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RESUMO AV1 HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - AV1
PORTUGAL
Guerra da Reconquista -> é a designação historiográfica para o movimento ibérico cristão com início no século VIII que visava à recuperação dos Ibéricos cristãos das terras perdidas para os invasores árabes durante a invasão muçulmana da península Ibérica (primeiro país a centralizar o poder após o feudalismo).
A Revolução de Avis -> Durante o período de grande crise do século XIV, as rotas terrestres entre a França e os Flandres tiveram que ser fechadas, na tentativa de se evitar a propagação das guerras constantes do período e da peste bubônica.  Assim, Portugal tornou-se passagem obrigatória no caminho que levava do Mar Mediterrâneo ao Mar do Norte e vice-versa. Essa posição privilegiada impulsionou grandemente o crescimento econômico da burguesia mercantil portuguesa.  Entretanto, se por um lado a crise beneficiava a burguesia, por outro dizimava a população rural. Esta última sofria diretamente com as guerras e com a peste. Quem não sucumbia a alguma dessas duas adversidades, ou revoltava-se ou migrava para as cidades. O êxodo rural tornou-se imenso e, para freá-lo, o rei lusitano Afonso IV proclamou a Lei das Sesmarias. De acordo com essa legislação, os proprietários de terras não cultivadas perdiam o direito a elas. Ou seja, a lei fazia com que os latifundiários se vissem na obrigação de impedir a migração dos camponeses, garantindo assim a produtividade das terras e, portanto, sua manutenção. Tal medida, que prejudicava a nobreza proprietária favorecia claramente a burguesia, mostrando sua influência junto ao rei. Portanto, o momento era, em todos os sentidos, bastante próspero para a classe burguesa, que usufruía de um período de ascensão em meio à crise geral. Após uma batalha pelo trono, iniciou-se a dinastia de Avis em Portugal, que seria marcada pela consolidação da aliança real com a burguesia, o que possibilitou uma centralização monárquica até então inédita na história do país (1º estado moderno: instituições nacionais, língua nacional, moeda nacional, leis nacionais e fronteiras bem delimitadas). Tal centralização levaria a um grande crescimento e faria de Portugal a primeira nação europeia a expandir seus limites para territórios extracontinentais, através das conquistas coloniais ultramarinas.
Ordenações Afonsinas (iniciado em 1835, porém posto em prática apenas no reinado do rei Afonso V) -> primeira grande codificação do direito português. Era dividido em cinco livros que tratavam do regimento dos cargos públicos, do direito eclesiástico, dos processos civis, do direito civil e do direito penal. 
- Possuía forte influência do pensamento religioso.
- Crime = pecado.
- Não existia proporcionalidade entre crime e pena (a mais comum era a pena de morte).
- Penas com caráter exemplar (intimidar). 
- Não havia noção de igualdade jurídica (“não crime” -> justificação de crime por circunstância). 
- Penas: cruel (morte com tortura), atroz (bem confiscado), natural (enforcamento), civil (perda do direito, infâmia transmitida aos descentes). 
Expansão marítima (1415) -> Após a deflagração da Revolução de Avis, Portugal passou por um processo de mudanças que favoreceram a ascendência das atividades comerciais de sua burguesia mercantil. A prosperidade material alcançada por meio desse conjunto de medidas ofereceu condições para o investimento em novas empreitadas mercantis. Nesse período, as principais rotas comerciais estavam voltadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e Índia) e as nações mercantilistas europeias. Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada pelos muçulmanos que, via Mar Mediterrâneo, introduziam as especiarias orientais na Europa. Pelas vias terrestres, os comerciantes italianos monopolizavam a entrada de produtos orientais no continente. Buscando se livrar dos altos preços cobrados por esses intermediários e almejando maiores lucros, a burguesia tenta consolidar novas rotas marítimas que fizessem o contato direto com os comerciantes orientais.
Tratado de Tordesilhas (1494) -> presumia a existência do Brasil antes de ser descoberto.
BRASIL
Período pré-colonial -> ocupação lenta e gradual. A urgência em obter lucro com a exploração mercantilista deixou o Brasil em segundo plano nos projetos econômicos do Estado Português, na época, bem mais preocupado em consolidar pontos comerciais na África e na Ásia. Paralelamente, a ausência de metais preciosos ou outros produtos de interesse no mercado europeu também inviabilizou a exploração imediata do território. Os altos investimentos exigidos para o desenvolvimento de atividades exploratórias e o pequeno contingente populacional fizeram com que as expedições portuguesas se limitassem à investigação dos territórios, a coleta de recursos naturais e o combate aos contrabandistas estrangeiros. Em 1501, confirma-se a existência de pau-brasil. 
Capitanias Hereditárias (1534-1759) -> território dividido em 15 faixas de terra e entregue a donatários que deveriam estimular a economia. As cartas de doação indicavam as condições para a posse, as dimensões das capitanias e sua hereditariedade. O foral indicava os direitos e deveres dos donatários. Esses documentos foram os primeiros criados especificamente para o Brasil. 
Início do Período Colonial -> No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil. A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase. (plantation). 
O sistema colonial da Era Mercantilista -> A metrópole retirava da colônia gêneros tropicais, matérias-primas e pedras preciosas e a metrópole vendia para a colônia produtos manufaturados e escravos. 
Governo Geral (1548) -> A função dos donatários passou a ser coordenada por um representante direto da Coroa portuguesa. Mesmo que centralizadora essa experiência não determinou que o governador cumprisse todas essas tarefas por si só. De tal modo, o governo-geral trouxe a criação de novos cargos administrativos. O ouvidor-mor, por exemplo, era o funcionário responsável pela resolução de todos os problemas de natureza judiciária e o cumprimento das leis vigentes. Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
União ibérica -> foi a unidade política que regeu a península ibérica de 1580 a 1640, resultado da união dinástica entre as monarquias de Portugal e de Espanha após a Guerra da Sucessão Portuguesa. Foi no período da União Ibérica também que houve as invasões de outros países no Brasil, como Holanda e França; tendo a primeira maior sucesso que a segunda. Isso ocorreu principalmente porque essas nações, que antes mantinham uma relação amistosa com Portugal, confrontaram-se diretamente com a Espanha. Entre os motivos, podemos citar dois: um de ordem econômica, o controle do comércio de açúcar e da extração de metais; e o outro de ordem religiosa, a Espanha era católica enquanto a Holanda e parte dos franceses haviam aderido ao protestantismo. O período conhecido como “Brasil Holandês” (1630-1654), em que vigorou uma sofisticada administração holandesa em parte da costa nordeste brasileira, ocorreu exatamente nesse contexto. Uma das consequências da União Ibérica para o Brasil foi a interiorização (bandeirantes). 
O Ciclo do Ouro (1697) -> A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa)e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa. Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população. As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole.
 
Corte Portuguesa no Brasil (1808) -> No século XIX, Napoleão Bonaparte tornou-se soberano do império da França. Seu objetivo era apoderar-se de toda a Europa. Para alcançar tal intento, devassou o exército de diversos países, porém o mesmo não conseguiu com as forças militares e navais da Inglaterra. Para enfrentá-los, Napoleão decretou o Bloqueio Continental - determinação que vetava os países da Europa de negociar com a Inglaterra. Portugal e Inglaterra eram velhos cúmplices, o que deixou Dom João em uma posição delicadíssima. A situação dele não era nada fácil, o que fazer? Ir contra Napoleão e correr o risco de uma invasão francesa ou esperar para ver a Inglaterra invadir o Brasil? Nem uma nem outra atitude era fácil para D. João. A saída encontrada, em conluio com os ingleses, foi a mudança da comitiva portuguesa para o Brasil. Após a chegada da linhagem real, Dom João passou alguns dias em Salvador, quando tomou duas decisões que deram uma injeção de ânimo na economia brasileira (carta régia de 1808): determinou a abertura dos portos aos países amistosos e a autorização para a instalação de indústrias (revogação do alvará de 1785), antes coibida por Portugal. 
Tratados de 1810 -> Aliança e amizade (extinção do tráfico negreiro) e Comércio e Navegação (novas tarifas alfandegárias que favoreciam a Inglaterra).
Congresso de Viena (1815) -> Brasil é elevado a Reino Unido de Portugal. 
Revolução Liberal do Porto (1820) -> Acontece em Portugal (comerciantes). Obrigam D. João XVI a voltar para Portugal e deixar seu filho, D. Pedro I, no poder. 
Iluminismo -> Oposição ao fanatismo religioso e ao absolutismo. Uso da razão. Incentivo ao progresso. Universalização do acesso à escola. Tripartição dos poderes. DEMOCRACIA. Constituição (direitos essenciais do homem).
Constituição de 1824 -> PODER MODERADOR (absolutismo constitucionalizado). Voto censitário. 
- O Brasil seguiria o regime político monárquico, sendo que o poder seria transmitido de forma hereditária.
 - O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro.
 - Voto censitário, ou seja, para poder votar e se candidatar a pessoa deveria comprovar determinada renda.
 - Estabeleceu os quatro poderes: executivo, legislativo (Assembleia Geral. O imperador podia dissolvê-la ou convocar novas eleições para renová-la e sancionar e vetar as decisões da câmara e do senado), judiciário (membros do STJ eram escolhidos pelo imperador) e moderador (pessoal e exclusivo do imperador). 
 - Estabeleceu a Igreja Católica como religião oficial do Brasil. A Igreja ficou subordinada ao Estado.
 - Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
 - Poder executivo exercido pelo imperador e ministros de Estado.
 - Deputados e senadores seriam os responsáveis pela elaboração das leis do país, que seriam executadas pelo poder executivo.
 - Manutenção da divisão territorial nacional em províncias.
 - O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos.
- Estabelecimento de garantias e direitos individuais.
- Humanização da pena de morte -> morte exclusivamente na forca (exceto aos escravos). 
- Ordenações Filipinas -> compilação jurídica que resultou da reforma do código manuelino. Prorrogou a parte penal até que o código criminal do império e o código civil ficassem prontos.
1º Reinado -> D. Pedro I. Período conturbado econômica e politicamente.
 Código Penal do Império de 1830
- Revogou o livro V das Ordenações Filipinas (avanço jurídico).
- Eram inimputáveis: menos de 14 anos (maioridade penal), loucos de qualquer gênero, pessoas que cometessem crimes por força ou medo irresistível. 
- Não existia distinção entre furto e roubo.
- Só era crime se fosse doloso. 
- Crimes sexuais: estupro (dependendo do tipo da mulher estuprada) e defloração (retirar a virgindade da mulher sem o consentimento do pai). 
- Crime de adultério: para o homem, só era crime se sustentasse a amante. 
- Princípio da legalidade -> não há crime sem uma lei anterior que o qualifique. 
- Processo Criminal: O acusado tem direito a defesa e é inocente até que se prove o contrário. 
Período Regencial -> Ameaça da unidade territorial e polêmica entre centralização e descentralização. 
- Ato Adicional de 1834 -> Assembleias Provinciais e Regência Una. 
- Guarda Nacional -> milícia civil formada por coronéis com objetivo de manter a ordem interna e combater as “classes perigosas”. Ao longo do tempo, todos os fazendeiros montaram exércitos de jagunços para exercer poder local (voto de cabresto).
Golpe da Maioridade -> antecipa-se a maioridade de D. Pedro II para combater a crise. 
2º Reinado 
- Consolidação: café (1840-50)
- Apogeu: modernização econômica de Mauá (1850-70)
- Crise: abolição da escravidão (1870-89)
- Lei de Terras (1850) -> regulamenta a propriedade de terras desocupadas.
- Código Comercial -> regulamenta as relações comerciais. 
- Reforma Eleitoral de 1881 (Lei Saraiva) -> voto direto, título de eleitor, direito a voto para não católicos, brasileiros naturalizados e libertos. 
 Leis Abolicionistas
- Lei Feijó (1831) -> proíbe o tráfico negreiro (fachada)
- Bill Aberdeen (1845) -> retaliação da Inglaterra. Tráfico negreiro = pirataria. 
- Lei Eusébio de Queiroz (1850) -> proibição REAL do tráfico negreiro. Gera crescimento econômico com o dinheiro não mais investido em tráfico de escravos. 
- Lei do Ventre Livre (1871) -> Escravidão não compatível com a modernização econômica (escravo era mais caro que o trabalhador assalariado e menos produtivo e não consumia). Após a Guerra do Paraguai, soldados negros retornam livres e militares prestam solidariedade. Resultado: PRESSÃO INTERNA PELA ABOLIÇÃO.
- Lei dos sexagenários (1885) -> 65+ são livres.
- Lei Áurea (1888) -> abolição.

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