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PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE RUPTURA DE LCA CINESIOTERAPIA 2015.1

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3 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
 O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura fundamental no joelho, 
visto que este é considerado o estabilizador primário contra a translação anterior da 
tíbia, e estabilizador secundário na rotação interna excessiva da tíbia1 e no estresse 
em valgo e varo2. Junto com o ligamento cruzado posterior, ele é vital para a 
manutenção da estabilidade ântero-posterior do joelho3, bem como em movimentos 
rotacionais4, 5 .No entanto, sua principal função como estabilizador consiste em 
prevenir a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur5 . 
 No joelho, existem mecanorreceptores que são receptores sensoriais que 
respondem a estímulos mecânicos. Esses receptores encontram-se presentes, 
também, no LCA permitindo que quando estimulados, provoquem um arco reflexo 
fazendo com que ocorra contração muscular3. Além do mais, estes receptores 
localizados nas estruturas remanescentes possuem função de proteção, promoção e 
restituiçãoda estabilidade e do equilíbrio articular6. 
 Dessa forma, a instabilidade gerada após uma lesão do LCA não é causada 
somente pela estabilidade mecânica perdida, sendo também gerada pela 
instabilidade funcional, devido ao pequeno número de mecanorreceptores3. “No 
joelho, mecanorreceptores como terminações de Ruffini, corpúsculos de Paccini e 
órgãos tendinosos de Golgi estão presentes no LCA, no ligamento cruzado posterior 
e nos meniscos. Desse modo, o LCA não se configura apenas como restritor mecâ-
nico, mas fornece informação sensorial ativando a estabilização muscular reflexa1,5.” 
 Em geral, as lesões de LCA tem sido comuns nas práticas esportivas de alto 
desenvolvimento. Ocorrendo em virtudes de forças rotatórias sem contato, 
associadas à fixação do pé e a movimentos rápidos de mudança de direção que 
podem promover rotação e uma tensão no joelho em valgo ou varo gerando a 
instalação da lesão2. Porém alguns estudos também têm demonstrado que o LCA 
pode romper por hiperextensão ou por uma contração violenta do quadríceps 
femoral, que anterioriza a tíbia em relação ao fêmur4. 
 O rompimento do LCA é uma das lesões mais comuns do joelho e tem se 
mostrado bem mais frequente em mulheres do que em homens durante práticas 
esportivas similares, como basquetebol ou futebol, onde estudos mostram que essa 
incidência é de duas a oito vezes maiores no sexo feminino7,Vem sido discutido na 
literatura que mulheres, envolvidas na mesma atividade, demonstram possuir um 
risco de cinco a dez vezes maior de sofrer lesão do LCA comparados aos homens8. 
A incidência de lesões parciais ou completas do LCA em atletas ou 
indivíduos ativos tem se tornado comum na vivência clínica1, 9.Segundos dados de 
estudos epidemiológicos, a incidência de rotura de LCA nos Estados Unidos da 
América vem 
4 
 
abarcando uma faixa de 80 a 100.000 mil reconstruções ao ano10. Outros dados 
achados constam que a lesão de LCA nos Estados Unidos é de aproximadamente 
200.000 mil lesões por ano com custos estimados em até três bilhões de 
dólares1,5.Em contrapartida, outro estudo relata que 13,6% da população masculina 
dos índios Ticunas, na Amazônia, sofreram lesão de LCA, sendo um percentual 
significativamente maior do que o encontrado na população feminina, sendo de 
3,2%11. Estes dados podem diferir de acordo com as atividades físicas praticadas. 
Em geral, na literatura há bastante controvérsia em relação aos dados 
epidemiológicos sobre a incidência de lesões de LCA no Brasil disponibilizando de 
pouca informação sobre este campo.12 
 As lesões de joelho, não possuindo uma visão global, possuem a maior 
incidência de lesões graves nos praticantes de esporte1, em especial, o futebol que 
destaca o LCA como o mais frequente ligamento lesionado durante a prática 
desportiva12. Durante a atividade esportiva, estudos relatam cerca de 70% de lesões 
de LCA durante as atividades esportivas, especialmente nas práticas futebolísticas 
ocorrendo a maioria das lesões entre 16 e 45 anos de idade11. 
 As lesões do LCA são restabelecidas por cirurgias onde se recorrem a um 
enxerto para formar um neo-ligamento3. Para escolha ideal do enxerto para 
substituição do LCA, o mesmo deve ter propriedades estruturais e mecânicas 
similares ao ligamento original, permitindo fixação segura e rápida incorporação 
biológica reduzindo o risco de morbidade do sitio doador13. A decisão para a 
reconstrução do LCA tem como base alguns fatores individuais do paciente como: 
grau de instabilidade, idade do paciente, nível de exigência do joelho, presença de 
falseio, lesões meniscais recorrentes e interesse em retornar ao esporte14. 
 Hodiernamente, distintas formas de enxerto têm se mostrado bastante 
eficazes na reconstrução do LCA possuindo critérios individuais na escolha pelo 
enxerto ideal de acordo com o perfil do paciente e sua lesão, além da experiência 
pessoal do cirurgião15. Tradicionalmente têm sido utilizados os auto-enxertos, osso-
tendão patelar-osso (OTO), tendão dos semitendinoso e grácil (SG-T) e tendão 
Quadricipital e Fáscia Lata, sendo os dois primeiros os mais utilizados. 3,5. 
 Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada uma busca de artigos 
científicos nas bases Scielo, Lilacs, Pubmed e Sistema PEDro, publicados a partir do 
ano de 2008. Este estudo tem o objetivo de apresentar uma revisão literária sobre o 
tema “Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior”, abordando desde sua 
biomecânica normal, mecanismos lesionais, epidemiologia de lesões, bem como 
procedimentos reconstrutivos e reparativos que o envolvam, tendo em vista o 
procedimento cirúrgico dando ênfase em sua fase de reabilitação com uma proposta 
fisioterapêutica inclusa nas quatro fases de reabilitação propostas por Carolyn 
Kisner, visando significativa relevância para a prevenção ou minimização de agravos 
no período pós-operatório e fase de cura no período de finalização da reabilitação. 
5 
 
 
 
2.0-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1-ANATOMIA E BIOMECANICA DO LCA 
 
 O ligamento cruzado anterior é uma estrutura intra-articular e extra-sinovial, 
ele se insereproximamente à superfície medial do côndilo lateral do fêmur e está 
disposto na direção anterior e lateral da espinha tibial anterior. É formado por fibras 
de colágeno envoltas por tecido conjuntivo e tecido sinovial. Sua inervação se 
dáatravés de ramificações do nervo tibial tratando-se de uma estrutura pouco 
vascularizada o que implica numa baixa capacidade de regeneração tecidual, pelo 
qual, rupturas do ligamento cruzado anterior são redirecionadosà técnicas cirúrgicas 
com substituição ligamentosa. Basicamente, O ligamento cruzado anterior é dividido 
em dois feixes, um anteromedial, que se origina na porção mais proximal e anterior 
do fêmur e como explícito em seu próprio nome, inserido na região anterior e medial 
da tíbia, o outro feixe é o posterolateral, com origem femoral mais distal e inserção 
na região posterior e lateral da tíbia16. 
 O principal papel do LCA é estabilizar e restringir a anteriorização e rotação 
da tíbia em relação ao fêmur nos diferentes graus de flexão do joelho17. A 90° de 
flexão com a tíbia em posição neutra o LCA representa 85% da estabilização 
anterior do joelho. O LCA é acometido em mais de 50% das lesões ligamentares do 
joelho, sendo que com a ruptura total das suas fibras, os mecanorreceptores 
presentes no ligamento são perdidos18. Estes mecanorreceptores agem como 
sinalizadores da aceleração angular e da propriocepção do membro. O LCA também 
possui funções biomecânicas na limitaçãoda rotação interna e externa do joelho, 
bem como limitar o movimento de varus/valgus19. 
 
 
2.2-CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LESÕES DO LCA 
As lesões parciais do LCA representam10% a 27% de todas as lesões. É 
descrita a existência de duas bandas do LCA (anteromedial e posterolateral) que 
contribuem separadamente para a estabilização do joelho. A definição de lesão 
parcial não é única na literatura, sendo uma das definições aceitas a lesão isolada 
de uma dessas bandas. Foi verificada a possibilidade de evolução da lesão, onde 
pacientes que apresentam ruptura parcial, evoluem para uma lesão completa, sendo 
6 
 
a mesma definida como a lesão de ambas as bandas do LCA. Nas lesões parciais o 
objetivo mais importante édeterminar a existência de fibras remanescentes e a 
estabilidade clínica com a permanência dessas. É importante avaliar a competência 
e funcionalidade dessas fibras na estabilização do joelho. A lesão completa do LCA 
pode ser diagnosticada pelo exame clínico, enquanto a lesão parcial muitas vezes 
não. O exame clínico consiste na aplicação de testes manuais específicos para LCA, 
tais como os testes de Lachman, Pivor-shift e gaveta anterior; e testes que avaliam 
lesões meniscais associadas, tais como os testes de Apley e McMurray. Nesses 
casos estudos complementares são necessários para sua confirmação, sendo 
estabelecido o diagnóstico através da combinação do exame clínico com os exames 
de imagem (radiografia e ressonância magnética). Quando necessário, o diagnóstico 
pode ser confirmado através do exame artroscópico que permite determinar o tipo 
de lesão parcial através da avaliação das fibras remanescentes, mas mesmo com 
esse recurso é difícil avaliar a verdadeira extensão dos danos. Se no exame 
artroscópico o ligamento apresentar menos de 50% de comprometimento, o 
tratamento conservador é indicado. Caso o exame apresente mais de 50% de 
comprometimento o paciente é tratado como ruptura completa20, 21. 
 
 
2.3-TIPOS DE CIRURGIA 
 A técnica cirúrgica mais utilizada em reconstruções do ligamento cruzado 
anterior tem sido a reconstrução artroscópica com uma única banda (técnica de 
Chambat), onde o enxerto é retirado do tendão patelar, possuindo porcentagem de 
sucesso que varia de 69 a 95%. No entanto, atualmente, diversos fatos tem 
motivado a pesquisa de outras técnicas cirúrgicas, como por exemplo, a busca de 
um enxerto que permita a reconstrução do ligamento cruzado anterior de forma mais 
anatômica, utilizando assim, a técnica de dupla banda, em que o enxerto é retirado 
do tendão dos músculos semitendinoso e grácil22. Artigos prospectivos e 
randomizados têm demonstrado vantagens na técnica de reconstrução com dupla 
banda em comparação à técnica de banda única23, porém, a duvida quanto a 
superioridade da técnica ainda tem sido motivo de diversas discussões entre 
cirurgiões, onde dentre os mesmos, o principal argumento é a dificuldade da 
realização da técnica, consequentemente levando um maior tempo cirúrgico, maior 
custo e não destacando a possibilidade de insuficiência do enxerto24. 
 
2.3.1- Técnica de banda única 
 
7 
 
 “A reconstrução feita pela técnica de Chambat para o tendão patelar, através 
de uma incisão anterior sobre o TP, retirou-se o seu terço central de 1 cm de 
espessura com um bloco osso patelar de 9 x 20mm e outro em forma trapezoidal da 
tíbia de 11 x 25mm. Efetuada a artroscopia e o tratamento das lesões associadas, 
foram realizados os túneis de forma independente e de fora para dentro, iniciando-se 
pelo fêmur com o guia femoral de Chambat (Phusis), que entra pelo portal AM e se 
prende na borda mais proximal da face axial do côndilo lateral. Através de um 
acesso lateral de 1,5cm sobre o epicôndilo lateral, foi introduzido o fio-guia de fora 
para dentro, que surge intra-articular perpendicular à face axial do côndilo lateral na 
localização anatômica do LCA no fêmur. Através desse fio-guia, realizou-se 
perfuração inicial de fora para dentro com broca canulada de 6mm e 
progressivamente até o tamanho 10mm . 
 O túnel tibial foi realizado com o guia tibial de Chambat (Phusis) tendo os 
restos do LCA na tíbia como referência, e perfuração progressiva até o número 
9mm. A passagem do enxerto foi realizada de proximal para distal, sendo que o 
enxerto era invertido, ou seja, a baguete patelar menor introduzida primeiro com a 
ajuda de um Kelly era destinada ao túnel tibial, e a baguete tibial trapezoidal 
destinada ao túnel femoral. Enquanto se tracionava a baguete patelar pelo túnel 
tibial, fixava-se a baguete tibial trapezoidal no fêmur de fora para dentro na forma 
pressfit, ocorrendo, em seguida, a fixação tibial em 30 graus de flexão com um 
parafuso de interferência25. ”. 
 
 
2.3.2- Técnica de dupla banda: 
 “Fazemos uma incisão de cerca de quatro cm, no terço proximal e medial da 
perna. Com o auxílio de um extrator, retiramos os tendões flexores, grácil e 
semitendíneo. O tendão do semitendíneo dá origem à banda anteromedial do 
enxerto do ligamento cruzado anterior e o tendão do grácil, à banda posterolateral. 
Efetuamos artroscopia diagnóstica e para tratamento de lesões meniscais ou 
condrais. As inserções femorais e tibiais das bandas anteromedial e posterolateral 
são marcadas com radiofrequência e mantidas intactas, para preservar a 
vascularização e a propriocepção. Com o mesmo instrumento, demarcamos as 
inserções tibiais. A inserção tibial da banda posterolateral é localizada anterior e 
medial à raiz posterior do menisco lateral, anterior e lateral ao ligamento cruzado 
posterior. Um portal anteromedial acessório é estabelecido, sob visualização direta, 
inferior e medial ao portal anteromedial padrão. A colocação é crítica para se obter a 
trajetória correta da broca para confecção do túnel femoral posterolateral, a fim de 
se evitar lesar a superfície do côndilo femoral medial ou o menisco medial, durante a 
perfuração. O túnel femoral posterolateral é demarcado cinco mm posterior à 
8 
 
cartilagem anterior do côndilo femoral lateral e três mm superior à cartilagem inferior 
deste, com o joelho fletido a 90°. 
 Uma vez determinado o ponto ideal fazemos uma perfuração. O joelho é 
fletido a 110° para proteger o nervo fibular comum; o túnel femoral posterolateral é 
perfurado pelo portal anteromedial acessório, com broca de cinco mm, atravessando 
a cortical lateral do côndilo femoral lateral. Para a confecção dos túneis tibiais o guia 
para perfuração é ajustado na marca de 55°; mantemos uma ponte óssea de pelo 
menos um cm entre os fios guia. A confecção do túnel femoral anteromedial é 
profunda em relação ao bordo do túnel posterolateral. O fio-guia pode ser 
introduzido via transtibial, ou pelo portal anteromedial acessório da artroscopia. 
Temos preferência pela via transtibial, que deixa os túneis femorais divergentes. 
 Um fio-guia perfurado em dois orifícios,um é passado pelo portal anteromedial 
acessório, pelo túnel femoral posterolateral e pela pele da coxa lateral, enquanto a 
outra extremidade é mantida dentro da articulação. Em seguida, essa extremidade é 
puxada para o interior do túnel tibial posterolateral, com auxílio de um gancho, e 
trazida para a região externa da perna. Um fio-guia perfurado em dois orifícios, é 
passado pelo túnel tibial posterolateral, pelo túnel femoral anteromedial e pela pele 
da face lateral da coxa; a extremidade dupla do fio fica intra-articular e é tracionada 
para o interior do túnel tibial anteromedial. Também com auxílio do gancho é trazida 
para a região externa da perna. São usados dois fios de cores diferentes, para 
facilitar a identificação de cada componente. 
 Em seguida, o enxerto posterolateral é passado pelos túneis tibial e femoral e 
é feito o “tombo”, promovendo fixação femoral. Depois, o enxerto anteromedial é 
passado pelos túneis correspondentes. É feito o “tombo” de modo similarao enxerto 
posterolateral. Antes da fixação, cada componente do enxerto é pré-tensionado 
através da movimentação de flexoextensão do joelho, por 25 vezes, usando tensão 
manual. O enxerto anteromedial é fixado com o joelho flexionado a 45°; o enxerto 
posterolateral é fixado com o joelho fletido a 15°. Em ambas situações realizamos 
tensão manual nos fios da extremidade tibial do enxerto”22. 
 
2.4- REABILITAÇÃO 
 
 Dada importância das técnicas cirúrgicas, a reabilitação também desempenha 
um papel reconhecido na recuperação completa da função. Levando em 
consideração o tipo de enxerto ou fixação utilizado para a reconstrução do LCA, o 
programa ideal de reabilitação tem por base o conhecimento biológico e mecânico 
exercido pelo ligamento, assim, para que o joelho alcance sua função aproximada 
do normal, a reabilitação deve ser embasada na busca de alguns objetivos: 
diminuição a dor, controleda inflamação e da cicatrização, restabelecer a amplitude 
9 
 
de movimento (ADM) completa, prevenir a hipotrofia muscular, melhorar a força 
muscular, manter a função proprioceptiva e facilitar o retorno às atividades laborais e 
esportivas26, 13. 
 
 
3.0 – PROTOCOLO 
Com base nos dados epidemiológicos obtidos, que indicam grande 
incidência de lesões do ligamento cruzado anterior durante a prática esportiva, onde 
requerem uma rápida recuperação e retorno a estas atividades, este protocolo foi 
elaborado com base nas quatro fases de reabilitação propostas por Carolyn Kisner, 
e direcionado á atletas com ruptura total de LCA submetidos à cirurgia reconstrutiva, 
desde o período pós-operatório imediato até a liberação para retorno à prática 
esportiva. 
3.1 – Fase de proteção máxima (1-4 semanas) 
Objetivos: Controlar a dor e derrame articular,evitar aderências nas 
estruturas moles adjacentes, ganhar amplitude de movimento em flexo-extensão do 
joelho, mobilizar articulações adjacentes, minimizar as perdas de função articular e 
muscular, iniciar treinamento proprioceptivo e deambulação com dispositivos 
auxiliares, estimular a iniciação da descarga de peso, bem como orientar o paciente 
a evitar forças destrutivas sobre a lesão. 
1ª semana: 
- MOBILIZAÇÃO EM FUNDO DE SACO SUBQUADRICIPTAL, LIBERAÇÃO DOS 
RETINÁCULOS PATELARES MEDIAL E LATERAL E TENDÃO PATELAR. 
Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta mobiliza o fundo de saco 
subquadriciptal, com movimentos em S, rolê e fricção, após, dar inicio à liberação 
dos retináculos patelares medial e lateral e retináculo de tendão patelar, com 
movimentos em fricção transversa. 
 
Fonte: Dados do autor. 
10 
 
 
- MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DO JOELHO. 
Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta mobiliza a articulação 
Patelofemoral, movendo a patela nos sentidos crânio-caudal e latero-lateral; logo 
após, fazer mobilizações na articulação femorotibial, em pequenas amplitudes de 
movimento (oscilações articulares). Por fim, fazer mobilização da cabeça da fíbula, 
em sentido latero-lateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXECUÇÃO DE MOVIMENTOS ACESSÓRIOS. 
Ainda em decúbito dorsal, o terapeuta realiza movimentos de tração e 
compressão na articulação do joelho. No movimento de compressão, o paciente fica 
a 90º de flexão de quadril e de joelho, e o terapeuta, em posição de finta, estabiliza o 
membro, com a mão na região distal de coxa, e com a outra mão, exerce uma força 
compressiva, no sentido longitudinal do membro, a mão fica na planta do pé. No 
movimento de tração, com o paciente em decúbito ventral e joelho em extensão, o 
terapeuta estabiliza com a mão na região distal da coxa do paciente, a outra mão 
segura na região medial da perna do paciente e realiza um movimento de tração, 
afastando sua mão em posição caudal da mão em posição cranial. 
11 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
- REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS PASSIVOS/ATIVO-ASSISTIDOS DE FLEXO-
EXTENSÃO DO JOELHO. 
Com o paciente em posição sentada, o terapeuta realiza movimentos de 
flexão e extensão do joelho, com amplitude total de movimento, na extensão, e 
flexão até 90º, e após, pede ao paciente que inicie sozinho o movimento, onde o 
terapeuta auxilia nas amplitudes finais. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO ATIVO-ASSISTIDO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) 
NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO. 
No movimento de EPE em flexão, o paciente, em decúbito dorsal, eleva a 
perna, com joelho em completa extensão e pé em posição neutra, o terapeuta auxilia 
na execução do movimento e deve ficar atento ao alinhamento do paciente sobre a 
maca. 
No movimento de EPE em extensão, o paciente em decúbito ventral, eleva a 
perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O terapeuta orienta no 
alinhamento do paciente sobre a maca, auxilia na execução do movimento e na 
estabilização, com uma mão na região na crista ilíaca, se necessário. 
No movimento de EPE em adução, o paciente em decúbito lateral, com o 
lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento de adução, com a 
mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em posição neutra. O 
terapeuta auxilia na execução do movimento, e deve ficar atento com o alinhamento 
12 
 
do tronco, durante esta posição; o membro contralateral fica fletido e acomodado 
com o apoio de um colchonete. 
No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o 
lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O 
membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco 
deve estar alinhado. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO ATIVO DE FLEXÃO PLANTAR E DORSIFLEXÃO DO TORNOZELO. 
O paciente em posição sentado realiza, ativamente, movimentos de flexão 
plantar e dosiflexão de tornozelo, orientado pelo terapeuta. 
 
Fonte: Dados do autor. 
13 
 
- EXERCÍCIO DE CONTRAÇÃO INTERMITENTE DOS MÚSCULOS QUADRÍCEPS 
FEMORAL; 
O paciente, em decúbito dorsal sobre a maca, é orientado a realizar 
contrações isométricas do quadríceps femoral (apenas contração muscular, sem 
ocorrência de movimento articular), com alternância entre contração e relaxamento. 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO DE CONTRAÇÃO INTERMITENTE DOS MÚSCULOS 
ISQUIOTIBIAIS; 
O paciente em decúbito ventral, realiza contrações musculares isométricas 
do grupo muscular isquiotibiais ( semimembranácio, semitendíneo e bíceps femoral), 
com alternância entre contração e relaxamento. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- MOVIMENTOS CIRCULARES COM BOLA CRAVO. 
O paciente se posiciona sentado em um banco e com uma bola cravo sob a 
planta do pé, realiza movimentos circulares, com pouca amplitude e baixa 
velocidade. 
14 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM BOLA EM CRUZ. 
O paciente posicionado sentado em um banco apoia o seu pé sobre uma 
bola e, orientado pelo terapeuta, realiza movimentos no sentido antero-posterior e 
latero-lateral, a visualização deste movimento é de uma cruz. Este exercício deve 
ser executado com baixas amplitudes de movimento e velocidade baixa. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- INICIAÇÃO DO TREINO DE MARCHA E DESCARGA DE PESO COM AUXÍLIO 
DE MULETAS; 
Com o auxilio de muletas, o paciente realiza pequenas descargas de peso 
apoiando o pé no chão, dividindo o peso do seu corpo entre seu membro e a muleta, 
após, apoia o peso no outro membro, e retorna, transferindo novamente o peso para 
o membro acometido. 
Na iniciação ao treino de marcha, o paciente apoiado nas muletas, realiza uma 
pequena caminhada,apoiando o pé no chão, sem deixar que o peso do seu corpo 
descarregue todo sobre o membro acometido, o terapeuta deve orientar o paciente a 
realizar o treino, seguindo as fases da marcha. 
15 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- 2ª à 4ª semana: 
-EXERCÍCIOS ATIVOS DE FLEXO-EXTENSÃO DO JOELHO COM BOLA. 
O paciente sentado em um banco realiza movimentos ativos de extensão 
e flexão do joelho, com o auxilio de uma bola; a posição inicial é de joelho flexionado 
a 90º, com os dedos sobre a bola, o pé desliza sobre a mesma, simulando um chute, 
sem que a bola escape do seu pé, após execução deste movimento, fazer o 
movimento inverso, deslizando o pé sobre a bola ate o momento em que esta toca 
os dedos, e o joelho retorna a 90º de flexão. 
 
Dados do autor. 
-EXERCÍCIO ATIVO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) NOS 
MOVIMENTOS DE FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO. 
No movimento de EPE em flexão, o paciente deve estar alinhado, em 
decúbito dorsal, eleva a perna, com joelho em completa extensão e pé em posição 
16 
 
neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca e 
com possíveis compensações, corrigindo-as. 
No movimento de EPE em extensão, o paciente deve estar alinhado, em 
decúbito ventral, eleva a perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O 
terapeuta deve ficar atento ao alinhamento do paciente e auxilia na estabilização, 
com uma mão na região na crista ilíaca, se necessário. 
No movimento de EPE em adução, o paciente deve estar alinhado, em 
decúbito lateral, com o lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento 
de adução, com a mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em 
posição neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre 
a maca; o membro contralateral fica fletido e acomodado com o apoio de um 
colchonete. 
No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o 
lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O 
membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco 
deve estar alinhado. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-TRANSFERÊNCIA DE PESO UNIPODAL COM APOIO E TREINAMENTO DE 
MARCHA. 
Apoiado em uma barra, o paciente faz transferência de peso do membro 
sadio para o membro acometido, ficando em posição unipodal; após o treinamento 
de transferência, inicia o treino de marcha, segurando na barra, o terapeuta orienta o 
17 
 
paciente durante a marcha, para que ele execute corretamente cada fase da 
marcha. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-CAMINHADA NA ESTEIRA. 
O paciente realiza uma pequena caminhada na esteira rolante, com 
velocidade baixa, para alcance de recondicionamento cardiovascular. 
 
-EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE 
FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO DO QUADRIL. 
Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta posiciona a faixa elástica na 
região anterior e distal da coxa do paciente, e o orienta a realizar o movimento de 
flexão de quadril, com a faixa elástica impondo resistência contra o movimento, 
repetir os movimentos e executa-los lentamente. 
No exercício em extensão, o paciente se posiciona em pé, auxiliado pelo 
apoio do espaldar, o terapeuta se posiciona de frente para ele, na posição de índio, 
e coloca a faixa elástica na região posterior e distal de coxa, e pede que o mesmo 
realize movimentos de extensão do quadril, repetidos e executados lentamente, 
enquanto a faixa impõe resistência ao movimento. 
No exercício em adução, o paciente continua posicionado em pé, com apoio 
do espaldar, o terapeuta se posiciona ao lado do paciente, com a faixa elástica na 
região medial e distal de coxa, e pede que ele execute o movimento de adução do 
quadril, com movimentos lentos e repetidos. 
No movimento de abdução, o terapeuta se posicionará no lado oposto do 
paciente, com a faixa na porção lateral e distal da coxa, e pede que o paciente 
execute o movimento de abdução do quadril, com movimentos lentos e repetidos. 
18 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE 
FLEXÃO E EXTENSÃO DO JOELHO EM PEQUENAS AMPLITUDES. 
Com o paciente em decúbito ventral, o terapeuta posiciona-se aos pés do 
paciente e coloca a faixa elástica na região posterior e proximal da perna, e pede 
que este execute o movimento de flexão do joelho, até 90º, com velocidade baixa, e 
repita o movimento. 
Com o paciente em posição sentada na maca, o terapeuta posiciona-se 
sentado de frente para ele e posiciona a faixa elástica na região anterior e proximal 
da perna, e pede ao paciente que realize o movimento de extensão do joelho, sem 
que se realize a extensão completa (0º), em baixa velocidade de execução e 
repetição do movimento. 
19 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE 
FLEXÃO E EXTENSÃO DO JOELHO EM MAIORES AMPLITUDES. 
O paciente realizará o mesmo exercício de flexão, com resistência da faixa 
elástica, com amplitude de movimento maior (100º-110º), este exercício pode ser 
dificultado, com o paciente realizando o movimento na posição em pé, apoiado no 
espaldar. 
O paciente realizará o mesmo exercício de extensão, com resistência da 
faixa elástica, completando a extensão total de joelho (0º). 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIOS DE MINIAGACHAMENTOS. 
O paciente posiciona-se de pé, com as costas apoiada em uma bola suíça, e 
esta deverá estar apoiada na parede e posicionada à altura do segmento torácico do 
paciente, o terapeuta orienta o alinhamento do paciente, com joelhos na mesma 
linha das EIAS, e segundo dedo do pé na mesma linha do centro de patela; o 
terapeuta orienta o paciente a realizar um movimento de flexão de joelhos e quadris 
em cadeia cinética fechada (agachando) com limite de flexão de joelhos menor que 
90º. 
20 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- FORTALECIMENTO DO TRÍCEPS SURAL. 
O paciente fica posicionado em pé, de frente e apoiado no espaldar, e 
realiza o movimento de ficar em ponta de pé, mantendo a posição por alguns 
segundos, descansando e realizando novamente o mesmo movimento. 
 
Fonte: Dados do autor. 
- FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM CADEIA CINÉTICA 
ABERTA. 
O paciente em pé, segurando no espaldar, realizará o exercício de flexão, 
onde o terapeuta aplicará resistência com faixa elástica. 
21 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-ALONGAMENTO MANUAL DO QUADRÍCEPS FEMORAL. 
O paciente é posicionado em decúbito lateral, realizando uma flexão de 
quadril e de joelhos a 90º. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, segurando o 
membro que não está apoiado na maca sobre seu braço. Uma das mãos do 
terapeuta segura o joelho do paciente enquanto a outra estabiliza o quadril, evitando 
assim compensações durante a realização do movimento. O terapeuta puxa o 
membro apoiado em sua direção, realizando o alongamento do quadríceps femoral 
desse membro de forma passiva. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
-ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS. 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta realiza a 
extensão do membro direito, enquanto o esquerdo permanece apoiado sobre a 
maca. A mão direita do terapeuta é posicionada sobre o joelho direito do paciente, e 
a mão esquerda segura os metatarsos. O terapeuta alonga os isquitibiais 
aumentando a flexão do quadril, mantendo a extensão do joelho e realizando a 
dorsiflexão. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado no membro 
contralateral. 
22Fonte: Dados do autor. 
 
*ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO MÉDIO, 
GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA). 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona do 
lado contralateral ao membro a ser alongado. O terapeuta apoia uma das mãos na 
panturrilha do paciente, enquanto a outra estabiliza o quadril. O terapeuta realiza o 
movimento de adução, alongando os abdutores desse membro. Em seguida, o 
mesmo movimento é realizado no membro contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
*ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ADUTORES (ADUTOR LONGO, 
ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E PECTÍNEO). 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona ao 
lado do membro que será alongado. Uma das mãos do terapeuta sustenta a porção 
medial do tornozelo do paciente, enquanto a outra realiza a estabilização do quadril. 
O terapeuta alonga os músculos adutores de forma passiva ao realizar a abdução 
23 
 
desse membro, e o mesmo movimento deve ser realizado em seguida no membro 
contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
- ATIVIDADE PROPRIOCEPTIVA BIPODAL NO DISCO COM APOIO. 
O paciente posiciona-se em pé, de frente e apoiando no espaldar, e sobe no 
disco proprioceptivo, resistindo à instabilidade enquanto fica em pé sobre o disco, 
com apoio bipodal. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
3.2- Fase de proteção moderada (4-10 semanas) 
Objetivo: Restaurar amplitude de movimento completa sem dor, restaurar 
engramas motores, progredir os exercícios de fortalecimento muscular, normalizar o 
padrão de marcha e funções de atividade de vida diária, obter o controle dinâmico 
do joelho, melhorar a percepção cinestésica e aderir programa domiciliar. 
24 
 
Inicial (5-6 semanas): 
- EXERCÍCIOS DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM FLEXOEXTENSÃO DO 
JOELHO E QUADRIL COM DESAFIO MOTOR. 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com alinhamento de tronco e 
ambos os pés apoiados num rolo com os joelhos estendidos. O terapeuta direciona 
o rolo ao paciente e o mesmo é induzido a realizar o movimento de flexão do joelho 
e quadril, após concluir a flexão, o paciente retorna o movimento empurrando o rolo. 
Este movimento é feito no intuito de aprimorar os movimentos do joelho acometido 
em ambiente estranho. 
 
Fonte: Dados do autor. 
Após esse movimento, o paciente mantém-se em decúbito dorsal. O joelho 
do membro acometido fica estendido, com o calcanhar apoiado sobre a bola suíça 
em dorsiflexão e o membro contralateral fica em posição de flexão de quadril e de 
joelho com o pé em flexão plantar, sem apoio. O terapeuta orienta de forma verbal a 
maneira correta de inverter a posição dos membros. O membro acometido deve 
realizar o movimento inverso rolando o pé sobre a bola, iniciando pela flexão dos 
dedos, seguido pela flexão plantar, flexão do joelho e do quadril; enquanto o 
membro sadio realiza o movimento de extensão dos dedos, seguido pela 
dorsiflexão, extensão do joelho e o quadril retorna à posição neutra. O objetivo 
desse exercício é o treino de marcha em ambiente estranho. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) COM PESO EM 
FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO DO QUADRIL. 
25 
 
O paciente realiza os movimentos de elevação da perna estendida, com 
peso na panturrilha. 
No movimento de EPE em flexão, o paciente, em decúbito dorsal, eleva a 
perna, com joelho em completa extensão e pé em posição neutra. O terapeuta deve 
ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca e com possíveis 
compensações, corrigindo-as. 
No movimento de EPE em extensão, o paciente em decúbito ventral, eleva a 
perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento 
ao alinhamento do paciente e auxilia na estabilização, com uma mão na região na 
crista ilíaca, se necessário. 
No movimento de EPE em adução, o paciente em decúbito lateral, com o 
lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento de adução, com a 
mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em posição neutra. O 
terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca; o membro 
contralateral fica fletido e acomodado com o apoio de um colchonete. 
No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o 
lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O 
membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco 
deve estar alinhado. 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
26 
 
- EXERCÍCIO DE EXTENSÃO TERMINAL DO JOELHO EM CADEIA CINÉTICA 
ABERTA COM FAIXA ELÁSTICA. 
O paciente será orientado a sentar-se na maca com os pés para fora da 
mesma. O terapeuta verificará o alinhamento postural e posicionará a faixa elástica 
na parte proximal de tíbia do paciente, e em seguida, pedirá que o paciente realize a 
extensão completa do joelho. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM 
CADEIA CINÉTICA FECHADA. 
O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por 
uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento 
postural, onde a espinha ilíaca ântero superior deverá estar alinhada com o centro 
da patela e a mesma com o segundo dedo do pé. O paciente é então orientado a 
realizar movimentos de agachamento lentamente, mantendo o alinhamento postural 
e de forma que os joelhos não ultrapassem a ponta dos pés. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
27 
 
- EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS RETO ABDOMINAL E 
OBLÍQUOS EXTERNOS E INTERNOS. 
No exercício para reto abdominal, o paciente é posicionado sobre um tatame 
em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça e os joelhos flexionados a 90º. O 
terapeuta verificará o alinhamento postural do paciente e estabiliza-o segurando em 
seus pés. O paciente é orientado a elevar o tronco elevando as escápulas do chão, 
com o queixo apontado para o peito sem encostá-lo, como se houvesse uma bolinha 
de tênis nesse espaço. O exercício para oblíquos é similar, o posicionamento será o 
mesmo modificando apenas o movimento a ser executado. O paciente é orientado a 
elevar suas escápulas levando o cotovelo direito em direção ao seu joelho esquerdo, 
em movimento diagonal. Em seguida, o movimento oposto é realizado no sentido 
contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- TREINO DE DESCARGA DE PESO E MARCHA SEM AUXÍLIO. 
No treino de descarga de peso, o paciente é posicionado de pé e orientado a 
flexionar o joelho esquerdo, sustentando todo o peso com o outro membro. Em 
seguida, o mesmo movimento é realizado com o membro contralateral. 
No treino de marcha, o paciente é posicionado de pé e orientado 
verbalmente a realizar uma pequena caminhada. Iniciando pelo toque de calcanhar, 
seguindo as fases subsequentes da marcha, sem a utilização de apoios. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
28 
 
- EXERCÍCIO DE ESTABILIZAÇÃO DURANTE A MARCHA. 
O terapeuta se posiciona atrás do paciente que está de pé e põe uma faixa 
elástica em seu tronco. O paciente é orientado a realizar uma caminhada enquanto o 
terapeuta segura as pontas da faixa, impondo uma resistência a esse movimento 
que deve ser vencida. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA FÍSICA NA ESTEIRA. 
O paciente realiza uma caminhada na esteira rolante, com velocidade 
progressiva até o início do trote , para alcance de recondicionamento cardiovascular. 
 
- EXERCÍCIOS DE PROPRIOCEPÇÃO COM DISCO, BIPODAL E UNIPODAL. 
O paciente é posicionado de pé sobre um disco propriceptivo, partindo de 
umapoio bipodal para unipodal. Como o disco oferece uma base instável, o paciente 
pode se apoiar no espaldar em busca de equilíbrio. 
 
Fonte: Dados do autor. 
29 
 
 
- EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM BOLA. 
O paciente é posicionado sentado, com a correção de seu alinhamento 
postural e o pé acometido apoiado sobre uma pequena bola. Ele é orientado a 
manter o posicionamento sem soltar a bola, enquanto o terapeuta desestabiliza a 
bola com pequenos chutes. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- ALONGAMENTO MANUAL DO QUADRÍCEPS FEMORAL. 
O paciente é posicionado em decúbito lateral, realizando uma flexão de 
quadril e de joelhos a 90º. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, segurando o 
membro que não está apoiado na maca sobre seu braço. Uma das mãos do 
terapeuta segura o joelho do paciente enquanto a outra estabiliza o quadril, evitando 
assim compensações durante a realização do movimento. O terapeuta puxa o 
membro apoiado em sua direção, realizando o alongamento do quadríceps femoral 
desse membro de forma passiva. 
 
30 
 
Fonte: Dados do autor. 
- ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS. 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta realiza a 
extensão do membro direito, enquanto o esquerdo permanece apoiado sobre a 
maca. A mão direita do terapeuta é posicionada sobre o joelho direito do paciente, e 
a mão esquerda segura os metatarsos. O terapeuta alonga os isquitibiais 
aumentando a flexão do quadril, mantendo a extensão do joelho e realizando a 
dorsiflexão. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado no membro 
contralateral. 
 
 
- ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO MÉDIO, 
GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA). 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona do 
lado contralateral ao membro a ser alongado. O terapeuta apoia uma das mãos na 
panturrilha do paciente, enquanto a outra estabiliza o quadril. O terapeuta realiza o 
movimento de adução, alongando os abdutores desse membro. Em seguida, o 
mesmo movimento é realizado no membro contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
31 
 
 
- ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ADUTORES (ADUTOR LONGO, 
ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E PECTÍNEO). 
O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona ao 
lado do membro que será alongado. Uma das mãos do terapeuta sustenta a porção 
medial do tornozelo do paciente, enquanto a outra realiza a estabilização do quadril. 
O terapeuta alonga os músculos adutores de forma passiva ao realizar a abdução 
desse membro, e o mesmo movimento deve ser realizado em seguida no membro 
contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
Tardia (7-10 semanas) 
- AUTO-ALONGAMENTO PARA MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS E QUADRÍCEPS. 
No auto-alongamento de isquiotibiais, o paciente se posiciona sentado sobre 
um tatame, com os joelhos estendidos e a coluna apoiada na parede. O movimento 
realizado é ativo em flexão de quadril, tentando encostar as mãos nos pés. 
No auto-alongamento de quadríceps, o paciente se posiciona de pé. Com o 
quadril em posição neutra, o movimento de flexão do joelho é realizado em 
amplitude máxima, servindo a mão do mesmo lado como apoio para o pé. O mesmo 
movimento é realizado no membro contralateral. 
 
32 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS. 
O paciente em decúbito dorsal, com peso no tornozelo, é orientado a realizar 
movimentos simulados à sua prática, executando assim movimentos funcionais e 
incluindo padrões em diagonais. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO E DESCARGA DE PESO COM MACARRÃO. 
No exercício de propriocepção, o paciente é posicionado de pé paralelo ao 
macarrão que está no chão e orientado a caminhar de lado sobre o mesmo. 
No exercício de descarga de peso, o paciente deverá se posicionar sobre o 
macarrão enquanto realiza a flexão do joelho direito, depositando todo o peso 
corporal sobre um único membro. Em seguida, o mesmo movimento deve ser 
realizado no membro contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
33 
 
- EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM ROLO. 
O paciente é posicionado de pé, de frente para o rolo, com o pé do membro 
acometido apoiado sobre o mesmo. O quadril e o joelho ficam em flexão e o 
paciente deve manter o alinhamento postural e o equilíbrio nessa posição. 
 
Fonte: Dados do autor. 
- EXERCÍCIOS NO STEP(PROPRIOCEPÇÃO AVANÇADA). 
O paciente é posicionado de pé, de frente para o step, onde realizará o 
movimento de subir e descer o degrau utilizando o mesmo membro. Em seguida, o 
mesmo movimento deve ser realizado com o membro contralateral. 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
34 
 
- TREINO DE MARCHA (CAMINHADA EM LINHA RETA E COM MUDANÇA DE 
DIREÇÃO). 
O paciente deve caminhar em linha reta, pisando apenas uma vez em cada espaço 
entre os macarrões posicionados no chão. Em seguida o paciente deve realizar o 
mesmo percurso, porém o movimento é realizado na lateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- CAMINHADA NA ESTEIRA. 
O paciente realizará caminhada na esteira, em velocidade moderada, como 
forma de aquecimento para o próximo exercício. 
- INÍCIO DE CORRIDA. 
O paciente inicia corrida sem obstáculos, em ritmo de trote. 
 
Fonte: Dados do autor. 
- PROGRAMA DE CORRIDA COM OBSTÁCULOS. 
O paciente deve correr em linha reta, pisando apenas uma vez em cada 
espaço entre os macarrões posicionados no chão. 
35 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- INICIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS. 
O paciente fica de pé sobre a cama elástica em apoio bipodal, realizando 
pequenos saltos na mesma. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
3.3- Fase de proteção mínima (11-24 semanas) 
Objetivo: Dar continuidade aos alongamentos;Aumentar a força, potência e 
resistência muscular; Desafiar a amplitude de movimento recém-adquirida; Promover 
o controle dos movimentos em todos os planos funcionais; Aumentar o controle 
neuromuscular, equilíbrio e estabilidade dinâmica e melhorar o preparo 
cardiopulmonar. 
- ALONGAMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS (SEMITENDINOSO, 
SEMIMEMBRANOSO E BÍCEPS FEMORAL), MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO 
MÉDIO, GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA) E MÚSCULOS 
36 
 
ADUTORES (ADUTOR LONGO, ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E 
PECTÍNEO) COM FAIXA ELÁSTICA. 
O paciente fica em decúbito dorsal, alinhado, e é orientado a estender a 
perna direita enquanto posiciona uma faixa elástica na planta do pé. O paciente 
segura as pontas da faixa com as mãos e realiza os movimentos de extensão, 
adução e abdução do quadril com o joelho estendido, cada movimento é mantido por 
três ciclos respiratórios e com pausas de descanso entre um movimento e outro, 
para que se consiga alongar cada musculatura específica. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA 
COM PESO EM FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO E ADUÇÃO, COM PAUSAS 
ISOMÉTRICAS; 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA 
CINÉTICA ABERTA (MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS E QUADRÍCEPS FEMORAL). 
37 
 
O paciente realiza os exercícios de fortalecimento para isquiotibiais e 
quadríceps femoral com carga maior. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA 
CINÉTICA FECHADA. 
Exercício 1- O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é 
apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o 
alinhamento postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da patela e a 
mesma com o segundo dedo dopé. O pé esquerdo é apoiado na parede enquanto o 
pé direito é posicionado uma passada à frente. O paciente deverá realizar o 
movimento de agachamento e após as séries, o mesmo movimento deverá ser 
realizado utilizando o membro contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
Exercício 2- O paciente O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna 
torácica é apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta 
verifica o alinhamento postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da 
patela e a mesma com o segundo dedo do pé. O paciente realizará o movimento de 
“agachar-se” até 90º de flexão de joelho e quadril, durante o retorno do movimento, o 
38 
 
paciente executará o movimento de flexão plantar, sustentando-se na ponta dos 
dedos. O terapeuta deve estar atento para que o joelho do paciente não ultrapasse a 
linha dos pés durante o agachamento. 
 
Fonte: Dados do autor. 
Exercício3: Será realizado o mesmo movimento, porém com os pés voltados 
para fora. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS 
ABDOMINAIS (RETO ABDOMINAL, OBLÍQUOS INTERNOS E EXTERNOS). 
Exercício 1- Exercício para oblíquos: O paciente é posicionado sobre um 
tatame em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça e os joelhos flexionados a 
90º. O terapeuta verificará o alinhamento postural e posicionará uma bola pequena 
entre joelhos do paciente, o mesmo é orientado a elevar suas escápulas levando o 
cotovelo direito em direção ao seu joelho esquerdo, em movimento diagonal. Em 
seguida, o movimento oposto é realizado no sentido contralateral. 
39 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
Exercício 2- Cachoeirinha: O paciente é posicionado em decúbito dorsal 
sobre um tatame, com uma bola suíça apoiada sobre o tórax. O paciente realiza a 
inspiração como preparação para o movimento e na expiração eleva o tronco 
retirando as escápulas do chão, enquanto rola a bola até o joelho. Inspira 
novamente mantendo a posição, e expira rolando a bola dos joelhos até os pés. 
Inspira mantendo a posição, e expira retornando lentamente à posição inicial. 
 
Fonte: Dados do autor. 
- CORRIDA ACELERADA, EM VELOCIDADE MÁXIMA, COM MUDANÇA DE 
DIREÇÃO. 
O paciente corre em velocidade máxima, em linha reta, pisando apenas uma 
vez em cada espaço entre os macarrões posicionados no chão. Em seguida o 
paciente deve realizar o mesmo percurso, porém a corrida é realizada de costas. 
Logo após, o paciente realiza a corrida de forma sinusal desviando dos macarrões. 
 
Fonte: Dados do autor. 
40 
 
 
- CORRIDA COM RESISTÊNCIA. 
O terapeuta se posiciona atrás do paciente e põe uma faixa elástica em seu 
abdome, segurando as pontas da faixa com a mão. O paciente é orientado a realizar 
uma corrida em linha reta, de costas e lateralmente vencendo a resistência imposta. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- CORRIDA COM OBSTÁCULOS. 
O paciente é orientado a realizar uma corrida, desviando dos obstáculos 
(macarrões) em seu caminho, com movimentos rotacionais (em oito). 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
- AVANÇO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS UNIPODAIS E BIPODAIS. 
Na cama elástica, o paciente realiza saltos bipodais e unipodais. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- INÍCIO DOS EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS DE HABILIDADES AO ESPORTE. 
O paciente é posicionado de pé e é orientado a realizar embaixadinhas com 
a bola em ambos os membros. Em seguida o terapeuta joga uma bola em direção 
ao paciente, que deverá devolvê-la chutando. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO AVANÇADO. 
O paciente é posicionado de pé, de frente para um macarrão e orientado a 
caminhar em linha reta sobre o mesmo. 
42 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
3.4- Fase de liberação (6 meses) 
Objetivo: Progredir todos os exercícios no intuito de recuperar a habilidade 
funcional no mais alto nível; Tornar o paciente apto ao retorno da sua prática 
esportiva; Reduzir o risco de recidiva a lesão. 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA 
CINÉTICA FECHADA EM BASE INSTÁVEL. 
O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por 
uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento 
postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da patela e a mesma com 
o segundo dedo do pé. O pé esquerdo é apoiado na parede enquanto o pé direito é 
posicionado uma passada à frente, sobre um disco. O paciente deverá realizar o 
movimento de agachamento e após as séries, o mesmo movimento deverá ser 
realizado utilizando o membro contralateral.Também pode ser feito outros diversos 
tipos de agachamento com a base instável. 
43 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS 
ABDOMINAIS (RETO ABDOMINAL, OBLÍQUOS INTERNOS E EXTERNOS) COM 
APOIO DOS PÉS INSTÁVEL. 
O paciente realiza os exercícios de fortalecimento dos músculos abdominais 
(reto abdominal, oblíquos internos e externos) com os pés apoiados sobre o disco. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- PROGRESSÃO DA CORRIDA COM OBSTÁCULOS (ROTACIONAIS). 
O paciente realiza uma corrida sinuosa, desviando de obstáculos mais 
difíceis que os anteriormente utilizados. 
44 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- CORRIDA COM CANELEIRAS. 
O paciente realiza uma corrida desviando dos obstáculos, utilizando 
caneleiras. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- CORRIDA COM CANELEIRAS E RESISTÊNCIA. 
O paciente se posiciona de pé, a uma determinada distância de um único 
obstáculo. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, colocando uma faixa elástica 
em seu abdome. O paciente realiza uma corrida passando pela frente do obstáculo, 
com a utilização de caneleiras e vencendo a resistência imposta pela faixa. O 
terapeuta permanece no mesmo local de início, segurando as pontas da faixa. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
45 
 
- PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS (CAMA ELÁSTICA COM 
CANELEIRAS, PULAR CORDA NA CAMA ELÁSTICA UNI E BIPODAL, SALTAR DE 
UMA CAMA ELÁSTICA PARA A OUTRA, CORRIDA COM SALTOS EM STEP E 
CAMA ELÁSTICA). 
O paciente realiza exercícios como pular corda, unipodal e bipodal, pular 
corda na cama elástica, pular de uma cama elástica para outra, utilizar caneleiras 
para fazer saltos e ressaltos, dentre outros. Nessa etapa, a criatividade do 
fisioterapeuta é de extrema importância. 
No exemplo a seguir, o paciente se posiciona de pé, de frente para o step e 
na frente do mesmo uma cama elástica. O paciente salta sobre o step utilizando 
caneleiras, segue saltando no espaço em solo entre os dois equipamentos e em 
seguida salta sobre a cama elástica em apoio bipodal. 
Na evolução desse exercício o paciente realiza o mesmo movimento, porém 
utilizando o apoio unipodal ao saltar sobre o step e sobre a cama elástica. Dessa 
forma, permanece o apoio bipodal em solo antes do salto. O mesmo exercício deve 
ser realizado utilizando o membro contralateral. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- EXERCÍCIOS DE HABILIDADES ESPECÍFICAS AO ESPORTE. 
Nesta etapa de exercícios a criatividade do fisioterapeuta é de extrema 
importância, levando em conta que os exercícios propostos devem estar voltados 
para o esporte específico praticado pelo paciente. 
No exemplo a seguir, o paciente fica sobre uma cama elástica, realizando 
pequenos saltos com utilização de caneleiras. O terapeuta joga uma bola suíça para 
o paciente, que a segura com a mão e devolve para o terapeuta. 
Na evolução desse exercício, o terapeuta permanece jogando a bola suíça 
para o paciente. Porém, o paciente deve chuta-la para devolver aoterapeuta. 
46 
 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
Fonte: Dados do autor. 
 
- CONDICIONAMENTO AERÓBICO. 
O paciente realiza a corrida na esteira com velocidade progressiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
DISCUSSÃO 
A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das opções para 
pacientes ativos e sintomáticos com lesão27. É um processo bastante invasivo, ao 
passo que no período pós-cirúrgico a reabilitação se mostra demorada e cautelosa 
devido principalmente a processos álgicos. 
 
Existem dois tipos de reconstrução bastante utilizados ultimamente, a 
reconstrução por enxerto do Terço central do ligamento patelar (OTO), considerado 
por muito tempo o padrão ouro de reconstruções de LCA28, e a reconstrução por 
enxerto do tendão dos flexores, semitendíneo e grácil (ST-G), que passou a ser 
utilizado a partir do fim dos anos 902. O enxerto ST-G surgiu como alternativa ao 
OTO, já que este, apesar de obter bons resultados funcionais, complicações 
parecem estar relacionadas à sua utilização, tais como, dor na região anterior do 
joelho, onde foi coletado o enxerto, disfunção no mecanismo extensor e fraqueza 
muscular no quadríceps, tendinite patelar 5, 28,29, entretanto, apesar de conferir 
menor morbidade na região doadora, estudos demonstraram que o enxerto ST-G 
também pode apresentar desvantagens, tais com menos estabilidade e resistência à 
fixação, distensão e fraqueza dos flexores de joelho, a curto prazo. A escolha de 
qual enxerto utilizar fica a critério do cirurgião, onde ele avaliará quais os riscos/ 
benefícios de cada um, mas no geral, vários estudos demonstraram que com ambas 
as técnicas os resultados se mostram satisfatórios após a reabilitação. 5, 28 
 
Por outro lado não existe um consenso definido quanto a um protocolo 
padrão de reabilitação pós-reconstrução de LCA, entretanto, a maioria dos autores 
abordam princípios semelhantes30. O que pode diferenciar é a abordagem e o tempo 
de recuperação. Cabe ao fisioterapeuta avaliar quais as necessidades, as aptidões e 
limitações do seu paciente, para escolher qual tipo de protocolo deverá utilizar; um 
protocolo convencional é indicado para pacientes não-atletas, e, segundo 
recomendações de kisner (2009)29 a recuperação do paciente se dá a partir dos 6 
meses. Já o protocolo acelerado é ideal para pacientes que são inseridos em 
práticas esportivas, onde requer um tempo menor para retorno às atividades, tempo 
este, que ainda não se obteve consenso, Kisner (2009)29 defende que em seis 
meses o paciente já se encontra apto ao retorno de suas atividades, enquanto que 
outros autores defendem o tempo de reabilitação de 4 meses31, onde mostram que 
pacientes tratados com o protocolo acelerado apresentam resultados semelhantes 
aos obtidos com o protocolo convencional, em relação às condições musculares 
31,32,33. Acredita-se que o paciente submetido ao protocolo de reabilitação de forma 
imediata e rigorosa logo após a cirurgia previne complicações e agravos como: 
lesões meniscais e degenerações articulares, com intuito de proporcionar uma 
funcionalidade igual ou o mais próximo da realidade anterior à lesão 34. 
 
O protocolo para a reabilitação deve ser munido de conhecimento 
biomecânico e fisiopatológico por parte do fisioterapeuta; estes programas são 
montados baseando-se em fases, de acordo com o estado do paciente e sua 
progressão no tratamento. Kisner (2009)29 define as fases como: Fase de proteção 
máxima, Fase de proteção moderada, Fase de proteção mínima e Fase de 
liberação, que possuem objetivos específicos mediante as reais condições 
individuais do período pós-cirúrgico. 
 
48 
 
No presente estudo, na primeira fase de reabilitação busca-se o controle e 
resolução de quadros álgicos e de hemartrose, com a utilização de crioterapia, e 
analise da dor com a escala visual analógica (EVA), além de incluir a extensão total 
de joelho, nesta fase também serão incluídos treino de marcha e descarga de peso 
precoce, com o auxilio de muletas, estes exercícios de mobilização e impacto são 
essenciais para início da revascularização do neoenxerto. Nos processos de 
reabilitação ligamentar, alguns exercícios cinesioterápicos, que são vistos como 
exercícios avançados, em outros protocolos traumato-ortopédicos, já são inclusos 
desde o final da primeira fase neste protocolo, tais como, exercícios de 
fortalecimento em isometria, exercícios resistidos com faixa elástica e exercícios em 
cadeia cinética fechada e baixa amplitude (mini-agachamento), além da inclusão de 
exercícios proprioceptivos e recondicionamento cardiovascular 
 
Na segunda fase, quando o paciente já não apresenta quadros álgicos, os 
exercícios de fortalecimento continuam, com acréscimo de carga nesta fase também 
é bastante trabalhado o treino de marcha e de descarga de peso, retirando aos 
poucos o uso do auxílio, e progredindo na velocidade de execução da marcha 
(caminhada-trote-corrida), além de trabalhar engramas motores, a fim de corrigir 
padrões errôneos de marcha, os exercícios de alongamento também progridem, 
partindo de alongamento manual passivo para autoalongamentos, a fim de o 
paciente obter maior percepção e controle de muscular. Ao final desta fase, já se 
iniciam exercícios pliométricos, de baixo impacto. 
 
Na terceira fase, o foco é o fortalecimento, com progressão das cargas, para 
aumento da força, da potência e da resistência muscular. Nesta fase, os exercícios 
pliométricos são intensificados e já são inclusos exercícios de habilidades 
específicas. 
 
Na ultima fase é trabalhado ao máximo os exercícios de habilidades 
específicas, a fim de liberar o paciente apto a exercer suas habilidades esportivas e 
de vida diária, sem correr o risco de uma lesão recorrente. 
 
Em todas as fases, é importante se trabalhar o recondicionamento 
cardiovascular, já que se trata de pacientes atletas, que foram submetidos ao 
afastamento da pratica esportiva, necessitando manter este condicionamento 
aeróbico para um retorno bem sucedido. 
 
Para uma reabilitação bem sucedida é indispensável que o paciente também 
tenha bom entendimento do diagnóstico, dos objetivos do tratamento, e da 
importância da continuidade no tratamento. 
 
No estudo de Borin et al (2010)35, afirmam que a reconstrução do ligamento 
cruzado anterior quando bem sucedida reflete positivamente à estabilização 
biomecânica articular do joelho, mas que o LCA nativo fornece informação sensorial, 
e a caráter proprioceptivo é ainda mais significativo, isso se dá devido ao fato de que 
o LCA possui mecanorreceptores (corpúsculos de Pacini, terminações de Ruffini e 
Órgão tendinoso de Golgi) e conexões nervosas que fazem parte do sistema 
somatossensorial. Já no enxerto, não há esses componentes, o qual na lesão do 
ligamento ocorre a interrupção da retroalimentação sensorial (feedback), e esta 
49 
 
descontinuidade das conexões proprioceptivas desencadeiam alterações no 
desenvolvimento da coordenação motora da marcha, no senso de posição articular e 
controle postural, bem como nos mecanismos protetores, de controle muscular 
antecipatório e reflexo, pois impossibilita a aferentação proprioceptiva do joelho 
para o sistema nervoso central (SNC). Ao passo, este déficit proprioceptivo pode ser 
revertido trabalhando a articulação do joelho com trabalho sensório motor 19, 36, 37, 38 
Bonfim (2009)39 resalta que o fornecimento de fontes adicionais de informação 
sensorial pode ser decisivo em indivíduos que apresentam algum comprometimento 
na aquisição de estímulos sensoriais, por isso a importância de se trabalhar 
precocemente a propriocepção, incluindo-a desde a primeira fase. 
Estudos também demonstraram que ocorre déficit funcional no membro 
operado, em comparação ao não operado, e afirmam que isso ocorreem 
decorrência da interrupção dos mecanorreceptores presentes do LCA, de modo que 
essas terminações nervosas influenciam na capacidade contrátil dos músculos 
extensores do joelho. Os resultados mostravam que num teste de 10RM (repetição 
máxima) houve diferenças significativas na flexão e na extensão do joelho, onde o 
membro operado apresentava déficit comparado ao contralateral40, assim, foi 
identificado melhor rendimento para o membro sadio, todavia, no estudo de 
Marchetti et al (2012)41 não foi identificado déficit bilateral no início da reabilitação 
com intervenção da fisioterapia. 
Estes estudos resaltam a importância de trabalhar o fortalecimento muscular 
primeiramente unilateral, com o membro acometido, tendo como referencia o 
membro sadio, para alcance de uma hipertrofia e força muscular semelhante ao 
contralateral, para só então, trabalhar o fortalecimento muscular bilateral, para 
ganho de força e potência iguais. 
Destacando também a influencia do tipo de reconstrução nas disfunções 
musculares, onde kisner (2009)29 resalta que na reconstrução com enxerto do 
tendão patelar, é preciso progredir com cuidado no fortalecimento dos extensores de 
joelho, enquanto que, com enxerto de tendão de flexores, progredir com cuidado no 
fortalecimento do grupo flexor do joelho. Já que estes grupos serão mais acometidos 
nas respectivas reconstruções. 
Quanto à determinação de cargas, repetições e séries, autores defendem a 
progressão da carga, onde a escolha da carga inicial de se dá através do teste de 
1RM42, outros autores defendem que o teste de 10RM40. é mais efetivo, mas todos 
concordam que a carga inicial é uma porcentagem da repetição máxima, e que à 
medida que o paciente progride no nível de dificuldade para execução do 
movimento, o terapeuta vai aumentando gradativamente a porcentagem da carga, 
ao passo que o numero de repetições diminuem e o numero de séries podem 
aumentar. Em relação à velocidade, é importante orientar o paciente a executar o 
movimento em baixa velocidade42. 
50 
 
CONCLUSÃO 
Como já citado, o ligamento cruzado anterior tem grande importância na 
estabilização do joelho, e a ruptura do mesmo acarreta numa série de 
comprometimentos, tanto no que diz respeito à estabilidade, quanto em 
cosequências que precedem a isto, como déficit proprioceptivo e o 
comprometimento dos principais movimentos realizados pela articulação 
femorotibial. Em grande parte dos casos de lesões do LCA, os pacientes são 
submetidos à cirurgia reconstrutiva, necessitando de intervenção fisioterapêutica 
desde o primeiro dia de pós-operatório, com o objetivo imediato de minimizar a dor, 
mobilizar estruturas adjacentes e realizar movimentos cautelosos no intuito de não 
agravar ainda mais os comprometimentos acima citados. A reabilitação pós-
operatória é de suma importância, pois ajuda diretamente na diminuição da dor e do 
derrame articular, no ganho de amplitude de movimento e força muscular, na 
reeducação proprioceptiva, no treino de suas habilidades específicas para o retorno 
às suas atividades, assim como na prevenção de articulações adjacentes, não 
permitindo a imobilização das mesmas. 
 Tendo em vista os tipos de protocolos que foram descritos no trabalho, é 
importante ressaltar que, mesmo utilizando um protocolo acelerado, a reabilitação 
deve ser feita cautelosamente, respeitando cada estágio em que o paciente 
encontra-se, já que exercícios realizados de forma incorreta podem levar à 
recorrência da lesão. Vale ressaltar que, mesmo seguindo uma divisão ampla das 
fases de reabilitação, o paciente deve ser visto individualmente, e a evolução dos 
exercícios deve ser direcionada a partir da sua evolução no tratamento. 
 Outro quesito importante, é o tipo de tratamento em que o paciente é 
submetido, ao ponto em que cada tipo de intervenção é direcionado a situações 
específicas. No caso de atletas, o tratamento conservador não é o mais propício, já 
que os mesmos necessitam de um retorno à prática esportiva, sendo estes 
indivíduos mais vulneráveis à reincidiva da lesão. 
Portanto, a técnica cirúrgica de reconstrução, sendo ela acompanhada de 
um protocolo de reabilitação bem elaborado, encaminha o paciente a um retorno 
rápido a suas atividades de vida diária e habilidades específicas, sendo esta uma 
proposta de intervenção segura nos casos de ruptura do ligamento cruzado anterior 
em atletas. 
 
 
 
 
 
 
51 
 
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