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cultura brasileira RESUMO COM EXERCICIOS

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CULTURA BRASILEIRA
Por que estudar a Cultura Brasileira através desta disciplina?
Por permitir a compreensão da história de nossa cultura e o papel dos indivíduos na construção de nossa sociedade. 
Quais os principais objetivos do curso?
• São dois...
• Propiciar o conhecimento de matrizes fundadoras das explicações do Brasil.
• Compreender o papel da cultura na construção da sociedade brasileira e de promoção do país no contexto mundial.
Como este conteúdo pode contribuir para a sua formação?
• Ele contribuirá para a melhor compreensão do Brasil contemporâneo, de noções de cidadania e, consequentemente, ensejará uma visão mais crítica da realidade e um compromisso ético de sua profissão.
Além de problematizar a questão da identidade cultural brasileira, assim como, caracterizar a cultura e as identidades nacionais num contexto da Globalização e do Multiculturalismo.
TEMAS - Os temas a serem abordados pela disciplina sempre estarão voltados para uma consciência histórico-cultural indispensável à construção do conhecimento e de um senso crítico fundamentais à formação de qualquer profissional. 
CONCEITO -
Serão trabalhados quatro conceitos:
Cultura e Identidade nacional brasileira (numa perspectiva histórica).
Globalização e multiculturalismo (levando em consideração seus efeitos sobre a cultura).
Unidades - 
O conteúdo programático foi estruturado em três unidades.
Primeira -Abordará além do conceito de Cultura, conceitos fundamentais para a sua compreensão. 
Segunda -Se ocupará, especialmente, das tentativas de interpretações da sociedade brasileira e da construção da identidade cultural. 
Terceira - Tratará do projeto de globalização, seus efeitos e desafios à cultura.
Compreender cultura como algo construído pelos indivíduos, na sua diversidade e sua relação com a história da humanidade, também é compreender a si mesmo como sujeito histórico e consciente.
Tal conhecimento permite uma visão mais crítica da realidade não só brasileira, mas global.
Papel da cultura - Nunca é demais reiterar a importância do papel da Cultura na construção das sociedades modernas. Para se compreender essa relação no caso da sociedade brasileira, partiremos das matrizes fundadoras das explicações do Brasil.
O histórico da cultura - Os principais teóricos brasileiros em cultura, a partir dos anos 1930, deixaram de tentar responder quem eram os brasileiros e passaram a querer entender: o porquê do Brasil ser pobre, qual a razão de seu atraso social, cultural e econômico. Além disso, houve uma mudança no pensamento da elite cultural brasileira.
Essa disciplina será traduzida em conteúdo amplo, por meio de aulas expositivas que certamente contribuirão para a compreensão das noções de cidadania, identidade cultural, memória coletiva e sua importância para a construção da democracia e do futuro do país inserido em um sistema global e multicultural.
Todo processo de ensino aprendizado quando há empenho de todos se torna mais produtivo.
A educação é um processo de construção de conhecimento que deve estimular a criação de ideias e a sensibilidade para problemas recorrentes nas vidas de cada indivíduo. Alunos e professor são parceiros nesse processo numa relação amigável, consciente e criativa. 
Papel do aluno - Além da leitura que mencionamos, a participação em fóruns e chats propostos também é importante, pois o debate estimula a criação de ideias e ajuda na compreensão das questões mais complexas.
Sabemos que os estudos universitários exigem esforços ordenados e que é fundamental fazer anotações tanto das leituras quanto das falas de colegas e, sobretudo do professor 
para que estas sirvam como recurso auxiliar das leituras e reflexões que fortalecerão a aprendizagem e enriquecer as aulas.
Também sabemos que não se aprende para um uso futuro somente, por isso é importante ir se autoavaliando e incorporando a aprendizagem no dia a dia.
Aprender é um processo de superação de ideias preconcebidas, preconceituosas, estereotipadas e egocêntricas que devem ser modificadas à medida que se forma um senso crítico construído no processo de conhecimento. Isso dará lugar a ideias claras, inteligentes, formuladas com sensibilidade crítica, com a ajuda dos estudos sistemáticos.
Atividades - A naturalização serve para imprimir estereótipos, preconceitos e diferenças de direitos entre os indivíduos. 
Este exercício visa a uma reflexão histórica e cultural sobre a situação exemplificada e sua superação. 
Avaliação - Contudo, é possível admitir que há situações em que se pode melhor captar a efetivação dos objetivos, que são aqueles da intervenção direta (exercícios, participações em fóruns e chats, tarefas realizadas). Esses, serão registrados constantemente.
AULA ON LINE 1
Definições usuais para Cultura
Modo de vida global de um grupo, expresso nas atividades sociais, linguagem, arte e trabalho intelectual;
Ordem global social de grupos ligada à perspectiva dos estilos de arte e trabalho intelectual.
Visão Sociológica da Cultura
«conjunto de costumes, práticas, comportamentos que são adquiridos e transmitidos socialmente de geração em geração: "cultura asteca", "cultura inca", "cultura greco-latina", "cultura latino-americana", "cultura ocidental"» 
Pensando a partir da antropologia
A antropologia se desenvolve no século XV, quando as fronteiras do Velho mundo se ampliam e o contato com o “Novo Mundo” se intensifica.
Nos Séculos XV e XVI, as notícias sobre os povos distantes passam a ser produzidas com duas ideologias concorrentes, a que manifestava uma recusa pelo estranho e a outra uma fascinação.
A tentativa de se explicar o outro
Neste contexto o conceito de “outros” surge como algo fundamental na tentativa de se compreender o que pensava, como vivia e a que lugar pertencia este outro. 
Antropologia - primitivo X civilizado
Ser antropólogo era distanciar-se das sociedades consideradas “civilizadas” e mergulhar em sociedades “primitivas” ou simples.
Visão revisada da antropológica sobre cultura
Polissêmica
O conceito de cultura é uma forma de pensarmos a diferença entre os homens. De falar das diferenças em todos os planos. 
Todo e qualquer conceito de cultura surge a partir de uma determinada cultura. Desta forma, se temos inúmeras definições para o conceito de cultura, é porque há inúmeras culturas.
A expressão indústria cultural foi utilizada pela primeira vez pelos teóricos da Escola de Frankfurt Theodor Adorno e Max Horkheimer no livro Dialética do Esclarecimento.
O conceito foi criado para definir o modo como a cultura se transformou em mercadoria se massificando, patronizando gostos e produzindo ilusões através do entretenimento vazio.
Exercícios aula 1
Entre as alternativas abaixo, marque a que não se relaciona com os objetivos da aprendizagem da disciplina Cultura Brasileira. Definir e problematizar o sentido do folclore. 
Marque entre as alternativas abaixo aquela que não justifica a importância dos estudos dessa disciplina para a formação do aluno: Saber mais sobre a miscigenação do povo brasileiro, iniciada no século XIX, após a Independência. 
Entre os objetivos da disciplina Cultura Brasileira, não podemos apontar: Compreender cultura como educação formal, algo pronto e externo aos indivíduos, que se reconhecerão como sujeitos produzidos pela natureza. 
Sobre a disciplina Cultura Brasileira é incorreto afirmar que: O estudo dessa disciplina não ajuda na compreensão do Brasil contemporâneo e do conceito de cidadania. 
A "Cultura Brasileira",como já pudemos perceber ela tece uma rede complexa de conhecimentos, atrav és da sociologia, da história, da política e da literatura, assim, é uma disciplina que por suas próprias características envolve nossa formação profissional Qual seria a razão? Através de processos educativos estaremos formando cidadãos críticos 
Marque a alternativa incorreta: Para compreender a CULTURA BRASILEIRA é necessário: Compreender a realidade brasileira objetivamente 
AULA 2
É certo que a Cultura
é uma preocupação contemporânea, muito presente nos tempos atuais. Além disso, é uma forma de entender os diversos caminhos que conduziram os grupos humanos a suas relações presentes e suas perspectivas de futuro. 
Vinda do verbo latino colere (cultivar, criar, tomar conta e cuidar), Cultura teve como significado: 
1) o cuidado humano com a Natureza, neste caso, a agricultura; 
2) o cuidado dos homens com os deuses, entenda-se: culto;
3) o cuidado com a alma e com o corpo das crianças, ou seja, puericultura (puer, do latim, que significa menino). 
A cultura era a educação do espírito das crianças para tornarem-se membros excelentes e virtuosos da sociedade pelo refinamento e aperfeiçoamento das qualidades naturais, como o caráter, a índole e o temperamento sem excessos. 
No século XVIII, passa-se a entender por cultura os resultados da formação ou educação dos seres humanos. 
Resultados esses observados em obras realizadas, feitos, ações e instituições, tais como as artes, as ciências, a Filosofia, os ofícios, a religião e o Estado. Torna-se, a Cultura, portanto, sinônimo de civilização. 
Os pensadores, dessa época, entendiam que o resultado dessa formação educação se manifesta muito claramente na vida social e política ou na vida civil (do latim, cives, cidadão; civitas, a cidade-Estado). 
Desta forma, Cultura seria o aprimoramento da natureza humana pela educação em sentido amplo.
No século XIX, observa-se uma atenção dirigida a formas sistemáticas de se estudar as culturas humanas, de se discutir sobre elas. Esses estudos se intensificaram na medida em que se aceleravam os contatos, nem sempre pacíficos, entre povos e nações. 
As reflexões em torno da cultura se voltaram tanto para compreensão das sociedades modernas e industriais quanto das que iam desaparecendo ou perdendo suas características originais em virtude daqueles contatos. 
É bom frisar que toda essa preocupação NÃO produziu uma definição clara e unânime do que seria cultura e isso mostra a dificuldade de conceituá-la. Hoje, pode-se elencar algumas concepções de cultura, para evidenciar sua complexidade. 
2 CONCEPÇÕES DE CULTURA
A primeira concepção, nos remete a todos os aspectos de uma realidade social. Embora ela seja mais genérica, é mais usual quando se fala de povos e de realidades sociais bem diferentes das nossas, com os quais partilhamos de poucas características em comum.
Na segunda concepção básica de cultura, observa-se também a referência à totalidade de características de uma realidade social, já que não se pode falar em conhecimento, ideias, crenças sem pensar na sociedade à qual se referem. Essa concepção diz respeito a uma esfera, a um domínio, da vida social.
cultura como sendo um nível de desenvolvimento alcançado pela sociedade na instrução, na ciência, na literatura, na arte, na filosofia, na moral, etc.
Segundo os especialistas em Estudos Culturais, as identidades culturais dizem respeito àqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso “pertencimento” a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais. 
Vários são os exemplos, não só no Brasil, que associam a identidade nacional à cultura popular, por isso, pode-se dizer que a relação entre nacional e popular se manifesta no interior de um quadro mais amplo, isto é, o Estado. 
Se for verdade que esta relação integra o quadro mais abrangente do Estado, é necessário saber que tipo de relação é esta. Para tanto, é necessário que se tenha a compreensão da noção de memória, pois para responder a essa questão, é preciso lançar mão da ideia de memória, e de aproximar a problemática da cultura popular do Estado. A memória coletiva popular deve se transformar em vivência, pois somente dessa forma fica assegurada a sua permanência através das representações.
O exemplo de memória coletiva (o candomblé) mostra a necessidade de a tradição se manifestar enquanto vivência de um grupo social restrito, a memória nacional se mostra em outro plano, visto que está vinculada à história e, assim sendo, pertence à esfera da ideologia. 
O etnocentrismo consiste em julgar, a partir de padrões culturais próprios, como "certo" ou "errado", "feio" ou "bonito", "normal" ou "anormal" os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade. 
Assim, percebemos como o etnocentrismo se relaciona com o conceito de estereótipo. Os estereótipos são uma maneira de biologizar as características de um grupo. 
O estereótipo funciona como um carimbo que alimenta os preconceitos ao definir a priori quem são e como são as pessoas. Sendo assim, o etnocentrismo se aproxima também do preconceito.
O estereótipo funciona como um carimbo que alimenta os preconceitos ao definir a priori quem são e como são as pessoas. Sendo assim, o etnocentrismo se aproxima também do preconceito.
O caráter dinâmico da cultura é extremamente relevante, pois muitas vezes a cultura é associada à ideia de "tradição", quando na verdade foi pensada como algo imutável, que tenderia a se reproduzir sem perder suas características. 
A dinâmica cultural está diretamente relacionada à diversidade cultural existente em nossa sociedade. Esta se confunde muitas vezes com a desigualdade social – que deve ser combatida – e com um universo de preconceitos – que devem ser superados. 
Relativismo Cultural - Seria pertinente salientar que o mais correto politicamente é se pensar na possibilidade de um verdadeiro relativismo cultural cujo princípio afirma que todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais em valor, e que os aspectos característicos de cada um têm de ser avaliados e explicados dentro do contexto do sistema em que aparecem, por um lado; por outro, entender e interiorizar o diferente como um sujeito igual em direitos e oportunidades.
VIDEO AULA 2 
A multiplicidade do conceito cultura, especialmente para a antropologia.
Diferenças culturais e o estranhamento
Desde a antiguidade foram comuns as tentativas de explicar as diferenças comportamentais da humanidade a partir da associação com os ambientes físicos, clima ou região do planeta.
Etnocentrismo 
“Etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.” 
O julgamento sem defesa!
Julga-se de forma moral, religiosa e social outras comunidades, e suas diferenças são consideradas anomalias.
Charles Darwin (1809-1882) em 1859, escreveu o livro A Origem das Espécies. Início da concepção evolucionista.
Refere-se a uma teoria que admite a transformação progressiva das espécies.
Teoria da Seleção Natural 
a população é a unidade evolutiva;
nas populações, os indivíduos apresentam variabilidade nas suas características;
o ambiente atua sobre as populações exercendo seleção natural – os indivíduos mais aptos têm mais probabilidade de sobreviver;
os indivíduos mais aptos têm um maior sucesso reprodutor, logo maior número de descendentes.
O determinismo foi utilizado, como sistema explicativo do universo, a partir da Idade Moderna, em especial para a determinação das leis que governam os fenômenos naturais. 
O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. Estas teorias, relacionam a latitude com os centro de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.
Determinismo Geográfico
Será que tudo é tão simples assim?
Como explicar as variações culturais no mesmo ambiente físico? Como os lapões e esquimós do ártico!
A cultura arquiteta os indivíduos e os corpos
As técnicas do corpo de Marcel Mauss
O corpo para Marcel Mauss é necessariamente uma construção simbólica e cultural, para ele, toda sociedade se utiliza de formas para marcar o corpo de seus membros. Por isso, os limites da dor, da excitabilidade, da resistência são diferentes em cada cultura.
Portanto...
Não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura.
Exercícios aula 2
O conceito de Cultura no século XVIII era entendido como o resultado da formação ou educação formal (escolaridade) dos seres humanos. Ela englobaria diversos aspectos, como artes, ciências, Filosofia, ofícios, religião. Neste sentido a cultura seria sinônim de: grau de civilidade, de cidadania e vida cultural 
(Uel 2011) -  No dia 16 de junho de 2010, o Senado brasileiro aprovou o Estatuto da Igualdade Racial. Os senadores [...] suprimiram do texto o termo "fortalecer a identidade negra", sob o argumento de que não existe no país uma identidade negra [...]. "O que existe é uma identidade brasileira. Apesar de existentes, o preconceito e a discriminação não serviram para impedir a formação de uma sociedade plural, diversa e miscigenada", defende o relatório de Demóstenes Torres. (Folha.com. Cotidiano, 16 jun. 2010. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2010.) As identidades nacionais são construídas socialmente, com base nas relações de força desenvolvidas entre os grupos, com a tendência comum de eleger, como universais, as características dos dominantes. 
Trata-se de uma corrente de pensamento ou doutrina que tem como objetivo entender as diferenças culturais , como também estudar as causas de tais diferenças. Relativismo 
A formação da Identidade nacional de um povo : Encontra em elementos simbólicos, na literatura e em outras manifestações artísticas elementos potentes para o reconhecimento dos membros de um Estado-Nação 
Vinda do verbo latino colere (cultivar, criar, tomar conta e cuidar). Cultura teve diversos significados. Indique aquele INCORRETO: Erudição 
Erudição é uma instrução vasta e variada, adquirida sobretudo pela leitura e pelo estudo, nomeada e direcionada a um conhecimento de cunho acadêmico. 
O colonizador, em razão do seu domínio, impôs ao Brasil os padrões socioculturais europeus. Além disso, desprezou ao máximo os legados do índio e do negro, considerando-os contribuições de classes inferiores. Esse comportamento pode ser classificado como: etnocentrismo 
AULA 3
O vocábulo erudito vem do latim erudítus, aquele “que obteve instrução, conhecedor, sábio”.
A palavra popular, também tem origem no latim populare, 
significa “de ou do próprio povo”
Os conceitos popular e o erudito são tomados como opostos. Tradicionalmente, esses termos são carregados de ideologias. 
O popular e o erudito no modernismo brasileiro
Na visão dos modernistas, somente a arte que integrasse a cultura erudita e a popular poderia representar o Brasil. 
O que os modernistas pretendiam era reformular a visão de cultura até então vigente, integrando as duas culturas, para unificá-las em uma só: a cultura brasileira. 
Essa visão de cultura popular modificou-se nos anos 60 do século XX, durante o regime militar, por aqueles que organizaram o movimento de contestação de caráter social e cultural chamado Contracultura. 
Assim, um movimento de cultura popular deveria ser fundamentalmente revolucionário e fazer arte com o povo, e não para o povo.
Entretanto, sabe-se hoje, que entre o popular e o erudito não há um abismo, mas uma passagem gradual. 
Para tratarmos do intelectual vamos considerar três definições clássicas do termo:
intelectual orgânico - Pensado pelo cientista político italiano Antônio Gramsci. Na ideia de Gramsci, intelectual não requer uma formação acadêmica específica, mas uma ação social, um sujeito mediador de poder, que trabalha por meio do senso crítico.
Intelectual engajado - teorizado por Sartre. Este autor considera o intelectual o escritor de atualidades, aquele que opina e intervém em todos os acontecimentos relevantes, à medida que vão se sucedendo uns aos outros, num estado de vigília permanente.
O intelectual é uma figura que intervém criticamente na esfera pública, transgredindo a ordem e criticando o existente, inclusive, a forma e o conteúdo da própria atividade das artes, ciências, técnicas, filosofia e direito.
Intelectual universal - Pensado pelo filósofo francês Michel Foucault. Para ele o intelectual é aquele cuja função passa por denunciar a produção da verdade – que se faz pelo eixo poder-saber – e examiná-la enquanto resultado de um “jogo de forças”.
Pode ser qualquer um, já que segundo ele a estrutura de poder deve funcionar em uma sociedade por meio de um sistema disciplinar disperso, que funciona anonimamente, através de um controle incessante que se faz valer de práticas discursivas para aplicar-se sobre os sujeitos; sujeitos estes que aparecem sujeitando-se, como efeito de operações de poder. 
Todos se dedicam a interpretar o país cuja identidade será o resultado do jogo das relações apreendidas por cada autor, podendo ser chamados de mediadores simbólicos.
A construção da identidade nacional necessita desses mediadores, pois são eles que descolam as manifestações culturais de sua esfera particular e as articulam a uma totalidade que as transcendem. 
Embora as concepções do intelectual engajado de Sartre e do intelectual orgânico de Gramsci estejam presentes até hoje, sobretudo entre os pensadores ditos de “esquerda”, a urgência hoje, passa por uma reformulação desta moral do engajamento, desta “vontade de servir” (ou dever). 
Talvez hoje seja indispensável reavaliar a relação indivíduo/sociedade e consequentemente a relação entre intelectual e grupo social. 
Para se entender melhor o papel dos intelectuais hoje, seria preciso definir novos tipos de relações que unem o indivíduo aos grupos.
AULA ON LINE 3 
Cultura e identidade 
A construção da identidade nacional brasileira se efetivou de forma distinta de outras identidades construídas na Europa, como a inglesa, por exemplo, abordada por Stuart Hall (2005), cuja formação seria calcada na ideia de pureza, sustentada na exclusão daqueles que não se incluem nos ideais de unidade nacional. 
No Brasil, ao contrário, a identidade nacional se forja na ideia de mistura, seja ela materializada na miscigenação (biológica) ou na mestiçagem (cultural). Perpassaremos alguns autores, com destaque para Gilberto Freyre, que foram responsáveis pela criação da ideia de um Brasil que se definiria pela harmonia racial, pela tropicalidade e afetividade. 
Tais concepções foram criadas em determinado momento histórico, acabando por obscurecer as relações étnico-raciais conflituosas e desiguais que subalternizaram povos indígenas e a população negra dentro do território nacional. 
Sistema de símbolos e visão de mundo
Dentro de uma determinada sociedade, ou grupo social, aprendemos a conceber o mundo e a nos compreender no mundo de forma peculiar. É a partir desses significados que podemos dar sentido à nossa existência, a partir deles formamos nosso senso de identidade. 
“A cultura é a lente através da qual ohomem vê o mundo.”
Weber - a cultura e a identidade
Tese weberiana ilustra como a visão do trabalho e da vida passa pela cultura.
Os preceitos religiosos dispostos aos fiéis, que formam um repertório de valores, normas comportamentais e significados culturais que delineiam a forma como compreendiam o mundo e se compreendiam no mundo. 
São as fontes culturais responsáveis por transmitir elementos que subsidiam nossas formas de compreender o mundo e construir nossa identidade. 
Hall e a Identidade
A construção da identidade parte tanto de aspectos subjetivos quanto sociais. Ainda segundo o sociólogo jamaicano-inglês, as identidades culturais são “aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais” 
Definição de Identidade Nacional 
Benedict Anderson (1991): a identidade nacional substituiu as identidades religiosas com a constituição das sociedades modernas e formação dos Estados-nacionais. 
As identidades nacionais são criadas em determinado momento histórico, fomentando
uma nova forma de solidariedade social distinta das anteriores, definidas como “comunidades imaginadas”.
Porque são construções simbólicas poderosas que permitem a identificação de todos os membros de uma nação com os valores. 
Contexto de formação dos Estados-nacionais
Narrativas com a ênfase nas origens, na invenção de tradições de passado longínquo e na atemporalidade.
Nas narrativas nacionais, escolhem-se certos traços e se omitem outros, fundando a ideia de um povo, com características singulares compartilhadas por todos os membros do mesmo território nacional.
Identidade nacional brasileira
Emancipação brasileira de 1822, quando havia a necessidade do corte “umbilical” com Portugal e criação de um conjunto de medidas estratégicas para formação efetiva de um país.
A História do Brasil iniciada à luz da identidade inter-racial
A proposta de uma História para o Brasil surge com a inauguração do mito das três raças. 
“A democracia racial”.
Teorias defendiam o segregacionismo e o branqueamento
Elementos tipicamente nacionais
Criação governamental de 1930 definia quem era brasileiro!
A identidade nacional publicizada
A figura mimética e simpática do malandro carioca, na recusa de trabalho regular é, nas décadas de 30 e 40, apropriada pelo Estado Novo. De um lado, destacavam-se as virtudes da mestiçagem e, do outro, os pontos negativos. Introduz-se em 1950 o ideário do “jeitinho brasileiro”!
Exercícios 3
Peter Burke  cunhou o termo "biculturalidade", para expressar o quanto os membros das elites conheciam e participavam da cultura popular, ao mesmo tempo em que preservam sua cultura.  O que se pode deduzir que o autor quis expressar com esta afirmação? que existem sujeitos sociais que trafegam por diversos modelos de cultura, sem se alienar de seus próprios valores culturais 
Em relação à cultura popular e à cultura erudita NÃO é válido afirmar:
As expressões cultura popular e cultura erudita são aceitas e empregadas, indiscutivelmente, pelos estudiosos do assunto. 
Sobre cultura marque verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmações abaixo:
( ) A cultura é algo que não muda, pois se reproduz sem perder suas características.
( ) A dinâmica cultural está diretamente articulada à diversidade cultural.
( ) Todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais em valor e devem ser considerados no contexto do sistema em que aparecem.
( ) A cultura é dinâmica e essa dinâmica é acelerada com a globalização.
F, V, V, V 
Os conceitos de popular e o erudito são tomados como opostos. Tradicionalmente, esses termos são carregados de ideologias. Ao citar essas palavras em determinados contextos, já se revela a natureza do discurso. Trata-se de dois polos extremos de um pensamento dicotomizado, maniqueísta e tendencioso (...)
Segundo este texto as relações entre cultura Popular e Erudita são: visões preconceituosas e etnocêntricas 
Filósofo que considera o intelectual universal aquele cuja função passa por denunciar a produção da verdade, que se faz pelo eixo poder-saber, e examiná-la enquanto resultado de um jogo de forças : Foucault 
Sabe-se que o popular e o erudito são termos ideológicos e de complexa conceitualização. Sobre isso, é válido afirmar: Peter Burke cunhou o termo ¿biculturalidade¿, para expressar o quanto membros das elites conheciam e participavam da cultura popular, ao mesmo tempo em que preservam sua cultura. 
AULA 4 
IDEOLOGIA - A ideologia, tanto em sua concepção marxista clássica (século XIX) como também nas reflexões dos frankfurtianos (Escola de Frankfurt, primeira metade do século XX), consiste na separação entre pensamento e ação, cultura e materialidade, sujeito e objeto. 
Ideologia Marxista
“...a separação da base produtiva material (o trabalho físico) da produção do conhecimento (atividade mental), como se estas partes fossem autônomas e dotadas de conteúdos independentes.” 
Karl Marx afirmava que esta separação serve ao poder como forma de legitimação de uma determinada dominação. 
A classe que detém os meios de produção (a riqueza) possui também os meios de produção do pensamento e, assim, essa classe justifica sua dominação por meio da imposição de suas ideias como dominantes.
A indústria cultural de massas e a sociedade de consumo
Adorno e Horkheimer elaboraram o termo indústria cultural, com a finalidade de solucionar uma confusão a respeito da diferença entre cultura de massas e cultura popular. 
O conceito indústria cultural esclarece que não se trata de uma cultura produzida pela massa, mas uma cultura do capitalismo voltada para o consumo em massa.
 A potencialidade da cultura como esfera da formação do indivíduo, a qual pressupunha a autonomia do sujeito e de sua relação crítica e contestadora com a totalidade é transformada pela indústria cultural em esfera de alienação e adaptação acrítica do indivíduo à realidade.
A indústria da cultura no Brasil
A indústria cultural adquire seu pleno desenvolvimento no Brasil e se consolida em decorrência da articulação de dois fatores que atuam de forma interdependente: um de natureza política e outro de natureza econômica.
O processo de implantação das indústrias de bens simbólicos, no entanto, começa antes, nos anos 60, embora só se consolide na década de 70.
AULA 4 ON LINE
Gilberto Freyre e o legado da colonização
Em Casa Grande e Senzala, destaca a formação da sociedade brasileira, tendo em vista a miscigenação. 
A Casa Grande e a Senzala
O livro é histórico e enfatiza as características da colonização portuguesa da sociedade agrária, escravidão e mistura de raças. Propõe que a formação estrutural do Brasil não é mera reprodução da cultura portuguesa, mas uma junção de elementos específicos.
A estrutura da casa e da senzala
A estrutura da Casa Grande, segundo Freyre, expressava o modo de organização social e política – Patriarcalismo. Esta estrutura incorporava os vários elementos que compunham a propriedade do Brasil. O patriarca da terra era considerado o dono de tudo que nela se encontrasse, desde escravos, parentes, até filhos e esposa. Tal padrão se expressa na arquitetura da Casa-Grande.
Neste livro, o autor tenta também desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo, dando ênfase não apenas à adaptação da miscigenação à vida nos trópicos, mas também a formação de uma nova civilização original e criativa. Com isso, refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada à miscigenação que aqui se estabeleceu. 
Sergio Buarque de Holanda e a cordialidade
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais. É um importante intelectual brasileiro.
O livro Raízes do Brasil aborda aspectos centrais 
da história da cultura brasileira, destacando o legado cultural da colonização. 
Raízes do Brasil apresenta alguns dos obstáculos da modernização política e econômica brasileira sobre uma ótica madura e aprofundada das raízes sociais e políticas. Neste livro, Holanda não reconstrói a identidade nacional, visto que para ele é algo em construção e repleto de contradições. 
Contribuições
Desvela as forças que atuaram na formação de cada região do país e identifica a lenta adaptação ao meio do legado cultural dos colonos portugueses.
A Cordialidade
Para Holanda, entender os aspectos da cordialidade ajuda na compreensão das raízes, uma série de fatores típicos da colonização portuguesa, como:
Homem cordial 
Sergio Buarque de Holanda destaca que homem cordial sintetiza a vida cultural da sociedade brasileira e aponta as relações baseadas nesta perspectiva. Demonstra as relações baseadas no fundo emocional, extravasando o ambiente privado e 
estendendo-se a todas as relações da sociedade.
Contribuições
Holanda nos oferece elementos para verificar que nossa história é marcada pelo predomínio das vontades individuais e pessoalidade invadindo espaços que deveriam ser impessoais e públicos.
Gilbertore
O mito da democracia racial
Na obra de Gilberto Freyre, o Brasil passou a ser pensado pelos brasileiros como um país fundado pelo encontro harmônico entre indígenas,
africanos e portugueses. Mesmo com a escravidão e a dizimação de povos indígenas, passou-se a estabelecer uma identidade na qual a harmonia e a mistura se sobrepunham aos conflitos.
Ideia que passou a ser criticada por pesquisas que buscavam evidenciar as relações conflituosas entre brancos, indígenas e negros. 
A Identidade Nacional 
Toda identidade é uma construção simbólica; não existe uma identidade autêntica e original, mas uma pluralidade de identidades, construídas por diferentes grupos sociais, em momentos históricos diferentes.
EXERCÌCIOS 4
A chamada INDÚSTRIA CULTURAL tem como característica: A produção de obras descartáveis, de fácil assimilação, com padrões facilmente reconhecíveis, voltadas para o entretenimento e para o lucro.
Quando um professor de português utiliza um funk em sala de aula, com o objetivo de dinamizar seu trabalho, atraindo a atenção dos seus alunos, é possível afirmar que: ele está utilizando um produto cultural, pois tal categoria se aplica a toda criação da imaginação humana, não importando modalidades ou mesmo avaliações de qualidade 
Os meios de comunicação de massa exercem, em parte, a função que um dia foi do circo: proporcionar entretenimento a baixo custo para os segmentos desprivilegiados da população, entre os quais é alto o contingente de iletrados. Entre esses meios, os de maior penetração em camadas humildes da população nos dias de hoje são: O jornal e a televisão. 
Dois fatores contribuíram para o desenvolvimento da indústria cultural no Brasil. Esses fatores foram: o ingresso do País no círculo monopolista do capitalismo e a instauração do regime militar, em 1964. 
A opção que não corresponde à definição de Ideologia, é: Desistência de uma sociedade livre, igualitária e harmônica 
Escolha a opção, correta, que se refere à Indústria cultural : Feita para ser comercializada e produto do capitalismo. 
AULA 5 Formação Étnica do Povo Brasileiro
Para se falar da formação étnica de um povo, é necessário que comecemos por diferenciar o conceito de “etnia” do conceito de “raça”.
O conceito de raça é uma construção social forjada nas tensas relações entre brancos, negros e indígenas. Não tinha relação com o conceito biológico de raça cunhado no século XIX e que hoje está superado.
Tem uma conotação política e é utilizado com frequência nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas, como cor da pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira.
Quanto à etnia, o termo marca as relações tensas por causa das diferenças na cor da pele e nos traços fisionômicos que caracterizam a raiz cultural plantada na ancestralidade dos mais diversos grupos, que difere em visão de mundo, valores e princípios de origem indígena, europeia ou asiática.
O termo étnico é fundamental para demarcar que indivíduo pode ter a mesma cor da pele que o outro, o mesmo tipo de cabelo e traços culturais e sociais que os distingue, caracterizando assim etnias diferentes.
Miscigenação e sincretismo - 
Esta visão da formação do povo brasileiro começa com a explicação biologizante da mescla de três raças: a branca, a indígena e a africana. 
Foi a chegada de imigrantes europeus que instigou a busca por uma visão biológica, salientando nossa capacidade singular de absorção do "outro". 
A fábula de três raças surgiu ainda no Brasil Império, entre os pesquisadores naturalistas e ganhou a adesão de cronistas e escritores, em meio às teorias da época que relacionavam os saberes biológicos com os sociais.
O Mito da Democracia Racial
A sociedade brasileira se identifica com o traço multiétnico e cultural que lhe é constitutivo, mas vive este de forma tensa. 
Na prática, o Brasil branco e europeizado, mais tarde branco e americanizado, não soube como fazer com a diversidade cultural que a nossa formação configurou; não a integrou de fato, quando muito de direito. 
O conceito de “nação” pode ser utilizado como um dispositivo discursivo que apaziguá elementos diversos em uma aparente unidade. 
Dessa forma, os vários grupos étnicos, classes sociais e gêneros que constituem a sociedade são representados como pertencentes à mesma identidade nacional, suprimindo as múltiplas identidades culturais que perpassam os membros de uma nação.
A Construção da Identidade Cultural
Uma nação constitui-se não apenas de uma organização política, mas, principalmente, de um sistema de significação cultural.
Neste sistema, os discursos que narram a nação serão ambivalentes ideologicamente por serem o produto de um processo histórico contínuo. 
A identidade cultural, como sabemos, é algo que se constrói ao longo do tempo e se manifesta de muitas maneiras. 
significação cultural - As pessoas não são apenas cidadãos (ãs) legais de uma nação; elas participam da ideia da nação tal como representada em sua cultura nacional.
Não há nação sem identidade nacional, porém, tais identidades são construídas permanentemente e nunca completadas, e nesta construção estão envolvidos intelectuais, artistas, povo e Estado. 
No Brasil, foram várias as tentativas de se pensar uma identidade cultural para a nação brasileira. Entre essas tentativas, destacamos alguns momentos:
1 -Na fase colonial, a descoberta da terra e o movimento nativista (século XVI à Independência – 1ª metade do século XIX).
2 - No Romantismo, a independência política e a formação de uma imagem positiva do Brasil e do brasileiro (1822-1880). Neste momento, a figura do índio como ícone da identidade nacional ganha destaque.
3 -As ciências sociais e a imagem pessimista do brasileiro (virada do século XIX para XX). Neste momento, cabe destacar os discursos de Silvio Romero e Euclides da Cunha.
Para Silvio Romero, o passado colonial foi um problema central. Os fundamentos essenciais da nacionalidade remontariam aos tempos coloniais, mas ali também estaria a origem do atraso brasileiro. Em última estância, a tradição colonial era um fardo, pois de lá provinham as “raças inferiores” e a pesada herança escravocrata. 
Euclydes da Cunha , Autor de Os Sertões, de 1902, obra em que apresenta a realidade social do interior do país, em grande parte desconhecida pela consciência intelectual brasileira, republicana, racista e positivista. 
Ao relatar a guerra de Canudos no sertão da Bahia em 1897, apresenta o sertanejo como homem antes de tudo forte no contexto de um meio ambiente natural e político-social gravemente hostil, quando esta era uma surpreendente novidade para uma intelectualidade que a época justificava o atraso cultural do país pelos maus costumes coloniais da mestiçagem. 
Os intérpretes do Brasil do Século XX
Em 1933, Gilberto Freyre publica Casa Grande & senzala, obra de referência no que tange à nossa identidade cultural, onde examina as relações de convivência e influência que sobre determinaram as relações de dominação dos senhores de engenho sobre os negros.
Sérgio Buarque de Holanda autor do livro Raízes do Brasil, de 1936, investigou de forma definitiva
os diferentes tipos de colonização espanhola e portuguesa nos países da América do Sul, Central e Caribe.
Caio Prado Júnio através de sua obra Formação do Brasil Contemporâneo, de 1942, de orientação marxista, denuncia a dependência econômica, política e cultural da colônia brasileira em face de sua metrópole portuguesa.
Gilberto Freyre - A teoria do lusotropicalismo formulada pelo sociólogo, durante a primeira metade do século XX, supõe a existência de uma civilização original que se ergueu sobre os alicerces decorrentes da expansão portuguesa por zonas tropicais do mundo e do modo particular dos portugueses de se relacionar com as populações indígenas. 
Através desta interação, que contempla a mútua influência em várias dimensões da vida cotidiana, nomeadamente no estilo de se vestir, na culinária, no comportamento social, nos ritos religiosos, assim como, na expressão idiomática de dois ou, no caso do Brasil, de
três elementos, que se criaram sociedades híbridas na sua composição etno cultural.
AULA 5 ON LINE Cultura Brasileira
Literatura e Sociedade
Os romances são construções literárias e artísticas.
Uma obra literária não pode ser considerada um retrato fiel da época, do contrário teria que representar com minúcias a sociedade do seu tempo, tornando-se um romance documentário.
Em hipótese nenhuma a literatura tem a pretensão de atuar como um espelho da realidade.
Literatura é ficção, nela a realidade está transfigurada, modificada. 
As obras aqui analisadas são representativas do país da época, mas não se trata de uma realidade duplicada.
Motivos:
O panorama geográfico narrado se passa em áreas específicas (centro do Rio, subúrbios). 
As obras circundam uma ou algumas classes sociais e não a totalidade socioeconômica.
As diferenças étnicas não são abordadas em sua plenitude. 
A sociedade em Memórias de um Sargento de Milícias
Romance de Manuel Antônio de Almeida. 
Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil, entre 1852 e 1853.
A narrativa do livro apresenta um estilo jornalístico e direto, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa, fugindo aos padrões românticos da época.
A experiência de ter tido uma infância pobre contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvolvesse a sua obra.
Pela linguagem transgressora, é chamado “romance antirromântico” (apesar de romântico).
A história se passa no Rio de Janeiro (século XIX), e descreve seus principais pontos (igrejas, principais ruas), mas descreve também pontos bem à margem da sociedade (acampamentos de ciganos e bares). 
Características da obra:
Recursos estilísticos mais simplificados, ao contrário do rebuscamento típico romântico, distancia-se também das tendências científicas e filosóficas da época.
Apresenta um realismo espontâneo e corriqueiro.
Visão cômica e satírica, transformando diferentes papéis sociais em caricaturas.
Presença de um herói picaresco. 
O Enredo
Personagens centrais:
Leonardo (filho) – protagonista.
Leonardo Pataca – pai do protagonista.
Maria da Hortaliça – mãe do protagonista.
Luisa – amor de Leonardo.
José Manuel – rival de Leonardo.
Chiquinha – segunda esposa do pai.
Major Vidigal – autoridade policial.
O barbeiro – padrinho de Leonardo
A parteira – madrinha de Leonardo.
O Enredo
O livro conta as aventuras e travessuras de Leonardo, filho de imigrantes portugueses, que nascido no Rio é abandonado pela mãe e é criado pelo padrinho e madrinha. Já jovem se apaixona por Luisa, que posteriormente se casa com José Manuel. Após idas e vindas em torno de uma herança do padrinho e de uma vida errante (malandragem), Leonardo consegue enfim se casar com Luisa, “toma jeito”, e se torna um sargento de milícias, vivendo um casamento feliz.
A Sociedade em Memórias de um Sargento de Milícias
A sociedade apresentada no romance é um fragmento do real.
O autor se refere apenas ao setor intermediário da sociedade (classe média).
Suprime os escravos da obra, ignorando a maior parte do universo do trabalho.
Ignora a classe dirigente (alta burguesia).
Retrata a região central do Rio (Centro, Tijuca, Andaraí, Santa Tereza). 
A dialética da malandragem
Leonardo Filho (personagem) pode ser considerado o primeiro grande malandro na literatura nacional.
Filho da prática, da astúcia, manifestando o gosto pelo jogo em si.
“Em terra de ninguém moral”, “ninguém merece censura”.
Na ficção e no ensaísmo no Brasil no século XX fica recorrente a associação do malandro ao brasileiro (estereótipo do malandro brasileiro).
Duas imagens de malandragem: uma positiva e outra negativa. 
Ordem X desordem
Segundo Antônio Cândido a relação entre ordem e desordem é um eixo sugestivo para a compreensão do romance e da sociedade (ou de um segmento).
Não há na obra nenhum personagem íntegro, todos tem seu ponto fraco.
Os personagens são movidos pela luxúria, cobiça, vaidade, tolice e frivolidade.
As relações estão circunscritas entre dois polos: o da ordem (positivo) e o da desordem (negativo), de modo que a desordem cerca a ordem por todos os lados.
Há uma permeabilidade e equivalência entre estes polos. O mundo hierarquizado na aparência se revela essencialmente subvertido nas práticas cotidianas.
Estes polos guardam uma reciprocidade, são fluidos, reversíveis, convivem de mãos dadas, havendo uma vasta acomodação geral que dissolve os extremos. 
Análise literária e sociedade: Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues é considerado um dos maiores dramaturgos do país, e um dos inventores do teatro moderno.
Escreveu grandes dramas literários como romances, contos, folhetins e peças de teatro.
Sua produção teve impacto imediato na cena artística.
Análise literária e sociedade: Nelson Rodrigues
A obra Vestido de Noiva é considerada revolucionária. 
Construção cênica em três planos.
Tema polêmico: mulher de classe média/ prostituição/ traição/ drama imaginativo.
Sucesso imediato.
Sua obra Álbum de Família é mal recebida.
Choca a moral vigente: cenas de incesto, profanações e violações.
Ganha a fama de “autor maldito” e “anjo pornográfico”.
Análise literária e sociedade: Nelson Rodrigues
Seu teatro é rico em elementos cênicos, literários, sociais e psicológicos.
Relação com o corpo – objeto das ciências sociais.
O corpo:
Primeiro objeto a ser modelado pela cultura.
Lugar primordial na qual se inscrevem as leis sociais.
Em todas as culturas o corpo é objeto de reflexão.
Análise literária e sociedade: Nelson Rodrigues
O teatro e a dramaturgia pensa na problemática do corpo.
Atuar: modo de agir, vestir, falar.
O texto dramático necessita da “consciência” do corpo.
Obras permeadas pelo sarcasmo, exagero gestual, radicalização de elementos punitivos, ou seja a tragédia.
Análise literária e sociedade: Nelson Rodrigues
Por fim podemos relacionar a obra de Nelson Rodrigues ao ambiente carioca de classe média suburbana de meados do século XX.
Aborda em suas peças o drama psicológico, faz-se a crônica dos costumes e valores da época, mas dá luz aos excessos e tragédias humanas.
Por isso dá vazão aos dilemas mais contemporâneos da psique humana.
Exercícios 5 
O mais famoso e importante quilombo formado pelos negros foi o: quilombo dos palmares 
A respeito da formação étnica do povo brasileiro, marque a alternativa INCORRETA: O imaginário nacional instaura uma igualdade entre seus membros, que se confirma no espaço real, onde as desigualdades entre as classes sociais deixam de existir. 
Durante o Modernismo Brasileiro, Movimento de renovação da arte, literatura e cultura no Brasil, iniciado em 1922, houve uma grande discussão sobre as relações entre o popular e o erudito na formação da cultura brasileira. Qual dos autores citados abaixo, fundador do Modernismo, se encontra neste período e discute com propriedade estas questões,  e ainda:
- qual o romance ou epopeia de sua autoria, nos anos 30?
- que temas e linguagem popular do Brasil migram para dentro da Literatura
erudita?
Mário de Andrade - Macunaíma 
A heterogeneidade presente na formação (étnica, cultural, social) da população brasileira gerou discussões historicamente marcadas pela diversidade de enfoques desde os primeiros trabalhos, a partir do século XIX. Esta visão da formação do povo brasileiro começa com a explicação "biologizante" da mescla de três raças: a branca, a indígena e a africana. Foi a chegada de imigrantes europeus que instigou a busca por uma visão biológica, salientando nossa capacidade singular de absorção do "outro".
Neste sentido qual é a conotação do termo etnia?o termo aspira explicar pela noção de traços ancestrais as procedências da diversidade sócio-cultural brasileira 
De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, o silvícola ameríndio não conseguiu se adaptar ao trabalho sistemático, tornando a mão de obra africana imprescindível
para a economia colonial, ainda que os colonizadores portugueses utilizassem as técnicas indígenas de produção agrícola. A partir deste preâmbulo histórico, pode-se
afirmar que... 
as técnicas agrícolas indígenas foram utilizadas pelos colonizadores lusitanos que, embora dominassem o conhecimento do cultivo agrícola, não se dedicavam exclusivamente ao exercício da agricultura , plantio e subsistência
A construção da identidade Brasileira está relacionada à formação de processos histórico-culturais. São formas de vida, de pensamento, de ação produtiva, de concepção religiosa, de mentalidade de uma coletividade que se cristalizam em um determinado momento.
Identifique o período histórico que corresponde a este processo de cristalização: A partir de 1822, com a Independência do Brasil 
AULA 6 A Literatura como um Fato Cultural
A literatura pode ser entendida como um sistema de obras ligadas por denominadores comuns que fazem dela aspecto orgânico da civilização, isto é, fazem dela parte constitutiva da civilização.
Assim, a literatura é vista como um fato de cultura, algo, portanto, que não surge pronto e acabado, mas que se configura ao longo de um processo cumulativo de articulação com a sociedade.
Forma literária e função histórica - A forma, como noção que abrange a esfera literária e a própria vida real, assinala que há uma articulação entre estética e fator social que se faz mediante um fundamento prático histórico.
A conjunção entre literatura e sociedade – enquanto  “estruturas” complementares – se dá na medida em que a concepção de forma é definida para além da esfera literária: a própria realidade histórica é, com efeito, ela mesma “formada”.
A questão do local e do universal no processo de formação cultural brasileiro:
Ao pensarmos a dialética de local e universal, que está pressuposta no movimento crítico da “Malandragem”, podemos ressaltar um aspecto fundamental para a realidade do pensamento intelectual brasileiro: colhendo um problema histórico-social em sua cor local, opera-se a apreciação da cena internacional e a interpretação da sociedade contemporânea.
Trata-se de um primeiro estrato universalizador, em que fermentam arquétipos válidos para a imaginação de um amplo ciclo de cultura. 
A “dialética da malandragem” ou “da ordem e da desordem”
Seria o universal no particular, fazendo com que esses dois mundos se toquem continuamente. E é nesse segundo estrato brasileiro que nos deparamos com a dialética da ordem e da desordem, como “modos de existência”. 
AULA ON LINE 6
Discussão sobre como a análise das narrativas literárias nos ajudam a adentrar em aspectos cruciais da cultura brasileira. 
A produção intelectual contribuiu para criar uma ideia de brasilidade calcada no que se convencionou chamar de “democracia racial”.
Os clássicos da colonização
Muitos críticos enfatizam que na obra de Gilberto Freyre o caráter de mistificação impede de acessar os conflitos relativos às relações étnico-raciais brasileiras, o que se torna evidente quando abordamos algumas obras da etnologia brasileira e outras centradas nas relações raciais.
Raízes do Brasil e elementos para se pensar a sociedade brasileira
No livro Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, aborda as tensões no nosso processo de modernização com a persistência de elementos culturais arcaicos que advêm da herança rural do Brasil colonial, considerando que a organização social do país se estruturou centrada na família patriarcal. 
A família rural, constituída não apenas pelos laços de sangue, mas também pelos dependentes e agregados e marcada pela presença da escravidão.
Vigorava o pátrio poder ou o poder do patriarca atuava sem restrições externas. 
A cidade, ao invés de regular as relações pessoais no âmbito privado, funcionava como mera extensão da propriedade rural.
A Cordialidade 
Dessa origem surgiu a cultura da personalidade, transferida do campo às cidades. 
O “homem cordial” não é expressão de boas maneiras, é uma forma de reconstrução 
do tipo de sociabilidade da família patriarcal, um fenômeno que acabava por confundir as dimensões pública e privada- submetendo o Estado a vontades privadas. 
A sociedade brasileira
âmbito público que deveria ser pautado por leis universais que garantiriam acesso igualitário a todos os cidadãos é na sociedade brasileira, submetido ao universo das relações pessoais.
A continuidade da obra de Sérgio Buarque
Memórias de Um Sargento de Milícias, Antonio Candido faz uma análise da dinâmica social brasileira a partirda dialética da ordem e desordem. O foco narrativo está nas relações dos homens livres e pobres. Trata-se daqueles que não vivem do trabalho, os que levam uma vida baseada na dependência e na relação de favor em relação aos proprietários. 
Carnaval, Malandros e Heróis
Para Roberto DaMatta, a sociedade brasileira opera a partir de dois universos de hierarquização distintos:
nas leis universais, próprias da ideologia liberal burguesa na qual todos os indivíduos respondem de forma igualitária e impessoal;
nas relações pessoais que acaba por tendenciar as leis em benefício daqueles inseridos em certos círculos sociais. 
Cultura e cidadania no Brasil
Os códigos culturais nem sempre englobam a instância jurídica e a leis como princípios básicos a serem seguidos pela sociedade.
A cidadania é compreendia em duplo sentido:
1 - indivíduo dotado de sentido igualdade moderna;
2 - pessoa dotado de sentido tradicional.
Na sociedade brasileira há uma ausência do primeiro tipo e gera no ambiente público a noção:
“você sabe com quem está falando”.
Ao lado do universo de leis impessoais e universais das sociedades democráticas, na sociedade brasileira existe um universo de hierarquização no âmbito das relações pessoais.
O rito “Você sabe com quem está falando?” repõe a hierarquia em momentos que é questionada, com o uso da expressão a exigência de uma curvatura especial da lei que protege aqueles que se encontram inseridos em um círculo de relações pessoais favorecido. 
A compreensão da esfera pública brasileira exige a análise de um sistema dual, sendo um polo baseado na noção de indivíduo, referente ao sistema legal moderno e inspirado na ideologia liberal burguesa e outro baseado na noção de pessoa, ou seja, em um conjunto de relações pessoais estruturais.
A ideia de nossa cidadania passa pela noção de hierarquia e poder.
Pensar o resgate da cidadania por meio das formas de poder e de uma política educativa que leve em conta os traços culturais dos diversos segmentos de nossa sociedade.
Pensar para “além da ponta do iceberg” e “observar o familiar”.
EXÉRCICIOS 6
obre a dialética Literatura e História / Forma Literária e Função Histórica, marque a afirmativa INCORRETA:
A forma literária nada tem a ver com o fundamento prático histórico, uma vez que se articula num sistema de representações puramente ficcionais
Homenagem ao malandro (Chico Buarque de Holanda) 
" Eu fui fazer um samba em homenagem / À nata da malandragem / Que conheço de outros carnavais /// Eu fui à Lapa e perdi a viagem / Que aquela tal malandragem / Não existe mais /// Agora já não é normal / O que dá de malandro regular, profissional / Malandro com aparato de malandro oficial / Malandro candidato a malandro federal / Malandro com retrato na coluna social / Malandro com contrato, com gravata e capital / Que nunca se dá mal /// Mas o malandro pra valer / - não espalha / Aposentou a navalha / Tem mulher e filho e tralha e tal /// Dizem as más línguas que ele até trabalha / Mora lá longe e chacoalha / Num trem da Central." Após uma leitura atenta, podemos dizer que o texto da canção afirma que: Existem sentidos diferentes para a palavra "malandro" e fica sugerido que a prosperidade é mais fácil para os privilegiados. 
Podemos conceber a Literatura como um Fato Cultural. Sobre este assunto podemos afirmar: I - A literatura pode ser entendida como um sistema de obras ligadas por denominadores comuns que fazem dela aspecto orgânico da civilização, isto é, fazem dela parte constitutiva da civilização. II -a literatura é vista como um fato de cultura, algo, portanto, que não surge pronto e acabado, mas que se configura ao longo de um processo
cumulativo de articulação com a sociedade. III - A reflexão sobre a ¿forma¿ (literária) deve ser entendida como uma dupla articulação ¿ social e artística ¿ que implica a percepção de que ela funcionaria como princípio mediador, capaz de organizar em profundidade os dados da ficção e do real, sendo parte dos dois planos. Assinale a alternativa correta.
Todas as alternativas são verdadeiras.
Dentro do modelo da Canção do Exílio e suas versões, assinale o verso que faz uma referência crítica a exclusão social e racial dos escravos após a abolição de 1888, corroborando o chamado Mito da democracia racial no Brasil: Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar (Oswald de Andrade)
Sobre o conceito da herança colonial do Brasil alguns autores defendiam ideias diferentes através de suas histórias e narrativas. Um deles foi Euclides da Cunha. Assinale a alternativa que não corresponde as suas ideias. Os fundamentos essenciais da nacionalidade remontariam aos tempos coloniais, mas ali também estaria a origem do atraso brasileiro
Na Literatura Brasileira o período Romântico está alinhado ao processo de independência cultural e construção da identidade nacional, ao heroicizar o índio e exaltá-lo como representante do nativismo brasileiro, que pode ser destacado, por exemplo, nas respectivas obras de José de Alencar: O GUARANI ; IRACEMA
AULA 7
“A identidade [só] se torna uma questão [...] quando algo que se supõe como fixo (...) é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza.”
O argumento dos debates que giram em torno da questão Identidade Contemporânea diz que as “velhas identidades”, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno: é a chamada “crise de identidade”, vista como parte de um processo mais amplo de mudança que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.
Identidade Cultural e o Sujeito Contemporâneo
As “velhas identidades” que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, visto até aqui como um sujeito unificado. 
Crise de Identidade
Um tipo diferente de mudança está transformando as estruturas das sociedades modernas desde os meados do século XX. Tal mudança é responsável pela fragmentação das paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais.
Essas transformações atingem nossas identidades pessoais, pondo em xeque a ideias que temos de nós mesmos como sujeitos integrados. Esta perda de um sentido de sí estavel é chamadada de deslocamento ou descentração do sujeito.
Tal deslocamento/descentração do indivíduo tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmo, constitui uma “crise de identidade” para esse indivíduo.
AULA 7 ON LINE
A 1ª globalização do colonialismo se caracterizou pela ocupação territorial.
A 2ª globalização começa no fim do século XX marcada pela fragmentação dos territórios.
Histórico – Capitalismo
Comercial
trabalho livre/ formação de Estados Nacionais/ acumulação de capital/ ascensão da burguesia como classe dominante/ colonialismo;
Industrial
imperialismo/ tecnologia (mercado e guerra)/ oposição ao capitalismo/ indústria cultural e cultura de massa;
Financeiro Globalização
decadência do comunismo/ formação de organismos internacionais/ capitalismo em sua fase planetária.
“A globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa.”
A atualidade do conceito de globalização está relacionada ao surgimento da “aldeia global”: comunidade mundial interligada.
Sistemas de informação;
Tecnologia;
Comunicação;
“Fim” das fronteiras;
Geográficas e temporais.
GLOBALIZAÇÃO -
Relacionada ao processo de desenvolvimento do capitalismo em nível mundial.
Rede de produção e troca de mercadorias que se estabelece em nível mundial. 
Intercâmbio político, social e cultural entre as diversas nações. 
Grande relação com a modernização tecnológica.
Se, por um lado, a globalização procura gerar um processo de homogeneização, padronizando elementos produtivos e culturais, por outro, emerge um universo de diferenciações, tensões e conflitos sociais.
Globalização e mídia
O signo, por excelência, da modernização é a comunicação, a proliferação e a generalização dos meios impressos eletrônicos de comunicação, articulados em teias multimídia e alcançando todo o mundo.
A globalização cria a ilusão da universalização das condições e possibilidades do mercado e da democracia, do capital, da cidadania.
Os direitos são, na prática, privilégios. Há sempre alguma manipulação, mais ou menos decisiva, no modo como a mídia registra, seleciona, interpreta e difunde o que será divulgado.
Globalização e Exclusão
De um lado a sociedade global propicia uma acelerada revolução científica e tecnológica, mas de outro lado, a dominação torna-se cada vez mais sofisticada e efetiva, levando a uma maior exploração e exclusão, a reações extremadas ao uso insustentável dos recursos naturais.
Exercícios 7
"A construção da identidade apresenta características diversas em razão das diferenças culturais.  A cada experiência vivida, a cada problema enfrentado, se está alimentando o processo de construção da identidade."
Com base no fragmento apresentado, podemos assinalar qual das respostas abaixo como corretas? A construção da identidade humana está relacionada à formação de processos histórico-culturais.
Assinalar a única opção abaixo que retrata a identidade social contemporânea: Na atualidade o sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado, composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias e não resolvidas.
Sobe a identidade cultural brasileira NÃO se pode afirmar que: Caracteriza-se pela superioridade cultural europeia.
Em seu livro "A Identidade Cultural na Pós-Modernidade", defende a tese de que "as velhas identidades que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado". O autor dessa tese é: Stuart Hall
Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. A construção de identidades como: "ser brasileiro", "ser português", "ser cigano", "ser gremista", "ser homem", "ser mulher" , é um processo sociocultural pelo qual se marca as fronteiras de pertencimento social e/ou cultural. 
Tendo por base o anúncio transcrito acima, é correto afirmar que: As identidades são construídas nas relações sociais, são situacionais, relacionais e constroem-se na relação entre o "nós" e os "outros", cria um "nós coletivo". 
A língua afirma a identidade cultural, simboliza a união de um grupo por ser uma forma simples e eficiente de solidariedade. Assinalar a única opção correta relacionada à identidade cultural brasileira : As identidades culturais dizem respeito àqueles aspectos de nossa identidade que surgem de nosso "pertencimento" a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e acima de tudo, nacionais
AULA 8
O cientista social Otavo Ianni, em sua obra A sociedade Global afirmou que o mundo ampliou-se além da capacidade interpretativa dos conceitos já conhecidos, que partem sobretudo das ciências sociais. 
Nessa afirmação, o autor faz referência a noções de sociedade global que experimentamos hoje. O indivíduo e a sociedade já não se situam apenas no âmbito da nação e de sua história. 
As biografias já não expressam nem a autonomia ou identidade do indivíduo, nem podem ser explicadas, de modo satisfatório, no âmbito do grupo, classe
ou sociedade nacional. 
Poucas pessoas, em qualquer lugar do mundo, podem continuar sem consciência do fato de que suas atividades locais são influenciadas e, às vezes, até determinadas, por acontecimentos ou organismos distantes. 
A experiência global da modernidade está interligada – e influencia, sendo por ela influenciada – à penetração das instituições modernas nos acontecimentos da vida cotidiana. 
Não apenas a comunidade local, mas as características íntimas da vida pessoal e do eu tornam-se interligadas a relações de indefinida extensão no tempo e no espaço. Estamos todos presos às experiências do cotidiano, cujos resultados, em um sentido genérico, são tão abertos quanto aqueles que afetam a humanidade como um todo. 
As experiências do cotidiano refletem o papel da tradição – em constante mutação – e, como também ocorre no plano global, devem ser consideradas no contexto do deslocamento e da reapropriação de especialidades, sob o impacto da invasão dos sistemas abstratos. A tecnologia, no significado geral da “técnica”, desempenha aqui o papel principal. 
As experiências do cotidiano na modernidade globalizada vinculam-se às questões fundamentais relativas à identidade, à percepção do “eu” e do “outro”; e, por outro lado, envolvem múltiplas mudanças e adaptações na vida cotidiana. Em tais circunstâncias, os indivíduos “sentem-se no ar” e, inseguros, se apegam à tradição. Os indivíduos resistem localmente à globalização e, simultaneamente, não podem desconsiderá-la. 
AULA 8 ON LINE
A modernidade como singularidade histórica
Anthony Giddens é um dos principais autores contemporâneos que disserta sobre a modernidade e suas descontinuidades com a dinâmica societária tradicional.
Tema das descontinuidades: mecanismos de “desencaixe” – “que arrancam as pessoas de contextos tradicionais, rompendo relações de subordinação pessoal e destruindo identidades estáveis”.
Na modernidade os locais são penetrados e moldados em termos de influências sociais bem distantes. 
Singularidade da modernidade: o que define a ordem social moderna é compressão tempo-espaço (encurta-se as distâncias, acelera-se o tempo).
Modernidade: invenção do relógio padronizado, padronização de calendários (esvaziamento do tempo).
O tempo perde seu conteúdo sócio-espacial.
Conceitos de “fichas simbólicas” (facilitou a integração) e “sistemas peritos” (cientificismo, racionalismo, atribuição de confiança ao conhecimento racional e científico).
A reflexidade humana (a ação social se baseia nisto, conduz nossas escolhas) sofre profunda alteração: 
A tradição fica em segundo plano.
Não há mais autoridade suprema (libertador e perturbador ao mesmo tempo).
Crença no cientificismo.
Modernidade, tradição e reflexividade no Brasil contemporâneo
Tradição:
“Uma orientação para o passado de tal forma que o passado tem pesado poder de influência sobre o presente”.
Na modernidade sendo o âmbito local mais permeável pelas influências de outras localidades como ficariam as tradições locais?
Ela perde lugar privilegiado como o elemento de coordenação de práticas sociais.
A constante ação reflexiva dita, portanto, outra importância à tradição.
Ex. Cultura Afro-Baiana e Centros de Tradição Gaúcha (ressignificação).
Esses dois exemplos mostram que a tradição não se reproduz, nas sociedades modernas, a partir da mesma dinâmica das sociedades tradicionais. São mediadas pela reflexividade própria da modernidade, concorrendo com outras formas de organização cultural. As tradições são reinventadas em um novo enquadramento social. 
A tradição e o moderno na construção da identidade nacional brasileira
Vamos discutir agora quais são os impactos da globalização na construção da identidade nacional. 
Verificamos que a globalização é um fenômeno contraditório.
Renato Ortiz (2006), em estudo clássico da sociologia brasileira, demonstra como a tradição é um aspecto fundamental da discussão do nacional. 
A construção da identidade nacional brasileira entre intelectuais se vincula ao sonho da modernização, da equiparação aos países centrais do capitalismo, ou seja, aos países europeus.
Fomentou-se a utopia da passagem do tradicional ao moderno, a ideia de sair do atrasado, do rural em direção ao urbano e avançado. O desejo de modernização, por sua vez, acompanhava a busca pela singularidade nacional. 
Renato Ortiz considera que a discussão da cultura popular e da cultura brasileira constitui uma tradição entre nós. Criar uma imagem em contraposição com o outro, algo singular, autenticamente nacional.
Primeiramente com os folcloristas do final do século XIX e início do XX, passando pelos modernistas das décadas de 20 e 30 do século XX, chegando à arte engajada dos anos 50 e 60. 
Com a consolidação de um mercado de bens culturais, também a noção do nacional se transforma. A consolidação da TV no Brasil se associava à ideia de que seu desenvolvimento como veículo de integração nacional; vinculava-se, desta forma, a proposta de construção da moderna sociedade ao crescimento e à unificação dos mercados locais. A indústria cultural adquire, portanto, a possibilidade de equacionar uma identidade nacional.
A ideia de “nação integrada” passa a representar a interligação dos consumidores potenciais espalhados pelo território nacional. Nesse sentido se pode afirmar que o nacional se identifica ao mercado; à correspondência que se fazia anteriormente, cultura nacional-popular, substitui-se uma cultura mercado-consumo. 
Mais recentemente outros autores passaram a refletir sobre como se dá a construção da identidade nacional brasileira em um mercado global. Os autores Ana Lúcia de Castro, Maria Celeste Mira e José Rogério Lopes destacam as especificidades da construção do nacional contemporânea.
A junção entre a imagem de um Brasil alegre, tropical, exótico e, ao mesmo tempo, economicamente estável, permitiu que o país ocupasse espaço no mercado mundial. Esta seria a principal diferença entre os movimentos do século XX e as atuais elaborações do conceito de Brasil: o desdobramento do interesse político para o mercadológico. 
O segundo deslocamento diz respeito à mudança de ênfase da “identidade nacional” para a ideia de “diversidade cultural”.
EXERCÍCIOS AULA 8
o processo de GLOBALIZAÇÃO: Articula uma nova relação entre o global e o local, podendo produzir novas identificações entre os dois níveis.
Com relação à globalização na atualidade, assinalar a única opção incorreta: As identidades culturais nacionais não estão sendo deslocadas pela globalização porque ela não atravessa fronteiras nacionais.
Algumas recentes teorias culturais desenvolvidas no campo das ciências humanas desempenharam o papel inovador de questionar o próprio conceito de identidade cultural. De acordo com essa nova corrente, muito em voga com o desenvolvimento da globalização, a identidade cultural não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade da qual ele faz parte. Com relação à influência da globalização nas identidades culturais não pode ser afirmado que: Não há uma interdependência entre o espaço global e o local.
A globalização se refere àqueles processos que atuam em escala global, que atravessam fronteiras nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço-tempo. Sobre esse fenômeno, é incorreto afirmar que: O local se encontra de tal modo conectado e absorvido pelo global que tende a desaparecer completamente.
Assinalar a única opção correta relacionada à globalização: Duas tendências estão presentes na globalização: a tendência à autonomia nacional e a tendência ao mundial.
Segundo Stuart Hall a globalização: Tem um efeito contestador e deslocador das identidades centradas e fechadas de uma cultura nacional.
AULA 9 O Binômio Tradição e Modernidade
A modernidade cultural e a tradição misturam-se de forma peculiar e dinâmica. Essa mescla entre o tradicional e o moderno conduz a “tradicionalização do moderno”. 
A Modernidade, com
respeito aos valores da tradição cultural, torna-se um tabu para alguns, daí a reflexão que a cultura está em processo de transformação na sociedade moderna e tem conduzido aos contrários a ela. Surgem afirmações errôneas como: “o Brasil não ingressou na modernidade” ou ainda; “o Brasil não tem tradição”. 
Para a década de 70, tais afirmações teriam algum sentido. 
O Brasil era um país classificado pelos países ricos como subdesenvolvido. 
A tradição é o elo que une as ordens sociais pré-modernas. A tradição envolve, de alguma forma, o controle do tempo. 
É uma orientação para o passado, de tal forma ele é construído para ter uma pesada influência sobre o presente.
A tradição integra e monitora a ação e a organização tempo espacial da comunidade, ela é parte do passado, presente e futuro, é um elemento intrínseco e inseparável da comunidade. 
A tradição está vinculada à compreensão do mundo fundada na superstição, religião e nos costumes,  pressupondo uma atitude de resignação diante do destino, o qual, em última instância, não depende da intervenção humana, do “fazer a história”. Dessa forma, conhecer a tradição é ter habilidade para produzir algo que está ligado à técnica e à reprodução das condições do viver. 
A ordem social sedimentada na tradição expressa a valorização da cultura oral, do passado e dos símbolos enquanto fatores que perpetuam a experiência das gerações. Por outro lado, a tradição também se vincula ao futuro. Mas este não é concebido como algo distante e separado, mas como uma espécie de linha contínua que envolve o passado e o presente. 
É a tradição que persiste, remodelada e reinventada a cada geração. Não há um corte profundo, ruptura ou descontinuidade absoluta entre o ontem, hoje e o amanhã.
A tradição envolve o ritual; este constitui um meio prático de preservação. 
Nas sociedades que integram a tradição, os rituais são mecanismos de preservar a memória coletiva e as verdades inerentes ao tradicional. 
O ritual reforça a experiência cotidiana e refaz a liga que une a comunidade, mas ele tem uma esfera e linguagem próprias e uma verdade em si, isto é, uma “verdade formular” que não depende das “propriedades referenciais da linguagem”. Pelo contrário, “a linguagem ritual é performativa, e às vezes pode conter palavras ou práticas que os falantes ou os ouvintes mal conseguem compreender. 
Modernidade 
CONTINUIDADE - A modernidade reincorpora a tradição, reinventa-a, e, neste sentido, também expressa continuidade. Grande parte dos valores relacionados à tradição permanecem e se reproduzem no âmbito da comunidade local. 
INVENÇÃO - Na verdade, as primeiras instituições da modernidade não podiam desconsiderar a tradição preexistente e, vários aspectos, dependiam delas. Porém, aos poucos a modernidade “inventou” novas e rompeu com a “tradição genuína”, isto é, aqueles valores radicalmente vinculados ao passado pré-moderno. 
DESCONTINUIDADE - Neste sentido, a modernidade expressa descontinuidade, a ruptura entre o que se apresenta como o “novo” e o que persiste como herança do “velho”.
DESPROTEÇÃO - Também é possível dizer que ela rompe com o referencial protetor da pequena comunidade e da tradição, substituindo-as por organizações muito maiores e impessoais. O indivíduo se sente privado e só, num mundo em que lhe falta o apoio psicológico e o sentido de segurança oferecidos em ambientes mais tradicionais. 
A modernidade nas condições da globalização amplia tanto as oportunidades quanto as incertezas e os perigos. Daí a sensação de mal-estar e de desorientação. O mundo tornou-se cada vez mais um lugar inseguro e essa insegurança é sentida pelo indivíduo em sua mais remota comunidade. 
A experiência da modernidade em tempos globais colocou por terra as certezas: as surpresas e os riscos estão sempre à espreita e o futuro parece uma impossibilidade se pensado enquanto construção histórica a partir do passado e do presente. 
A modernidade na globalização se assemelha a uma grande e perigosa aventura, à qual, independente da nossa vontade, estamos presos e temos que participar. 
A modernidade, enquanto descontinuidade entre as ordens sociais tradicionais e as instituições sociais modernas, apresenta três características.
1- O ritmo de mudança que a era da modernidade põe em movimento.
2- O escopo da mudança, isto é, a abrangência global desta.
3- A natureza das instituições modernas (o sistema político do Estado-nação, a dependência por atacado da produção de fontes de energia, a transformação em mercadoria de produtos e trabalho assalariado)
O Processo de Modernização e a Modernidade Cultural
Nas sociedades dependentes de origem colonial, o capitalismo é introduzido antes da constituição de uma ordem social competitiva. 
O pensador marxista Perry Anderson apontou três fatores como centrais para a concretização de um padrão de modernidade. Veja abaixo a apresentação desses fatores em contraposição a realidade brasileira.
Passado clássico - No  Brasil não existiu.  
Inovação tecnológica - O Brasil carecia  deste fator, o que possibilitou um experimentalismo marcante. 
Utopia de proximidade Revolucionária - No Brasil este fator foi convertido em uma questão nacional e toda sua efervescência política.
A modernidade no Brasil é sempre algo que trabalha com o novo e com isso se afirma contrapondo com a noção de atraso e por isso mesmo se impondo como necessário. 
No movimento de modernização brasileira, o nacional e o capitalismo são pólos que se integram e interpenetram. A autêntica cultura brasileira capitalista e moderna que se configura claramente com a emergência da indústria cultural é fruto da fase mais avançada do capitalismo brasileiro.
O que a Modernidade Expressa
A modernidade expressa duas ideias de ruptura.
a) ruptura com a ideia de comunidade (una e corporificada no dirigente) e passagem 
à ideia de sociedade (dividida em interesses conflitantes, classes antagônicas e 
grupos diversificados);
b) ruptura com a ideia e a prática teológico-política do poder político encarnado na 
pessoa do dirigente e passagem à ideia da dominação impessoal ou da 
dominação racional, isto é, nascimento da ideia moderna de Estado.
Em outras palavras, é possível dizer, que a modernidade refere-se a estilo, costume 
de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que 
ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência. 
Vivemos uma época marcada pela desorientação, pela sensação de que não 
compreendemos plenamente os eventos sociais e que perdemos o controle.
A modernidade transformou as relações sociais e também a percepção dos 
indivíduos e coletividades sobre a segurança e a confiança, bem como sobre os 
perigos e riscos do viver.
AULA ON LINE 9 
Identidades culturais na contemporaneidade
Apoiando-se em Giddens, Stuart Hall aponta novas combinações espaço-tempo da contemporaneidade, por alterar os sistemas de representação (formam-se novos sistemas culturais). 
Ocorrem mudanças “acima e abaixo” do nível do Estado-nação (tensão entre global e local nas transformações da sociedade).
O centro de sua discussão envolve os conflitos culturais que surgem na globalização (embora se baseie em Giddens, discorda de sua análise).
Segundo Giddens a integração mundial teria duas fases: a primeira de domínio e expansão do ocidente, e a segunda, mais atual, representaria uma relação dialógica e menos assimétrica.
Neste sentido, Giddens, inclusive, estabelece uma comparação entre a evolução da antropologia com a integração mundial.
Neste ponto inicia-se a discordância de Hall, para ele “as contra tendências da globalização atual são distintas de uma interação dialógica”.
Os motivos principais seriam:
Ocorre uma desigual distribuição do processo de globalização no mundo, exemplificadas nos desiguais fluxos sociais, materiais e culturais. 
Na realidade estamos vivenciando um processo predominante de ocidentalização.
Ocorre uma mercantilização de etnias e de elementos

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