Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3 1.0 INTRODUÇÃO O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura fundamental no joelho, visto que este é considerado o estabilizador primário contra a translação anterior da tíbia, e estabilizador secundário na rotação interna excessiva da tíbia1 e no estresse em valgo e varo2. Junto com o ligamento cruzado posterior, ele é vital para a manutenção da estabilidade ântero-posterior do joelho3, bem como em movimentos rotacionais4, 5 .No entanto, sua principal função como estabilizador consiste em prevenir a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur5 . No joelho, existem mecanorreceptores que são receptores sensoriais que respondem a estímulos mecânicos. Esses receptores encontram-se presentes, também, no LCA permitindo que quando estimulados, provoquem um arco reflexo fazendo com que ocorra contração muscular3. Além do mais, estes receptores localizados nas estruturas remanescentes possuem função de proteção, promoção e restituiçãoda estabilidade e do equilíbrio articular6. Dessa forma, a instabilidade gerada após uma lesão do LCA não é causada somente pela estabilidade mecânica perdida, sendo também gerada pela instabilidade funcional, devido ao pequeno número de mecanorreceptores3. “No joelho, mecanorreceptores como terminações de Ruffini, corpúsculos de Paccini e órgãos tendinosos de Golgi estão presentes no LCA, no ligamento cruzado posterior e nos meniscos. Desse modo, o LCA não se configura apenas como restritor mecâ- nico, mas fornece informação sensorial ativando a estabilização muscular reflexa1,5.” Em geral, as lesões de LCA tem sido comuns nas práticas esportivas de alto desenvolvimento. Ocorrendo em virtudes de forças rotatórias sem contato, associadas à fixação do pé e a movimentos rápidos de mudança de direção que podem promover rotação e uma tensão no joelho em valgo ou varo gerando a instalação da lesão2. Porém alguns estudos também têm demonstrado que o LCA pode romper por hiperextensão ou por uma contração violenta do quadríceps femoral, que anterioriza a tíbia em relação ao fêmur4. O rompimento do LCA é uma das lesões mais comuns do joelho e tem se mostrado bem mais frequente em mulheres do que em homens durante práticas esportivas similares, como basquetebol ou futebol, onde estudos mostram que essa incidência é de duas a oito vezes maiores no sexo feminino7,Vem sido discutido na literatura que mulheres, envolvidas na mesma atividade, demonstram possuir um risco de cinco a dez vezes maior de sofrer lesão do LCA comparados aos homens8. A incidência de lesões parciais ou completas do LCA em atletas ou indivíduos ativos tem se tornado comum na vivência clínica1, 9.Segundos dados de estudos epidemiológicos, a incidência de rotura de LCA nos Estados Unidos da América vem 4 abarcando uma faixa de 80 a 100.000 mil reconstruções ao ano10. Outros dados achados constam que a lesão de LCA nos Estados Unidos é de aproximadamente 200.000 mil lesões por ano com custos estimados em até três bilhões de dólares1,5.Em contrapartida, outro estudo relata que 13,6% da população masculina dos índios Ticunas, na Amazônia, sofreram lesão de LCA, sendo um percentual significativamente maior do que o encontrado na população feminina, sendo de 3,2%11. Estes dados podem diferir de acordo com as atividades físicas praticadas. Em geral, na literatura há bastante controvérsia em relação aos dados epidemiológicos sobre a incidência de lesões de LCA no Brasil disponibilizando de pouca informação sobre este campo.12 As lesões de joelho, não possuindo uma visão global, possuem a maior incidência de lesões graves nos praticantes de esporte1, em especial, o futebol que destaca o LCA como o mais frequente ligamento lesionado durante a prática desportiva12. Durante a atividade esportiva, estudos relatam cerca de 70% de lesões de LCA durante as atividades esportivas, especialmente nas práticas futebolísticas ocorrendo a maioria das lesões entre 16 e 45 anos de idade11. As lesões do LCA são restabelecidas por cirurgias onde se recorrem a um enxerto para formar um neo-ligamento3. Para escolha ideal do enxerto para substituição do LCA, o mesmo deve ter propriedades estruturais e mecânicas similares ao ligamento original, permitindo fixação segura e rápida incorporação biológica reduzindo o risco de morbidade do sitio doador13. A decisão para a reconstrução do LCA tem como base alguns fatores individuais do paciente como: grau de instabilidade, idade do paciente, nível de exigência do joelho, presença de falseio, lesões meniscais recorrentes e interesse em retornar ao esporte14. Hodiernamente, distintas formas de enxerto têm se mostrado bastante eficazes na reconstrução do LCA possuindo critérios individuais na escolha pelo enxerto ideal de acordo com o perfil do paciente e sua lesão, além da experiência pessoal do cirurgião15. Tradicionalmente têm sido utilizados os auto-enxertos, osso- tendão patelar-osso (OTO), tendão dos semitendinoso e grácil (SG-T) e tendão Quadricipital e Fáscia Lata, sendo os dois primeiros os mais utilizados. 3,5. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada uma busca de artigos científicos nas bases Scielo, Lilacs, Pubmed e Sistema PEDro, publicados a partir do ano de 2008. Este estudo tem o objetivo de apresentar uma revisão literária sobre o tema “Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior”, abordando desde sua biomecânica normal, mecanismos lesionais, epidemiologia de lesões, bem como procedimentos reconstrutivos e reparativos que o envolvam, tendo em vista o procedimento cirúrgico dando ênfase em sua fase de reabilitação com uma proposta fisioterapêutica inclusa nas quatro fases de reabilitação propostas por Carolyn Kisner, visando significativa relevância para a prevenção ou minimização de agravos no período pós-operatório e fase de cura no período de finalização da reabilitação. 5 2.0-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1-ANATOMIA E BIOMECANICA DO LCA O ligamento cruzado anterior é uma estrutura intra-articular e extra-sinovial, ele se insereproximamente à superfície medial do côndilo lateral do fêmur e está disposto na direção anterior e lateral da espinha tibial anterior. É formado por fibras de colágeno envoltas por tecido conjuntivo e tecido sinovial. Sua inervação se dáatravés de ramificações do nervo tibial tratando-se de uma estrutura pouco vascularizada o que implica numa baixa capacidade de regeneração tecidual, pelo qual, rupturas do ligamento cruzado anterior são redirecionadosà técnicas cirúrgicas com substituição ligamentosa. Basicamente, O ligamento cruzado anterior é dividido em dois feixes, um anteromedial, que se origina na porção mais proximal e anterior do fêmur e como explícito em seu próprio nome, inserido na região anterior e medial da tíbia, o outro feixe é o posterolateral, com origem femoral mais distal e inserção na região posterior e lateral da tíbia16. O principal papel do LCA é estabilizar e restringir a anteriorização e rotação da tíbia em relação ao fêmur nos diferentes graus de flexão do joelho17. A 90° de flexão com a tíbia em posição neutra o LCA representa 85% da estabilização anterior do joelho. O LCA é acometido em mais de 50% das lesões ligamentares do joelho, sendo que com a ruptura total das suas fibras, os mecanorreceptores presentes no ligamento são perdidos18. Estes mecanorreceptores agem como sinalizadores da aceleração angular e da propriocepção do membro. O LCA também possui funções biomecânicas na limitaçãoda rotação interna e externa do joelho, bem como limitar o movimento de varus/valgus19. 2.2-CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LESÕES DO LCA As lesões parciais do LCA representam10% a 27% de todas as lesões. É descrita a existência de duas bandas do LCA (anteromedial e posterolateral) que contribuem separadamente para a estabilização do joelho. A definição de lesão parcial não é única na literatura, sendo uma das definições aceitas a lesão isolada de uma dessas bandas. Foi verificada a possibilidade de evolução da lesão, onde pacientes que apresentam ruptura parcial, evoluem para uma lesão completa, sendo 6 a mesma definida como a lesão de ambas as bandas do LCA. Nas lesões parciais o objetivo mais importante édeterminar a existência de fibras remanescentes e a estabilidade clínica com a permanência dessas. É importante avaliar a competência e funcionalidade dessas fibras na estabilização do joelho. A lesão completa do LCA pode ser diagnosticada pelo exame clínico, enquanto a lesão parcial muitas vezes não. O exame clínico consiste na aplicação de testes manuais específicos para LCA, tais como os testes de Lachman, Pivor-shift e gaveta anterior; e testes que avaliam lesões meniscais associadas, tais como os testes de Apley e McMurray. Nesses casos estudos complementares são necessários para sua confirmação, sendo estabelecido o diagnóstico através da combinação do exame clínico com os exames de imagem (radiografia e ressonância magnética). Quando necessário, o diagnóstico pode ser confirmado através do exame artroscópico que permite determinar o tipo de lesão parcial através da avaliação das fibras remanescentes, mas mesmo com esse recurso é difícil avaliar a verdadeira extensão dos danos. Se no exame artroscópico o ligamento apresentar menos de 50% de comprometimento, o tratamento conservador é indicado. Caso o exame apresente mais de 50% de comprometimento o paciente é tratado como ruptura completa20, 21. 2.3-TIPOS DE CIRURGIA A técnica cirúrgica mais utilizada em reconstruções do ligamento cruzado anterior tem sido a reconstrução artroscópica com uma única banda (técnica de Chambat), onde o enxerto é retirado do tendão patelar, possuindo porcentagem de sucesso que varia de 69 a 95%. No entanto, atualmente, diversos fatos tem motivado a pesquisa de outras técnicas cirúrgicas, como por exemplo, a busca de um enxerto que permita a reconstrução do ligamento cruzado anterior de forma mais anatômica, utilizando assim, a técnica de dupla banda, em que o enxerto é retirado do tendão dos músculos semitendinoso e grácil22. Artigos prospectivos e randomizados têm demonstrado vantagens na técnica de reconstrução com dupla banda em comparação à técnica de banda única23, porém, a duvida quanto a superioridade da técnica ainda tem sido motivo de diversas discussões entre cirurgiões, onde dentre os mesmos, o principal argumento é a dificuldade da realização da técnica, consequentemente levando um maior tempo cirúrgico, maior custo e não destacando a possibilidade de insuficiência do enxerto24. 2.3.1- Técnica de banda única 7 “A reconstrução feita pela técnica de Chambat para o tendão patelar, através de uma incisão anterior sobre o TP, retirou-se o seu terço central de 1 cm de espessura com um bloco osso patelar de 9 x 20mm e outro em forma trapezoidal da tíbia de 11 x 25mm. Efetuada a artroscopia e o tratamento das lesões associadas, foram realizados os túneis de forma independente e de fora para dentro, iniciando-se pelo fêmur com o guia femoral de Chambat (Phusis), que entra pelo portal AM e se prende na borda mais proximal da face axial do côndilo lateral. Através de um acesso lateral de 1,5cm sobre o epicôndilo lateral, foi introduzido o fio-guia de fora para dentro, que surge intra-articular perpendicular à face axial do côndilo lateral na localização anatômica do LCA no fêmur. Através desse fio-guia, realizou-se perfuração inicial de fora para dentro com broca canulada de 6mm e progressivamente até o tamanho 10mm . O túnel tibial foi realizado com o guia tibial de Chambat (Phusis) tendo os restos do LCA na tíbia como referência, e perfuração progressiva até o número 9mm. A passagem do enxerto foi realizada de proximal para distal, sendo que o enxerto era invertido, ou seja, a baguete patelar menor introduzida primeiro com a ajuda de um Kelly era destinada ao túnel tibial, e a baguete tibial trapezoidal destinada ao túnel femoral. Enquanto se tracionava a baguete patelar pelo túnel tibial, fixava-se a baguete tibial trapezoidal no fêmur de fora para dentro na forma pressfit, ocorrendo, em seguida, a fixação tibial em 30 graus de flexão com um parafuso de interferência25. ”. 2.3.2- Técnica de dupla banda: “Fazemos uma incisão de cerca de quatro cm, no terço proximal e medial da perna. Com o auxílio de um extrator, retiramos os tendões flexores, grácil e semitendíneo. O tendão do semitendíneo dá origem à banda anteromedial do enxerto do ligamento cruzado anterior e o tendão do grácil, à banda posterolateral. Efetuamos artroscopia diagnóstica e para tratamento de lesões meniscais ou condrais. As inserções femorais e tibiais das bandas anteromedial e posterolateral são marcadas com radiofrequência e mantidas intactas, para preservar a vascularização e a propriocepção. Com o mesmo instrumento, demarcamos as inserções tibiais. A inserção tibial da banda posterolateral é localizada anterior e medial à raiz posterior do menisco lateral, anterior e lateral ao ligamento cruzado posterior. Um portal anteromedial acessório é estabelecido, sob visualização direta, inferior e medial ao portal anteromedial padrão. A colocação é crítica para se obter a trajetória correta da broca para confecção do túnel femoral posterolateral, a fim de se evitar lesar a superfície do côndilo femoral medial ou o menisco medial, durante a perfuração. O túnel femoral posterolateral é demarcado cinco mm posterior à 8 cartilagem anterior do côndilo femoral lateral e três mm superior à cartilagem inferior deste, com o joelho fletido a 90°. Uma vez determinado o ponto ideal fazemos uma perfuração. O joelho é fletido a 110° para proteger o nervo fibular comum; o túnel femoral posterolateral é perfurado pelo portal anteromedial acessório, com broca de cinco mm, atravessando a cortical lateral do côndilo femoral lateral. Para a confecção dos túneis tibiais o guia para perfuração é ajustado na marca de 55°; mantemos uma ponte óssea de pelo menos um cm entre os fios guia. A confecção do túnel femoral anteromedial é profunda em relação ao bordo do túnel posterolateral. O fio-guia pode ser introduzido via transtibial, ou pelo portal anteromedial acessório da artroscopia. Temos preferência pela via transtibial, que deixa os túneis femorais divergentes. Um fio-guia perfurado em dois orifícios,um é passado pelo portal anteromedial acessório, pelo túnel femoral posterolateral e pela pele da coxa lateral, enquanto a outra extremidade é mantida dentro da articulação. Em seguida, essa extremidade é puxada para o interior do túnel tibial posterolateral, com auxílio de um gancho, e trazida para a região externa da perna. Um fio-guia perfurado em dois orifícios, é passado pelo túnel tibial posterolateral, pelo túnel femoral anteromedial e pela pele da face lateral da coxa; a extremidade dupla do fio fica intra-articular e é tracionada para o interior do túnel tibial anteromedial. Também com auxílio do gancho é trazida para a região externa da perna. São usados dois fios de cores diferentes, para facilitar a identificação de cada componente. Em seguida, o enxerto posterolateral é passado pelos túneis tibial e femoral e é feito o “tombo”, promovendo fixação femoral. Depois, o enxerto anteromedial é passado pelos túneis correspondentes. É feito o “tombo” de modo similarao enxerto posterolateral. Antes da fixação, cada componente do enxerto é pré-tensionado através da movimentação de flexoextensão do joelho, por 25 vezes, usando tensão manual. O enxerto anteromedial é fixado com o joelho flexionado a 45°; o enxerto posterolateral é fixado com o joelho fletido a 15°. Em ambas situações realizamos tensão manual nos fios da extremidade tibial do enxerto”22. 2.4- REABILITAÇÃO Dada importância das técnicas cirúrgicas, a reabilitação também desempenha um papel reconhecido na recuperação completa da função. Levando em consideração o tipo de enxerto ou fixação utilizado para a reconstrução do LCA, o programa ideal de reabilitação tem por base o conhecimento biológico e mecânico exercido pelo ligamento, assim, para que o joelho alcance sua função aproximada do normal, a reabilitação deve ser embasada na busca de alguns objetivos: diminuição a dor, controleda inflamação e da cicatrização, restabelecer a amplitude 9 de movimento (ADM) completa, prevenir a hipotrofia muscular, melhorar a força muscular, manter a função proprioceptiva e facilitar o retorno às atividades laborais e esportivas26, 13. 3.0 – PROTOCOLO Com base nos dados epidemiológicos obtidos, que indicam grande incidência de lesões do ligamento cruzado anterior durante a prática esportiva, onde requerem uma rápida recuperação e retorno a estas atividades, este protocolo foi elaborado com base nas quatro fases de reabilitação propostas por Carolyn Kisner, e direcionado á atletas com ruptura total de LCA submetidos à cirurgia reconstrutiva, desde o período pós-operatório imediato até a liberação para retorno à prática esportiva. 3.1 – Fase de proteção máxima (1-4 semanas) Objetivos: Controlar a dor e derrame articular,evitar aderências nas estruturas moles adjacentes, ganhar amplitude de movimento em flexo-extensão do joelho, mobilizar articulações adjacentes, minimizar as perdas de função articular e muscular, iniciar treinamento proprioceptivo e deambulação com dispositivos auxiliares, estimular a iniciação da descarga de peso, bem como orientar o paciente a evitar forças destrutivas sobre a lesão. 1ª semana: - MOBILIZAÇÃO EM FUNDO DE SACO SUBQUADRICIPTAL, LIBERAÇÃO DOS RETINÁCULOS PATELARES MEDIAL E LATERAL E TENDÃO PATELAR. Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta mobiliza o fundo de saco subquadriciptal, com movimentos em S, rolê e fricção, após, dar inicio à liberação dos retináculos patelares medial e lateral e retináculo de tendão patelar, com movimentos em fricção transversa. Fonte: Dados do autor. 10 - MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DO JOELHO. Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta mobiliza a articulação Patelofemoral, movendo a patela nos sentidos crânio-caudal e latero-lateral; logo após, fazer mobilizações na articulação femorotibial, em pequenas amplitudes de movimento (oscilações articulares). Por fim, fazer mobilização da cabeça da fíbula, em sentido latero-lateral. Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. - EXECUÇÃO DE MOVIMENTOS ACESSÓRIOS. Ainda em decúbito dorsal, o terapeuta realiza movimentos de tração e compressão na articulação do joelho. No movimento de compressão, o paciente fica a 90º de flexão de quadril e de joelho, e o terapeuta, em posição de finta, estabiliza o membro, com a mão na região distal de coxa, e com a outra mão, exerce uma força compressiva, no sentido longitudinal do membro, a mão fica na planta do pé. No movimento de tração, com o paciente em decúbito ventral e joelho em extensão, o terapeuta estabiliza com a mão na região distal da coxa do paciente, a outra mão segura na região medial da perna do paciente e realiza um movimento de tração, afastando sua mão em posição caudal da mão em posição cranial. 11 Fonte: Dados do autor. - REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS PASSIVOS/ATIVO-ASSISTIDOS DE FLEXO- EXTENSÃO DO JOELHO. Com o paciente em posição sentada, o terapeuta realiza movimentos de flexão e extensão do joelho, com amplitude total de movimento, na extensão, e flexão até 90º, e após, pede ao paciente que inicie sozinho o movimento, onde o terapeuta auxilia nas amplitudes finais. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO ATIVO-ASSISTIDO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO. No movimento de EPE em flexão, o paciente, em decúbito dorsal, eleva a perna, com joelho em completa extensão e pé em posição neutra, o terapeuta auxilia na execução do movimento e deve ficar atento ao alinhamento do paciente sobre a maca. No movimento de EPE em extensão, o paciente em decúbito ventral, eleva a perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O terapeuta orienta no alinhamento do paciente sobre a maca, auxilia na execução do movimento e na estabilização, com uma mão na região na crista ilíaca, se necessário. No movimento de EPE em adução, o paciente em decúbito lateral, com o lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento de adução, com a mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em posição neutra. O terapeuta auxilia na execução do movimento, e deve ficar atento com o alinhamento 12 do tronco, durante esta posição; o membro contralateral fica fletido e acomodado com o apoio de um colchonete. No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco deve estar alinhado. Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO ATIVO DE FLEXÃO PLANTAR E DORSIFLEXÃO DO TORNOZELO. O paciente em posição sentado realiza, ativamente, movimentos de flexão plantar e dosiflexão de tornozelo, orientado pelo terapeuta. Fonte: Dados do autor. 13 - EXERCÍCIO DE CONTRAÇÃO INTERMITENTE DOS MÚSCULOS QUADRÍCEPS FEMORAL; O paciente, em decúbito dorsal sobre a maca, é orientado a realizar contrações isométricas do quadríceps femoral (apenas contração muscular, sem ocorrência de movimento articular), com alternância entre contração e relaxamento. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO DE CONTRAÇÃO INTERMITENTE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS; O paciente em decúbito ventral, realiza contrações musculares isométricas do grupo muscular isquiotibiais ( semimembranácio, semitendíneo e bíceps femoral), com alternância entre contração e relaxamento. Fonte: Dados do autor. - MOVIMENTOS CIRCULARES COM BOLA CRAVO. O paciente se posiciona sentado em um banco e com uma bola cravo sob a planta do pé, realiza movimentos circulares, com pouca amplitude e baixa velocidade. 14 Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM BOLA EM CRUZ. O paciente posicionado sentado em um banco apoia o seu pé sobre uma bola e, orientado pelo terapeuta, realiza movimentos no sentido antero-posterior e latero-lateral, a visualização deste movimento é de uma cruz. Este exercício deve ser executado com baixas amplitudes de movimento e velocidade baixa. Fonte: Dados do autor. - INICIAÇÃO DO TREINO DE MARCHA E DESCARGA DE PESO COM AUXÍLIO DE MULETAS; Com o auxilio de muletas, o paciente realiza pequenas descargas de peso apoiando o pé no chão, dividindo o peso do seu corpo entre seu membro e a muleta, após, apoia o peso no outro membro, e retorna, transferindo novamente o peso para o membro acometido. Na iniciação ao treino de marcha, o paciente apoiado nas muletas, realiza uma pequena caminhada,apoiando o pé no chão, sem deixar que o peso do seu corpo descarregue todo sobre o membro acometido, o terapeuta deve orientar o paciente a realizar o treino, seguindo as fases da marcha. 15 Fonte: Dados do autor. - 2ª à 4ª semana: -EXERCÍCIOS ATIVOS DE FLEXO-EXTENSÃO DO JOELHO COM BOLA. O paciente sentado em um banco realiza movimentos ativos de extensão e flexão do joelho, com o auxilio de uma bola; a posição inicial é de joelho flexionado a 90º, com os dedos sobre a bola, o pé desliza sobre a mesma, simulando um chute, sem que a bola escape do seu pé, após execução deste movimento, fazer o movimento inverso, deslizando o pé sobre a bola ate o momento em que esta toca os dedos, e o joelho retorna a 90º de flexão. Dados do autor. -EXERCÍCIO ATIVO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO. No movimento de EPE em flexão, o paciente deve estar alinhado, em decúbito dorsal, eleva a perna, com joelho em completa extensão e pé em posição 16 neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca e com possíveis compensações, corrigindo-as. No movimento de EPE em extensão, o paciente deve estar alinhado, em decúbito ventral, eleva a perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento ao alinhamento do paciente e auxilia na estabilização, com uma mão na região na crista ilíaca, se necessário. No movimento de EPE em adução, o paciente deve estar alinhado, em decúbito lateral, com o lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento de adução, com a mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca; o membro contralateral fica fletido e acomodado com o apoio de um colchonete. No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco deve estar alinhado. Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. -TRANSFERÊNCIA DE PESO UNIPODAL COM APOIO E TREINAMENTO DE MARCHA. Apoiado em uma barra, o paciente faz transferência de peso do membro sadio para o membro acometido, ficando em posição unipodal; após o treinamento de transferência, inicia o treino de marcha, segurando na barra, o terapeuta orienta o 17 paciente durante a marcha, para que ele execute corretamente cada fase da marcha. Fonte: Dados do autor. -CAMINHADA NA ESTEIRA. O paciente realiza uma pequena caminhada na esteira rolante, com velocidade baixa, para alcance de recondicionamento cardiovascular. -EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO DO QUADRIL. Com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta posiciona a faixa elástica na região anterior e distal da coxa do paciente, e o orienta a realizar o movimento de flexão de quadril, com a faixa elástica impondo resistência contra o movimento, repetir os movimentos e executa-los lentamente. No exercício em extensão, o paciente se posiciona em pé, auxiliado pelo apoio do espaldar, o terapeuta se posiciona de frente para ele, na posição de índio, e coloca a faixa elástica na região posterior e distal de coxa, e pede que o mesmo realize movimentos de extensão do quadril, repetidos e executados lentamente, enquanto a faixa impõe resistência ao movimento. No exercício em adução, o paciente continua posicionado em pé, com apoio do espaldar, o terapeuta se posiciona ao lado do paciente, com a faixa elástica na região medial e distal de coxa, e pede que ele execute o movimento de adução do quadril, com movimentos lentos e repetidos. No movimento de abdução, o terapeuta se posicionará no lado oposto do paciente, com a faixa na porção lateral e distal da coxa, e pede que o paciente execute o movimento de abdução do quadril, com movimentos lentos e repetidos. 18 Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. -EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO DO JOELHO EM PEQUENAS AMPLITUDES. Com o paciente em decúbito ventral, o terapeuta posiciona-se aos pés do paciente e coloca a faixa elástica na região posterior e proximal da perna, e pede que este execute o movimento de flexão do joelho, até 90º, com velocidade baixa, e repita o movimento. Com o paciente em posição sentada na maca, o terapeuta posiciona-se sentado de frente para ele e posiciona a faixa elástica na região anterior e proximal da perna, e pede ao paciente que realize o movimento de extensão do joelho, sem que se realize a extensão completa (0º), em baixa velocidade de execução e repetição do movimento. 19 Fonte: Dados do autor. -EXERCÍCIOS RESISTIDOS COM FAIXA ELÁSTICA NOS MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO DO JOELHO EM MAIORES AMPLITUDES. O paciente realizará o mesmo exercício de flexão, com resistência da faixa elástica, com amplitude de movimento maior (100º-110º), este exercício pode ser dificultado, com o paciente realizando o movimento na posição em pé, apoiado no espaldar. O paciente realizará o mesmo exercício de extensão, com resistência da faixa elástica, completando a extensão total de joelho (0º). Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIOS DE MINIAGACHAMENTOS. O paciente posiciona-se de pé, com as costas apoiada em uma bola suíça, e esta deverá estar apoiada na parede e posicionada à altura do segmento torácico do paciente, o terapeuta orienta o alinhamento do paciente, com joelhos na mesma linha das EIAS, e segundo dedo do pé na mesma linha do centro de patela; o terapeuta orienta o paciente a realizar um movimento de flexão de joelhos e quadris em cadeia cinética fechada (agachando) com limite de flexão de joelhos menor que 90º. 20 Fonte: Dados do autor. - FORTALECIMENTO DO TRÍCEPS SURAL. O paciente fica posicionado em pé, de frente e apoiado no espaldar, e realiza o movimento de ficar em ponta de pé, mantendo a posição por alguns segundos, descansando e realizando novamente o mesmo movimento. Fonte: Dados do autor. - FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA. O paciente em pé, segurando no espaldar, realizará o exercício de flexão, onde o terapeuta aplicará resistência com faixa elástica. 21 Fonte: Dados do autor. -ALONGAMENTO MANUAL DO QUADRÍCEPS FEMORAL. O paciente é posicionado em decúbito lateral, realizando uma flexão de quadril e de joelhos a 90º. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, segurando o membro que não está apoiado na maca sobre seu braço. Uma das mãos do terapeuta segura o joelho do paciente enquanto a outra estabiliza o quadril, evitando assim compensações durante a realização do movimento. O terapeuta puxa o membro apoiado em sua direção, realizando o alongamento do quadríceps femoral desse membro de forma passiva. Fonte: Dados do autor. -ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS. O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta realiza a extensão do membro direito, enquanto o esquerdo permanece apoiado sobre a maca. A mão direita do terapeuta é posicionada sobre o joelho direito do paciente, e a mão esquerda segura os metatarsos. O terapeuta alonga os isquitibiais aumentando a flexão do quadril, mantendo a extensão do joelho e realizando a dorsiflexão. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado no membro contralateral. 22Fonte: Dados do autor. *ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO MÉDIO, GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA). O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona do lado contralateral ao membro a ser alongado. O terapeuta apoia uma das mãos na panturrilha do paciente, enquanto a outra estabiliza o quadril. O terapeuta realiza o movimento de adução, alongando os abdutores desse membro. Em seguida, o mesmo movimento é realizado no membro contralateral. Fonte: Dados do autor. *ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ADUTORES (ADUTOR LONGO, ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E PECTÍNEO). O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona ao lado do membro que será alongado. Uma das mãos do terapeuta sustenta a porção medial do tornozelo do paciente, enquanto a outra realiza a estabilização do quadril. O terapeuta alonga os músculos adutores de forma passiva ao realizar a abdução 23 desse membro, e o mesmo movimento deve ser realizado em seguida no membro contralateral. Fonte: Dados do autor. - ATIVIDADE PROPRIOCEPTIVA BIPODAL NO DISCO COM APOIO. O paciente posiciona-se em pé, de frente e apoiando no espaldar, e sobe no disco proprioceptivo, resistindo à instabilidade enquanto fica em pé sobre o disco, com apoio bipodal. Fonte: Dados do autor. 3.2- Fase de proteção moderada (4-10 semanas) Objetivo: Restaurar amplitude de movimento completa sem dor, restaurar engramas motores, progredir os exercícios de fortalecimento muscular, normalizar o padrão de marcha e funções de atividade de vida diária, obter o controle dinâmico do joelho, melhorar a percepção cinestésica e aderir programa domiciliar. 24 Inicial (5-6 semanas): - EXERCÍCIOS DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM FLEXOEXTENSÃO DO JOELHO E QUADRIL COM DESAFIO MOTOR. O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com alinhamento de tronco e ambos os pés apoiados num rolo com os joelhos estendidos. O terapeuta direciona o rolo ao paciente e o mesmo é induzido a realizar o movimento de flexão do joelho e quadril, após concluir a flexão, o paciente retorna o movimento empurrando o rolo. Este movimento é feito no intuito de aprimorar os movimentos do joelho acometido em ambiente estranho. Fonte: Dados do autor. Após esse movimento, o paciente mantém-se em decúbito dorsal. O joelho do membro acometido fica estendido, com o calcanhar apoiado sobre a bola suíça em dorsiflexão e o membro contralateral fica em posição de flexão de quadril e de joelho com o pé em flexão plantar, sem apoio. O terapeuta orienta de forma verbal a maneira correta de inverter a posição dos membros. O membro acometido deve realizar o movimento inverso rolando o pé sobre a bola, iniciando pela flexão dos dedos, seguido pela flexão plantar, flexão do joelho e do quadril; enquanto o membro sadio realiza o movimento de extensão dos dedos, seguido pela dorsiflexão, extensão do joelho e o quadril retorna à posição neutra. O objetivo desse exercício é o treino de marcha em ambiente estranho. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA (EPE) COM PESO EM FLEXÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ABDUÇÃO DO QUADRIL. 25 O paciente realiza os movimentos de elevação da perna estendida, com peso na panturrilha. No movimento de EPE em flexão, o paciente, em decúbito dorsal, eleva a perna, com joelho em completa extensão e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca e com possíveis compensações, corrigindo-as. No movimento de EPE em extensão, o paciente em decúbito ventral, eleva a perna, o joelho em extensão e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento ao alinhamento do paciente e auxilia na estabilização, com uma mão na região na crista ilíaca, se necessário. No movimento de EPE em adução, o paciente em decúbito lateral, com o lado acometido sobre a maca, eleva a perna, num movimento de adução, com a mesma orientação do exercício anterior, joelho estendido e pé em posição neutra. O terapeuta deve ficar atento com o alinhamento do paciente sobre a maca; o membro contralateral fica fletido e acomodado com o apoio de um colchonete. No movimento de EPE em abdução, o paciente em decúbito lateral, com o lado contralateral sobre a maca, eleva a perna, em um movimento de abdução. O membro contralateral, que se encontra apoiado na maca, deve ficar fletido e o tronco deve estar alinhado. Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. 26 - EXERCÍCIO DE EXTENSÃO TERMINAL DO JOELHO EM CADEIA CINÉTICA ABERTA COM FAIXA ELÁSTICA. O paciente será orientado a sentar-se na maca com os pés para fora da mesma. O terapeuta verificará o alinhamento postural e posicionará a faixa elástica na parte proximal de tíbia do paciente, e em seguida, pedirá que o paciente realize a extensão completa do joelho. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS EM CADEIA CINÉTICA FECHADA. O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento postural, onde a espinha ilíaca ântero superior deverá estar alinhada com o centro da patela e a mesma com o segundo dedo do pé. O paciente é então orientado a realizar movimentos de agachamento lentamente, mantendo o alinhamento postural e de forma que os joelhos não ultrapassem a ponta dos pés. Fonte: Dados do autor. 27 - EXERCÍCIO DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS RETO ABDOMINAL E OBLÍQUOS EXTERNOS E INTERNOS. No exercício para reto abdominal, o paciente é posicionado sobre um tatame em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça e os joelhos flexionados a 90º. O terapeuta verificará o alinhamento postural do paciente e estabiliza-o segurando em seus pés. O paciente é orientado a elevar o tronco elevando as escápulas do chão, com o queixo apontado para o peito sem encostá-lo, como se houvesse uma bolinha de tênis nesse espaço. O exercício para oblíquos é similar, o posicionamento será o mesmo modificando apenas o movimento a ser executado. O paciente é orientado a elevar suas escápulas levando o cotovelo direito em direção ao seu joelho esquerdo, em movimento diagonal. Em seguida, o movimento oposto é realizado no sentido contralateral. Fonte: Dados do autor. - TREINO DE DESCARGA DE PESO E MARCHA SEM AUXÍLIO. No treino de descarga de peso, o paciente é posicionado de pé e orientado a flexionar o joelho esquerdo, sustentando todo o peso com o outro membro. Em seguida, o mesmo movimento é realizado com o membro contralateral. No treino de marcha, o paciente é posicionado de pé e orientado verbalmente a realizar uma pequena caminhada. Iniciando pelo toque de calcanhar, seguindo as fases subsequentes da marcha, sem a utilização de apoios. Fonte: Dados do autor. 28 - EXERCÍCIO DE ESTABILIZAÇÃO DURANTE A MARCHA. O terapeuta se posiciona atrás do paciente que está de pé e põe uma faixa elástica em seu tronco. O paciente é orientado a realizar uma caminhada enquanto o terapeuta segura as pontas da faixa, impondo uma resistência a esse movimento que deve ser vencida. Fonte: Dados do autor. - TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA FÍSICA NA ESTEIRA. O paciente realiza uma caminhada na esteira rolante, com velocidade progressiva até o início do trote , para alcance de recondicionamento cardiovascular. - EXERCÍCIOS DE PROPRIOCEPÇÃO COM DISCO, BIPODAL E UNIPODAL. O paciente é posicionado de pé sobre um disco propriceptivo, partindo de umapoio bipodal para unipodal. Como o disco oferece uma base instável, o paciente pode se apoiar no espaldar em busca de equilíbrio. Fonte: Dados do autor. 29 - EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM BOLA. O paciente é posicionado sentado, com a correção de seu alinhamento postural e o pé acometido apoiado sobre uma pequena bola. Ele é orientado a manter o posicionamento sem soltar a bola, enquanto o terapeuta desestabiliza a bola com pequenos chutes. Fonte: Dados do autor. - ALONGAMENTO MANUAL DO QUADRÍCEPS FEMORAL. O paciente é posicionado em decúbito lateral, realizando uma flexão de quadril e de joelhos a 90º. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, segurando o membro que não está apoiado na maca sobre seu braço. Uma das mãos do terapeuta segura o joelho do paciente enquanto a outra estabiliza o quadril, evitando assim compensações durante a realização do movimento. O terapeuta puxa o membro apoiado em sua direção, realizando o alongamento do quadríceps femoral desse membro de forma passiva. 30 Fonte: Dados do autor. - ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS. O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta realiza a extensão do membro direito, enquanto o esquerdo permanece apoiado sobre a maca. A mão direita do terapeuta é posicionada sobre o joelho direito do paciente, e a mão esquerda segura os metatarsos. O terapeuta alonga os isquitibiais aumentando a flexão do quadril, mantendo a extensão do joelho e realizando a dorsiflexão. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado no membro contralateral. - ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO MÉDIO, GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA). O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona do lado contralateral ao membro a ser alongado. O terapeuta apoia uma das mãos na panturrilha do paciente, enquanto a outra estabiliza o quadril. O terapeuta realiza o movimento de adução, alongando os abdutores desse membro. Em seguida, o mesmo movimento é realizado no membro contralateral. Fonte: Dados do autor. 31 - ALONGAMENTO MANUAL DOS MÚSCULOS ADUTORES (ADUTOR LONGO, ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E PECTÍNEO). O paciente é posicionado em decúbito dorsal e o terapeuta se posiciona ao lado do membro que será alongado. Uma das mãos do terapeuta sustenta a porção medial do tornozelo do paciente, enquanto a outra realiza a estabilização do quadril. O terapeuta alonga os músculos adutores de forma passiva ao realizar a abdução desse membro, e o mesmo movimento deve ser realizado em seguida no membro contralateral. Fonte: Dados do autor. Tardia (7-10 semanas) - AUTO-ALONGAMENTO PARA MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS E QUADRÍCEPS. No auto-alongamento de isquiotibiais, o paciente se posiciona sentado sobre um tatame, com os joelhos estendidos e a coluna apoiada na parede. O movimento realizado é ativo em flexão de quadril, tentando encostar as mãos nos pés. No auto-alongamento de quadríceps, o paciente se posiciona de pé. Com o quadril em posição neutra, o movimento de flexão do joelho é realizado em amplitude máxima, servindo a mão do mesmo lado como apoio para o pé. O mesmo movimento é realizado no membro contralateral. 32 Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS. O paciente em decúbito dorsal, com peso no tornozelo, é orientado a realizar movimentos simulados à sua prática, executando assim movimentos funcionais e incluindo padrões em diagonais. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO E DESCARGA DE PESO COM MACARRÃO. No exercício de propriocepção, o paciente é posicionado de pé paralelo ao macarrão que está no chão e orientado a caminhar de lado sobre o mesmo. No exercício de descarga de peso, o paciente deverá se posicionar sobre o macarrão enquanto realiza a flexão do joelho direito, depositando todo o peso corporal sobre um único membro. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado no membro contralateral. Fonte: Dados do autor. 33 - EXERCÍCIO DE PROPRIOCEPÇÃO COM ROLO. O paciente é posicionado de pé, de frente para o rolo, com o pé do membro acometido apoiado sobre o mesmo. O quadril e o joelho ficam em flexão e o paciente deve manter o alinhamento postural e o equilíbrio nessa posição. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIOS NO STEP(PROPRIOCEPÇÃO AVANÇADA). O paciente é posicionado de pé, de frente para o step, onde realizará o movimento de subir e descer o degrau utilizando o mesmo membro. Em seguida, o mesmo movimento deve ser realizado com o membro contralateral. Fonte: Dados do autor. 34 - TREINO DE MARCHA (CAMINHADA EM LINHA RETA E COM MUDANÇA DE DIREÇÃO). O paciente deve caminhar em linha reta, pisando apenas uma vez em cada espaço entre os macarrões posicionados no chão. Em seguida o paciente deve realizar o mesmo percurso, porém o movimento é realizado na lateral. Fonte: Dados do autor. - CAMINHADA NA ESTEIRA. O paciente realizará caminhada na esteira, em velocidade moderada, como forma de aquecimento para o próximo exercício. - INÍCIO DE CORRIDA. O paciente inicia corrida sem obstáculos, em ritmo de trote. Fonte: Dados do autor. - PROGRAMA DE CORRIDA COM OBSTÁCULOS. O paciente deve correr em linha reta, pisando apenas uma vez em cada espaço entre os macarrões posicionados no chão. 35 Fonte: Dados do autor. - INICIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS. O paciente fica de pé sobre a cama elástica em apoio bipodal, realizando pequenos saltos na mesma. Fonte: Dados do autor. 3.3- Fase de proteção mínima (11-24 semanas) Objetivo: Dar continuidade aos alongamentos;Aumentar a força, potência e resistência muscular; Desafiar a amplitude de movimento recém-adquirida; Promover o controle dos movimentos em todos os planos funcionais; Aumentar o controle neuromuscular, equilíbrio e estabilidade dinâmica e melhorar o preparo cardiopulmonar. - ALONGAMENTO DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS (SEMITENDINOSO, SEMIMEMBRANOSO E BÍCEPS FEMORAL), MÚSCULOS ABDUTORES (GLÚTEO MÉDIO, GLÚTEO MÍNIMO E TENSOR DA FÁSCIA LATA) E MÚSCULOS 36 ADUTORES (ADUTOR LONGO, ADUTOR CURTO, ADUTOR MAGNO, GRÁCIL E PECTÍNEO) COM FAIXA ELÁSTICA. O paciente fica em decúbito dorsal, alinhado, e é orientado a estender a perna direita enquanto posiciona uma faixa elástica na planta do pé. O paciente segura as pontas da faixa com as mãos e realiza os movimentos de extensão, adução e abdução do quadril com o joelho estendido, cada movimento é mantido por três ciclos respiratórios e com pausas de descanso entre um movimento e outro, para que se consiga alongar cada musculatura específica. Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA COM PESO EM FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO E ADUÇÃO, COM PAUSAS ISOMÉTRICAS; Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA CINÉTICA ABERTA (MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS E QUADRÍCEPS FEMORAL). 37 O paciente realiza os exercícios de fortalecimento para isquiotibiais e quadríceps femoral com carga maior. Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA CINÉTICA FECHADA. Exercício 1- O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da patela e a mesma com o segundo dedo dopé. O pé esquerdo é apoiado na parede enquanto o pé direito é posicionado uma passada à frente. O paciente deverá realizar o movimento de agachamento e após as séries, o mesmo movimento deverá ser realizado utilizando o membro contralateral. Fonte: Dados do autor. Exercício 2- O paciente O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da patela e a mesma com o segundo dedo do pé. O paciente realizará o movimento de “agachar-se” até 90º de flexão de joelho e quadril, durante o retorno do movimento, o 38 paciente executará o movimento de flexão plantar, sustentando-se na ponta dos dedos. O terapeuta deve estar atento para que o joelho do paciente não ultrapasse a linha dos pés durante o agachamento. Fonte: Dados do autor. Exercício3: Será realizado o mesmo movimento, porém com os pés voltados para fora. Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ABDOMINAIS (RETO ABDOMINAL, OBLÍQUOS INTERNOS E EXTERNOS). Exercício 1- Exercício para oblíquos: O paciente é posicionado sobre um tatame em decúbito dorsal, com as mãos atrás da cabeça e os joelhos flexionados a 90º. O terapeuta verificará o alinhamento postural e posicionará uma bola pequena entre joelhos do paciente, o mesmo é orientado a elevar suas escápulas levando o cotovelo direito em direção ao seu joelho esquerdo, em movimento diagonal. Em seguida, o movimento oposto é realizado no sentido contralateral. 39 Fonte: Dados do autor. Exercício 2- Cachoeirinha: O paciente é posicionado em decúbito dorsal sobre um tatame, com uma bola suíça apoiada sobre o tórax. O paciente realiza a inspiração como preparação para o movimento e na expiração eleva o tronco retirando as escápulas do chão, enquanto rola a bola até o joelho. Inspira novamente mantendo a posição, e expira rolando a bola dos joelhos até os pés. Inspira mantendo a posição, e expira retornando lentamente à posição inicial. Fonte: Dados do autor. - CORRIDA ACELERADA, EM VELOCIDADE MÁXIMA, COM MUDANÇA DE DIREÇÃO. O paciente corre em velocidade máxima, em linha reta, pisando apenas uma vez em cada espaço entre os macarrões posicionados no chão. Em seguida o paciente deve realizar o mesmo percurso, porém a corrida é realizada de costas. Logo após, o paciente realiza a corrida de forma sinusal desviando dos macarrões. Fonte: Dados do autor. 40 - CORRIDA COM RESISTÊNCIA. O terapeuta se posiciona atrás do paciente e põe uma faixa elástica em seu abdome, segurando as pontas da faixa com a mão. O paciente é orientado a realizar uma corrida em linha reta, de costas e lateralmente vencendo a resistência imposta. Fonte: Dados do autor. - CORRIDA COM OBSTÁCULOS. O paciente é orientado a realizar uma corrida, desviando dos obstáculos (macarrões) em seu caminho, com movimentos rotacionais (em oito). Fonte: Dados do autor. 41 - AVANÇO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS UNIPODAIS E BIPODAIS. Na cama elástica, o paciente realiza saltos bipodais e unipodais. Fonte: Dados do autor. - INÍCIO DOS EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS DE HABILIDADES AO ESPORTE. O paciente é posicionado de pé e é orientado a realizar embaixadinhas com a bola em ambos os membros. Em seguida o terapeuta joga uma bola em direção ao paciente, que deverá devolvê-la chutando. Fonte: Dados do autor. - TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO AVANÇADO. O paciente é posicionado de pé, de frente para um macarrão e orientado a caminhar em linha reta sobre o mesmo. 42 Fonte: Dados do autor. 3.4- Fase de liberação (6 meses) Objetivo: Progredir todos os exercícios no intuito de recuperar a habilidade funcional no mais alto nível; Tornar o paciente apto ao retorno da sua prática esportiva; Reduzir o risco de recidiva a lesão. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA CINÉTICA FECHADA EM BASE INSTÁVEL. O paciente é posicionado de pé, onde sua coluna torácica é apoiada por uma bola suíça e a mesma apoiada na parede. O terapeuta verifica o alinhamento postural, onde a EIAS deverá estar alinhada com o centro da patela e a mesma com o segundo dedo do pé. O pé esquerdo é apoiado na parede enquanto o pé direito é posicionado uma passada à frente, sobre um disco. O paciente deverá realizar o movimento de agachamento e após as séries, o mesmo movimento deverá ser realizado utilizando o membro contralateral.Também pode ser feito outros diversos tipos de agachamento com a base instável. 43 Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DOS MÚSCULOS ABDOMINAIS (RETO ABDOMINAL, OBLÍQUOS INTERNOS E EXTERNOS) COM APOIO DOS PÉS INSTÁVEL. O paciente realiza os exercícios de fortalecimento dos músculos abdominais (reto abdominal, oblíquos internos e externos) com os pés apoiados sobre o disco. Fonte: Dados do autor. - PROGRESSÃO DA CORRIDA COM OBSTÁCULOS (ROTACIONAIS). O paciente realiza uma corrida sinuosa, desviando de obstáculos mais difíceis que os anteriormente utilizados. 44 Fonte: Dados do autor. - CORRIDA COM CANELEIRAS. O paciente realiza uma corrida desviando dos obstáculos, utilizando caneleiras. Fonte: Dados do autor. - CORRIDA COM CANELEIRAS E RESISTÊNCIA. O paciente se posiciona de pé, a uma determinada distância de um único obstáculo. O terapeuta se posiciona atrás do paciente, colocando uma faixa elástica em seu abdome. O paciente realiza uma corrida passando pela frente do obstáculo, com a utilização de caneleiras e vencendo a resistência imposta pela faixa. O terapeuta permanece no mesmo local de início, segurando as pontas da faixa. Fonte: Dados do autor. 45 - PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS (CAMA ELÁSTICA COM CANELEIRAS, PULAR CORDA NA CAMA ELÁSTICA UNI E BIPODAL, SALTAR DE UMA CAMA ELÁSTICA PARA A OUTRA, CORRIDA COM SALTOS EM STEP E CAMA ELÁSTICA). O paciente realiza exercícios como pular corda, unipodal e bipodal, pular corda na cama elástica, pular de uma cama elástica para outra, utilizar caneleiras para fazer saltos e ressaltos, dentre outros. Nessa etapa, a criatividade do fisioterapeuta é de extrema importância. No exemplo a seguir, o paciente se posiciona de pé, de frente para o step e na frente do mesmo uma cama elástica. O paciente salta sobre o step utilizando caneleiras, segue saltando no espaço em solo entre os dois equipamentos e em seguida salta sobre a cama elástica em apoio bipodal. Na evolução desse exercício o paciente realiza o mesmo movimento, porém utilizando o apoio unipodal ao saltar sobre o step e sobre a cama elástica. Dessa forma, permanece o apoio bipodal em solo antes do salto. O mesmo exercício deve ser realizado utilizando o membro contralateral. Fonte: Dados do autor. - EXERCÍCIOS DE HABILIDADES ESPECÍFICAS AO ESPORTE. Nesta etapa de exercícios a criatividade do fisioterapeuta é de extrema importância, levando em conta que os exercícios propostos devem estar voltados para o esporte específico praticado pelo paciente. No exemplo a seguir, o paciente fica sobre uma cama elástica, realizando pequenos saltos com utilização de caneleiras. O terapeuta joga uma bola suíça para o paciente, que a segura com a mão e devolve para o terapeuta. Na evolução desse exercício, o terapeuta permanece jogando a bola suíça para o paciente. Porém, o paciente deve chuta-la para devolver aoterapeuta. 46 Fonte: Dados do autor. Fonte: Dados do autor. - CONDICIONAMENTO AERÓBICO. O paciente realiza a corrida na esteira com velocidade progressiva. 47 DISCUSSÃO A reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das opções para pacientes ativos e sintomáticos com lesão27. É um processo bastante invasivo, ao passo que no período pós-cirúrgico a reabilitação se mostra demorada e cautelosa devido principalmente a processos álgicos. Existem dois tipos de reconstrução bastante utilizados ultimamente, a reconstrução por enxerto do Terço central do ligamento patelar (OTO), considerado por muito tempo o padrão ouro de reconstruções de LCA28, e a reconstrução por enxerto do tendão dos flexores, semitendíneo e grácil (ST-G), que passou a ser utilizado a partir do fim dos anos 902. O enxerto ST-G surgiu como alternativa ao OTO, já que este, apesar de obter bons resultados funcionais, complicações parecem estar relacionadas à sua utilização, tais como, dor na região anterior do joelho, onde foi coletado o enxerto, disfunção no mecanismo extensor e fraqueza muscular no quadríceps, tendinite patelar 5, 28,29, entretanto, apesar de conferir menor morbidade na região doadora, estudos demonstraram que o enxerto ST-G também pode apresentar desvantagens, tais com menos estabilidade e resistência à fixação, distensão e fraqueza dos flexores de joelho, a curto prazo. A escolha de qual enxerto utilizar fica a critério do cirurgião, onde ele avaliará quais os riscos/ benefícios de cada um, mas no geral, vários estudos demonstraram que com ambas as técnicas os resultados se mostram satisfatórios após a reabilitação. 5, 28 Por outro lado não existe um consenso definido quanto a um protocolo padrão de reabilitação pós-reconstrução de LCA, entretanto, a maioria dos autores abordam princípios semelhantes30. O que pode diferenciar é a abordagem e o tempo de recuperação. Cabe ao fisioterapeuta avaliar quais as necessidades, as aptidões e limitações do seu paciente, para escolher qual tipo de protocolo deverá utilizar; um protocolo convencional é indicado para pacientes não-atletas, e, segundo recomendações de kisner (2009)29 a recuperação do paciente se dá a partir dos 6 meses. Já o protocolo acelerado é ideal para pacientes que são inseridos em práticas esportivas, onde requer um tempo menor para retorno às atividades, tempo este, que ainda não se obteve consenso, Kisner (2009)29 defende que em seis meses o paciente já se encontra apto ao retorno de suas atividades, enquanto que outros autores defendem o tempo de reabilitação de 4 meses31, onde mostram que pacientes tratados com o protocolo acelerado apresentam resultados semelhantes aos obtidos com o protocolo convencional, em relação às condições musculares 31,32,33. Acredita-se que o paciente submetido ao protocolo de reabilitação de forma imediata e rigorosa logo após a cirurgia previne complicações e agravos como: lesões meniscais e degenerações articulares, com intuito de proporcionar uma funcionalidade igual ou o mais próximo da realidade anterior à lesão 34. O protocolo para a reabilitação deve ser munido de conhecimento biomecânico e fisiopatológico por parte do fisioterapeuta; estes programas são montados baseando-se em fases, de acordo com o estado do paciente e sua progressão no tratamento. Kisner (2009)29 define as fases como: Fase de proteção máxima, Fase de proteção moderada, Fase de proteção mínima e Fase de liberação, que possuem objetivos específicos mediante as reais condições individuais do período pós-cirúrgico. 48 No presente estudo, na primeira fase de reabilitação busca-se o controle e resolução de quadros álgicos e de hemartrose, com a utilização de crioterapia, e analise da dor com a escala visual analógica (EVA), além de incluir a extensão total de joelho, nesta fase também serão incluídos treino de marcha e descarga de peso precoce, com o auxilio de muletas, estes exercícios de mobilização e impacto são essenciais para início da revascularização do neoenxerto. Nos processos de reabilitação ligamentar, alguns exercícios cinesioterápicos, que são vistos como exercícios avançados, em outros protocolos traumato-ortopédicos, já são inclusos desde o final da primeira fase neste protocolo, tais como, exercícios de fortalecimento em isometria, exercícios resistidos com faixa elástica e exercícios em cadeia cinética fechada e baixa amplitude (mini-agachamento), além da inclusão de exercícios proprioceptivos e recondicionamento cardiovascular Na segunda fase, quando o paciente já não apresenta quadros álgicos, os exercícios de fortalecimento continuam, com acréscimo de carga nesta fase também é bastante trabalhado o treino de marcha e de descarga de peso, retirando aos poucos o uso do auxílio, e progredindo na velocidade de execução da marcha (caminhada-trote-corrida), além de trabalhar engramas motores, a fim de corrigir padrões errôneos de marcha, os exercícios de alongamento também progridem, partindo de alongamento manual passivo para autoalongamentos, a fim de o paciente obter maior percepção e controle de muscular. Ao final desta fase, já se iniciam exercícios pliométricos, de baixo impacto. Na terceira fase, o foco é o fortalecimento, com progressão das cargas, para aumento da força, da potência e da resistência muscular. Nesta fase, os exercícios pliométricos são intensificados e já são inclusos exercícios de habilidades específicas. Na ultima fase é trabalhado ao máximo os exercícios de habilidades específicas, a fim de liberar o paciente apto a exercer suas habilidades esportivas e de vida diária, sem correr o risco de uma lesão recorrente. Em todas as fases, é importante se trabalhar o recondicionamento cardiovascular, já que se trata de pacientes atletas, que foram submetidos ao afastamento da pratica esportiva, necessitando manter este condicionamento aeróbico para um retorno bem sucedido. Para uma reabilitação bem sucedida é indispensável que o paciente também tenha bom entendimento do diagnóstico, dos objetivos do tratamento, e da importância da continuidade no tratamento. No estudo de Borin et al (2010)35, afirmam que a reconstrução do ligamento cruzado anterior quando bem sucedida reflete positivamente à estabilização biomecânica articular do joelho, mas que o LCA nativo fornece informação sensorial, e a caráter proprioceptivo é ainda mais significativo, isso se dá devido ao fato de que o LCA possui mecanorreceptores (corpúsculos de Pacini, terminações de Ruffini e Órgão tendinoso de Golgi) e conexões nervosas que fazem parte do sistema somatossensorial. Já no enxerto, não há esses componentes, o qual na lesão do ligamento ocorre a interrupção da retroalimentação sensorial (feedback), e esta 49 descontinuidade das conexões proprioceptivas desencadeiam alterações no desenvolvimento da coordenação motora da marcha, no senso de posição articular e controle postural, bem como nos mecanismos protetores, de controle muscular antecipatório e reflexo, pois impossibilita a aferentação proprioceptiva do joelho para o sistema nervoso central (SNC). Ao passo, este déficit proprioceptivo pode ser revertido trabalhando a articulação do joelho com trabalho sensório motor 19, 36, 37, 38 Bonfim (2009)39 resalta que o fornecimento de fontes adicionais de informação sensorial pode ser decisivo em indivíduos que apresentam algum comprometimento na aquisição de estímulos sensoriais, por isso a importância de se trabalhar precocemente a propriocepção, incluindo-a desde a primeira fase. Estudos também demonstraram que ocorre déficit funcional no membro operado, em comparação ao não operado, e afirmam que isso ocorreem decorrência da interrupção dos mecanorreceptores presentes do LCA, de modo que essas terminações nervosas influenciam na capacidade contrátil dos músculos extensores do joelho. Os resultados mostravam que num teste de 10RM (repetição máxima) houve diferenças significativas na flexão e na extensão do joelho, onde o membro operado apresentava déficit comparado ao contralateral40, assim, foi identificado melhor rendimento para o membro sadio, todavia, no estudo de Marchetti et al (2012)41 não foi identificado déficit bilateral no início da reabilitação com intervenção da fisioterapia. Estes estudos resaltam a importância de trabalhar o fortalecimento muscular primeiramente unilateral, com o membro acometido, tendo como referencia o membro sadio, para alcance de uma hipertrofia e força muscular semelhante ao contralateral, para só então, trabalhar o fortalecimento muscular bilateral, para ganho de força e potência iguais. Destacando também a influencia do tipo de reconstrução nas disfunções musculares, onde kisner (2009)29 resalta que na reconstrução com enxerto do tendão patelar, é preciso progredir com cuidado no fortalecimento dos extensores de joelho, enquanto que, com enxerto de tendão de flexores, progredir com cuidado no fortalecimento do grupo flexor do joelho. Já que estes grupos serão mais acometidos nas respectivas reconstruções. Quanto à determinação de cargas, repetições e séries, autores defendem a progressão da carga, onde a escolha da carga inicial de se dá através do teste de 1RM42, outros autores defendem que o teste de 10RM40. é mais efetivo, mas todos concordam que a carga inicial é uma porcentagem da repetição máxima, e que à medida que o paciente progride no nível de dificuldade para execução do movimento, o terapeuta vai aumentando gradativamente a porcentagem da carga, ao passo que o numero de repetições diminuem e o numero de séries podem aumentar. Em relação à velocidade, é importante orientar o paciente a executar o movimento em baixa velocidade42. 50 CONCLUSÃO Como já citado, o ligamento cruzado anterior tem grande importância na estabilização do joelho, e a ruptura do mesmo acarreta numa série de comprometimentos, tanto no que diz respeito à estabilidade, quanto em cosequências que precedem a isto, como déficit proprioceptivo e o comprometimento dos principais movimentos realizados pela articulação femorotibial. Em grande parte dos casos de lesões do LCA, os pacientes são submetidos à cirurgia reconstrutiva, necessitando de intervenção fisioterapêutica desde o primeiro dia de pós-operatório, com o objetivo imediato de minimizar a dor, mobilizar estruturas adjacentes e realizar movimentos cautelosos no intuito de não agravar ainda mais os comprometimentos acima citados. A reabilitação pós- operatória é de suma importância, pois ajuda diretamente na diminuição da dor e do derrame articular, no ganho de amplitude de movimento e força muscular, na reeducação proprioceptiva, no treino de suas habilidades específicas para o retorno às suas atividades, assim como na prevenção de articulações adjacentes, não permitindo a imobilização das mesmas. Tendo em vista os tipos de protocolos que foram descritos no trabalho, é importante ressaltar que, mesmo utilizando um protocolo acelerado, a reabilitação deve ser feita cautelosamente, respeitando cada estágio em que o paciente encontra-se, já que exercícios realizados de forma incorreta podem levar à recorrência da lesão. Vale ressaltar que, mesmo seguindo uma divisão ampla das fases de reabilitação, o paciente deve ser visto individualmente, e a evolução dos exercícios deve ser direcionada a partir da sua evolução no tratamento. Outro quesito importante, é o tipo de tratamento em que o paciente é submetido, ao ponto em que cada tipo de intervenção é direcionado a situações específicas. No caso de atletas, o tratamento conservador não é o mais propício, já que os mesmos necessitam de um retorno à prática esportiva, sendo estes indivíduos mais vulneráveis à reincidiva da lesão. Portanto, a técnica cirúrgica de reconstrução, sendo ela acompanhada de um protocolo de reabilitação bem elaborado, encaminha o paciente a um retorno rápido a suas atividades de vida diária e habilidades específicas, sendo esta uma proposta de intervenção segura nos casos de ruptura do ligamento cruzado anterior em atletas. 51 REFERÊNCIAS 1- Arliani G.G et al.Lesão do ligamento cruzado anterior: tratamento e reabilitação. Perspectivas e tendências atuais. Revista Brasileirade Ortopedia. v.47 n.2 p.191-96, 2012. 2- Bitun P.Bet al. Comparação dos enxertos para reconstrução anatômica do LCA: patelar versus semitendíneo/grácil. Revista Brasileira de Ortopedia. v.1 n.50 p.50–56, 2015. 3- Cardoso J.R et al. Atividade eletromiográfica dos músculos do joelho em indivíduos com reconstrução do ligamento cruzado anterior sob diferentes estímulos sensório-motores: relato de caso. Revista Fisioterapia e Pesquisa. v.15 n.1 p.78-85, 2008. 4- Floyd R. T. Manual de cinesiologia estrutural, Editora Manole, 16ª edição, p. 267, 2011. 5- Oliveira J.P&Fonseca F. Morbilidade da zona dadora após ligamentoplastia do LCA. Revista Medicina Desportiva informa. v.1n.3 p.31, 2012 6- Temponi E. F et al, Lesão parcial do ligamento cruzado anterior: diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia. v.5 n.1 p.9-15, 2015. 7- Johnson J.S et al. Gene Expression Differences Between Ruptured ACLs In Young Male And Female Subjects. The Journal Of Bone & Joint Surgery , Jbjs.Org. v. 97-A, n.1, 2015. 8- Holanda J. P. B et al. Inclinação tibial posterior como fator de risco para lesões dos ligamentos cruzados anterior e posterior do joelho. Revista Brasileira de Medicina. v.68.n.1 p.22-5, 2011. 9- Vasconcelos R. A et al. Análise de correlação entre pico de torque, desempenho funcional e frouxidão ligamentar em indivíduos normais e com reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista Brasileira de Ortopedia. v.44 n.2 p.134-142, 2009. 10- Astur D. C et al. Trens in treatment of anterior cruciate ligament injuries of the knee in the public and private healthcare systems of brazil. RevistaBrasileira deMedicina. v.131 n.4 p.257-263, 2013. 11- Stewien E. T. Met al. Lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho em população indígena do Estado da Amazonas, Brasil. Acta Ortopédica Brasileira. v.16 n.4 p.204-6, 2008. 52 12- Brito J, Soares J, Rebelo A. N. Prevenção de lesões do ligamento cruzado anterior em futebolistas: [revisão]. Revista Brasileira de Medicina. Esporte v.15 n.1 p.62-9, 2009. 13- Pereira M. et al. Tratamento fisioterapêutico após reconstrução do ligamento cruzado anterior. Acta Ortopédica Brasileira. v.6 n.20 p.372-5, 2012. 14- DANIELI, M. V, PADOVANI, C. R. Comparação entre parafuso de interferência e transcondilar na reconstrução do LCA. Acta OrtopédicaBrasileira. v.19, n.6, p.338-341, 2011. 15- Kupczik F. et al.Enxerto ideal para ligamento cruzado anterior: correlação em ressonânciamagnética entre LCA, isquiotibiais, tendão patelar e tendão quadríceps. Revista Brasileira de Ortopedia. v.5 n.48 p.441-7, 2013. 16- Ayala-Mejías J.D, García-Estrada G.A, Alcocer Pérez-España L. Lesiones del ligamento cruzado anterior. Acta Ortopédica Mexicana. v.28 n.1 p.56-67, 2014. 17- Dhillon M. S, Bali K, Prabhakar S. Proprioception in anterior cruciate ligament deficient knees and its relevance in anterior cruciate ligament reconstruction. Indian Journal of Orthopaedics. v.45 n.4 p.294-300, 2011. 18- Machotka, Z. et al. Anterior cruciate ligament repair with LARS (ligament advancedreinforcement system): A Systematic Review. Sports Medicine, Arthroscopy, Rehabilitation, Therapy& Technology. v.2 n.29 p.20-9, 2010. 19- Stapait, E. L.et al.Lesão do ligamento cruzado anterior e repercussões funcionais no membro inferior: uma revisão. Arquivo de Ciências da Saúde da UNIPAR. v.16 n.1 p.33-7, 2012. 20- TEMPONI, E.F; Lesão parcial do ligamento cruzado anterior: diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, vol. 50, n.1, Janeiro, 2015. 21- MÁRQUEZ, J.J.; ARABIA, J.M. Lesiones del ligamento cruzado anterior de larodilla IATREIA, v. 22 n. 3, 2009. 22- GALI, J.C. et al. Reconstrução Anatômica do Ligamento Cruzado Anterior com Dupla Banda:estudo prospectivo com seguimento de dois anos. Revista Brasileira de Ortopedia. v.46 n.1 p31-6, 2011. 23- Aglietti P. et al. Comparison between single-and double-bundle anterior cruciate ligament reconstruction: a prospective, randomized, single-blinded clinical trial. American Journal Sports Medicine. v.38 n1 p25-34, 2010. 53 24- Zanella L.A.Z. et al.Reconstrução anatômica do ligamento cruzado anterior do joelho: banda dupla ou banda simples?.Revista Brasileira de Ortopedia. v.47 n. 2 p.197-203, 2012. 25- Pádua V.B.C. et al.Estudo comparativo da reconstrução do LCA com o posicionamento anatômico dos túneis entre o tendão patelar e os tendões flexores. Revista Brasileira de Ortopedia. v.47 n.1 p50-6, 2012. 26- Villa S.D. et al. Clinical Outcomes and Return-to-Sports Participation of 50 Soccer Players After Anterior Cruciate Ligament Reconstruction Through a Sport-Specific Rehabilitation Protocol. SPORTS HEALTH. V.4 n.1 p.17-24, 2012. 27- Filho E.S. et al. Análise biomecânica da fixação tibial transversa na reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista brasileira ortopédica. V.50 n.2 p.174–179, 2015. 28- Almeida A. et al. Avaliação do resultado da reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior do joelho com enxerto dos tendões flexores. Revista brasileira ortopédica. v.45 n.4 p.404-8, 2010. 29- KISNER, C; COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. Editora Manole, São Paulo; 5ª Edição, 2009. 30- BOSSINO E.S, MESQUITA P.M. Reabilitação do ligamento cruzado anterior após reconstrução com enxerto do tendão patelar: revisão de literatura. Rev para. med, v. 25, n. 1, 2011. 31- Thiele E. et al. Protocolo de reabilitação acelerada após reconstrução de ligamento cruzado anterior - dados normativos. Rev. Col. Bras. v.36 n.6 p:504-508, 2009. 32- Micheo W, Hernandez L, Seda C. Evaluation, managment, rehabilitation and prevention ACL injury: current concepts. PMR. v.2 n.10 p.935-944, 2010. 33- Kruse L.M, Gray B, Wright R.W. Rehabilitation After Anterior Cruciate Ligament reconstruction: A Systematic Review. J Bone Joint Surg Am. v.94 n.19 p.1737-1748, 2012. 34- Dragicevic-Cvjetkovic D, et al. The Effects of Rehabilitation Protocol on Functional Recovery After Anterior Cruciate Ligament Reconstruction. Med Arh. v.68 n.5 p.350-352, 2014. 35- Borin G. et al. Controle postural em pacientes com lesão do ligamento cruzado anterior. Fisioterapia e Pesquisa. v.17 n.4 p.342-5, 2010 36- Leporace G. et al. Coordenação motora durante a marcha após lesões no ligamento cruzado anterior: uma revisão sistemática da literatura. Revista brasileira ortopédica. v.48 n.4 p.293-299, 2013. 54 37- Cossich V. et al. Déficit proprioceptivo em indivíduos com ruptura unilateral do ligamento cruzado anterior após a avaliação ativa do senso de posição articular. Revista brasileira ortopédica. v.49 n.6 p.607–612, 2014. 38- Artioli D.P. et al. Teste de controle neuromuscular em indivíduos submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior e em tratamento fisioterapêutico avançado. Revista Brasileira Clinica Medica. v9, n4, p269-73, 2011. 39- Bonfim T.R. et al. Efeito de informação sensorial adicional na propriocepção e equilíbrio de indivíduos com lesão do LCA. Acta Ortopédica Brasileira. v.17 n.5 p.291-6, 2009. 40- Bezerra et al. Déficit bilateral de força pós-reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista Brasileira Cineantropométrica Desempenho Hum. v.14, n.1 p.93-100, 2012. 41- Marchetti P.H. et al. Desempenho dos membros inferiores após reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista Motriz. v.18 n.3 p.441-448, 2012. 42- Gois M.O. et al. Influência de exercício resistido com ênfase em contrações específicas (concêntrica vs excêntrica) sobre a força muscular e a modulação autonômica pós-esforço: ensaio clínico randomizado. Braz J Phys Ther. V.18 n.1 p.30-37, 2014.
Compartilhar