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EDUCAÇÃO NA COLÔNIA O DOMÍNIO DOS JESUÍTAS. Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o Índio Que pena. Se fosse uma manhã de sol O índio teria despido o Português. ( Oswald de Andrade) 1 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Brasil e América Latina Discurso – a Lei – mascaram - revelar realidade Discurso ideológico – lacunar, fragmentário, dogmático, homogênizador, universaliza particular – vela contradições realidade. 2 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. “De todas as formas de evasão da realidade, a crença mágica no poder das idéias pareceu-nos a mais significante em nossa difícil adolescência política e social. Trouxemos de terras estranhas um sistema complexo e acabado de preceitos, sem saber até que ponto se ajustam às condições da vida brasileira e sem cogitar das mudanças que tais condições lhe imporiam” (HOLANDA, Sérgio B. Raízes do Brasil) 3 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Esconder e mascarar as reais contradições de nossa realidade armas de uma “anti-elite” para preservar privilégios. Temos uma crença crônica no poder mágico das leis – a lei é algo mágico capaz de mudar a face das coisas. Artimanha de nossas anti-elites Muda-se a lei para não mudar a realidade. 4 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. O Estado, a associações filantrópicas, mídia - sempre fingiram atender retoricamente demandas sociais – sociedade mais justa – Na prática leis, democracia formal, legitima, legaliza injustiças e privilégios Sempre as classes dominantes – Brasil – anti- elite usou desse artifício fazer a plebe rude acreditar no poder mágico das leis. 5 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Nossa história já começou com uma grande farsa, mentira europeus proclamavam que chegavam para expandir cristianismo – levar a Palavra Sagrada aos selvagens. Nossos descobridores –futuros colonizadores – respondiam as demandas do capitalismo –fase de acumulação primitiva – Europa. 6 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Nossa história começa com esses dois objetivos básicos expandir o cristianismo e explorar riquezas para sustentar cortes européias. Nossa História começa marcada por essa duplicidade fundamental- Jesuítas – Bandeirantes – Fé e Ouro. 7 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Portugueses e espanhóis não pretendiam organizar nações, mas pilhar, explorar. Essa destruidora e predatória prática colonizadores mascarada - discursos oficiais – boas intenções para expandir a religião cristã. 8 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Portanto, desde nossa origem como colônia de Portugal autoridades, o discurso oficial tenta mascarar as reais intenções –pseudo-elite. Educação – legislação na colônia – leis seguiam nações modernas única, gratuíta e democrática – aberta a todos – Atuação dos poderes públicos Escola dualista. 9 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. A expansão da fé católica razão alegada para o expansionismo português e espanhol. Palavra de D. João III a Tomé de Sousa – o que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil foi para que a gente dela se convertesse a nossa santa fé católica. 10 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Hoje sabemos onde levou essa retórica cínica do colonizador que acenava com a Bíblia sujeição do índio e conquistas de suas terras. Os padres – a serviço do rei e do papa – vieram para converter os índios – submetê-los ao modelo racional e cristão europeu. 11 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Carta de Manuel da Nóbrega sobre índios – “Este gentio é de qualidade que não se quer por bem, senão por temor e sujeição, como se tem experimentado e por isso se V S os quer ver convertidos, mande-os sujeitar...” 12 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. José de Anchieta também admitia que a conversão dos gentios tinha que ser feita por bem ou por mal – Vindo para aqui muitos cristãos, sujeitarão os gentios ao jugo de Cristo, e assim estes serão obrigados a fazer aquilo a que não é possível levá-los por amor 13 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. José de Anchieta –Parece-nos agora que estão as portas abertas nesta Capitania para a conversão dos gentios, se Deus nosso Senhor quiser dar maneiras, com que sejam postos debaixo de jugo, porque para esse gênero de gente não há melhor pregação do que espada e vara de ferro...” 14 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Já nascemos como nação debaixo dicote cha chibata do colonizador cheio de bons sentimentos cristãos. Objetivo proclamado – Jesuítas – converter gentios catolicismo – o que se fez subjugá- los a força ou exterminá-los em nome da cultura humanista e cristã. 15 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Jesuítas foram eficientes – cobriram a colônia de missões, escolas de ler, escrever e contar. – colégios - Ratio Studiorum. Educação – por trás do objetivo de ensinar a ler e escrever - submissão a fé católica e costumes europeus. 16 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Reforma da educação – sucedeu expulsão dos Jesuítas – 1759 melhorar a qualidade de ensino e aumentar quantidade de classes e professores. Para substituir o monopólio dos Jesuítas – não surgir nenhum sistema nacional de educação. 17 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Fato – História do Brasil – sec. XVI – atrelada a história européia colonização – resultado necessidade de expansão comercial. Colônias – maior ampliação do comércio – fornecedores de matéria prima e metais preciosos. 18 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃOE CATEQUESE 1. O conflito entre o discurso e a prática. Nossa colonização – 1530 – sistema de capitanias hereditárias – monocultura da cana- de- açucar. Economia colonial – desenvolve-se em torno do engenho – Grande proprietário recorre trabalho escravo. 19 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Latifúndio, escravatura, monocultura – características da Economia colonial sociedade patriarcal, agrária. Economia colonial – modelo agrário- exportador-dependente. Educação não é prioridade – trabalhos no campos não requer mão de obra especializada. 20 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Metrópoles européias enviam religiosos – trabalho missionário – pedagógico converter gentios. Igreja –serve ao absolutismo dos reis confere unidade e coesão, ensina a obediência. Atividade pedagógica – missionários – contribui no processo de colonização – Escola agente colonizador. 21 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Conquistadores buscavam riqueza,poder, gloria, dispostos a crimes hediondos – tinham certeza do perdão – conquistavam almas para o reino de Deus. Aos Povos conquistados – oferecia-se paraíso terrestre – preço alto: renúncia ao seu modo de vida, seus valores, costumes – submissão ao conquistador. 22 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Sentido geral da colonização “O que Portugal queria para sua colônia americana é que fosse uma simples produtora e fornecedora de gêneros úteis ao comércio metropolitano e que se pudessem vender com grandes lucros nos mercados europeus”. (Caio Prado Jr. História econômica do Brasil. 23 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Brasil era mantido sob um rigoroso controle – restrições econômicas – opressão administrativa. Com Independência Brasil continuou sendo demandado com antigas colonias a serem produtores e exportadores de matéria prima – importador de produtos manufaturados – maior valor agregado. 24 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE Por uma filosofia antropofágica: Sejamos antropófagos, devoremos a velha e esclerozada Europa e seu modelo racionalizante e cristão. Manifesto antropofágico Brasil choca teu ovo. 25 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas A companhia de Jesus – Após a Reforma luterana – Concílio de Trento Contra-Reforma – impedir dissidências e combater proliferação protestantes Fundada por Inácio Loyola - 1534. 26 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas A companhia de Jesus – Deter o avanço protesante duas frentes - 1º - Educação das novas gerações. 2º - Ação missionária – converter à fé católica – povos das regiões que estavam sendo colonizados. 27 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas Ordens religiosas – Jesuítas, Franciscanos, Beneditinos, Dominicanos – empenham para fazer triunfar fé católica. Muitos jesuítas liderados por Manuel da Nóbrega acompanhavam o 1ª governador geral do Brasil Tomé de Sousa chega em 1549 Em quinze dias colocam para funcionar a 1ª escola de Ler e Escrever. 28 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas Colonizadores chegaram e se diziam representantes de Deus. Numa mão a Bíblia, na outra a espada e a chibata. Início da colonização – acordo entre Realeza e a Igreja. Coroa facilita trabalho missionário – doa terras. Igreja ao aculturar o índio, enchendo de bons sentimentos portugueses facilita obra do colonizador. 29 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas Jesuítas – duas ações principais Pregação da fé católica – trabalho educativa. Jesuítas salvaram muitas almas, mas ajudaram o colonizador a dominar o corpo e a mente. Com seu trabalhado educativo Ensinavam a ler e escrever – obediência a fé católica e valores e costumes européus Para muitos, ainda bem que foi assim. 30 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas No período de 210 anos – quando jesuítas são expulsos em 1759 – pelo marquês de Pombal Ação intensiva de catequese dos índios e educação filhos de colonos. Formavam a elite intelectual da colônia e exerciam controle da fé e da moral. 31 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas Clientela difícil a dos Jesuítas – de um lado os gentios com sua lingua, hábitos e valores desconhecidos, de outro lado os colonos bárbaros, rudes, a escória da sociedade portuguesa da época. Sério desafios para aplicar o receituario do Ratio Studiorum às exigências locais. 32 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Chegada dos Jesuítas Cinco anos após chegarem, jesuítas funda em 1554 o Colégio São Paulo – marco zero da cidade de São Paulo. Fernando Azevedo – historiador da educação fala de trindade Nóbrega, Navarro e Anchieta – ápice da atividade jesuítas na colônia. 33 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Textos Sagrados, ou com finalidades catequéticas traduzidos para o tupi-guarani. José de Anchieta se dá ao trabalho de elaborar uma gramática tupi - Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. Tupi se torna lingua comum, ate´ que colonizadores portugueses obrigam o uso do português. 34 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Público-alvo dos jesuítas – os curumins – filhos dos índios – que aprendiam com filhos de colonos. Anchieta usa diversos recursos e estratégias pedagógicas para ensinar ler, escrever e os valores cristãos – teatro, música, poesia, etc. 35 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Jesuítas logo perceberam – para converter os Indíos é preciso ensiná-los a ler e escrever. Ao lado da catequese – organizavam-se nas aldeias aulas de ler e escrever.. 36 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Aparecem choque entre valores da cultura nativa e da cultura do colonizador – com seu modelo cristão, racional. Cantigas dos indios substituídas por hinos de louvores a Virgem e cantos devocionais – Gilberto Freyre – Casa Grande e Senzala.37 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Colonos e religiosos – os colonizadores ridicularizam figura do pajé, criticam hábitos e costumes indígenas – poligamia. Todo sistema comunal é abalado pela imposição de valores e ideais dos colonizadores. 38 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Três interesses constrangem o Índio: 1º - A metrópole – quer integrá-lo ao processo colonizador. O jesuíta quer convertê-lo ao cristianismo e aos valores cristãos. Os Colonos – quer escravizá-lo. 39 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Jesuítas criam missões no sertão para evangelização – longe da cobiça dos colonos por escravos. Segregação – confinamento de tribos inteiras no interior das missões – fragiliza ainda mais os índios. 40 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Injusto considerar índios indolente – na tribo o ritmo e finalidade do trabalho diferem da noção trabalho do colonizador. Indios – Já praticavam o ócio criativo – Trabalhavam com amor, se divertiam e aprendiam ao mesmo tempo. Trabalho – não maldição biblica. 41 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Catequese Confinamento nas missões – favorecem bandeirantes capturar tribos inteiras – são organizadas expedições para captura. Depois da expulsão dos Jesuítas – Indíos aculturados não conseguiam subsistir moral e economicamente – desterrados em sua própria terra. 42 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Educação – filhos dos colonos. Escolas – reunião filhos dos índios e colonos. Separava-se depois os instruídos e os catequizados. Ação sobre os índios – cristianização e pacificação Torná-lo dócil para trabalho. Filhos dos colonos – educação mais ampla – além do ler, escrever e fazer contas. 43 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Educação – filhos dos colonos. Jesuítas enfrentam senhor de engenho conquistando sua mulher, seus filhos e escravos grande capacidade de adaptação. Tradição famílias portugueses orientarem seus filhos – 1º - Primogênito – herda o patrimônio do pai e continua seus negócios. 2º - Seguia as letras - enviado ao colégio, 3º - Deve se tornar Padre 44 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Escolas das primeiras letras Jesuítas atuavam com desenvoltura na caso do senhor de engenho, na senzala e nas aldeias. Adaptavam a pregação da fé católica e o ensino do ler e escrever a diferentes contextos. Conquistavam primeiro as crianças indias, para depois chegar até seus pais. 45 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Educação – filhos dos colonos. Outro modo de ação – os confessionários: os padres ouve pecados – modelam forma de pensar dos colonos. Desde o séc. XVI – Jesuítas montam estrutura de 3 cursos – A – Letras humanas, B – Filosofia e ciências (Artes) C – Teologia e Ciências Sagradas. - humanista, o filósofo e teólogo. 46 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Ensino secundário e superior. A – Letras humanas Gramática latina, humanidades (História, Poesia e retórica). Letras humanas - classe de filosofia (Lógica,Metafísica, Moral, Matemática, Ciências físicas e Naturais – 3 anos. Curso de Grau médio – Letras Humanas e Filosofia tinha uma duração de 9 anos. B – Filosofia e ciências (Artes) C – Teologia e Ciências Sagradas. - humanista, o filósofo e teólogo. 47 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Ensino secundário e superior. Terminado o curso de Filosofia-Ciências(Artes) – Duas alternativas: Estudar teologia tornando-se padre e mestres. Carreira profanas – profissões liberais – Filosofia, Direito ou Medicina encaminhando- se para Europa – Universidade Coimbra. 48 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Europa domina o Absolutismo e Mercantilismo. De 1580-1640 – Portugal encontra-se sob domínio espanhol Repercussões na colônia ataques de inimigos da Espanha – Inglaterra, Holanda, França. 49 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Domínio holandes sobre Pernambuco – 1630- 1654). No interior continua processo de interioização – Bandeirantes Metais preciosas – apresamento de índios – ataques à missões. Brasil vive fase pré-capitalista: agrário- exportador-dependente – mão de obra escrava. 50 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Monopólio dos Jesuítas mantém uma educação fundada na Ratio Studiorum – evangelização. Permanece alheia as consequências do nascimento da filosofia moderna (Descartes) e da Revolução científica do séc. XVII. Ensino rejeita as novas conquistas da filosofia, das ciências físicas e naturais – exceto – a física Aristóteles. 51 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Educação Jesuíticas – visava a formação do humanista, do filósofo – Educação como erudição – centrada no estudo do latim, grego e dos clássicos - não buscava formação profissional. Educação abstrata, literária, desvinculada das demandas sociais e necessidades utilitárias. 52 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Sociedade agrária e escravagista não há interesse pela educação elementar. Em pleno século das luzes somos uma grande massa de iletrados, analfabetos – mulheres, negros e seus filhos são excluídos do processo Educação . Educação – vista como fator de ascensão social – mestiços procuram cada vez mais escolhas. 53 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Três instituições sociais serviam de canais ascensão social – A família patriarcal, A Igreja e a Educação – A Igreja e Escola estava na mão dos Jesuítas. Brasileiros que queriam seguir profissões liberais deveriam ir para Europa. Muitos se dirigiam – Univ. de Coimbra – Ciências teológicas ou Jurídicas. 54 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Estudantes voltavam da Europa imbuídos dos ideaise valores da sociedade urbana européia que entram em choque com os valores e hábitos da vida rural e patriarcal da colônia. Novas idéias trazidas pelos jovens formados na Europa começam a fomentar um atitude mais nacionalista diante da metrópole. 55 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL DO SÉCULO XVII 1. A continuação do monopólio dos Jesuítas Catolicismo difundido pela Companhia de Jesus no mapa mundi do Brasil – cimento de nossa unidade. Sociedade agrária, patriarcal, não exige mão de obra especializada – trabalho manual feito por escravos – permite a formação de uma elite num saber mais universal e abstrato – erudição. 56 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. Durante mais de 200 anos – até sua expulsão em 1759 – Jesuítas monopolizaram ensino na colônia Apoiados pela Coroa Generosas doações de terras. Colonizadores sabem a importância da educação como fator de dominação e imposição de idéias e valores. 57 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. Marquês de Pombal – 1º ministro português de 1750-1777 Medidas que visavam centralizar controle da colônia: aboliu sistema de capitanias hereditárias – Brasil elevado a categoria de vice- reinado, capital passa de Salvador para o Rio. Entrou conflito com Jesuítas – acusados de traição a Coroa portuguesa. 58 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. Marquês de Pombal – 1º ministro português de 1750-1777 Em 1759 – Suprimiu escolas Jesuítas de Portugal e de todas as suas colônias. Criadas as aulas régias – Latim – Grego – Retórica. Não conseguiam eficiencia do ensino da Companhia de Jesus. 59 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Marquês de Pombal – 1º ministro português de 1750-1777 Reforma pombalina dos estudos menores – Criar uma escola útil aos interesses do Estado e não aos da fé. Para substituir a eficiente estrutura monolítica das Companhia de Jesus – não foi criado nenhum sistema. Não havia currículo 60 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. Alunos se matriculavam em tantas aulas quantas fossem as disciplinas que desejasse. – Professores eram de baixo nível proprietários das aulas régias. Ensino brasileiro no inicio do sec. XIX estava reduzido a quase nada desmantelamento do sistema jesuítico. 61 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. Marquês de Pombal só inicia reconstrução do ensino um década mais tarde – são tomadas medidas desconexas – até que em 1772 – implantado primeiro Ensino público oficial. A Coroa nomeia professores e estabelece plano de estudos e inspeção. 62 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] INÍCIO DA COLONIZAÇÃO E CATEQUESE 1. Expulsão dos Jesuítas. A reforma pombalina – Universidade de Coimbra. vai na direção dos ideais iluministas e do realismo pedagógico – Educação voltada para necessidades práticas e formação profissional. Reforma-se o ensino de Filosofia e letras – opção pela lingua moderna – enfase no ensino da matemática e ciências naturais. 63 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Jesuítas – são admiráveis na obstinação, coragem e tenacidade em pregar a Palavra aos gentios. Apesar da boa fé de arrebanhar ovelhas para Glória de Deus, Jesuítas iniciaram destruição da cultura indígena com aculturação. 64 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Além de vestirem literalmente os índios fazendo os envergonhar de sua nudez, o portugues vestiram simbolicamente outros valores nos índios. Como todo colonizador – que se acha superior – impuseram uma língua, um Deus, valores e hábitos estranhos a sua cultura. 65 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Século XVIII – Ancien Regimé – entra em crise. Os ideais liberais, iluministas – burguesia nascente contrapõem –se ao clero e nobreza. Inglaterra assume a vanguarda de um novo capitalismo industrial. Portugal em decadência faz tratados lesivos ao Brasil – obter proteção de Inglaterra. 66 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Não conseguindo acompanhar o desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo europeu – Portugal tenta superar o atraso fortalecendo o Estado – Despotismo Esclarecido de D. José I – Marquês de Pombal gestor dessa mudança. 67 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII 1. Expulsão dos Jesuítas. Séculos XVI e XVII – Educação marcada pelo ensino jesuitas – Ratio Studiorum voltado para o ensino médio. Pode-se discutir os métodos, intenções e valores impostos pelo ensino dos jesuítas, mas é inegável que o desmantelamento da estrutura de ensino montada por eles foi prejudicial. 68 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII Séc. XVIII – Europa passa por mudanças sociais – ascensão da burguesia, Econômicas – Liberalismo e políticas – revoluções burguesas queda do absolutismo. Brasil – continua com sua aristocracia agrária, escravagista e economia agroexportadora dependente e submetido a política colonial. 69 EDUCAÇÃO NO BRASIL EDUCAÇÃO NA COLÔNIA[1500-1822] O BRASIL NA ERA POMBALINA – SEC. XVIII Repercussões do atraso na cultura e educação – Analfabetismo, ensino precário, baixo nível professores. Marca Jesuítas – tradição religiosa do ensino – preside a formação da cultura brasileira até séc. XIX. Elite colonial – formação intelectual e universalista – distantes conquistas científicas da Europa – Aumenta o fosso entre letrados e iletrados 70
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