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Filosofia da Ciência
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Aula 10
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Temas
Jürgen Habermas e a ação comunicativa;
Jacques Derrida e a desconstrução. 
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Jürgen Habermas
Jürgen Habermas: sociólogo e filósofo alemão, nascido em 1929, associado com a Escola de Frankfurt;
Conhecido por suas teorias sobre a ação comunicativa e a esfera pública.
Objetivo: Criar conexões entre Ciências sociais e Filosofia.
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Jürgen Habermas - principais obras
“Conhecimento e interesse”; 
“O futuro da natureza humana”; 
“Mudança estrutural da esfera pública”;
“A Ética da discussão e a questão da verdade”.
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Habermas e a epistemologia
Pensamento epistemológico está presente em diversos livros e ensaios do autor. 
Em “A lógica das ciências sociais”, reconstitui a história da reflexão metodológica sobre as Ciências Humanas:
demonstra que as limitações do empirismo puro reduziram-se ao enfoque objetivante do cientista social. 
 (FREITAG; ROUANET, 1993)
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Conhecimento e interesse
Sociólogo não se situaria como um observador neutro à parte de seu objeto de estudo (enfoque objetivante):
o cientista estaria imerso em seu objeto de estudo, na cultura, na medida em que dela participa 
 (FREITAG; ROUANET, 1993).
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Na obra “Conhecimento e interesse” constam os fundamentos de sua teoria dos interesses cognitivos. 
Parte do postulado de que o conhecimento e o interesse formam uma unidade inseparável:
tanto para as ciências naturais como para as ciências histórico-hermenêuticas;
o conhecimento está sempre arraigado em determinados interesses e pressupostos.
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Conhecimento e interesse
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Ciências naturais
Interesse técnico de dominação da natureza;
Enraíza-se nas estruturas da ação instrumental:
Regras técnicas pelas quais o homem se relaciona com a natureza e a submete ao seu controle.
Exemplo: poluição. 
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Conhecimento e interesse
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Ciências histórico-hermenêuticas
Interesse da comunicação enraizado nas estruturas da ação comunicativa pelas quais o homem se relaciona com os outros;
Conhecimento comunicativo motiva o homem a se libertar da repressão social, concreta ou internalizada (intrapsíquica). 
Exemplo: diálogo político e democracia.
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Conhecimento e interesse
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Ação comunicativa
Surge como uma interação de, no mínimo dois sujeitos, capazes de falar e agir, que estabelecem relações interpessoais;
Com o objetivo de alcançar uma compreensão sobre a situação em que ocorre a interação e sobre os respectivos planos de ação com vistas a coordenar suas ações pela via do entendimento.
 (PINTO, 1995) 
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Sujeitos se remetem a pretensões de validade criticáveis quanto à sua veracidade, correção normativa e autenticidade, cada uma destas pretensões referindo-se respectivamente:
a um mundo objetivo dos fatos;
a um mundo social das normas;
a um mundo das experiências 
 subjetivas. 
 (PINTO, 1995)
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Ação comunicativa
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Sob o aspecto do entendimento mútuo, a ação comunicativa serve para transmitir e renovar o saber cultural; 
Sob o aspecto de coordenar a ação, ela propicia a integração social; 
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Ação comunicativa
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Sob o aspecto da socialização, ela serve à formação da personalidade individual.
 (PINTO, 1995)
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Ação comunicativa
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Ação comunicativa e racionalidade
Patologias da Modernidade: invasão da racionalidade econômica e burocrática em esferas às quais estas formas de racionalidade não são adequadas, o que leva à perda de liberdade e sentido.
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Ação comunicativa e racionalidade
Para Habermas, o agir comunicativo deve abrir oportunidades para um entendimento em sentido abrangente e não restritivo.
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Jacques Derrida
Jacques Derrida (1930-2004): filósofo franco-argelino, crítico do Estruturalismo, um dos pioneiros da desconstrução. 
Ligado à geração de intelectuais franceses surgida na década de 1960, dentre eles: Michel Foucault, Gilles Deleuze e Jean-François Lyotard.
http://1.bp.blogspot.com
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Jacques Derrida - principais obras
“Gramatologia”;
“A escritura e a diferença”;
“A voz e o fenômeno”; 
“A farmácia de Platão”;
“Força de lei”.
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Vídeo
Pensamentos rebeldes e heranças cruzadas Elisabeth Roudinesco
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Crítica ao logocentrismo
Para Derrida, o processo de significação não se resume e tampouco se organiza segundo polaridades logocêntricas. 
Logocentrismo baseia-se em diferenças binárias:
indivíduo versus sociedade;
eu versus outro;
sujeito versus objeto;
masculino versus feminino. 
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Compõem os fundamentos das estruturas 
de dominação moderna (COSTA, 2006).
Paradigma 
estruturalista
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Derrida - qualquer sistema de pensamento dependente de um fundamento inatacável deve ser considerado “metafísico”: 
baseia-se em princípios inquestionáveis diante dos quais é impossível realizar variadas interpretações. 
Embora admita que é quase impossível despir-se destes fundamentos, pois a história do pensamento está impregnada deles, defende que podem ser "desconstruídos".
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Crítica ao logocentrismo
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Estruturalismo e desconstrução
“A desconstrução, portanto, compreendeu que as oposições binárias, com as quais o estruturalismo clássico gosta de trabalhar, representam uma maneira de ver típica das ideologias. Estas tendem a traçar as fronteiras rígidas entre o que é aceitável e o que não é, entre o eu e o não-eu, a verdade e a falsidade, o sentido e o absurdo, a razão e a loucura, o central e o marginal, a superfície e a profundidade” 
 (EAGLETON, 2006, p. 183).
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Desconstrução
“A desconstrução tenta mostrar como tais oposições, para se manterem como tais, por vezes traem-se a si mesmas, invertendo-se ou desaparecendo, ou precisam colocar à margem do texto certos detalhes insignificantes que podem voltar e perturbá-las” 
 (EAGLETON, 2006, p. 184).
Procedimento - eleger um ponto marginal de um texto ou de uma obra, um termo, uma imagem:
analisá-lo e explicitar as oposições que organizam todo o texto.
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Desconstrução na arte
Caos (exposta em São Paulo) - Artistas: Bia Fioretti, Giba reis
https://biafioretti.files.wordpress.com
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Referências
BAREMBLITT, G. Compêndio de análise institucional e outras correntes: teoria e prática. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1996.
COSTA, S. Dois atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. 
EAGLETON, T. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FREITAG, B. R.; ROUANET, S. P. Introdução. In: HABERMAS, J. Habermas: sociologia 3. ed. São Paulo: Ática, 1993. p. 9-67. 
PINTO, J. M. R. A teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas: conceitos básicos e possibilidades de aplicação à administração escolar. Paidéia (Ribeirão
Preto), n.8-9, p. 77-96, 1995.
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Filosofia da Ciência
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Atividade 10
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Como a racionalidade burocrática, descrita por Habermas, afeta as políticas sociais?
Sobre a Arte, Diga Conosco BU-RO-CRA-Cia, 1976 - Obra de Anna Bella Geiger
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“As comunidades mesmas, como protagonistas de seus problemas, de suas necessidades, de suas demandas [devem ter condição e possibilidade de] enunciar, compreender, adquirir ou readquirir um vocabulário próprio que lhes permita saber acerca de sua vida. E não que alguém venha de fora ou de cima para dizer-lhes quem são, de que necessitam e o que devem pedir, o que procurar conseguir e o que puderam ou não conseguir” 
 (BAREMBLITT, 1996, p. 17-18)
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