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Oração aos Moços Resenha Comentada

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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA 
 
ALUNOS 
Bárbara Mulatinho 
Karen Teixeira 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: ORAÇÃO AOS MOÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2016 
 
Bárbara Mulatinho 
Karen Teixeira 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: ORAÇÃO AOS MOÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Acadêmico apresentado à Disciplina Linguagem e Comunicação Jurídica do curso de DIREITO, ministrada pela Profª Msc. Christine Alves 
 
 
 
 
 
Belém 
2016 
 
INTRODUÇÃO 
Ruy Barbosa de Oliveira, brasileiro, nascido em 5 de novembro de 1849 em 
Salvador/Bahia, foi jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor, orador e 
notável membro fundador da academia brasileira de letras. Oração aos moços foi um 
discurso para os formandos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São 
Paulo. 
Com saúde debilitada, o texto foi lido pelo professor Reinaldo Porchat, 
considerando sua impossibilidade ao comparecimento do evento. Um discurso 
produzido por um jurista aos formandos sobre atuação profissional e conselhos para 
inicio de carreira de suma importância o papel do magistrado e do advogado, como 
abordagem primordial em seu texto retratando ética profissional. 
 
RESENHA 
Uma das primeiras palavras: "Entre vós, porém, moços, que me estais escutando, ainda 
brilha em toda a sua rutilância o clarão da lâmpada sagrada, ainda arde em toda a sua 
energia o centro de calor, a que se aquece a essência d’alma. Vosso coração, pois, ainda 
estará incontaminado; e Deus assim o preserve. ” (BARBOSA, 1999, P.13). 
Este trecho faz abordagem inicial do formando ao operador do direito, 
aconselhando que preserve sua conduta ilibada e incorruptível em suas ações, não se 
esqueça da essência da ética profissional ao exercício da profissão. 
 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na 
medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade 
natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do 
orgulho, ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, 
seria desigualdade flagrante, e não igualdade real. Os apetites humanos conceberam 
inverter a norma universal da criação, pretendendo, não dar a cada um, na razão do que 
vale, mas atribuir o mesmo a todos, como se todos se equivalessem.” (BARBOSA, 
1999, P.26) 
 
Este trecho do livro, Rui Barbosa faz um aconselhamento para promoção de 
justiça social, quando tem que tratar os iguais conforme suas igualdades, e aos desiguais 
com base nas suas desigualdades, proporcionando o mesmo patamar de igualdade. 
 
“Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos 
limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, 
atividade e perseverança. Tal a missão do trabalho. Os portentos, de que esta força é 
capaz, ninguém os calcula. Suas vitórias na reconstituição da criatura mal dotada só se 
comparam às da oração. ” (BARBOSA, 1999, P.26) 
 
O autor do texto apresenta que não será uma tarefa fácil, e terá que atender os 
dispositivos legais com base no caso concreto. 
 
“Não invertais a economia do nosso organismo: não troqueis a noite pelo dia, 
dedicando este à cama, e aquela às distrações. O que se esperdiça para o trabalho com as 
noitadas inúteis, não se lhe recobra com as manhãs de extemporâneo dormir, ou as 
tardes de cansado labutar. A ciência, zelosa do escasso tempo que nos deixa a vida, não 
dá lugar aos tresnoites libertinos. Nem a cabeça já exausta, ou estafada nos prazeres, 
tem onde caiba o inquirir, o revolver, o meditar do estudo. ” (BARBOSA, 1999, P.29) 
“O cérebro, cansado e seco do laborar diurno, não acolhe bem a semente: não a recebe 
fresco e de bom grado, como a terra orvalhada. Nem a colheita acode tão suave às mãos 
do lavrador, quando o torrão já lhe não está sorrindo entre o sereno da noite e os alvores 
do dia.” (BARBOSA, 1999, P.30) 
 
Ressalta importância do descanso, um momento de abandonar os livros e 
dedicar-se ao repouso. Conforme psicologia, devemos estudar e dormir para repouso 
das ideias e fixação do que foi absorvido durante o dia. 
 
Rui Barbosa, aconselha que os formando estejam em constante atualização; que 
não parem no tempo e que transforme os seus estudos em experiências. “O saber não 
está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se 
geram dos conhecimentos absorvidos, mediante uma transmutação, por que passam, no 
espírito que os assimila. ” (BARBOSA, 1999, P. 32). 
 
“Ora, senhores bacharelandos, pesai bem que vos ides consagrar à lei, num país 
onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as 
minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis, as que 
põem, e dispõem, as que mandam, e desmandam em tudo; a saber: num país, onde, 
verdadeiramente, não há lei, não o há, moral, política ou juridicamente falando. ” 
(BARBOSA, 1999, P.35 e 36) 
 
 Faz uma clara crítica à legislação brasileira, onde fala que as leis brasileiras 
representam uma minoria. “... num país onde a lei absolutamente não exprime o 
consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais 
impopulares e menos respeitáveis, as que põem, e dispõem, as que mandam, e 
desmandam em tudo; ” (BARBOSA, 1999, P.35) 
 
Neste momento, Rui Barbosa ressalta a questão do cenário político brasileiro. 
Para criação de uma lei, por meio de processo legitimo. Porém, não é justo porque não 
defende o desejo da maioria. Ocasionando ausência de moral e ética na produção de um 
dispositivo legal. 
 
“Considerai, pois, nas dificuldades, em que se vão enleiar os que professam a missão de 
sustentáculos e auxiliares da lei, seus mestres e executores. É verdade que a execução 
corrige, ou atenua, muitas vezes, a legislação de má nota. Mas, no Brasil, a lei se 
deslegitima, anula e torna inexistente, não só pela bastardia da origem, senão ainda 
pelos horrores da aplicação. ” (BARBOSA, 1999, P.36) 
 
Demonstrar ao formando a importância de uma decisão judicial com base na 
letra do dispositivo legal, irá corrigir aquela demanda ou atenuar. O magistrado deverá 
estar atento a todas as consequências possíveis das decisões. 
Em outro trecho, o autor pede para que os formando, no exercício de sua 
profissão, observem mais do que vejam. Que saibam selecionar o que realmente os 
interessem. “Mas o que constitui a experiência, consiste menos no ver, que no observar. 
Observar com clareza, com desinteresse, com seleção. ” (BARBOSA, 1999, P. 39). 
 
Rui Barbosa pede para que o julgamento não seja relacionado à causas 
financeiras; que não sejam observados o valor desta ou daquela causa; que o 
profissional seja neutro no que diz respeito a situação social das partes. “Não julgueis 
por considerações de pessoas, ou pelas do valor das quantias litigadas, negando somas, 
que se pleiteiam, em razão de sua grandeza, ou escolhendo, entre as partes na lide, 
segundi a situação social, seu poderio, opulência e conspicuidade. ” (BARBOSA, 1999, 
P. 41). 
 
Finalizando, Rui Barbosa aconselha com base em sua experiência na própria 
vida, que os formandos coloquem Deus em tudo o que fizerem. “Não há justiça, onde 
não haja Deus”. (BARBOSA, 1999, P.45). 
 
 
Belém, 23 de abril de 2016.

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