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Traumatismos do Cotovelo Prof. Vinícius Sigrist Nava FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO Fraturas da Diáfise do Úmero Podem estar localizadas no terço proximal, médio ou distal; Mecanismos de Lesão: Trauma direto acidentes automobilísticos; Trauma indireto quedas com a mão espalmada; Os traumas de alta energia ocasionam cominuição óssea, causando maior instabilidade no foco da fratura e lesões moles associadas; Fraturas da Diáfise do Úmero Classificação (AO): É baseada no grau de cominuição da fratura, separadas em 3 grupos, quanto à gravidade, independente da localização; Fraturas não-cominutivas; Fraturas simples traço transverso, oblíquo ou espiral; Fraturas com asa de borboleta; 3 fragmentos um deles em forma de triângulo; Cominutivas; Traumas de alta energia, mais de 3 fragmentos. Fraturas da Diáfise do Úmero Espiral Transverso Asa de Borboleta Fraturas da Diáfise do Úmero Diagnóstico: Sinais clássicos de fratura: Dor; Edema; Deformidade; Crepitação; Mobilidade anormal; RX AP e perfil; Nas fraturas patológicas Cint. Óssea, TC e RNM. Fraturas da Diáfise do Úmero Tratamento: Conservador ou cirúrgico; Conservador: Comuns nas fraturas da diáfise do úmero; Fraturas não deslocadas 90 a 100% de consolidação; Deslocadas redução desalinhamentos aceitáveis de 10 a 20° de angulação anterior, 10 a 30° em varo e 2,5 cm de encurtamento; Fraturas transversas simples difícil consolidação em comparação às outras; Fraturas da Diáfise do Úmero Tipos de Tratamento Conservador: Pinça de confeiteiro ou tala gessada em U; Gesso pendente; Velpeau; Brace; Fraturas da Diáfise do Úmero Tratamento Cirúrgico: Indicações: Fraturas de difícil redução; Fraturas oblíquas do terço distal (possível lesão do nervo radial); Fraturas patológicas; Lesão vascular associada; Lesões associadas do MS; Fraturas expostas; Politraumatizados. Fraturas da Diáfise do Úmero Tipos de fixação cirúrgica: Fixador externo fraturas expostas, perdas ósseas, pacientes imunodeprimidos; Placas de Compressão índices de consolidação de 84 a 100%; Fixação Intramedular preservação da circulação sanguínea periosteal; Complicações: Lesão do nervo radial, lesões vasculares, consolidação viciosa e pseudo-artrose. Fraturas da Diáfise do Úmero Placa Haste Intramedular Fixador Externo Fraturas da Diáfise do Úmero FISIOTERAPIA Durante o período de imobilização: Manter ADM: Cintura escapular, Ombro, Cotovelo, Punho, Dedos; Manter FM: Músculos do punho e dedos; Após retirada da imobilização e consolidação óssea: Ganho progressivo de força muscular de todo o MS; Ganho progressivo de propriocepção. FRATURAS DO COTOVELO Fraturas do Cotovelo Nos traumas do cotovelo, as fraturas ocorrem, em média, em 31,8% dos casos; Tipos de Fraturas possíveis no cotovelo: Fratura supra e intercondilar do úmero; Fratura da cabeça do rádio (39,4%); Fratura do olécrano (12,9%); Fratura do côndilo umeral lateral ou medial; Fratura do processo coronóide; Luxação do cotovelo (14,7); Fraturas do Cotovelo Fratura Supra e Intercondilar do Úmero Fratura mais graves das que afetam a articulação do cotovelo; Classificação: Tipo 1 Sem desvio; Tipo 2 Com desvio, mas sem rotação dos fragmentos; Tipo 3 Com desvio e com rotação; Tipo 4 Com desvio e com cominuição intra-articular; A maioria dessas fraturas apresenta desvios; Mais comum em mulheres, 55 anos em média osteoporose; Tratamento cirúrgico fixação com placas ou parafusos, com possível osteotomia do olécrano; Fraturas do Cotovelo Fraturas do Cotovelo Fratura da Cabeça do Rádio Ocorre em todas as idades; Comumente por queda sobre o MS estresse em valgo, pelo impacto da cabeça do rádio no côndilo lateral do úmero; Classificação: Tipo 1 Fratura marginal sem desvio; Tipo 2 Fratura marginal com desvio; Tipo 3 Fratura cominutiva, envolvendo toda a cabeça; Tipo 4 Tipo 3 associado à luxação posterior do cotovelo; As fraturas tipo 1 e 2 com pequeno desvio tratamento conservador com imobilização gessada; Fraturas do Cotovelo Fraturas tipo 2 com desvio importante redução com auxílio de fios de Kirschner e fixação com parafusos; Fraturas tipo 3 ressecção da cabeça do rádio, imobilização por 20 dias. Nas fraturas tipo 3 e 4, a estabilidade do cotovelo é proporcionada pela membrana interóssea evita a migração proximal do rádio. Fraturas do Cotovelo Fraturas do Cotovelo Fratura do Olécrano Fratura articular, com possível desvio tríceps braquial; Tratamento cirúrgico; Fixação por cerclagem em forma de 8, com fios de Kirschner; Fraturas cominutivas placas de compressão, fixadas posteriormente; Ressecção do material se síntese pode ser feita, mas não obrigatória; Fraturas do Cotovelo Fraturas do Cotovelo Fraturas do Cotovelo FISIOTERAPIA Pós operatório imediato: Exercícios passivos se possível (contato com o médico); Eletroterapia sem acúmulo de calor, caso haja fixação metálica CDB, CIV, TENS; Crioterapia alívio da dor; Exercícios resistidos para musculatura do punho e mão com exceção das fraturas de epicôndilo. Fraturas do Cotovelo FISIOTERAPIA Fase Sub Aguda: Eletroterapia sem acúmulo de calor, se dor; Início do trabalho de ganho de ADM exercícios passivos e mobilizações leves; Início do trabalho de ganho de FM exercícios com resistência leve; Fase Final: Progressão nas mobilizações articulares para ganho total da ADM possível; Progressão nos exercícios resistidos para ganho de FM; Retorno às atividades da vida diária. LUXAÇÃO DO COTOVELO Luxação do Cotovelo Pode ocorrer em todas as idades destaque aos jovens, por volta dos 30 anos; Segunda luxação mais frequente; Diagnóstico fácil inspeção, com confirmação pelo RX; Classificação: (1) Devida ao tempo (aguda, crônica ou recorrente); (2) Articulação envolvida (cotovelo x cabeça do rádio); (3) Direção da luxação (valgo, varo, anterior, rotatória, póstero-lateral); (4) Grau de luxação ( subluxação ou luxação); (5) Presença ou ausência de fraturas. Luxação do Cotovelo Luxação do Cotovelo Tratamento Podem ocorrer complicações, como lesões ligamentares importantes e comprometimento nervoso avaliação médica; Redução tratamento médico; Imobilização por 2 a 3 semanas, em média; Imobilização prolongada em até 6 semanas em casos de lesões associadas dos ligamentos colaterais e cápsula articular; O sucesso da correção da instabilidade depende da restauração anatômica; Luxação do Cotovelo FISIOTERAPIA O tratamento depende do conhecimento da lesão e dos procedimentos médicos prévios ao encaminhamento; Fase aguda: Eletroterapia; Prioridade ao ganho de ADM exercícios passivos, mobilização articular flexão / extensão, pronação / supinação; Exercícios resistidos para musculatura atuante no punho e mão; Crioterapia ao final da sessão; Luxação do Cotovelo Fase Sub Aguda: Continuidade no ganho da ADM completa; Início dos exercícios resistidos carga leve; Início dos exercícios de apoio (CCF) carga leve; Fase Final: Progressão nos exercícios resistidos para ganho de FM carga progressiva; Progressão nos exercícios de apoio e impacto. Retorno às AVD’s. OBRIGADO! vinisina@gmail.com
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