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Filosofia da Ciência
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Aula 6
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Temas
Conceito de epistemologia;
As ideias de Comte a respeito da ciência;
Pragmatismo;
Círculo de Viena;
Ideias de Karl Popper.
http://www.seesp.org.br
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Introdução
O que é ciência, afinal?
 © Olivier Le Queinec | Dreamstime.com ;© Designua | Dreamstime.com; http://2.bp.blogspot.com
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O que é epistemologia?
Epistemologia: episteme - ciência; logos - teoria: 
Disciplina que tem as ciências como objeto de investigação, tentando reagrupar a crítica do conhecimento científico, a filosofia das ciências e a história das ciências.
Descartes (1596-1650): separação entre filosofia e ciência. 
 en.wikipedia.org
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As contribuições de A. Comte
A. Comte (1798-1857) - evolução conhecimento humano:
Conhecimento da natureza é dividido por classes de fenômenos: Astronomia, Física, Química, Filosofia e Física Social, além da Matemática (“ciência zero”), pois todas partem e dependem dela. 
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Estado teológico
Estado metafísico
Estado positivo
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Pragmatismo
Estruturado por Charles Peirce (1839-1914), Willian James (1842-1910) e John Dewey (1859-1952).
Corrente filosófica (final séc. XIX / início séc. XX) - defendeu o empirismo no campo da teoria do conhecimento e o utilitarismo no campo da moral:
Ramificações na política, na educação e na crítica literária, para se constituir como método científico. 
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Pragmatismo
Estrutura do método científico:
Problema 
Hipótese
Teste
O pragmatismo depende de métodos acessórios:
raciocínio abdutivo: derivam as hipóteses que são selecionadas para testar o raciocínio dedutivo e indutivo.
(MATTAR, 2008)
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Raciocínio dedutivo
Parte de uma ou mais afirmações/premissas para alcançar determinada conclusão lógica:
Caso todas as premissas sejam verdadeiras com termos claros;
Caso as regras da lógica dedutiva sejam seguidas corretamente, a conclusão será verdadeira.
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Exemplo - Raciocínio dedutivo
Todo brasileiro é mortal.
Todo paulista é brasileiro.
Logo, todo paulista é mortal.
Todos os homens são mortais.
Sócrates é um homem.
Portanto, Sócrates é mortal.
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Exemplo extraído de: http://www.brasilescola.com/filosofia/argumentos-dedutivos-indutivos.htm 
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Raciocínio indutivo
Após levar em conta uma quantidade suficiente de casos particulares, conclui-se uma verdade geral:
a indução, ao contrário da dedução, baseia-se em observações concretas;
utilizado nas ciências naturais por meio da estatística/probabilidade.
Exemplo: 
Pesquisas eleitorais (margem de erro);
Pesquisas médicas;
Pesquisas farmacológicas.
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Exemplo - Raciocínio indutivo
O ferro conduz eletricidade.                 
O ouro conduz eletricidade.                                   
O chumbo conduz eletricidade.                              
A prata conduz eletricidade.                                  
...  etc.
Logo, todo metal conduz eletricidade. 
Exemplo extraído de: http://www.brasilescola.com/filosofia/argumentos-dedutivos-indutivos.htm 
© Alexandr Vasilyev | Dreamstime.com
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Exemplo - Raciocínio indutivo
© Brett Critchley | Dreamstime.com
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Todo cão é mortal.                
Todo gato é mortal.
Todo pássaro é mortal.
  ... etc.
Logo, todo animal é mortal.
Exemplo extraído de: http://www.brasilescola.com/filosofia/argumentos-dedutivos-indutivos.htm
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Círculo de Viena
Formado por cientistas de diversas áreas do conhecimento, como a física e a economia, na década de 1920.
Objetivo: desenvolver uma nova filosofia da ciência fundamentada na lógica empírico-formal da natureza.
Adotou o empirismo indutivista: instrumental analítico como a lógica e a matemática para auxiliar na concepção dos enunciados científicos.
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Círculo de Viena: Princípio da verificabilidade.
são estabelecidos os enunciados universais, pois a ciência aspira à universalidade a partir da observação de casos particulares.
© Olivier Le Queinec | Dreamstime.com 
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Enunciados científicos devem ser comprovados ou verificados com base na observação ou experimentação de modo indutivo: 
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Karl Popper (1902-1994): filósofo da ciência, austríaco, naturalizado britânico. 
Influenciado pelo Círculo de Viena, desenvolveu concepção própria da lógica e da metodologia da ciência.
Conquistou notoriedade ao censurar o critério
 da verificabilidade e ao propor o critério da refutabilidade ou da 
 falseabilidade. 
Karl Popper
http://upload.wikimedia.org
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Filosofia em pedacinhos: Então? É ciência ou não?
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Karl Popper: Crítica à indução
Indução: raciocínio que parte de premissas particulares para chegar a uma conclusão universal (comum). 
Não é suficiente que um raciocínio inicie com premissas particulares e termine com uma conclusão universal para que seja indutivo:
É necessário que a verdade apresentada nas premissas sirva como evidência para a verdade da conclusão.
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Karl Popper: Crítica à indução
Popper: a primazia das repetições é falsa, a repetição dos resultados suscita a crença na conclusão: 
as repetições induzem a expectativas e crenças e não a resultados plausíveis. 
Exemplo: Newton não precisou observar reiteradas vezes que os corpos se atraem com uma força inversamente proporcional ao quadrado da distância para:
enunciar a lei da gravitação universal. 
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Karl Popper: Princípio da falseabilidade.
Falseabilidade - delimitação entre o que é científico e o que é metafísico, poético ou mítico.
Popper defende a falseabilidade como critério para avaliação das teorias científicas:
garante a ideia de progresso científico; 
a mesma ciência vai sendo aprimorada por fatos novos que a falsificam.
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substitui o conceito de verificabilidade
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Karl Popper: Princípio da falseabilidade.
A busca pelo conhecimento não deve ocorrer a partir da observação de fatos e inferência de enunciados. 
Princípio da falseabilidade: o método científico processa-se na tentativa de provar a falsidade e, não a verdade, das hipóteses de que parte:
verificar até que ponto resistem a hipóteses contrárias. 
http://www.reidaverdade.net
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Karl Popper: Princípio da falseabilidade.
Falseabilidade - pesquisa científica deve falsificar as teorias estabelecendo a verdade dos enunciados observados que são incompatíveis com elas:
para que a aceitação de uma teoria seja sempre provisória e, por outro lado, a rejeição de uma teoria sempre concludente. 
http://2.bp.blogspot.com
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Considerações finais
Princípio da falseabilidade - auxiliaria na diferenciação entre teorias científicas e discursos não científicos:
uma teoria se mantém verdadeira até que seja refutada, até que seja demonstrada sua falsidade, seus limites. 
Um conceito para ser considerado científico deve ser refutável ou falseável:
as teorias que não admitem sua negação pela experiência não seriam, para Popper, científicas.
(BUNGE, 1976) 
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Referências
BUNGE, M. La investigación científica. Barcelona: Ariel, 1976. 
CHAUÍ, M. Para compreender a ciência. São Paulo: Ática, 2006.
FERREIRA, J. Contributos para o debate da epistemologia em serviço social. Trabajo Social Global, v. 2, n. 3, p. 63-77, 2011.
JAPIASSU, H; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. 4. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
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Filosofia da Ciência
Eduardo Name 
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Atividade 6
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Qual a relação entre Epistemologia e Serviço Social?
Dificuldades para sistematização teórica em Serviço Social:
O fato da teoria e da prática advirem de subculturas diferentes:
acadêmica e exercício profissional (práxis).
Plano do Serviço Social tende a potencializar o ecletismo:diferentes fontes teóricas das ciências sociais e humanas.
(FEREIRA, 2011)
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Qual a relação entre Epistemologia e Serviço Social?
A cultura profissional do Serviço Social não tem tradição em pesquisa:
o que leva a que os profissionais não reflitam sobre a intervenção;
nem a avaliem de modo a aprofundar o seu conhecimento e competência.
(FERREIRA, 2011)

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