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Nova relevancia para um fenomeno antigo

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INFORMAÇÃO: nova relevância para um fenômeno antigo
A informação é um insumo fundamental para vários campos do saber e também para vida cotidiana. Sem informação, torna-se impossível elaborar diversas atividades. Sob o aspecto da Biblioteconomia, a informação útil para a tomada de decisão se constitui no próprio objetivo.
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Podemos dizer então, que a informação constitui-se em dados trabalhados, processados, ao qual pretendem atingir determinado propósito. Já a comunicação trata do processo de transmissão da informação entre os agentes envolvidos (emissor e receptor da mensagem).
Nesse sentido, o conceito de informação estaria intimamente relacionado com o conceito de comunicação. Uma relação próxima, caracterizada por interdependência, ou seja, não há informação se essa não for comunicada adequadamente.
Comunicar uma informação adequadamente significa perceber que o destinatário da informação entendeu a mensagem com a mesma fidelidade que o emissor o fez quando da sua geração. O modo, pelo qual, o destinatário da informação entende o que está sendo transmitido está ligado ao aspecto semântico da informação.
TEORIA DA INFORMAÇÃO E TEORIA DA COMUNICAÇÃO 
A Teoria da Informação e a Teoria da Comunicação possuem uma relação estreita e confundem-se entre si. A Teoria Matemática da Comunicação, de Shannon e Weaver, conhecida como “Teoria da Informação”, a qual foi apresentada em 1948 e publicada em 1949, é conhecida como a primeira teoria que enunciou um conceito científico para a “informação”. 
Ela foi formulada como uma teoria matemática destinada a auxiliar na solução de certos problemas de otimização do custo de transmissão de sinais.
Esses autores reconhecem que as questões relativas à comunicação envolvem três níveis de problemas. O primeiro trata dos problemas técnicos relativos ao transporte físico e a materialidade que compõe a informação. 
O segundo nível refere-se aos problemas semânticos que se relacionam com a atribuição de significado. E o terceiro nível é o pragmático que se relaciona com a eficácia.
Percebe-se, pelo apresentado até o momento, que a base da Teoria da Comunicação é matemática e com isso viabiliza-se a transmissão de informações. A Teoria da Informação preocupa-se em atender as necessidades de capacitar o sistema de transmissão de informações para transmitir a máxima quantidade, em menor tempo e com a máxima fidelidade.
Sendo assim, percebe-se a complementaridade que existe entre as duas teorias. Há uma relação íntima que se desenrola sob um enfoque sistêmico de interdependência e interação. Nesse contexto, destaca-se também que a teoria da informação e da comunicação pode ser aplicada aos mais diversos ramos do conhecimento.
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FENÔMENO DA INFORMAÇÃO 
Concebemos a informação como o objeto de estudo da Ciência da Informação, assim como o próprio nome já enuncia. Seu objeto de estudo é um fenômeno dinâmico, e de caráter mutável, e que no ponto de vista de Freire (2006) perpassa todas as atividades humanas e alimenta todos os campos do conhecimento, estando assim sempre sob a influência dos diversos códigos culturais, fato esse que dificulta uma definição universal para tal fenômeno, tornando-o um termo polissêmico ou no dizer Le Coadic (2004) “de transparência enganosa”.
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Condições para existência da informação:
Emissor
Canais
Receptor
Pinheiro (2004) nos alerta para o fato de não haver “concordância clara sobre o significado da palavra informação, particularmente se implica no ato criativo do intelecto ou uma ‘comodity’ que pode ser incorporada a um documento, transportada e intercambiada” (PINHEIRO, 2004).
Da informação ao conhecimento podemos identificar que existem vários tipos de atividades envolvidas tais como: aquisição; processamento material ou físico; processamento intelectual; transmissão; utilização; e assimilação. Todos os processos, fontes e estados interagem constantemente e são interdependentes (PINHEIRO, 2004).
Como abordado anteriormente, o fenômeno da informação foi se tornando mais presente na vida de toda sociedade moderna e contemporânea, sua área de ação e atuação foi crescendo cada vez mais, até sua identificação com a sociedade contemporânea qualificada como sociedade da informação (FREIRE, 2006). Mas, qual “informação” é essa de que tanto falamos? Se ela é tão imprescindível e pode estar presente em todos os lugares, suportes e contextos, por que classifica-la como o objetivo de uma única ciência?
A questão em destaque é que a informação é identificada como objeto de estudo de vários campos de conhecimento e, por conseguinte, as questões abordadas na Ciência da Informação têm sido também objeto de muitas disciplinas fragmentadas (WERSIG, 1993). 
Pois, ao considerarmos a informação como objeto multifacetado, reconhecemos também sua complexidade constitutiva no espaço dos diversos campos do conhecimento, que nos direciona a uma reflexão acerca da delimitação do objeto de estudo da CI no âmbito interdisciplinar.
Para Pinheiro (2004), a informação que interessa à Ciência da Informação pode estar presente no diálogo entre cientistas, na comunicação informal, na inovação para a indústria, na patente, na fotografia ou no objeto, no registro magnético de uma base de dados ou na biblioteca virtual ou repositório, com a tarefa processar todas as fases dessa informação para transformá-la em conhecimento.
o conceito de informação, em sua perspectiva social, perpassa pelas seguintes condições básicas:
 
Ambiente social - Contexto que possibilita a comunicação de informação. Esse ambiente se caracteriza sempre pela existência de uma possibilidade de comunicação. Ele decorre do impulso primeiro, arquétipico que nos levou como espécie à necessidade de materializar o pensamento em uma mensagem dirigida a um semelhante, um movimento primordial de transmissão da informação;
Agentes - No processo de comunicação, os agentes são o emissor, aquele que produz a informação, e o receptor, o que recebe a informação. Os agentes emissores são responsáveis pela existência dos estoques de informação, em um processo contínuo em que as funções produção e transferência se alternam, ou seja, o receptor de hoje poderá ser um produtor da informação amanhã;
Canais - Os canais estão relacionados aos meios por onde as informações circulam. Os agentes produtores de informação escolhem os canais mais adequados para circulação da sua informação, que podem utilizar-se de meios impressos, como jornais, revistas, periódicos científicos, livros, além de rádio, televisão, Internet, congressos, feiras e outros tipos de eventos científicos e comerciais.

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