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UNIVERSIDADE FUMEC FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - FEA NÍKOLAS BRANDÃO BILALIS CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AVIÕES E MOTORES II AVIAÇÃO EXECUTIVA Belo Horizonte 2014 Aviação executiva – descrição; Aviação executiva é um segmento da aviação geral constituído por indivíduos e empresas que utilizam as aeronaves como recurso para a condução de seus negócios. Portanto, destina-se a atender a demanda por voos privados (particulares), em rotas frequentemente distintas daquelas utilizadas pela aviação militar e regular (companhias aéreas). Esse ramo da aviação é predominantemente composto por aeronaves pertencentes a empresas ou pessoas com poder aquisitivo suficiente para adquirir uma aeronave particular. Também se encaixam neste ramo as empresas de táxi aéreo, que normalmente operam helicópteros e outras aeronaves de pequeno porte (pequenos aviões a jato e turbo-hélices). Os Estados Unidos da América possuem a maior frota de aviação geral do mundo. Em segundo lugar está o Brasil , sendo que a cidade de São Paulo concentra 35% de toda a frota de aeronaves da aviação executiva do país. Devido à crescente demanda e falta de disponibilidade de slots para voos privados nos grandes aeroportos, as aeronaves desse ramo tendem a fazer uso de aeródromos alternativos, que devido às suas pistas menores não podem receber jatos de grandes companhias aéreas. Na aviação executiva profissional, os principais segmentos são os seguintes: - Proprietários rurais que contratam pilotos (geralmente, somente comandantes) para operar pequenos mono ou bimotores a pistão (Cessna 172/182/206, Embraer Tupi/Corisco, Piper Seneca, Beech Bonanza e Baron, etc) ou Caravan em pistas de terra em suas fazendas – os grandes fazendeiros voam de King Air (turbo-hélice). Também podem ser garimpeiros ou negociantes de ouro e pedras preciosas. Esses pilotos ganham entre R$2mil e R$5mil (ou cerca de R$10mil, no caso dos pilotos de King Air). - Profissionais liberais (principalmente advogados) e médios empresários com negócios em locais não atendidos pela aviação comercial. Esse público voa de Cirrus, Pilatus, pequenos bimotores a pistão ou turbo-hélice, e pequenos jatos (Learjet, Citation, Hawker, etc). Um piloto deste sub- segmento ganha entre R$4mil e R$15mil. - Grandes empresários e executivos de grandes empresas – o topo da cadeia alimentar da aviação executiva. Existe um banco que possui um BBJ (Boeing Business Jet, um 737 modificado) que, segundo consta, paga R$30mil mensais para seu comandante. Mas a maioria dos pilotos deste segmento pilota os jatos Embraer Legacy, Bombardier Challenger, Dassault Falcon, e outros de médio porte, e ganham entre R$12mil e R$20mil (comando) – copilotos entre R$8mil e R$15mil. Conclusão A aviação executiva é um ramo da aviação que comporta aeronaves de pequeno a médio porte, e em poucas exceções de grande porte. É composta por empresas, empresários e pessoas físicas com capacidade aquisitiva para terem uma própria aeronave. Devido ao tamanho das aeronaves utilizadas neste segmento da aviação, utilizam aeródromos menores não utilizados pelas linhas aéreas. O salário e a rotina do piloto neste segmento da aviação são variados. A rotina pode ser cheia ou mais folgada dependendo da necessidade do contratador e os salários variam de acordo com o tamanho da aeronave e com a carga de trabalho, entre 2 e 20mil reais. Dados e perspectiva da aviação executiva no Brasil e no mundo. Dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) mostraram um avanço de 4,9% em 2013, com aquisição de 756 aeronaves. Esse aumento foi mais discreto que nos anos anteriores. Em 2012 havia sido de 6,7% e em 2011 de 6,4%. Mesmo assim, a curva segue para cima e mantém o Brasil com a segunda maior frota do setor no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Ao todo, são 14.648, sendo 5% de jatos, ante 209.034 na comparação. Nosso país é extremamente dependente da aviação geral. As companhias aéreas atingem, em média, 130 aeroportos. Muito pouco perto das mais de 4 mil pistas de pouso homologadas. É nesse “outro mundo” que os aviões de pequeno porte exercem um papel fundamental para a integração do país. as entregas de aviões que foram feitas no primeiro semestre de 2014 representaram 10,9 bilhões de dólares em negócios no mundo todo. Nesse período, foram entregues 1.110 aviões, um aumento de 4,3% em relação ao mesmo intervalo no ano anterior. Os dados são da Associação dos Fabricantes da Aviação Geral (Gama).
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