandes quantidades de 
sílica [SiO4] 
 
B: Opaco 
C: Branca 
Tr: Não 
D: 6,0 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Feldspato Mg: Não 
 
 
B: Vítreo 
C: Incolor 
Tr: Não 
D: 7,0 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Quartzo Mg: Não 
 
 
B: Vítreo 
C: Verde Oliva 
Tr: Branco 
D: 6,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Olivina Mg: Não 
 
 
 
 
 
B: Vítreo 
C: 
Vermelho 
escuro 
Tr: Não 
D: 6,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Granada Mg: Não 
 
 
B: Sedoso 
C: Incolor 
Tr: Não 
D: 2,5 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Mica Mg: Não 
 
Carbonatos 
São minerais com radical [CO3]
2-. Muito 
importantes para indústria compondo o 
cimento portland e como corretivo de so-
los. 
 
B: Vítreo 
C: Branca 
Tr: Não 
D: 3,0 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Calcita Mg: Não 
 
Sulfatos 
São minerais com radical [SO4]
2- 
 
B: Vítreo 
C: Esverdeada 
Tr: Branco 
D: 3,5 
Cl: SIm 
Fr: Não 
Barita Mg: Não 
 
Sulfetos 
São compostos por metais combinados 
com o ânion S- ou S+ 
5 
Renan Salvate Campos Geologia 
 
B: Metálico 
C: Amarelada 
Tr: Preto 
D: 6 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Pirita Mg: Não 
 
 
B: Metálico 
C: Cinza 
Tr: Preto 
D: 2,5 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Galena Mg: Não 
 
Haletos 
São minerais que apresentam elementos 
halogênios. F-, Cl-, Br- e I-. 
 
B: Vítreo 
C: Variável 
Tr: Branco 
D: 4 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Fluorita Mg: Não 
 
 
B: Vítreo 
C: Variável 
Tr: Branco 
D: 2,5 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Halita Mg: Não 
 
Óxidos 
São minerais com o ânion O2-. 
 
B: Metálico 
C: Cinza-preto 
Tr: Vermelho 
D: 6,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Hematita Mg: Sim 
 
 
B: Metálico 
C: Preto 
Tr: Não 
D: 6 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Magnetita Mg: Sim 
Fosfatos 
São minerais com o ânion (PO4)
3- 
 
B: Vítreo 
C: Variável 
Tr: Branco 
D: 5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Apatita Mg: Não 
 
Elementos nativos 
São os minerais de cristalização de subs-
tancias puras. 
 
B: Metálico 
C: Amarelo 
Tr: Não 
D: 2,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Ouro Mg: Não 
 
 
B: Metálico 
C: Branco, cinza 
Tr: Não 
D: 2,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Prata Mg: Não 
 
 
B: Metálico 
C: Vermelho 
Tr: Não 
D: 2,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Cobre Mg: Não 
6 
Renan Salvate Campos Geologia 
 
 
B: Adamantino 
C: Incolor 
Tr: Não 
D: 10 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Diamante Mg: Não 
 
 
B: Resinoso 
C: Amarelo 
Tr: Não 
D: 2,5 
Cl: Não 
Fr: Sim 
Enxofre Mg: Não 
 
 
B: Metálico 
C: Cinza escuro 
Tr: Cinza escuro 
D: 1,5 
Cl: Sim 
Fr: Não 
Grafita Mg: Não 
Origem dos minerais 
Os minerais são formados por diferentes 
tipos de processos naturais, que envolvem 
a cristalização a partir de magma, soluções 
aquosas, reações entre minerais e degra-
dação de outros minerais. 
Cristalização magmática 
Produto do resfriamento de magmas, de 
composição silicática. Gerados pela fusão 
parcial de rochas do manto ou da crosta e 
seu resfriamento. A cristalização não é 
homogênea. 
Ex. Diamante 
Minerais Sublimados 
Formados da cristalização de um vapor, 
como também da interação entre vapores 
e destes com as rochas dos condutos por 
onde passam. 
Ex. Enxofre 
Minerais Pneumatolíticos 
Formados pela reação dos constituintes 
voláteis oriundos da cristalização magmáti-
ca, desgaseificação do interior terrestre ou 
de reações metamórficas sobre as rochas 
adjacentes. 
Ex. Turmalina 
Minerais Metamórficos 
Originam-se principalmente pela ação da 
temperatura, pressão litostática e pressão 
das fases voláteis sobre rochas magmáti-
cas, sedimentares e também sobre outras 
rochas metamórficas. 
Ex. Granada 
Precipitação a partir de soluções 
Originam-se pela deposição devido a eva-
poração, variações de temperatura, pres-
são, porosidade ou pH. 
Ex. Gipsita 
 
7 
Renan Salvate Campos Geologia 
Rochas 
Origem 
As rochas são divididas em três grupos, 
ígneas, sedimentares e metamórficas. 
Caracterizados com base nos processos 
envolvidos em sua formação. 
 
 
 
 
 
� Fusão 
� Solidificação 
� Erosão 
� Diagênese 
� Metamorfismo 
Rochas ígneas 
Magma 
O magma é uma fusão de silicatada forma-
do a grandes profundidades. Recebe esse 
nome quando está no interior da terra, 
quando extravasa é chamado de lava. 
Apresenta temperaturas entre 700ºC e 
1200ºC e é dividido em três partes: 
1) Líquida: Rocha fundida. 
2) Sólida: Minerais já cristalizados e 
fragmentos de rochas. 
3) Gasosa: Voláteis dissolvidos como 
água, dióxido de carbono, metano 
e enxofre. 
Formado nas partes mais inferiores da 
litosfera e na astenosfera, o magma sólido 
que lá se encontra pode sofrer um alívio de 
pressão e um aumento da temperatura, 
entrar em fusão e formar a câmara mag-
mática. Com a diminuição da densidade o 
magma viscoso tende a subir para a super-
fície, em meio a falhas e fraturas, podendo 
alcançá-la ou não. 
De acordo com a composição do magma e 
a temperatura em que ele resfria novos 
minerais serão formados. A série de Bowen 
classifica esses minerais conforme a quan-
tidade de SiO2 presente no magma e a 
temperatura de cristalização.
 
Plutonismo 
As rochas intrusivas são as rochas ígneas 
formadas no interior da crosta. Possuem 
textura fanerítica, minerais visíveis a olho 
nu, o que nos leva a crer que foram resfri-
adas bem lentamente e deram tempo para 
os minerais crescerem. O magma nem 
sempre consegue atingir a superfície, soli-
dificando-se no interior da crosta, forman-
do corpos intrusivos de tamanhos e formas 
variadas que só podem ser vistos devido 
aos processos de erosão da crosta que 
revelaram essas estruturas. 
A profundidade com que o magma se soli-
difica serve para definir que tipo de estru-
tura ele irá formar. Em profundidades mai-
ores são formados os batólitos de grande 
extensão (>100km²) e os stocks de menor 
extensão. São as raízes das montanhas. 
Durante o seu crescimento pode incorpo-
rar outras rochas e as consolidam inteiras 
em seu interior, são chamadas de xenóli-
tos. 
Ígneas 
Sedimentares 
Metamórficas 
Sedimentos 
Magma 
8 
Renan Salvate Campos Geologia 
Em profundidades menores as estruturas 
formadas são os diques, lacólitos e os sills. 
Os diques são formados quando o magma 
invade verticalmente as rochas encaixantes 
e se solidifica em discordância com a estru-
tura original da rocha. Os sills são forma-
dos da mesma forma, porém o magma 
invade verticalmente. Os lacólitos são se-
melhantes aos sills, porém sua forma de 
cogumelo arqueia as rochas e os solos aci-
ma dele. 
 
Vulcanismo 
As rochas extrusivas são formadas no exte-
rior da crosta pelo magma expelido por 
vulcões ou derrame de lava. Possuem tex-
tura afanítica, minerais não visíveis a olho 
nu, indicando um resfriamento muito rápi-
do causado pela exposição da lava à atmos-
fera. 
Classificação 
Química 
A composição química de uma determina-
da rocha pode ser estimada a partir das 
proporções dos minerais que a constituem. 
Os parâmetros da seguinte forma: 
Classificação Teor de Sílica Exemplo 
Ácida SiO2 > 66% Granito 
Intermediária 66% > SiO2 > 52% Andesito 
Básicas 52% > SiO2 > 45% Basalto 
Ultra básicas SiO2 < 45% Gabro 
Cor 
O índice de cor define a proporção entre 
minerais máficos e félsicos constituintes da 
rocha. Representado por M é o percentual 
de minerais máficos na rocha, sendo os 
félsicos os mais claros e os máficos maisescuros. Podem ser subdivididas em: 
Classificação Índice de cor 
Hololeucocráticas M <10 
Leucocráticas 10 < M < 30 
Mesocráticas 30 < M < 60 
Máficas 60 < M < 90 
Ultramáficas M > 90 
Textura 
A textura define a possibilidade da identifi-
cação dos minerais a olho nu, são elas: 
Fanerítica 
Formada por minerais visíveis. Pode ser 
fina, média, grossa.É típica de rochas plu-
tônicas em razão do resfriamento lento do 
magma no interior da crosta. Assim, só 
ocorre em rochas plutônicas. São equigra-
nular se apresentarem a mesma classe 
granular e inequigranular se não. 
Ex.: Granito 
Afanítica 
Formada por minerais muito finos (não 
visíveis). É típica de rochas vulcânicas em 
razão do resfriamento rápido do magma 
(lava) na superfície. 
Ex.: Basalto 
Porfiríticas 
Formada em regiões intermediárias, tem 
grãos maiores que se sobressaem em rela-
ção a uma matriz mais fina. Pode ocorrer 
em rochas plutônicas e vulcânicas. 
Ex.: Dacito 
9 
Renan Salvate Campos Geologia 
 
Principais rochas 
 
Vulcânica 
Afanítica 
Félsica 
Ácida 
Riolito 
 
 
Vulcânica 
Afanítica 
Félsica 
Ácida 
Dacito 
 
 
Vulcânica 
Afanítica 
Félsica 
Intermediária 
Andesito 
 
 
Vulcânica 
Afanítica 
Máfica 
Básicas 
Basalto 
 
 
Vulcânica 
Afanítica 
Ultramáfica 
Ultrabásica 
Komatiíto 
 
 
Plutônica 
Fanerítica 
Félsica 
Ácida 
Granito 
 
 
 
 
 
Plutônica 
Fanerítica 
Félsica 
Ácida 
Granodiorito 
 
 
Plutônica 
Fanerítica 
Intermediária 
Ácida 
Diorito 
 
 
Plutônica 
Fanerítica 
Máfica 
Básica 
Gabro 
 
 
Plutônica 
Fanerítica 
Ultramáfica 
Ultrabásica 
Peridotito 
10 
Renan Salvate Campos Geologia 
Rochas sedimentares 
Sedimentos 
Sedimento é o material sólido que se de-
posita ao final de um transporte que pode 
ser físico ou químico. No primeiro, o sedi-
mento como matéria sólida já existe, no 
segundo ele só se forma na deposição dos 
íons carregados pela solução. 
Esses sedimentos são retirados de rochas 
pré-existentes por meio de intemperismo, 
dado pela ação da água, dos ventos, de 
outras rochas e da ação humana. São de-
positados em bacias sedimentares e lá se 
consolidam em rochas sedimentares com 
as alterações de temperatura e pressão. 
 
Os sedimentos podem ser: 
� Clásticos quando soltos de rocha pro-
duzidos por processos intempéricos e 
erosivos. 
� Químicos quando precipitados a partir 
de solução em água. 
� Biogênicos quando constituídos por 
fragmentos fossilizados de plantas ou 
animais. 
Quando são transportados até a bacia re-
cebem a classificação de alóctones, po-
dendo ser terrígeno se o transporte foi 
mecânico ou aloquímico se o transporte foi 
químico. Quando os sedimentos são for-
mados no interior da bacia por processos 
biogênicos ou químicos recebe a classifica-
ção de autóctones. 
Os sedimentos são classificados de acordo 
com seu diâmetro Ø, podendo ser: 
Diâmetro (mm) Classe Subclasse 
Ø > 256 
Cascalho 
Matacão 
64 < Ø < 256 Bloco 
4 < Ø < 64 Seixo 
2 < Ø < 4 Grânulo 
1 < Ø < 2 
Areia 
Muito grossa 
0,5 < Ø < 1 Grossa 
0,25 < Ø < 0,5 Média 
0,125 < Ø < 0,25 Fina 
0,062 < Ø < 0,125 Muito Fina 
0,031 < Ø < 0,062 
Silte 
Grosso 
0,016 < Ø < 0,031 Médio 
0,008 < Ø < 0,016 Fino 
0,004 < Ø < 0,008 Muito fino 
Ø < 0,004 Argila Argila 
 
As rochas formadas exclusivamente por 
Areia, Silte e Argila, recebem o nome de 
Arenito, Siltito e Argilito respectivamente. 
Já as rochas formadas por sedimentos das 
quatro classes recebem o nome de con-
glomerado. 
Diagênese 
A consolidação dos sedimentos e a forma-
ção das rochas sedimentares recebem o 
nome de diagênese. São quatro processos: 
Compactação, dissolução e cimentação. 
Compactação mecânica 
O aumento da pressão faz com que os se-
dimentos fiquem cada vez mais juntos, 
diminuindo os vazios entre eles e dimi-
nuindo sua porosidade. 
Dissolução (compactação química) 
Se a água percolar entre os sedimentos e 
estes forem suscetíveis ao efeito químico 
da água, as extremidades dos mesmos 
podem ser dissolvidas e os sedimentos se 
encaixam uns nos outros. 
Cimentação 
É a precipitação química de outros mine-
rais a partir dos íons em solução da água 
intersticial. Ocorre em conjunto com a 
11 
Renan Salvate Campos Geologia 
dissolução e forma uma coesão entre os 
sedimentos. 
Os processos da diagênese formam a litifi-
cação, que é a transformação dos sedimen-
tos em rocha. 
Composição das rochas 
Os componentes deposicionais de um 
agregado sedimentar são três: Arcabouço, 
matriz e cimento. O arcabouço correspon-
de à fração clástica principal e as mais 
grossas. O material clástico mais fino é a 
matriz. O Cimento é o material mais fino, 
depositado por soluções que unem os ou-
tros elementos. 
� Arcabouço 
� Cimento 
� Matriz 
 
Os conglomerados que apresentam maior 
quantidade de matriz são chamados de 
paraconglomerados, e os que apresentam 
mais arcabouço que matriz se chamam 
ortoconglomerados. 
Principais Rochas 
 
 
 
Arenito Argilito 
 
 
 
 
Conglomerado Arenito Conchífero 
 
Rochas Metamórficas 
Rochas metamórficas se originam de ou-
tras rochas preexistentes, em resposta a 
mudanças nas condições de temperatura e 
pressão no interior da crosta terrestre. 
Metamorfismo 
Metamorfismo é o conjunto de transfor-
mações com mudanças na estrutura, com-
posição mineralógica e composição quími-
ca, pelos quais uma rocha preexistente, 
chamada de protólito, adapta-se as novas 
condições físico-químicas no interior da 
crosta. Essas mudanças mineralógicas re-
sultam de reações no estado sólido. 
Os fatores principais que controlam os 
processos metamórficos são a natureza do 
portólito, temperatura, pressão litostática, 
pressão dirigida, presença de fluidos e o 
tempo de duração desses processos. 
Natureza do protólito 
As características químicas, mineralógicas, 
texturais e estruturais da rocha precursora 
são determinantes para o desenvolvimento 
das feições do metamorfismo. A composi-
ção mineralógica e química define as asso-
ciações de minerais que podem se formar 
com a variação da temperatura e pressão. 
Algumas rochas são pouco sensíveis a essas 
mudanças e pouco se alteram com o me-
tamorfismo, já outras rochas podem sofrer 
recristalização e deformação tendo sua 
textura e estrutura muito modificada. 
Temperatura 
As principais fontes de calor na Terra são o 
calor residual do manto e o calor gerado 
por desintegrações radioativas. Sendo o 
primeiro ser transmitido via tectônica de 
placas em forma de intrusão de material 
ígneos, chamada de advecção, ou transfe-
rência de calor entre as rochas da crosta. A 
mudança de temperatura promove reações 
químicas no interior da rocha, e seus mine-
rais tem que encontrar um novo equilíbrio. 
Em elevadas temperaturas, o metamorfis-
12 
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mo pode levar ao campo ígneo e provocar 
a fusão parcial das rochas, formando os 
migmatitos. 
As temperaturas aumentam no interior da 
terra, em sua maioria, em um gradiente 
térmico entre 15 e 30ºC/Km. 
Pressão 
Existem dois tipos de pressão atuantes na 
crosta, a litostática (confinada) e a dirigida 
(stress). A primeira é distribuída unifor-
memente em todas as direções aumentan-
do conforme a profundidade, originada da 
coluna de rocha existente sobre a que so-
fre a pressão. A Segunda é proveniente das 
movimentações tectônicas onde a placa se 
localiza,atua de forma vetorial. A defor-
mação mecânica promove mudanças signi-
ficativas na textura e na estrutura das ro-
chas provocando sua orientação. Isso pro-
move o folheamento. 
Fluidos 
A presença de fluidos é importante para a 
alteração composicional da rocha meta-
morfoseada, além de poder provocar fratu-
ras na mesma caso a pressão desses fluidos 
ultrapasse a resistência mecânica da rocha, 
abrindo espaço para o escape desse fluido 
e a deposição de novos minerais. 
Tipos de metamorfismo 
O metamorfismo se desenvolve em diver-
sos ambientes e possui extensão que pode 
variar de pequenas áreas em cm² até regi-
ões com milhares de quilômetros de exten-
são. 
Regional / Dinamotermal 
Esse tipo de metamorfismo ocorre em limi-
tes de placas tectônicas, os protólitos são 
fortemente deformados, dobrados e falha-
dos pelas elevadas temperaturas e pres-
sões litostáticas e dirigidas com 4 níveis de 
intensidade, formando novas texturas e 
associação de minerais. As rochas resultan-
tes apresentam folheação. 
� Nivel 1: Ardósias => Mais frágil 
� Nível 2: Filitos => Baixa resistência, fo-
lheação 
� Nível 3: Xistos => Resistencia maior, 
folheação 
� Nível 4: Gnaisse => Alta Resistencia, 
folheação 
 
Contato / Termal 
Esse tipo se desenvolve em rochas sedi-
mentares encaixantes ao redor de intru-
sões magmáticas. O calor do dique ígneo 
“cozinha” as sedimentares e forma o cha-
mado hornfels. 
 
Cataclástico / Dinâmico 
Tipo comum em zonas de falhas e zonas de 
cisalhamento tectônico. As pressões dirigi-
das de grande intensidade provocam a 
cominuição dos minerais reduzindo a gra-
nulação e deformando, textura e estrutura 
com micro bandeamentos e laminações 
tectônicas. A rocha metamorfoseada fica 
polida e com espaços para a entrada de 
água. É o processo de formação do miloni-
to. 
13 
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Hidrotermal 
Ocorre quando a água quente percola em 
fraturas entre rochas. As trocas iônicas 
entre a água quente e as paredes das fra-
turas desestabilizam os minerais da parede 
e os fazem recristalizar de outras maneiras, 
provocando a perda de resistência da ro-
cha. 
 
Propriedades 
 Textura 
As texturas da rocha metamórfica se de-
senvolvem por blastese, processo que im-
plica na nucleação e crescimento mineral 
no estado sólido. Por isso essas texturas 
são identificas pelo radical blasto. 
� Granoblastos: Possuem grãos em tama-
nhos iguais, sem predominância de um 
ou outros minerai e visíveis a olho nú. 
 
� Lepidoblasto: Mais comum em rochas 
com micáceos, possuem grãos em ta-
manhos iguais orientados, porém não 
visíveis a olho nú. 
 
� Nematoblasto: Mais comum em rochas 
com anfibólios e piroxênios, possuem 
grãos em tamanhos diferentes e orien-
tados. 
 
� Porfiroblasto: Possuem grãos que se 
destacam dos demais da rocha. 
 
Estrutura 
As estruturas da rocha metamórfica são 
definidas pelo seu processo de transforma-
ção. As folheações são: 
� Xistosidade: Definida pela orientação de 
minerais micáceos. 
� Clivagem ardosiana: Apresenta uma 
fissilidade definida pela orientação de 
micáceos indistintos a olho nú. 
� Bandamento: Comum nos gnaisses on-
de os minerais félsicos e máficos se se-
param em linhas escuras e claras. 
 
14 
Renan Salvate Campos Geologia 
Principais rochas 
 
Dinamotermal 
Alto Grau (4) 
Nematoblasto 
Bandamento 
Gnaisse 
 
 
Dinamotermal 
Média (3) 
Lepidoblasto 
Xistosidade 
Micaxisto 
 
 
Dinamotermal 
Médio (3) 
Nematoblasto 
Xistosidade 
Xisto 
 
 
Cataclástico 
 
Porfiroblasto 
Cataclástica 
Milonito 
 
 
Dinamotermal 
Alto(5) Fusão Parcial 
Granoblastos 
Diversa 
Migmatito 
 
 
Dinamotermal 
Média (3) 
Granoblasto 
Xistosidade 
Quarzito 
 
 
 
 
 
Dinamotermal 
Baixo (1) 
Granoblastica 
Clivagem Ardosiana 
Ardósia 
 
15 
Renan Salvate Campos Geologia 
Estruturas 
Estrutura das rochas 
As rochas possuem dois tipos de estrutu-
ras, a primária, descendente do seu pro-
cesso de formação e a secundária, que vem 
dos esforços sofridos pela rocha. 
Estrutura primária 
Durante a gênese das rochas, os minerais 
se agrupam em formas geométricas iguais, 
os espaços entre essas formas são uma 
fraqueza da rocha, e por consequência, 
uma força aplicada nesses atuam com mai-
or intensidade. 
 
Estrutura secundária 
Quando a rocha está em alta temperatura 
fica maleável com uma pressão dirigida, 
sofre stress, e responde se deformando, 
strain, na direção oposta a essa força. O 
strain gera variação de volume e distor-
ções. 
Dobras 
As deformações dúcteis que afetam os 
corpos rochosos são denominadas de do-
bras, originam-se em ambientes compres-
sivos ou extensionais associados à forma-
ção das cadeias de montanhas. 
 
 
A dobra é classificada de acordo com sua 
direção, podendo ser: 
� Anticlinal: Com a rocha mais antiga no 
centro, concavidade para baixo:
 
� Sinclinal: Com a rocha mais nova no 
centro, concavidade para cima:
 
Falhas 
As falhas resultam de deformações rúpteis 
nas rochas da crosta, são expressas por 
superfícies descontínuas com algum deslo-
camento. 
 
Com o grande esforço as rochas se rom-
pem em seu plano de fraqueza, a indicação 
em campo para uma falha é o ponto trípli-
ce, onde 3 ou mais rochas diferentes apa-
recem juntas. 
Falha normal 
 
 
 
 
 
16 
Renan Salvate Campos Geologia 
Falha inversa 
 
Sistema de falhas 
 
Além do deslocamento vertical, pode ocor-
rer o deslocamento horizontal, a parte 
deslocada é chamada de rejeito. 
Dobras e falhas são estruturas quilométri-
cas, regionais, as falhas pressupõem deslo-
camentos relativos. Existem, porém as 
fraturas, feições locais e descontinuidades 
sem deslocamento responsáveis pela com-
partimentação dos maciços rochosos. 
Fraturas 
Existem dois tipo, as tectônicas, provenien-
tes de movimentações da rocha, e as de 
alívio, proveniente do alívio de pressão 
sobre a rocha. 
Fraturas tectônicas 
Os movimentos tectônicos podem promo-
ver o faturamento vertical das rochas, dei-
xando espaço para a água entrar e conse-
quentemente erodir a rocha. São mais 
polidas. 
 
Fraturas de alívio 
Quando uma rocha tem sua cobertura su-
perior erodida, as pressões na parte supe-
rior e inferior ficar diferentes, isso provoca 
um faturamento horizontal na rocha, como 
se ela se dividisse em camadas. São mais 
rugosas. 
 
 
17 
Renan Salvate Campos Geologia 
Intemperismo 
Intemperismo é o conjunto de modifica-
ções de ordem física e química que as ro-
chas sofrem ao aflorar na superfície da 
terra. Tem como produtos a rocha alterada 
e o solo, que estão sujeitos à erosão, 
transporte e sedimentação. 
Os fatores que influenciam no intemperis-
mo são o clima, o relevo, a fauna e flora, a 
rocha matriz e o tempo de exposição. 
Tipos de intemperismo 
Os tipos se diferenciam, porém agem em 
conjunto para promover a alteração nas 
rochas. 
Intemperismo Físico 
São todas as alterações que causam a de-
sagregação e fragmentação das rochas, 
com separação dos grãos minerais a rocha 
sã é transformada em material descontí-
nuo e friável. 
Variação de pressão 
O alívio das pressões superiores à rocha sã 
pode causam fraturas de alívio. 
Variação de temperatura 
A intermitente variação de temperatura e a 
consequente dilatação e contração da ro-
cha fazem com que os minerais se sepa-
rem, por ter coeficiente de dilatação dife-
rente.Cristalização de sais 
Quando a água no interior de fissuras eva-
pora, sais podem ficar presentes no local e 
cristalizarem-se, exercendo pressão contra 
as paredes da rocha. 
Congelamento da água 
A água quando congela, aumenta de volu-
me, dentro de fissuras, essa variação causa 
pressão nas paredes da rocha. 
Físico-biológico 
Causado pela entrada de raízes de plantas 
nas fissuras da rocha, causando sua que-
bra. 
Intemperismo Químico 
São as alterações na mineralogia das ro-
chas devido à presença de agentes quími-
cos. Os elementos químicos mais solúveis 
são transportados modificando os minerais 
constituintes, e por consequência, desa-
gregando a rocha. 
Hidrólise 
Mais comum em climas tropicais úmidos, a 
hidrólise representa a entrada de água na 
rocha. Os ions H+ e OH- atacam principal-
mente os silicatos eliminando a sílica Si e o 
potássio K. 
Acidólise 
Comum em ambientes frios, causada pela 
presença de ácido vindo da decomposição 
parcial de matérias orgânicas. Esse ácido 
atacam e eliminam o Ferro Fe e o Alumínio 
Al. 
Hidratação 
Quando ocorre a incorporação do íon OH- 
na composição do mineral, este se trans-
forma em outro, alterando sua estrutura. 
Oxidação 
A incorporação do íon O- - na composição 
do mineral causa uma modificação nos íons 
de Fe++ e uma consequente alteração na 
sua estrutura. 
Carbonatação 
A incorporação do íon CO3
- - causa a disso-
lução principalmente de rochas calcárias. 
Separando seus componentes e alterando 
a estrutura. Ocorre muito em chuvas áci-
das. 
18 
Renan Salvate Campos Geologia 
Solos 
O principal produto do intemperismo é o 
solo. Formado pela desagregação e de-
composição da rocha sã, podendo ser 
transportado ou não. O processo formador 
do solo é chamado pedogênese. 
O solo pode ser residual, caso o intempe-
rismo atue localmente e o solo não se mo-
vimente, ou pode ser um solo transporta-
do, que sofreu erosão e perdeu as caracte-
rísticas da rocha de origem. 
Como material anisotrópico, apresenta 
resistência diferente de acordo com a dire-
ção da força. 
Solo Residual 
Os solos residuais podem ser divididos em 
solo maduro e solo residual jovem, que são 
resultados do intemperismo da rocha alte-
rada e da rocha sã seguindo o perfil: 
 
� Rocha sã: Rocha não alterada 
� Rocha alterada: Rocha que sofreu pe-
quena desagregação devido ao intem-
perismo, menos resistente e mais per-
meável que a rocha sã. 
� Solo Residual Jovem: Totalmente desa-
gregado, mas contem características da 
rocha sã, menos resistente e mais per-
meável que a rocha alterada. 
� Solo Residual Maduro: Totalmente 
desagregado, sem nenhuma relação 
com a rocha sã, resistência menor que 
do solo residual jovem e menor perme-
abilidade devido à pequena granulome-
tria e a compactação. 
 
SRJ e SRM também são chamados de rego-
lito. 
Solo Transportado 
As principais formas de transporte do solo 
são a gravidade, a água e o vento, por isso 
eles são classificados pelo seu transporte. 
Transporte gravitacional 
Queda de bloco – Rockfall 
De reologia rúptil, ocorre quando há o ven-
cimento do atrito em fraturas ou na super-
fície de contato dos clastos, que caem pelo 
seu próprio peso. Formam depósito de 
blocos e depósito de talus. 
 
Deslizamento – Sliding 
De reologia rúptil, ocorre devido ao cisa-
lhamento ao longo de superfícies planas de 
19 
Renan Salvate Campos Geologia 
descontinuidade físicas definidas. Resulta 
em falhas normais de alta encosta. 
Também chamado de deslizamento planar. 
 
Escorregamento – Slumping 
De reologia rúptil, ocorre devido ao cisa-
lhamento ao longo de superfícies curvas de 
descontinuidade físicas definidas. Resulta 
em depósitos dobrados de baixa encosta. 
Também chamado de deslizamento rotaci-
onal. 
 
Corrida de massa 
Fluxo viscoso descendente com frente ro-
chosa de grandes blocos seguida por um 
rio de 50% de volume detrítico. Alto poder 
destrutivo. 
 
 
Tipos de solos transportados 
Depósito de talus 
Proveniente da queda de blocos de encos-
tas, predomínio de blocos grandes no solo. 
 
Colúvio 
Proveniente do transporte de sedimentos 
pela água da chuva, predomínio de solo 
fino. 
 
Alúvio 
Solos típicos das planícies fluviais, proveni-
entes de deposições sucessivas de materi-
ais transportados e depositados pelos cur-
sos de água. Apresentam várias camadas 
de sedimentos de granulometria variada. 
 
Arenoso 
Proveniente de deposito de sedimentos 
pelo mar, rios ou vento. Apresenta poros 
grandes entre os grãos pelos quais a água e 
o ar escoam com relativa facilidade. Nesse 
escoamento, a água pode levar considera-
velmente sais minerais, contribuindo para 
tornar o solo pobre desses nutrientes. 
 
20 
Renan Salvate Campos Geologia 
 
Análise de perfis do solo 
Os solos são materiais difíceis de transpor-
tar para laboratório, o que obriga a analisa-
lo em campo. Para isso faz-se sondagens 
com equipamentos eletromagnéticos ou 
ondas de rádio, que com a mudança de 
velocidade das ondas conseguem descobrir 
que material está sob a superfície daquele 
local. 
Sondagem SPT, conhecido como sondagem 
à percussão, é um processo de exploração 
e reconhecimento do subsolo, utilizado na 
engenharia civil para se obter subsídios 
que irão definir o tipo e o dimensionamen-
to das fundações que servirão de base para 
uma edificação. A sigla SPT significa “stan-
dard penetration test” ou ensaio de pene-
tração padrão. 
As principais informações obtidas com esse 
tipo de ensaio são: 
• A identificação das diferentes ca-
madas de solo que compõem o 
subsolo. 
• A classificação dos solos de cada 
camada. 
• O nível do Lençol freático. 
• A capacidade de carga do solo em 
várias profundidades. 
O ensaio consiste na cravação vertical no 
solo, de um cilindro amostrador padrão, 
através de golpes de um martelo. São ano-
tados os números de golpes necessários à 
cravação do amostrador em três trechos 
consecutivos de 15 cm sendo que o valor 
da resistência à penetração (NSPT) consiste 
no número de golpes aplicados na crava-
ção dos 30 cm finais. Após a realização de 
cada ensaio, o amostrador é retirado do 
furo e o testemunho é coletado, para pos-
terior classificação que geralmente é feita 
pelo método Tátil-visual. 
Quanto maior for o cilindro sem fraturas, 
mais resistente é o solo. 
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21 
Renan Salvate Campos Geologia 
Erosão 
Erosão é a destruição e transporte do solo 
e das rochas, em geral feito pela água ou 
vento. Esses sedimentos são transportados 
para as partes mais baixas do terreno e se 
responsabilizam pelo assoreamento dos 
cursos d’água. 
Em solos cobertos pela vegetação a erosão 
é quase inexistente, porém quando o solo 
é desmatado os processos intempéricos 
atuam com maior intensidade e provocam 
uma erosão severa que pode levar a deser-
tificação. 
O principal agente erosivo é a chuva, as 
gotas d’água quando caem desagregam os 
grãos do solo e os transportam em seu 
escoamento superficial. Também são res-
ponsáveis os rios, o vento, o mar e a gravi-
dade. 
O escoamento superficial em inicia o traba-
lho de remoção em 
superfícies lisas, um 
processo lento e 
uniforme de retirada 
do solo em camadas 
finas, processo co-
nhecido como erosão laminar. 
Quando essa erosão escava o solo uma 
profundidadesuficiente para criar um ca-
minho preferencial para o escoamento são 
formados os sulcos, chamado erosão por 
sulcos. 
 
Se os sulcos atingirem uma profundidade 
elevada, tonando difícil o crescimento de 
vegetação no local, o solo está muito ero-
dido, e se formam as ravinas. 
 
Quando as ravinas atingem profundidade 
suficiente para alcançar o lençol freático 
ocorre o processo chamado exfiltração, o 
solo absorve a água do lençol e o transpor-
ta pelos canais de drenagem, formando as 
voçorocas. 
 
 
22 
Renan Salvate Campos Geologia 
Águas subterrâneas 
Toda água que ocupa vazios em formações 
rochosas ou no regolito é classificada como 
água subterrânea. 
A água infiltrada percorre m caminho pelo 
subsolo, que depende da força gravitacio-
nal e das características dos materiais pre-
sentes. Estes e outros fatores vão controlar 
o armazenamento e o próprio movimento 
das águas subterrâneas. 
Infiltração 
O processo que recarrega o subterrâneo 
com água é a infiltração, e depende dos 
materiais do solo, da vegetação, topogra-
fia, da precipitação e da ocupação do solo. 
Materiais do solo 
A água penetra no solo por meio da poro-
sidade dos solos permeáveis, como a areia, 
e da presença de fraturas em rochas. 
Materiais argilosos e rochas cristalinas 
pouco fraturadas não muito pouco per-
meáveis ou completamente impermeáveis, 
e controlam a infiltração. 
A quantidade de água transmitida pelo solo 
depende de uma característica chamada 
capacidade de campo, correspondente ao 
volume de água absorvido antes de atingir 
a saturação. 
Cobertura vegetal 
As plantas exercem um papel de facilitar e 
balancear a infiltração da água no solo, a 
cobertura das arvores capta a água precipi-
tada e devolve ao solo em pequenas por-
ções pelo caule. Em áreas desmatadas 1/3 
da precipitação evapora antes de atingir o 
solo. 
Topografia 
Declividades íngremes favorecem o esco-
amento e diminuem o escoamento, en-
quanto que superfícies suavemente ondu-
ladas permitem maior infiltração. 
Precipitação 
O modo de distribuição das chuvas ao logo 
do ano interessa na recarga das águas sub-
terrâneas. Chuvas mais frequentes geram 
maior infiltração enquanto que chuvas 
torrenciais favorecem o escoamento super-
ficial. 
Ocupação do solo 
O avanço da urbanização promove a im-
permeabilização do solo, o que diminui a 
infiltração. Além de utilizar a água armaze-
nada para o consumo. 
Distribuição e movimentação da 
água no subsolo 
Lençol freático 
Quando a água infiltra no regolito passa 
por dois movimentos, um ascendente e um 
descendente. O espa-
ço entre os poros nas 
primeiras camadas do 
solo é muito pequeno, 
e se formam capilares, 
que aprisionam a água 
pela pressão, e sofre 
movimento ascenden-
te, é a chamada água 
higroscópica. Se o 
tamanho dos poros for 
maior, a água conse-
gue descer pela gravi-
dade, é a água livre. 
Ela desce até atingir 
uma zona onde todos 
os poros ficam cheios 
de água, solo satura-
do. O limite entre o 
solo saturado e o solo 
insaturado é chamado 
de lençol freático. 
 
23 
Renan Salvate Campos Geologia 
O fluxo da água 
Além da gravidade a água se move no sub-
solo por diferenças de pressão, chamada 
potencial hidráulico. Essa diferença de 
pressão pode fazer a água subir ou descer, 
conforme as colunas d’água dos pontos 
adjacentes se comportem. 
O fluxo da água é diretamente proporcio-
nal a inclinação do terreno, denominado 
gradiente hidráulico é definido pela razão 
entre o desnível ∆! e a distancia entre os 
dois pontos ∆". Depende também da poro-
sidade do solo e da viscosidade da água, 
definido em um parâmetro k. Dessa forma 
a vazão específica (q) do material do solo é 
dada por # � $ ∙ ∆&∆' . 
Em permeáveis como areia a velocidade 
chega a 15cm/dia, e em basaltos muito 
fraturados a 1000 m/hora. Já em locais 
muito impermeáveis registrou-se 1m/ano. 
Aquíferos 
Aquíferos são unidade rochosas ou sedi-
mentos porosas e permeáveis que armaze-
nam e transmitem grandes volumes de 
água. 
São classificados de acordo com a porosi-
dade do material, podendo ser intergranu-
lar, de fraturas, ou contudos. 
Aquíferos intergranulares ocorrem em 
rochas sedimentares clásticas, como areni-
tos, a produtividade de água diminui con-
forme aumenta o grau de cimentação. 
Aquíferos de fraturas se formam em ambi-
entes tectônicos, no qual dobras e falhas 
geram fraturas nos materiais permitindo a 
entrada e armazenamento da água. 
Aquíferos de contudos se caracterizam pela 
porosidade cárstica, proveniente da disso-
lução de calcários e mármores, e apresen-
tam grandes volumes de água com alto 
risco de contaminação, devido à baixa fil-
tração do material. 
Aquífero livre 
São aqueles que têm o topo demarcado 
pelo lençol freático estando em contato 
com a atmosfera. 
Aquífero suspenso 
Ocorrem acima do aquífero principal, em 
pequenas zonas onde a água consegue ser 
armazenada na zona insaturada por mate-
riais impermeáveis. 
Aquífero confinado 
Ocorrem quando o aquífero está confinado 
entre duas zonas impermeáveis. Represen-
tam zonas de grande profundidade onde a 
água esta sob pressão atmosférica e de 
toda coluna d’água. 
 
Artesianismo 
Quando um poço perfura um aquífero con-
finado a pressão atmosférica começa a 
atuar no nível do lençol freático. Se o nível 
do terreno aonde o poço começou a ser 
escavado for inferior ao nível da coluna 
d’água em qualquer ponto interligado do 
aquífero ocorre o efeito do artesianismo, 
que é a água jorrando pela superfície, ven-
cendo a força gravitacional. 
 
24 
Renan Salvate Campos Geologia 
Rochas ornamentais 
Do ponto de vista comercial, as rochas 
ornamentais e de revestimento são basi-
camente subdivididas em granitos e már-
mores. Como granitos, enquadram-se as 
rochas silicáticas, enquanto os mármores 
englobam as rochas carbonáticas. Alguns 
outros tipos litológicos, incluídos no campo 
das rochas ornamentais, são os quartzitos, 
serpentinitos, travertinos e ardósias, tam-
bém muito importantes setorialmente. 
Rochas isótropas, sem orientação prefe-
rencial dos constituintes mineralógicos, são 
designadas homogêneas e mais utilizadas 
em obras de revestimento. Rochas anisó-
tropas, com desenhos e orientação minera-
lógica, são chamadas movimentadas e mais 
utilizadas em peças isoladas, pois sua apli-
cação em revestimentos demanda apuro 
estético e caracteriza uma nova tendência 
de design, ainda não totalmente assimilada 
pela maioria dos consumidores tradicio-
nais. 
O padrão cromático é o principal atributo 
considerado para qualificação comercial de 
uma rocha. Em função das características 
cromáticas, os materiais são enquadrados 
como clássicos, comuns ou excepcionais. 
Os materiais clássicos não sofrem influên-
cia de modismos, incluindo mármores 
vermelhos, brancos, amarelos e negros, 
bem como granitos negros e vermelhos. Os 
materiais comuns, de largo emprego em 
obras de revestimento, incluem mármores 
bege e acinzentados, além de granitos 
acinzentados, rosados e amarronzados. Os 
materiais excepcionais são normalmente 
utilizados para peças isoladas e pequenos 
revestimentos, abrangendo mármores 
azuis, violeta e verdes, além de granitos 
azuis, amarelos, multicores e brancos. 
As designações comerciais aplicadas são 
muitas vezes exóticas e enganosas, não 
espelhando os parâmetros de cor e proce-
dência dos materiais. As formas tradicio-
nais de nomenclatura refletem tais parâ-
metros devendo ser adotadascomo base 
para identificação de novos materiais co-
mercialmente tipificados. 
Os produtos comerciais obtidos a partir da 
extração de blocos e serragem de chapas, 
que sofrem algum tipo de tratamento de 
superfície, como polimento e lustro, são 
designados como rochas processadas es-
peciais 
As ardósias recebem designação específica, 
sendo os nomes comerciais diferenciados 
pela cor da rocha. Os serpentinitos tem 
seus produtos comercializados sob a desig-
nação de mármores verdes. 
Mármores 
 
Arabesco 
Capadócia 
Aurora Pérola Bege Camurça 
 
Botticino 
Nuovo 
Branco Carrara Calacatta Oro 
 
Cappadócia Cioccolato Crema Marfil 
 
Granitos 
 
Azul Bahia Café Imperial Caledonia 
25 
Renan Salvate Campos Geologia 
 
Ocean Sea Foam Red Dragon 
 
Wave Verde Mari-
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