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Prof. Antonio Gerson Bernardo da Cruz UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA GERAL IC-348 PERIODICIDADE QUÍMICA 2 • Os cientistas buscam ordem nos fatos sob observação, de tal maneira que regularidades, tendências, irregularidades e diferenças de modo que alguma lei possa ser estabelecida. • A maior parte dos elementos da tabela periódica foi descoberta entre 1735 e 1843. • Atualmente são 118 elementos; • Como organizar 118 elementos diferentes de forma que possamos fazer previsões sobre elementos não descobertos? Classificando elementos • Grécia antiga: Quatro elementos (terra, água, ar e fogo) com diferentes formas geométricas microscópicas (sólidos platônicos) que explicava suas propriedades macroscópicas. Histórico Cubo Octaédro Dodecaédro Icosaédro Tetraédro • Terra - partículas cúbicas; • Água formato icosaédrico; • Fogo partículas tetraédricas. • Ar consistia de octaedros; • Éter, o quinto elemento - dodecaedro; • Elementos, como Fe, Cu, Au e outros metais, são conhecidos desde a antiguidade. • Hg, S e P entre outros foram descobertos pelos alquimistas. • Muitos elementos químicos foram isolados com a descoberta da eletricidade (Ca, Ba, Mg, Na, Cl); • Com a descoberta a radioatividade, foi possível preencher as demais lacunas da tabela (a última lacuna preenchida foi o elemento 43 Tc); Descoberta dos elementos Descoberta dos elementos • 1815 – Willian Prout: todos os elementos eram condensações de átomos de hidrogênio. • 1829 Johann W. Döbereiner: observando a semelhança entre as propriedades grupos de três elementos tais como Cl, Br e I; Ca, Sr e Ba e S, Se, Te observou que o 3o. membro da tríade tinha peso atômico próximo da media aritmética dos pesos atômicos do outros dois (triades Döbereiner). • 1864 John Newlands: Se os elementos fossem ordenados em ordem crescente de peso atômico observava-se repetição nas propriedades a cada oito elementos (Lei das oitavas). Lei periódica Lei periódica Tabela periódica helicoidal de Charles Janet em 1928 • 1869 – Dimitri Ivanovich Mendeleev e Julius Lothar Meyer desenvolveram o conceito de periodicidade. • Mendeleev publicou sua a tabela periódica — = 44 — = 72— = 68 — = 100 Lei periódica • Mendeleev ordenou os elementos por massa atômica; • Lei Periódica – Quando os elementos são organizados em ordem crescente de massa atômico, certas propriedades reicidem periodicamente. • Colocou os elementos com propriedades semelhantes na mesma coluna • Fez previsões sobre as propriedades de elementos desconhecidos. • Elementos como Ga, Sc e Ge. Lei periódica • Mendeleev previu várias propriedades de um elemento desconhecido que chamou de eka-alumínio; • tratava-se do gálio o qual as propriedades estavam de acordo com as previstas para o eka-alumínio. • A posição mais adequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, deixando uma lacuna abaixo do Si, o eka- silício. • As propriedades deste elemento estavam de acordo com o Ge descoberto em 1886. Mendeleev Mendeleev Massa atômica Densidade Calor específico Ponto de fusão Fórmula do óxido Densidade do óxido Fórmula do cloreto P.E. do cloreto Propriedades do germânio Previstas em 1871 Observadas em 1886 Comparação entre as propriedades do germânio - previstas por Mendeleev e realmente observadas. Mendeleev • Lei Periódica de Mendeleev nos permite prever quais as propriedades que um elemento terá com base na sua posição na tabela periódica; • Ela não explica por que o padrão existe; • A mecânica quântica é uma teoria que explica por que existem as tendências periódicas nas propriedades dos elementos. Mendeleev • Em 1913 Henry Mosely desenvolveu o conceito de número atômico (Z) esclarecendo alguns problemas da tabela periódica. • (Z) aumentava na mesma ordem da massa atômica (A); • As discrepâncias agora faziam sentido o que permitiu identificar os buracos na tabela periódica, levando a descoberta de novos elementos. • A tabela periódica moderna foi então organizada em ordem crescente de número atômico (Z). A tabela períodica moderna A tabela períodica moderna Metais alcalinos Alcalinos terrosos Bloco d Metais de transição Halogênios Gases nobres Bloco f : Lantanóides e Actinóides Bloco p Bloco s Penetração e blindagem • A equação de Schrödinger não pode ser resolvida com precisão para átomos polietrônicos; • As posições dos elétrons são desconhecidas - não se pode calcular as repulsões elétron-elétron com exatidão (problema de correlação eletrônica). • As repulsões são avaliadas de forma aproximada: Cada elétron se move sob atração do núcleo e das repulsões médias criadas pelos outros elétrons. • O elétron mais externo não é tão atraído pelo núcleo quanto seria em um sistema monoeletrônico este é protegido da atração do núcleo pelos elétrons mais internos (efeito de blindagem). Penetração e blindagem • Para um dado valor de n os orbitais variam de energia como: • Ens < Enp < End < Enf • O o r b i t a l 2 p t e m m á x i m a probabilidade mais perto do núcleo do o orbital 2s. • O orbital 2s penetra no orbital 1s (menos blindado). • O orbital 2s penetra mais na camada 1s do que o 2p, sentindo maior atração do núcleo. • Assim, a ocupação dos orbitais 2s é mais favorecida do que as do 2p sendo que e a energia do 2s < 2p. Elétrons de valência e do caroço • Os elétrons das camadas mais externas, camada mais energética, são chamados elétrons de valência • Os elétrons nas camadas mais internas e menos energéticas são chamados de elétrons do caroço ou elétrons internos • Os químicos observaran que uma dos fatores mais importatens no modo que o átomo se comporta , química e fisicamente, é o número de elétrons de valência. • A chave para entender as propriedades periódicas é o conceito da carga nuclear efetiva, Zef. • Representa a quantidade de carga sentida por um elétron de valência em um átomo polieletrônico. • A redução da carga nuclear real, Z, para a carga nuclear efetiva, Zef, chama-se blindagem. • A Zef é expressa por: • Zef = Z - σ • Onde Z = carga do núcleo e σ = constante de blindagem; Carga nuclear efetiva • Em muitos casos, σ é tomada como um inteiro que representa o número de elétrons do caroço. Carga nuclear efetiva Na Mg Al Si 11 12 13 14 10 10 10 10 1 2 3 4 ZefcaroçoZ Zef ≈ Z – número de elétrons do caroço Os elétrons externos são atraídos para o núcleo pela carga nuclear ...mas são empurrados para londe pela repulsão dos elétrons internos. Carga nuclear efetiva Blindagem Penetração • J. S. Slater (1930) formulou um conjunto de regras empíricas para determinar valores para a constante de blindagem; • Regras de Slater: 1. Separa-se a configuração eletrônica em grupos: (1s) (2s, 2p) (3s, 3p) (3d) (4s, 4p) (4d) (4f) (5s, 5p) (5d) (6s, 6p) (6d) etc. 2. Elétrons nos grupos a direita do grupo do elétron sob consideração não contribuem para σ. Carga nuclear efetiva 3. Elétrons em orbitais ns ou np: i. Cada um dos elétrons no mesmo grupo (ns, np) contribui com 0,35 para o valor de σ - se estiver em um orbital 1s este contribui com 0,3; ii. Cada um dos elétrons no nível (n – 1) contribui com 0,85 para o valor de σ; iii.Cada um dos elétrons no nível (n – 2) em diante contribui com 1,0 para o valor de σ; Carga nuclear efetiva Exemplo: Para um elétron de valência do átomo de 7N tem-se: 1s2 2s2 2p3 1. (1s)2 (2s, 2p)5 2. Zef = Z - σ = 7 - [(4 x 0,35) + (2 x 0,85)] = 3. Zef = Z - σ = 7 – 3,1 = 3,9 Carga nuclear efetiva 4. Se o elétronmais externo está em um orbital d ou f: i. Cada um dos elétrons no grupo (nd) ou (nf) contribui com 0,35 para o valor de σ; ii. Cada um dos elétrons nos grupos à esquerda do elétron nd ou nf contribui com 1,0 para o valor de σ. Carga nuclear efetiva Exemplo: No caso do elétron de valência 4s do 30Zn tem-se: (1s)2 (2s, 2p)8 (3s, 3p)8 (3d)10 (4s, 4p)2 Zef = Z - σ = 30 - [(1 x 0,35) + (18 x 0,85) + (10 x 1,0)] = Zef = 30 – 25,65 = 4,35 Para um elétron 3d: Zef = Z - σ = 30 - [(9 x 0,35) + (18 x 1,0) = Zef = 30 – 21,15 = 8,85 Carga nuclear efetiva • Para entender as propriedades dos átomos, devermos nos familiarizar com a intensidade da força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos que depende da carga nuclear efetiva (Zeff). Tendências periódicas: raio atômico Raio metálico Raio covalente Raio iônico • O raio atômico aumenta ao se descer em um grupo na tabela periódica e diminui ao longo do período. • 1) Ao longo do grupo, os elétrons ocupam orbitais quânticos mais distantes do núcleo aumentando o tamanho do átomo. • 2) Ao longo do período os elétrons são adicionados ao mesmo nível externo, a Zef aumenta puxando os elétrons para mais perto o núcleo dimuindo o tamanho do átomo. • Esta tendência não funciona muito bem para os elementos de transição e lantanóides. • Tendências periódicas: raio atômico • Os raios diminuem nos primeiros elementos pois elétrons são adicionados aos orbitais (n - 1)d causando um aumento na Zef; • No meio da série mudam muito pouco pois o efeito do aumento da Zef é balanceado pelo aumento da repulsão elétron-elétron; • No final da série volta a aumentar no pois a camada d está preenchida e a repulsão elétron-elétron faz com que o raio aumente. Tendências periódicas: raio atômico • O raio iônico está relacionado com a distância entre os núcleos dos cátions e ânions vizinhos. • A perda do elétron causa uma diminuição nas repulsões, e o aumento na Zef leva a uma diminuição do volume do íon - Cátions são menores do que os átomos que lhes dão origem. • Adicionando-se um elétron, aumenta-se a repulsão elétron- elétron, sem que haja um aumento na Zef para compensar; • para minimizar essas repulsões, ocorre uma expansão da nuvem eletrônica - Ânions são maiores do que os átomos que lhe dão origem. Tendências periódicas: raio iônico Tendências periódicas: raio iônico • Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. • Série isoeletrônica: Espécies que têm o mesmo número de elétrons.. • Em uma série isoeletrônica quem possui maior Zef será menor O2- F- Na+ Mg2+ Al3+ 1,40A 1,33A 0,97A 0,66A 0,51A � aumento da carga nuclear⎯ → ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ diminuição do raio iônico⎯ → ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ Tendências periódicas: raio iônico • Energia de ionização: representa a energia (em kJ) necessária para remover completamente um mol de elétrons de um mol de átomos ou íons gasosos; • A(g) A+(g) + e-(g) ∆H = EI1 • Para separar um elétron de um átomo deve-se fornecer energia para superar a atração da carga nuclear; • Uma aproximação válida para o valor da energia de ionização é dada por: Energia de ionização EI = RH Zef 2 n2 • A primeira energia de ionização, EI1, é a energia de remoção do elétron mais externo e mais fracamente ligado ao átomo neutro na fase gasosa; • A(g) � A+(g) + e-(g) ∆H = EI1 • A segunda energia de ionização, EI2, corresponde a ionização do cátion resultante, e assim sucessivamente. • A+(g) � A2+(g) + 2e-(g) ∆H = EI2 • Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade para se remover o elétron. Energia de ionização • A variação da energia de ionização segue o padrão da carga nuclear efetiva. • diminuindo ao longo do grupo - o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo pois se reduz a atração núcleo-elétron; • Exceto para os elementos dos períodos 4, 5 e 6 do Grupo 13 logo após a série de transição - devido preenchimento dos subníveis d nestes períodos o que resulta em maior Zef do que o esperado. Tendências na energia de ionização Be ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p Be+ ↑↓ ↑ 1s 2s 2p Para ionizar o Be deve-se desfazer um subnível preenchido, mais energia B ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p ↑ B+ ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p Quando se ioniza o B, obtém-se um subnível preenchido, menos energia • Em geral, aumenta ao longo do período tornando mais difícil remover o elétron. • exceto do grupo 2 para o 13: Tendências na energia de ionização N+ ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p ↑↑N ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p ↑↑↑ Estes elétrons sentem uma forte repulsão entre eles, compensando o aumento da carga nuclear ao passar do N para O; Tendências na energia de ionização • exceto do grupo15 para o 16 ↑↓O ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p ↑↑ ↑O+ ↑↓ ↑↓ 1s 2s 2p ↑↑ Além do cátion O+ apresenta os orbitais 2p semipreenchidos, conferindo estabilidade adicional. Tendências na energia de ionização • As ionizações sucessivas de uma espécie química precisam de cada vez mais energia; • Quanto maior a carga positiva de uma espécie, maior a energia necessária para superar a atração do núcleo pelo o elétron a ser removido. • Ocorre um aumento regular na energia para cada elétron de valência sucessivo. • Ocorre um grande aumento na energia quando começamos a remover elétrons do caroço. • A primeira afinidade eletrônica representa menos a variação de energia associada ao ganho de um elétron por um átomo em fase gasosa: Y(g) + e- → Y-(g) ∆E = afinidade eletrônica, AE • O ganho de elétron por um átomo é um processo exotérmico. pois a atração elétron-núcleo compensa a repulsão elétron-elétron. • A segunda afinidade eletrônica é sempre um processo endotérmico pois neste caso as repulsões elétron-elétron são dominantes. Afinidade eletrônica Afinidade eletrônica • A tendência não é tão regular: • Um elemento tem maior AE se o elétron adicional ocupar um nível que sinta uma maior Zef; • Deve-se adicionar um elétron mais facilmente a um átomo de um elemento do lado direito de um período do que um átomo de um elemento do lado esquerdo do período. • Descendo um grupo, adicionar um elétron a um átomo grande é menos favorável do que em um átomo menor pois elétron adicionado está mais distante da carga nuclear. Afinidade eletrônica • Observam-se exceções horizontais e verticais nas tendências da afinidade eletrônica: • Horizontais: dos elementos do grupo 1 para os elementos do grupo 2; • Do Li(-60) para Be(0) - o elétron no Be ocuparia um orbital de maior energia. • Dos elementos do grupo 14 para os elementos do grupo 15: • Do C (-122) para o N(0) o elétron no C ocupará um orbital vazio e no N ocorrerá aumento nas repulsões elétron- elétron tornando mais difícil a adição do elétron Afinidade eletrônica • Exceções verticais: Os elementos do período 2 são menores do que dos demais períodos; • É mais difícil se adicionar um elétron nestes elementos devido às intensas repulsões elétron-elétron - no caso do flúor, AE é menor do que o esperado; Princípio da Singularidade • Afirma que a química dos elementos do segundo período é diferentes dos outros elementos dos grupos. • O primeiro elemento do gurpo não é o mais representativo do grupo como um todo. • 1. Menor raio dos átomos; • 2. Maior capacidade de formar ligações π; • 3. Indisponibilidade de orbitais d nestes elementos. Princípio da Singularidade 1. Tamanho atômico: O menor tamanho dos átomos resulta em: • (a) Afinidades eletrônicas menos negativas - maiores repulsões; • (b) Maiores valores de densidades de carga • (c) Elevado grau de caráter covalente em seus compostos. • A alta densidade de carga do cátion polarizao ânion – a ligação tem um alto caráter covalente e menos iônico; • O composto é menos solúvel em água e mais solúvel em solventes orgânicos polares Princípio da Singularidade • A nuvem do cloreto é distorcida pelo íon lítio, permitindo a sobreposição dos orbi ta is dos dois íons - compartilhamento de elétrons entre os dois íons. • Quanto maior for a razão carga/raio (Z/r) do cátion (densidade de carga), maior é o poder de polarização e maior é o caráter covalente da ligação. Princípio da Singularidade 2. Maior capacidade de formar ligações π • o menor tamanho dos elementos do segundo período aumenta a probabilidade de formar ligações π (sobreposição paralela entre orbitais com simetria adequada) entre si e entre outros elementos (capazes de formar ligações duplas ou triplas extremamente fortes); • S e d o i s á t o m o s s ã o g r a n d e s a sobreposição paralela será menos efetiva; Princípio da Singularidade 2. Indisponibilidade de orbitais d • A disponibilidade de orbitais d nos elementos mais pesados de cada grupo torna possível a expansão do octeto; • Isto não não ocorre com os elementos do período 2; • Como consequência, o carbono só pode formar compostos tais como o tetravalentes enquanto que o Si pode formar até hexavalentes. Relação diagonal • Existe uma relação diagonal entre a química do primeiro membro de um grupo e o segundo membro do grupo seguinte; • Sendo importante apenas para os três primeiros grupos. • Os principais fatores responsáveis são: 1. Raio atômico; 2. Densidade de carga (razão Z/r) 3. Eletronegatividade; Relação diagonal Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Relação diagonal • Relação diagonal Li e Mg; • O raio do Li+ é mais próximo do Mg2+ do que do Na+; • L i + e M g 2 + f o r m a m n i t r e t o s , hidróxidos e carbonatos que se decompõem facilmente com o calor, • Formam compostos orgânicos com uma ligação metal-carbono covalente polar e sais com solubilidades semelhantes. Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Relação diagonal • Relação diagonal entre Be e Al: • O raio do Be2+ é mais próximo do Al3+ do que do Mg2+; • Be2+ e Al3+ formam oxoanions em base forte: berilato, Be(OH)42-, e aluminato, Al(OH)4-. • Tanto Be2+ e Al3+ são fortemente polarizantes e todos seus compostos tem significativo caráter covalente. Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Relação diagonal • Relação diagonal entre B e Si: • Ambos sãos semicondutores. • Os boratos e silicatos, ocorrem na natureza na forma de redes covalentes estendidas. • O ácido bórico [B(OH)3] e ácido silícico [Si(OH)4] são ácidos fracos em estado sólido com camadas unidas por ligação de hidrogênio. • Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Carga do íon Raio iônico Densidade de carga Eletronegatividade Efeito do par inerte • O t e r m o e f e i t o p a r i n e r t e é frequentemente utilizado em relação ao aumento da estabilidade dos estados de oxidação, que são 2 unidades inferiores à valência do grupo dos elementos mais pesados dos grupos 13, 14, 15 e 16. • Supõe-se que elétrons ns são mais difíceis de se remover resultando em uma maior energia de ionização para formar os íon tri e tetravalente. Efeito do par inerte • Grupo 13: Al forma íons Al3+ enquanto o In forma íons In+ e In3+ e os compostos de Tl+ são mais numerosos do que Tl3+. • Grupo 14: Sn forma cátions Sn2+ e Sn4+ enquanto Pb forma cátions Pb2+ estável e o Pb4+ é instável; • Se deve à alta Zef sofrida pelos elétrons de valência ns devido baixa capacidade de blindagem dos elétrons d e f; Os elementos podem ser agrupados de modo mais amplo em categorias de acordo com suas propriedades. Metais, não-metais e metalóides Metais Não-MetaisMetalóides Metais • O caráter metálico refere-se às propriedades dos metais: • brilho ou lustre, malebilidade e dúctibilidade, os óxidos formam sólidos iônicos básicos e tendem a formar cátions em solução aquosa. • O caráter metálico aumenta à medida que descemos em um grupo. • O caráter metálico diminui ao longo do período. • Os metais têm energias de ionização baixas, formam cátions; • Os metais perdem elétrons sofrendo oxidação em vez de redução. • Quando os metais são oxidados, eles tendem a formar cátions característicos. • Todos metais do grupo 1 formam íons M+. • Todos metais do grupo 2 formam íons M2+. • A maioria dos metais de transição têm cargas variáveis. • Compostos de não metais e metais tendem a ser iônicos; • Os óxidos metálicos são de particular importância devido à sua abundância em nosso ambiente. • A maior parte dos óxidos metálicos são básicos: Óxido metálico + água → hidróxido metálico Metais Tendências no caráter metálico • Os não-metais apresentam um comportamento mais variado do que os metais. • Devido à sua AE, quando os não-metais reagem com os metais, os não-metais tendem a ganhar elétrons: metal + não-metal → sal 2Al(s) + 3Br2(l) → 2AlBr3(s) • Os compostos de não-metais são substâncias moleculares e tendem a ser gases, líquidos ou sólidos de baixo pf à Tamb; • A maior parte dos óxidos não-metálicos são ácidos: óxido não-metálicos + água → ácido P4O10(s) + H2O(l) → 4H3PO4(aq) Não-metais • Os metalóides têm propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. • Exemplo: o Si tem brilho metálico, mas é quebradiço. • Os metalóides são famosos na indústria de semicondutores. Metalóides Hidrogênio • O hidrogênio é um elemento atípico e é o mais simples dos átomos e existe como gás diatômico incolor, H2. • Com apenas um elétron de valência forma um íon monopositivo H+ em solução; • Reage com metais formando íon mononegativo H-, hidreto; • Os hidretos reagem com água para formar hidrogênio e o respectivo hidróxido metálico; Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) • Baixíssimas energias de ionização !excelentes agentes redutores; !muito reativo, encontrados na natureza na forma combinada !reagem com não metais para produzir compostos iônicos; • ponto de fusão diminui ao longo do grupo; !Todos apresentam baixos PF • Densidade aumenta ao longo do grupo; Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) Sódio (Na) Lítio (Li) Potássio (K) Rubídio (Rb) Césio (Cs) Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) • Os metais alcalinos produzem diferentes óxidos ao reagirem com o O2: 4Li(s) + O2(g) → 2Li2O(s) (óxido) 2Na(s) + O2(g) → Na2O2(s) (peróxido) K(s) + O2(g) → KO2(s) (superóxido) • Apesar de incolores os íons de metais alcalinos emitem cores características quando colocados em uma chama à alta temperatura. • O elétron s é excitado por uma chama e emite energia quando retorna ao estado fundamental. Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) • Os metais alcalinos emitem cores características quando colocados em uma chama à alta temperatura. • O elétron s é excitado por uma chama e emite energia quando retorna ao estado fundamental. Na K Li Ba Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) 2 Na(s) + 2 H2O(l) → 2 NaOH(aq) + H2(g) Elementos do grupo 1 (ns1, n ≥ 2) Elementos do grupo 2 (ns2, n ≥ 2) • Os metais alcalinos-terrosos são mais duros e mais densos do que os metais alcalinos com pontos de fusão mais altos. • Sofrem perda de dois elétrons no orbital ns M → M2+ + 2e-. Mg(s) + Cl2(g) → MgCl2(s) • São menos reativos do que os metais alcalinos; • A maior parte dos compostos de Bee alguns de Mg são de natureza molecular e não iônica - alto caráter covalente; Elementos do grupo 2 (ns2, n ≥ 2) Elementos do grupo 2 (ns2, n ≥ 2) • Be não reage com água e Mg reage lentamente com vapor d’água; • O Ca, Sr e Ba reagem com água fria; Ba(s) + 2H2O(l) → Ba(OH)2(aq) + H2(g) • A reatividade com o O aumenta do Be para o Ba; • MgO e BeO só são formados a temperaturas elevadas enquanto CaO, SrO e BaO se formam em temperatura ambiente; • Mg reage com ácido liberando H2; • Ca, Sr e Ba reagem em meio ácido liberando H2 mas também atacam a água ocorrendo reações simultâneas; Elementos do grupo 2 (ns2, n ≥ 2) Os íons de metais alcalinos-terrosos mais pesados fornecem cores características quando aquecidos; Nos seres humanos tanto o cálcio quanto o magnésio são importantes; O cálcio é responsável pelo crescimento e manutenção de ossos e dentes. Elementos do grupo 2 (ns2, n ≥ 2) Elementos do grupo 13 (ns2np1, n ≥ 2) • O boro é um metalóide e os demais são metais; • O boro não reage com com oxigênio nem com água e não forma compostos iônicos; • O alumínio reage prontamente com o oxigênio formando óxido; 4Al(s) + 3O2(g) → 2AlO3(s) • Forma-se assim uma camada protetora tornando o metal menos reativo que o alumínio elementar; • O alumínio forma íons trivalentes e os demais formam tanto íons mono quanto trivalentes; Elementos do grupo 13 (ns2np1, n ≥ 2) Elementos do grupo 13 (ns2np1, n ≥ 2) A reação da termita (usada soldagem) 2 Al(s) + Fe2O3(s) → Al2O3(s) + Fe(s) Elementos do grupo 14 (ns2np2, n ≥ 2) • O carbono é um não-metal e Si e Ge são metalóides; • Estanho e chumbo são metais e reagem com ácido para liberar H2; • Sn(s) + 2H+(aq) → Sn2+(aq) + H2 (g) • Pb(s) + 2H+(aq) → Pb2+(aq) + H2 (g) • Os elementos do grupo 14 formam tanto compostos com estado de oxidação +2 quanto +4; • Para C e Si o estado de oxidação mais estável é o +4; • Ao descermos no grupo o estado +4 é apenas ligeiramente mais estável do que o +2; Elementos do grupo 14 (ns2np2, n ≥ 2) Elementos do grupo 14 (ns2np2, n ≥ 2) Elementos do grupo 15 (ns2np3, n ≥ 2) • N e P são não metais e As e Sb são metalóides e Bi metal; • O N forma vários óxidos onde apenas o N2O5 é sólido • N2O5(s) + H2O(l) → 2HNO3(aq) • O nitrogênio aceita 3 elétrons formando o íon N3- isoeletrônico ao neônio; • O fósforo existe na forma P4 e forma dois óxidos sólidos: • P4O10(s) + 6H2O(l) → 4H3PO4(aq) • As e Sb têm estruturas 3d estendidas e Bi é menos reativo do que os metais do grupo precedentes; Elementos do grupo 15 (ns2np3, n ≥ 2) Elementos do grupo 15 (ns2np3, n ≥ 2) Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) • O, S e Se são não-metais e Te é metalóide e Po é metal. • Existem duas formas alotrópicas do oxigênio: o dioxigênio (O2) e ozônio (O3). • O ozônio pode ser preparado a partir do oxigênio em descargas elétricas: 3O2(g) → 2O3(g) ΔH = 284,6 kJ. • O ozônio possui um cheiro pungente e é tóxico. • A forma O3 é menos estável do que a forma O2. Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) • Existem dois estados de oxidação para o oxigênio: -2 (peróxido) e -1 (superóxido). • O enxofre e o selênio elementares tem fórmulas S8 e Se8; • Te e Po têm estruturas 3D estendidas; • O polônio é um elemento radioativo e difícil de se trabalhar em laboratório; • O S, Se e Po forma íons divalentes negativos ; Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) SO3(g) + H2O(l) H2SO4(aq) Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) Elementos do grupo 16 (ns2np4, n ≥ 2) Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) • Todos os halogênios existem como moléculas diatômicas (X2). • Os halogênios é dominada pelo ganham um elétron para formando um ânion: X2 + 2e- → 2X-. • O flúor é uma das substâncias mais reativas que se conhece e remove elétrons de quase todas as substâncias. 2F2(g) + 2H2O(l) → 4HF(aq) + O2(g) ΔH = -758,9 kJ. • Toda reação envolvendo flúor é explosiva e diminui a medida que substituímos F por Cl, Br e I; Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) • Os ânions derivados dos halogênios são conhecidos como haletos ou halogenetos; • A grande maioria dos haletos de metais alcalinos e alcalinos terrosos são compostos iônicos; • Os halogênios formam muitos compostos moleculares interhalogênicos (ICl e BrF3) e com outros não metais (NF3, PCl5 e SF6); • O uso do flúor odontológico é imprescindível como meio complementar para o êxito no controle da cárie dental. • O F age reduzindo a solubilidade do esmalte formando a fluoroapatita. Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) • O Cl é produzido pela eletrólise do NaCl sendo o halogênio mais utilizado industrialmente: 2NaCl(aq) + 2H2O(l) → 2NaOH(aq) + H2(g) + Cl2(g). • A reação entre Cl e a água produz ácido hipocloroso (HOCl) que tem ação bactericida: Cl2(g) + H2O(l) → HCl(aq) + HOCl(aq). • Os halogênios reagem com hidrogênio para formar haletos de hidrogênio gasosos. • Estes compostos são muito solúveis em água dissolvendo- se para formar ácidos halídricos (ácidos fortes). Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) O astato é um elemento radioativo e pouco se sabe sobre suas propriedades; Elementos do grupo 17 (ns2np5, n ≥ 2) Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) • Todos os gases nobres são não-metais e monoatômicos. • Eles são notoriamente não-reativos porque têm os subníveis s e p completamente preenchidos. • Em 1962 o primeiro composto de gases nobres foi preparado; • Neil Bartlett destruiu a crença sobre estes elementos e obteve os compostos XeF2, XeF4 e XeF6. • Até agora, os únicos outros compostos de gases nobres conhecidos são o KrF2 e o HArF, sendo a última estável apenas em baixas temperaturas. Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) Elementos do grupo 18 (ns2np6, n ≥ 2) Texto
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