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AULA 05 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO EMPRESARIAL

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AULA 05 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO EMPRESARIAL
A decodificação de informações e sua transmissão ainda é uma dificuldade para muitas pessoas, principalmente no ambiente coorporativo, que exige do profissional rapidez e atenção a inúmeros outros detalhes. 
Uma situação muito comum, por exemplo, é quando temos que sintetizar informações para superiores, fornecedores, colaboradores etc. Neste caso, temos de nos valer dos recursos da paráfrase e do resumo, mesmo sem nos dar conta.
PARÁGRAFO – São as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
A extensão do parágrafo é variada. Existem parágrafos de duas linhas e também aqueles que ocupam uma página inteira. A ideia central que o parágrafo apresenta pode ser um critério para determinar se este será curto ou mais extenso
PARÁGRAFOS LONGOS – Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. Em geral, obras científicas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões: 
As explicações são complexas e exigem varias ideias e especificações;
Os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanha-los.
PARÁGRAFOS CURTOS – já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, são escritos por quem tem pouca pratica na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca pratica de leitura.
TÓPICOS FRASAIS
DECLARAÇÃO INICIAL – O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos ARGUMENTATIVOS.
DEFINIÇÃO – Trata-se de um bom recurso didático. Define-se quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos DISSERTATIVO-INFORMATIVOS.
DIVISÃO – O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto.
INTERROGAÇÃO – O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos ARGUMENTATIVOS.
ALUSÃO/CITAÇÃO – O autor faz referencia a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve para vários tipos de texto.
COESÃO SEQUENCIAL E A RELAÇÃO COM O SENTIDO – O parágrafo não se limita ao tópico, e o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico. 
EXPLANAÇÃO DA DECLARAÇÃO INICIAL – O autor esclarece a afirmação ou negação que faz no tópico.
ENUMERAÇÃO DE DETALHES – Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito especifico, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico.
COMPARAÇÃO – Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas Analogia.
CAUSA E CONSEQUÊNCIA – Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmo as causas e consequências juntas.
PARÁFRASE – Fazemos uma paráfrase quando transmitimos uma informação ouvida ou lida para outras pessoas com as nossas palavras. Essa técnica de reescrita é um ótimo exercício para ampliarmos nosso vocabulário, aperfeiçoando nossa precisão vocabular, e para treinarmos a apresentação da mesma ideia de formas diferentes. A paráfrase é muito útil quando temos necessidade de reproduzir um conteúdo para um publico especifico. Além disso, é um recurso muito utilizado nos textos acadêmicos, já que, por meio dela, conseguimos apresentar as ideias dos autores estudados sem recorrer à citação direta ou mesmo quando a intenção é apresentar o pensamento de um autor de forma mais objetiva.
ATENÇÃO
Paráfrase não é resumo e nem é plágio. É importante destacar que a paráfrase não é um sinônimo de resumo. Resumo, como veremos no decorrer da aula, privilegia a síntese, isto é, uma redução. Já a paráfrase se propõe a fazer uma espécie de tradução do texto original, podendo, inclusive, ser maior do que este. Outra questão muito importante é que devemos sempre informar a fonte ou o autor que estamos parafraseando, mesmo que com a paráfrase não estejamos mais utilizando as palavras de outra pessoa. Paráfrase não é plágio, mas se um texto for parafraseado e não informar a devida fonte se tornará um plágio, ainda que seja um ato involuntário. Para evitar esse problema, devemos sempre dar crédito ao verdadeiro autor, ao dono da ideia que estamos parafraseando.
COMO FAZER UMA PARÁFRASE
DEFINIR O OBJETIVO – Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meios de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico? Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase.
FAZER UMA LEITURA CUIDADOSA – Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
NÃO DISTORCER A MENSAGEM – Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel ao texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
UNIR IDEIAS AFINS – Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor.
SUBSTITUIR PALAVRAS REBUSCADAS – Consulte o dicionário e substitua palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do publico geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular.
RELER O TEXTO FINAL – Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os.
RESUMO – Diferentemente da paráfrase, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
Cada uma das partes essenciais do texto.
A progressão em que elas acontecem.
A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos. Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original. Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A compreensão de um texto depende da competência do receptor. Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio armazenado na memória. 
Resumo é, portanto, uma apresentação sintética e seletiva das ideias de umtexto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto e devem ser omitidas as nossas impressões e interpretações. 
COMO ELABORAR UM RESUMO
A elaboração de um resumo exige mais habilidade de leitura do que de escrita. Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. Interpretá-lo.
Não é possível ir resumindo à medida que se vai fazendo a primeira leitura, pois assim não sabemos se o que está sendo lido naquele momento realmente compõe a parte mais relevante do todo. É necessário fazer uma leitura previa de todo o texto e destacar as partes que julgamos mais importantes para depois iniciar o resumo.
É imprescindível responder a duas perguntas quando estiver elaborando o resumo:
O que o autor pretende demonstrar?
De que trata o texto?
ASPECTOS METODOLÓGICOS
Devemos seguir ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto (a primeira frase explica o assunto do texto);
Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral (este conceito aproxima-se do de tematização);
Indica-se a categoria do tratamento (do que se trata? De estudo de caso, de análise da situação?);
O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões do trabalho.
ESTILO E EXTENSÃO
Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar tópicos;
É comum o uso da terceira pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor afirma que...”);
Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, realizando a supressão de adjetivos e advérbios;
Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não deve utilizar trechos do texto original;
Não há limites de paginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas exigem algumas recomendações:
150 a 500 palavras (monografia, teses, dissertações, relatórios científicos);
100 a 250 palavras (artigo científico);
50 a 100 palavras (os destinados a indicações breves);
Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESUMOS
RESUMO INDICATIVO OU FECHAMENTO
O resumo indicativo ou fechamento caracteriza-se como sumario narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura original. É conhecido também como descritivo.
Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail.
Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado.
Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras.
INFORMATIVO
O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original.
Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregadas, resultados e conclusões.
Nele evitam-se comentários pessoais e juízo de valor.
Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto.
Indispensavelmente deve conter:
Assunto;
Problema e/ou o objetivo;
Metodologia;
Ideias principais em forma sintética;
Conclusões.
É o mais usado em universidades.
Podemos concluir que resumo é uma apresentação concisa dos elementos mais importantes de um texto sem perder a sua essência. Portanto trata-se um procedimento de reduzir um texto sem alterar seu conteúdo. Constitui-se, assim, uma forma pratica de estudo que participa ativamente da aprendizagem, uma vez que favorece a retenção de informacoes básicas. 
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM RESUMO
Brevidades, pois só deve apresentar as ideias principais;
Respeito pela sequencia de ideias do texto;
Clareza, já que os fatos apresentados devem ser objetivos;
Rigor, pois as ideias principais devem ser reproduzidas sem erros.

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