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Artigo cientifico. Serviço Social ao conceito urbano e Rural.

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Universidade de Anhanguera UNIDERP.
 Curso: serviço Social 8º período
Artigo cientifico
Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural.
Acadêmicas:
Alberto Machado Torres Filho RA 267419
Inês Maria Mazero Lima Teixeira RA 397267
Michella Ferreira da Silva Alencar RA 390835.
 Tutora presencial: Djelza Maria de Carvalho
Tutora EAD: Ma. Laura Santos
Teresina – PI
Setembro 2015
SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO URBANO E RURAL.
A atuação do Serviço Social no contexto rural enfrenta as expressões da questão social relacionada à posse da terra e às condições de trabalho no campo em que, assim como nos centros urbanos e comerciais, a concentração do capital é a geradora dos conflitos entre as classes.
Analisando o histórico da distribuição de terras no Brasil marcada por grandes concentrações latifundiárias e pressão da classe trabalhadora pelo mínimo para subsistência, verificaremos as posições governamentais diante da questão, as políticas públicas adotadas para tentar remediar as consequências dessa exploração que remonta ao período da colonização, e o posicionamento dos movimentos populares agrários na luta por uma reforma agrária.
Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção. A concepção é estabelecida pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4504/64). De acordo com as diretrizes estabelecidas no II Programa Nacional de Reforma Agrária, implantado em 2003, a reforma agrária executada pelo INCRA deve ser integrada a um projeto nacional de desenvolvimento, massiva, de qualidade, geradora de trabalho e produtora de alimentos. O objetivo é a implantação de um novo modelo de assentamento, baseado na viabilidade econômica, na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento territorial; a adoção de instrumentos fundiários adequados a cada público e a cada região; a adequação institucional e normativa a uma intervenção rápida e eficiente dos instrumentos agrários; o forte envolvimento dos governos estaduais e prefeituras; a garantia do reassentamento dos ocupantes não índios de áreas indígenas; a promoção da igualdade de gênero na reforma agrária, além do direito à educação, à cultura e à seguridade social nas áreas reformadas.
Historicamente a reforma agrária no Brasil é feita de conflitos violentos. Muitos que lutam por uma distribuição de terras mais justam acabam mortos, ainda nos dias de hoje, por máfias, “coronéis”, e demais poderes paralelos que burlam as leis ou mesmo manipulam de forma corrupta a burocracia estatal para o controle de seus interesses. Segundo o site do INCRA, O problema fundiário remonta aos tempos das capitanias hereditárias. As grandes concentrações de terra (latifúndios) deram início à exploração de terra no Brasil, e a divergência de interesses gerou conflitos que historicamente envolveram latifundiários, índios, escravos e pequenos produtores e influenciaram na formação da sociedade brasileira atual. Alguns pontos históricos, segundo o site do INCRA:
·                1530 – Sesmarias: grandes glebas distribuídas pela Coroa portuguesa a quem se dispusesse a cultivá-las dando em troca um sexto da produção. Aí nascia o latifúndio.
·                1822 - Independência do Brasil: a troca de donos das terras se deu sob a lei do mais forte, em meio a grande violência. Os conflitos não envolviam trabalhadores rurais (praticamente todos eram escravos), mas proprietários e grileiros apoiados por bandos armados.
               1889 - Instauração da República: um ano e meio após a libertação dos escravos[...]O poder político continuou nas mãos dos latifundiários, os temidos coronéis do interior. Apenas no final dos anos 50 e início dos anos 60, com a industrialização do País, a questão fundiária começou a ser debatida pela sociedade, que se urbanizava rapidamente.
              1970 - Criação do INCRA, Decreto nº 1.110:
               1985 – Novo Plano Nacional de Reforma Agrária, Decreto nº 97.766: meta utópica de destinar 43 milhões de hectares para o assentamento de 1,4 milhão de famílias até 1989. Criou-se para isso o Ministério Extraordinário para o Desenvolvimento e a Reforma Agrária (Mirad), mas quatro anos depois os números alcançados eram modestos perante a meta: 82.689 famílias assentadas em pouco menos de 4,5 milhões de hectares.
              2000 – Ministério de Desenvolvimento Agrário, Decreto nº 3.338.
A partir deste contexto abordaremos os posicionamentos referentes a esta questão para tentar uma aproximação da realidade na qual o Serviço Social trabalha, seja diretamente – no campo, com as famílias sem-terra ou assentadas, seja na cidade, com a população que enfrenta as consequências do êxodo rural e as questões sociais decorrentes.
As ações pensadas pelas políticas públicas para lidar com o contexto rural estão voltadas a expressar o interesse governamental no desenvolvimento do modo de produção no campo, através do incremento e facilitação de acesso à novas tecnologias por meio de variadas formas de investimento financeiro, dentre elas:
Crédito Instalação visando: Assegurar aos mesmos os meios necessários para instalação e desenvolvimento inicial e/ou recuperação dos projetos do Programa Nacional de Reforma Agrária.
Com o objetivo de suprir as necessidades básicas, fortalecer as atividades produtivas, desenvolver os projetos, auxiliar na construção de unidades habitacionais e atender necessidades hídricas das famílias dos projetos de assentamento, o Crédito Instalação é concedido nas seguintes modalidades: Apoio Inicial, Apoio Mulher, Aquisição de Materiais de Construção, Fomento, Adicional Fomento, Semiárido, Recuperação/Materiais de Construção e Crédito Ambiental. (INCRA, 2013)
A execução de infraestrutura também é uma demanda essencial dos assentados, pois influenciam nos padrões de qualidade de vida, além estimular o  processo produtivo ao facilitar o escoamento da produção:
As prioridades são a construção e/ou complementação de estradas vicinais e o saneamento básico – através da implantação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário -, além de construção de redes de eletrificação rural, visando proporcionar as condições físicas necessárias para o desenvolvimento sustentável dos assentamentos. (INCRA, 2013)
Dentre as ações de desenvolvimento técnico através de políticas públicas estão atualmente:
PAC: Programa de Consolidação e Emancipação (auto-suficiência) de Assentamentos Resultantes da Reforma Agrária, “investimentos em infraestrutura socioeconômica, assessoria técnica e treinamento, promovendo a sustentabilidade econômica, social e ambiental, bem como a estabilidade social e a conquista da cidadania.”(INCRA,2013)
PACTO: Programa de Apoio Científico e Tecnológico aos Projetos de Assentamento da Reforma Agrária, “ação consiste em repassar a agricultores familiares e assentados da reforma agrária conhecimentos de ciência e tecnologia sobre temas diversos como saúde, educação e produção.” (INCRA, 2013).
TERRA SOL: Um projeto que torna mais competitiva a produção nos assentamentos é uma demanda importante para gerar renda ao pequeno produtor, ao agregar valor e proporcionar mais eficiência nas atividades desenvolvidas, além de abrir novas alternativas de trabalho:
Fomento à agroindustrialização e à comercialização por meio da elaboração de planos de negócios, pesquisa de mercado, consultorias, capacitação em viabilidade econômica, além de gestão e implantação/recuperação/ampliação de agroindústrias. Atividades não agrícolas - como turismo rural, artesanato e agroecologia - também são apoiadas. (INCRA, 2013).
No entanto, de acordo com representantes dos movimentos populares agrários, o governo precisa atuar sobre o índice de concentração fundiária no país ao contrário de investir em programas compensatóriosque não promovem a reforma agrária, o que leva os assentados a um endividamento crônico.
Segundo os representantes dos movimentos populares agrários, o Estado têm se omitido nas necessidades de reforma agrária. Mesmo com algum aumento dos recursos públicos, existe uma distribuição desigual se comparado com os destinados ao agronegócio (dez vezes mais recursos), considerando que a agricultura familiar responde atualmente por 70% da produção de alimento no país.
Atualizar os índices de produtividade - que está defasado desde a década de 1970 - seria um auxiliar no processo de reforma agrária. Os reflexos dessa inoperância aparecem na violência no campo e segundo os representantes do movimento, um dos fatores que causam este problema é que latifundiários envolvidos com crimes no campo fazem parte da composição do governo em setores chave para a questão, e influenciariam os rumos das políticas dificultando as desapropriações e tornando o judiciário conivente com os crimes da terra, segundo Alexandre Conceição, da coordenação Nacional do MST, o sistema judiciário “é super ágil para criminalizar os Sem Terra, mas ao mesmo tempo garante a impunidade dos crimes do latifúndio.”.
Atualmente, 85% das terras agricultáveis no Brasil cultivam soja, enquanto que a agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos para consumo interno, mesmo tendo apenas 15% das terras agricultáveis do país.
O agronegócio é apenas uma forma de se apropriar do lucro obtido pelo comércio agrícola, mas não resolve os problemas do povo. Ao contrário, apenas piora, principalmente pela incidência do uso de agrotóxicos e transgênicos no país, que têm afetado a saúde do povo brasileiro.
[...]Esse modelo não serve para o Brasil. Precisamos de um modelo que garanta a produção de alimentos saudáveis para a sociedade brasileira por um custo de obtenção considerável. Assim, cria empregos e formas de vida saudáveis para a população camponesa não se marginalizar nos grandes centros urbanos. (PACHECO, 2013).
 “O governo Dilma apresenta o pior índice de desapropriação de terras dos últimos 20 anos. Em 2012, apenas 28 imóveis rurais foral alvo de decreto. Em 2013, nenhum imóvel foi desapropriado até o momento.” “Segundo dados do Incra, atualmente há mais de 180 milhões de hectares classificados como grande propriedade improdutiva no país.” (PACHECO, 2013).
O movimento pela reforma agrária é marcado por um histórico de comprometimento da população sem terra, luta, espera e violência.
Em 1985, 1500 famílias do MST ocuparam a Fazenda Annoni, como parte de uma etapa de luta pela reforma agrária no Brasil. No processo, uma mulher foi morta, e acabou virando símbolo do movimento, que conseguiu conquistar a terra e gerar novas oportunidades de vida, história contada em dois documentários: “Terra para Rose” e “O Sonho de Rose” de Tetê Moraes, além do documentário “Fruto da Terra”, em que é retratado o desenrolar da vida do filho daquela mulher, Marcos Tiarajú, um bolsista de medicina em Cuba, e membro do MST que compara as lutas por direitos humanos nos dois países, citando como o governo de Cuba criou a escola de medicina que abriu oportunidade para estudantes de outros países latino-americanos que não têm acesso a essa formação em seus países de origem. Segundo ele “Sem fazer reforma agrária no Brasil é muito difícil construir uma sociedade justa onde as pessoas possam ter acesso aos direitos humanos” e resume a luta por terra como o sonho de construir uma vida melhor.
No documentário “Por Longos Dias”, Mauro Giuntini baseado em um texto de José Saramago, é descrito de forma poética o sofrimento do homem do campo na luta por terra para subsistência.
Expressa os aspectos da evolução humana ligada ao trabalho na terra, que desde sua origem ancestral é a base da alimentação do homem. O domínio de territórios, limitando quem pode trabalhar neles, excluindo uma parcela das pessoas ao acesso ao trabalho na terra, ou explorando o mesmo de forma a capitalizar ou acumular o fruto do trabalho alheio, termina com a criminalização das formas de reivindicação ao direito básico de uma terra para trabalho.
O documentário expõe ainda a morosidade da Justiça em relação às questões da Reforma Agrária, que tende a servir a quem tem mais poder econômico e político, distorcendo na prática seu conceito fundamental que seria a imparcialidade. Quando a tendência é a direcionar as ações ao viés do assistencialismo, é um sinal de que a sociedade esta normalizando a exclusão de direitos a determinado grupo, já que trata o que seria obrigação (direito), como presente (caridade), o que vai contra a demanda de qualquer grupo, especialmente dos que reivindicam o simples direito pelo trabalho, segundo o texto de Saramago: “Uma justiça que se cumpra e um direito que nos respeite”.
A mesma linha de avaliação é feita por Vitor Lopes no documentário “Boas Vindas” que apresenta a visão de um trabalhador rural (Alcione Ferreira da Silva) no interior do estado do Pará, diante da luta por dignidade de vida no campo. Trabalho que nesse caso começou na infância, o que era considerado normal dentro de um contexto cultural de miséria, opressão militar e exploração econômica, falta de investimentos em educação e poucas perspectivas de vida.
Relata os conflitos armados envolvendo guerrilhas, ainda no período da ditadura militar, como semente de um movimento de reforma agrária, que se fazia no anonimato pelo temor da repressão do estado.
O trabalho escravo (presente ainda nos dias atuais) pelo endividamento do trabalhador com o patrão, em que a pessoa fica cativa ao trabalho até quitar a divida, um processo enganoso, pois a real intenção dos exploradores é de que ela seja impagável, o que prende o trabalhador a condições análogas à escravidão.
O trabalho de mineração em Serra Pelada, que atraiu milhares de pessoas do Maranhão ao estado do Pará em busca de uma oportunidade de vida melhor, mas que a poucos serviu como parece ser padrão em sistemas de exploração de trabalho.
A repressão violenta contra o movimento dos Sem-Terra, com o assassinato pela polícia de manifestantes em Eldorado dos Carajás, mais uma expressão da criminalização da luta pelo direito à terra, em que esse trabalhador foi baleado e ficou com sequelas de saúde que o prejudicaram na rotina de trabalho.
Consciente de seus direitos, fala sobre o processo de conseguir cesta básica, pois devido a recomendações médicas não pode continuar com os esforços. A mesma consciência se estende em relação aos estudos, aos quais ele não teve acesso, mas quer garantir aos netos, com a expectativa de que lhes tragam melhores condições de vida, transcrevendo sua conclusão: “hoje parece que eu renasci novamente, tenho conhecimento, sei respeitar o direito dos outros e eu aprendi com o tempo e hoje eu posso dizer o que ‘é que é’ os direitos humanos”.
Reforma Agrária é a devolução do direito aos frutos do trabalho na terra ao trabalhador rural, que assim como nas indústrias do capital globalizado, sofrem as consequencias do poder centralizado nas mãos de poucos, com muito trabalho e pouca recompensa.
A agroindústria familiar foi um novo paradigma para o meio rural, buscando a valorização do espaço rural.
Ela inserida no meio rural, buscando a necessidade e aspectos econômicos, sociais, políticos, ambientais e culturais dos interessados.
Assim a agroindústria familiar torna-se um meio de renda para o campo com valorização da mulher e do jovem, criando empregos diretos e indiretos buscando-se com isso a identificação regional e a valorização territorial, preservado e conservado o ambiente.
Com essa preservação e recuperação ambiental as propriedades que são pequenas, mas produtivas buscam alternativas para transformação de matéria prima de forma diferenciada, onde a diversificação é destaque, diminuindo assim o impacto ambiental.
Todos os agricultores que possuem agroindústria têm que adequar as propriedades para atender a legislação ambiental e manter a vida sobre a terra.
Mudaram assim hábitos, economizandoáguas, reflorestando áreas degradadas separando corretamente o lixo doméstico, conservando o solo e produzindo alimentos mais limpos diminuindo significativamente o uso de agrotóxicos.
Assim desde o Brasil colonial a este do agronegócio, o que prevalece é a concentração fundiária, o que traz à tona a luta política como a do MST.
O MST começou nos anos 80 do século passado e hoje já se faz presente em 24 estados da federação. Surgiu com um duro regime militar na década de 60 onde permitiu que a sociedade tivesse abertura para reivindicações e debates. Com essa redemocratização surge a PNRA (Plano Nacional Da Reforma Agrária). 
O MST forçou o surgimento de uma política para assentamentos rurais, pois ele surgiu da ocupação de terra por causa da concentração fundiária não se realizou a reforma Agrária. 
Os objetivos do MST junto com a reforma Agrária são ligados a inclusão social, pois ainda há muito a se fazer em relação à desapropriação e assentamento e infraestrutura, pois somente o acesso a terra não garante qualidade de vida e as condições de produções.
Êxodo rural é o abandono dos moradores do campo com destino as cidades.
Um fenômeno que ocorreu em grandes proporções aqui no Brasil, gerando miséria e morte de milhares de retirantes, pois passava fome, sede e contraiam doenças devido à subnutrição.
São diversos motivos que podem causar esse fenômeno, desastres naturais, e a falta de infraestruturas como escolas, estradas, energia.
Há também as vantagens dos latifundiários que por ter um poder aquisitivo melhor consegue equipar suas propriedades com as tecnologias gerando assim produtos em grandes quantidades e com um custo menor já os pequenos produtores têm menores condições e assim não conseguem colocar seus produtos com preços bons o que vai dificultando o dia a dia fazendo com isso que eles desistam de suas propriedades.
Outro motivo é que a cidade grande que é um atrativo aos moradores rurais que migram em busca de serviços, mas a competitividade vai tornando sua vida muito difícil nos grandes centros, criando assim grandes problemas sociais como a falta de empregos, de moradia e o aumento de favelas.
A obra de Candido Portinari Retirantes retrata a seca e o êxodo rural que ocorre devido à falta de condições de permanecerem no campo por causa das secas, a falta de infraestrutura, de políticas públicas e mostra a real situação dos migrantes, subnutridos e já doentes e que muitos perderam a vida nesse trajeto. É a busca da melhor situação que corre o risco de não chegar a acontecer. Com essa migração os centros urbanos que não estão preparados com o grande volume de pessoas começam a ter diversos problemas sociais como falta de emprego, de saúde, de moradia. Uma possível causa talvez seja a falta de investimentos públicos nessas áreas.
Esta imagem simboliza a contradição entre a propaganda política dos programas sociais atualmente em vigor e a realidade com a qual ela se depara.
Em meio a um processo crescente de elaboração de políticas públicas voltadas a combater a miséria em um país com dimensões continentais (cujo crescimento foi baseado na exploração de suas riquezas, deixando um legado de acentuada desigualdade social, burocracia e corrupção), em que as ações voltadas a minimizar os efeitos da questão social, mesmo que bem intencionadas e legalmente amparadas, não conseguem chegar a todos que precisam, nem causar efeitos significativos na estrutura desigual da dinâmica social e econômica vigente.
Políticas que são baseadas na demanda social, pelo princípio de dignidade de vida, e que em suas origens são potenciais geradoras de uma expectativa utópica, como na expressão da criança que coloca o sonho de uma vida sem miséria como um mundo de sonhos mais fantasioso que o criado na Disneylândia. Mas nessa área, são maiores os efeitos no controle social por meio da conformação, do que na mudança estrutural que é a real geradora da desigualdade social e consequente miséria.
Assim encontramos no contexto rural algumas origens das demandas que atingem as cidades: concentração de recursos (latifúndio), desigualdade social, exploração da mão de obra, políticas públicas paliativas e não reformadoras, dentre outras questões sociais que acompanham a vida humana tanto no campo quanto no meio urbano.
E assim como nas cidades, os movimentos sociais rurais têm origem no meio da população com uma determinada demanda, que une os interessados em prol de seus objetivos comuns, mas que acabam sendo incorporados por políticas públicas que teriam o princípio de atender a necessidade do movimento, como no caso dos Sem-Terra, mas também têm por característica a desagregação do movimento por meio de uma estrutura que absorve as principais lideranças e as condiciona às burocracias institucionais.
O Assistente Social, compreendendo este contexto, pode ter uma visão mais nítida das questões sociais que envolvem seu processo de trabalho, mesmo não atuando especificamente nos programas voltados à Reforma Agrária, esse conhecimento proporciona meios de entender e interagir com os frutos desses movimentos, identificando direitos, programas, projetos e recursos disponíveis para o apoio de suas reivindicações, e nas expressões que surgem no meio urbano, como resquícios do êxodo rural, nas diversas mazelas sociais que acompanham a migração e a concentração urbana.
Bibliografia
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Boas vindas. Direção: vitor lopes. Brasil, rio de janeiro; 2008
__________ uma análise a partir das propriedades com agroindústria familiar. Agroalim [online]. 2009, vol.15, n.28, pp. 25-34. Issn 1316-0354.
Caldar, roseli salete. O mst e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. Estud. Av. [online]. 2001, vol.15, n.43, pp. 207-224. Issn 0103-4014.
Fruto da terra. Direção: tetê morais. Brasil, rio de janeiro 2008
Gohn, maria da glória (org.). Movimentos sociais e redes de mobilização no brasil contemporâneo. 5. Ed. São paulo: vozes, 2015. Plt 591.
 <http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/brasil-rural>. Acesso em: 20 setembros 2015.
<http://www.incra.gov.br/>. Acesso em: 29 agostos 2015.
 <http://www. Wesz junior,valdemarjoão.Novasconfigurações no meio rural 
mda.gov.br/portal/>. Acesso em: 20 de setembro 2015.

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