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Malcolm X

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Quando Malcolm Little nasceu, ele já havia sido exposto ao racismo que marcaria sua vida até o fim. Nas palavras do próprio, “Quando minha mãe estava grávida, ela me disse mais tarde, 'Um grupo de cavaleiros da Ku Klux Klan galoparam até a nossa casa. Brandindo suas espingardas, eles gritavam para que meu pai saísse.' ”.
	Filho de um pastor e fervoroso ativista da UNIA (A ssociação Nacional para o Aprimoramento dos Negros), Earl Little e Louise, que era dona-de-casa, a vida de Malcolm foi marcada pela violencia até o fim.
	Devido ao seu ativismo político ferrenho Earl Little e sua familia eram reiteradamente vitimas de violencia por parte de supremacistas brancos,o que lovou-os a mudarem-se de Omaha, Nebraska para East Lansing, Michigan.
	Não deu certo.
	Pouco tempo depois de se mudarem, o racismo mostrou-se ainda maior. Uma turba de racistas incendiou a casa dos Little. “Os policiais e bombeiros da cidade e assistiram a casa queimar até o chão”, como Malcolm lembrou mais tarde.
	Quando dois anos mais tarde, em 1931, o corpo de Earl Little foi achado numa rua da cidade, apesar das evidencias de assassinato por supremacistas, a polícia alegou suicídio o que impediu Louise de receber o gordo cheque do seguro de vida que Little havia feito. Sua mãe nunca se recuperou do choque e da tristeza pela morte de seu Earl Little. Alguns anos depois, ela foi enviada a uma instituição de saúde mental, o que obrigou Malcolm a morar com amigos da familia.
	Na West Junior High School, Malcolm era popular, foi escolhido como representante de classe e tinha excelentes notas, mas relatou mais tarde que sentia como se a turma o tratasse como um mascote. O ponto de inflexão veio com a pergunta de uma professora: “O que voce quer ser ?”. Malcolm respondeu que gostaria de ser advogado, e a professora respondeu: “Ser realista é uma necessidade na vida... voce precisa pensar em alguma coisa que voce possa ser... por que voce não pensa em carpintaria ?” Malcolm largou a escola no ano seguinte. Aos quinze anos.
	Depois dosso, Malcolm foi morar em Boston com sua meia-irmã mais velha, Ella, que Malcolm se lembraria como a primeira mulher realmente orgulhosa de ser negra que ele conheceu. “Ela tinha orgulho de sua pele escura”, dizia.
	Ella lhe arumou um emprego, no Salão de Bailes Roseland engraxando sapatos. Mas, solto nas ruas de Boston Malcolm entrou em contato com a criminalidade e logo tornou-se íntimo dela. Logo ele estava vendendo drogas. Ele ainda arrumou outro emprego de ajudante de cozinha no trem entgre Boston e Nova York, mas acabou envolvendo-se em uma vida de drogas e crime. Ele passou a frequentar clubes e casas noturnas, o que o fezx se afundar mais ainda na vida criminosa para que pudesse pagar por todo esse luxo.
	 Mas a festa acabou em 1946 quando foi preso e condenado a dez anos de presão por furto.
	Passou então a devorar livros dentro da penitenciária, meio que compensando o abandono dos estudos na adolescencia. Foi lá que ele teve contato com a Nation of Islam e seu nacionalismo negro. Abraçou os preceito da fé e da filosofia na prisão, e, em 1952, já em liberdade, ele abandonou o sobrenome Little, pois considerava-o como uma relíquia da escravidão, e adotou o sobrenome X como um tributo aos seus antepassados cujos nomes eram desconhecidos.
	Foi então que ele começou a trabalhar com o líder da Nation of Islam, Elijah Muhammad, na intenção de expandir o movimentoe tornou-se o ministro do Templo 7 no Harlem, onde graças a sua oratória inspiradora e apaixonada, foi um dos maiores responsáveis pelo aumento expressivos no número de adeptos a Nation of Islam. De meros quatrocentos em 1952 para quarenta mil em 1960.
	Foi aí que Malcolm X tornou-se contraponto a política de não-viloencia pregada pelo Dr. Martin Luther King Jr, que se tornou feroz crítico da visão belicosa de do líder muçulmano. Mais tarde ele diria que “Malcolm prestou um grande desserviço ao nosso povo e a si mesmo”.
	Mas quando Malcolm X descobriu que seu mentor, Elijah Muhammad, como direi, não mantinha uma estrita observancia da lei islamica (dentre outras coisas mantendo diversos romances extra-conjugais), ele se sentiu traído. Isso combinado a profunda ira por parte de Muhammad quanto a comentarios de X sobre o assassinato de John Kennedy, levou a um rompimento entre os dois em 1964.
	Neste mesmo ano Malcolm X embarcou numa viagem ao Norte da Africa e ao Oriente Medio, incluindo o Haji (peregrinação muçulmana a Meca). Foi essa viagem que o fez enxergar o lugar do movimento pelos direitos civis na America dentro de um contexto global. Durante essa viajem ele se converteu ao islam tradicional e mudou seu nome mais uma vez para El-Hajj Malik El-Shabazz.
	Depois da viagem, ele voltou mais otimista para os Estados Unidos e chegou a declararque “a America é o primeiro lugar onde uma revolução sem derramamento de sangue é realmente possível” o que contrastava com sua defesa anterior a uma revolução “por quaisquer meios necessários”, incluindo a violencia.
	Mas um ano depois, em vinte e um de fevereiro de 1965, Talmadge Hayer, Norman Butler e Thomas Johnson, tres membros da Nation of Islam invadiram o auditório Audubon em Manhattan, alvejaram Malcolm X com quinze tiros a queima roupa, momentos antes de ele proferir um discurso. Ele chegou sem vida ao Columbia Presbyterian Hospital logo depois. Ele tinha trinta e nove anos de idade.
	Logo após sua morte, o legado de Malcolm X foi considerado o de um agitador violento, porém, mais tarde, ele passou a ser considerado como um dos mais importantes ativistas a favor dos direitos civis nos EUA.

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