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A importância da amamentação para a saúde da mulher que amamenta

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A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER QUE 
AMAMENTA 
 Raquel Zerger 1 
 Maria Celestina Bonzanini Grazziotin² 
RESUMO: A amamentação é um tema muito discutido nos últimos anos devido a sua 
importância na promoção da saúde e prevenção de doenças na primeira infância e é 
apontada como uma das mais importantes ações na diminuição da mortalidade infantil, 
especialmente nos paises pobres ou em desenvolvimento. Muitos benefícios são 
atribuídos à amamentação com relação à saúde da criança. Só recentemente o mundo 
científico começou a reconhecer que a mulher, mãe que amamenta, também é 
beneficiada em sua saúde física, psicológica e emocional. Este artigo trata de buscar na 
literatura, quais são estes benefícios, como eles afetam a saúde das mães durante o 
período que amamentam e se exercem efeitos também ao longo de sua vida, mesmo 
anos após ter desmamado. 
RESUMEN: La amamentación es un tema mucho discutido en los últimos años debido a 
su importancia en la promoción de la salud y prevención de las dolencias en la primer 
infancia y es apuntada como una de las mas importantes acciones en la disminución en la 
mortalidad infantil, especialmente en los países pobres o en desenvolvimiento. Muchos 
beneficios son atribuidos a la amamentación con relación a la salud de los niños, pero 
recientemente el mundo científico empezou a reconocer que la mujer, madre que da el 
pecho, también es beneficiada en su salud física, psicológica y emocional. Este artículo 
trata de buscar en la literatura, cuales son los beneficios y como ellos afectan a la salud 
de las madres durante el periodo en que amamantan y se ejercen efectos también a lo 
largo de su vida, mismo años después de habido parado de amamantar. 
PALAVRAS CHAVE: amamentação, benefícios, saúde da mulher. 
PALABRAS CLAVE: amamentación, beneficios, salud de la mujer. 
 
 
1
 Graduanda do curso de Enfermagem 
² Enfermeira Especialista e Consultora em Aleitamento Materno 
 
INTRODUÇÃO 
Muitos estudiosos, ao longo dos últimos anos, têm discutido sobre as 
vantagens do aleitamento materno para a saúde priorizando, benefícios para o 
desenvolvimento dos recém nascidos e crianças maiores, como uma forma 
indiscutível de prevenção da morbi-mortalidade, especialmente no primeiro ano de 
vida, mas não havia muita pesquisa sobre a sua importância para a saúde das 
mulheres que amamentam. Com o aumento dos índices de aleitamento materno 
no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e através dos 
resultados de pesquisas, apontando excelentes resultados para saúde das 
crianças, começou a ficar evidente algumas condições de saúde nas mulheres 
que amamentavam, como benéficas, preventivas, e que não eram situações 
comuns naquelas que não realizavam esta prática. 
Muitas mulheres se sentem “limitadas” durante o período da amamentação 
por não poderem ir ao trabalho, cuidar da casa e dos filhos porque devem dedicar 
muito do seu tempo ao bebê. Sabem da importância da amamentação para o 
bebê mas desejam parar de amamentar, para poder continuar a rotina de antes do 
nascimento do bebê, além disto desconhecem a importância da amamentação 
para a sua saúde. 
A amamentação exclusiva até os seis meses de idade do bebê por livre 
demanda traz muitos benefícios para a mãe, pois a amamentação protege a 
saúde da mãe, ajuda o útero a recuperar o seu tamanho normal reduzindo o risco 
de hemorragia pós-parto,reduz o risco de câncer de mama pré-menopáusico e de 
ovário (LANA, 2001); a depressão pós-parto é reduzida, a recuperação física no 
pós-parto é mais rápida além de trazer um bem-estar maior para a mãe, 
melhorando a sua saúde e nutrição e transformando o ambiente emocional mais 
calmo e tranqüilo ( BRASIL, 1996 ). 
A importância em conhecer os benefícios do aleitamento para a saúde da 
mãe é o principal motivo para aprofundar cada vez mais estudos sobre esta 
prática, para podermos mostrar à população que o aleitamento não é só uma 
 
fonte de nutrição e bem estar para o bebê, mas sim, um importante “remédio” 
natural para a saúde da mãe, onde o prazer de amamentar une-se com a 
satisfação de uma vida saudável sem riscos no pós-parto e no puerpério. 
Este artigo tem por objetivo esclarecer para os profissionais da área de 
saúde e principalmente para a população sobre os benefícios da amamentação 
para a saúde da mulher. 
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, em artigos, livros e 
revistas científicas que tratam do assunto. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A LACTAÇÃO COMO MÉTODO DE PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Apesar de muitos profissionais de saúde não confiarem na proteção 
contraceptiva da amamentação por um determinado período, pesquisas hoje 
certificam que aleitamento materno não é só um método anticoncepcional 
eficiente, como também efetivamente diminui a fertilidade da mulher. A Lactância 
Amenorréia como Método (LAM) foi desenvolvido para ajudar mulheres que 
desejam utilizar o aleitamento para espaçar gestações (OMS, 2003). 
A amamentação retarda o retorno da ovulação e da menstruação; a 
ovulação, contudo, pode ocorrer antes mesmo do primeiro período menstrual após 
o parto, (LOWNDERMILK et al, 2002), embora este seja um fato considerado raro, 
confere uma porcentagem de 2% de falha (OMS, 1993). 
O método LAM para ter sua eficácia de 98%, há alguns aspectos que 
devem ser considerados e orientados à mulher que amamenta: a mãe deve estar 
com menos de seis meses após o parto, ainda não tiver apresentado sangramento 
menstrual; e amamentar exclusivamente, dia e noite e sob demanda do bebê e o 
bebê mamar pelo menos oito vezes em 24h, sem intervalos muito longos entre as 
mamadas (OMS, 1997). 
 
As mulheres que seguem essas orientações até seis meses após o parto 
ou que tiveram apenas um sangramento vaginal, poderão, ainda assim, ter sua 
fertilidade diminuída se observarem às recomendações para um aleitamento 
materno ótimo. Além disso, em vários países, as mulheres podem amamentar por 
18 a 24 meses e continuarem amenorréicas por 12 meses ou mais, mantendo-se 
inférteis por 12 a 15 meses após o parto (OMS, 1993). 
O método LAM funciona devido à sucção do bebê que estimula as 
terminações nervosas do mamilo e da aréola induzindo a produção de hormônios 
através da hipófise. Segundo (GONZALEZ, 2001), não se sabe ao certo quando a 
prolactina inicia e quando termina sua ação, mas sabe-se que ela atua na 
formação do corpo lúteo; prepara a glândula mamária para a lactação; exerce 
ação inibidora sobre o Hormônio Luteinizante (LH) e o Hormônio Folículo-
estimulante (FSH), impedindo que ocorra a ovulação durante a gravidez e a 
amamentação e provoca a produção de leite, após a expulsão da placenta, 
quando cessa a ação do estrogênio e da progesterona. 
A ocitocina atua no parto e pós-parto, produzindo a contração uterina e é 
responsável pela descida do leite (REZENDE, 1984). A ocitocina, liberada quando 
a mãe amamenta, contrai o útero e ajuda a interromper a hemorragia pós-parto. 
Essa é uma das razões pelas quais o aleitamento deve ser iniciado imediatamente 
após o nascimento e mantido com freqüência (OMS, s/d). 
A progesterona prepara e estimula as mamas para a lactação e inibe a 
secreção de FSH e LH, impedindo que ocorra crescimento e amadurecimento de 
outro folículo, impedindo nova ovulação (GONZALEZ, 2001). 
A prolactina é o principal hormônio que inibe a ovulação e mantém a 
amenorréia, mas as mães devem ficar atentas, pois, estudos comprovam que a 
introdução de alimentos complementares pode interferir na duração do método 
LAM, mesmo queo número de mamadas continuem o mesmo após a 
complementação alimentar. 
 
A AMAMENTAÇÃO E O COMBATE DE HEMORRAGIAS E ANEMIAS 
A mãe é beneficiada na amamentação por perder menos sangue após o 
parto, pois a ocitocina produzida pela hipófise sob o estímulo das terminações 
nervosas do complexo aréolo-mamilar durante as mamadas, além de ser o 
responsável pela ‘descida’ do leite, também o é pelas contrações uterinas no pós-
parto, acelerando a volta do útero ao seu tamanho normal, diminuindo o 
sangramento uterino (LANA, 2001; KING, 1998). É fundamental que o bebê 
sugue nos primeiros dias, pois além de fazer descer mais rápido o leite, acelera a 
diminuição do tamanho do útero, fazendo com que volte mais rápido ao natural, 
anterior à gravidez, e diminuindo o sangramento pós-parto. É por isto que as 
mulheres sentem dor em cólica quando iniciam a amamentação. É o útero se 
contraindo e eliminando os restos sangüíneos (MARTINS FILHO, 1987). 
Após o nascimento, a hemorragia pós-parto é responsável também por 
anemia materna, evitada pela involução uterina mais rápida quando a mulher 
amamenta. Níveis sanguíneos elevados de ocitocina resultam em aumentar o 
limiar a dor (LANA, 2001). Esta é uma razão para a amamentação ser iniciada 
imediatamente após o parto (KING, 1998). 
A AMAMENTAÇÃO E O CÂNCER DE MAMA 
Estudos comprovaram que o aleitamento materno pode ser responsável por 
até 2/3 da redução de câncer de mama. Quanto mais prolongada a amamentação, 
mais protetora ela será, a cada 12 meses de amamentação poderá diminuir cerca 
de 4,3% o risco de ter câncer de mama (GOMES, 2000). 
A explicação para o efeito protetor da mama contra o câncer está 
relacionado ao fato de que células com funções imunológicas, principalmente os 
macrófagos, presentes no leite jogariam um papel fundamental na destruição das 
células chamadas neoplásicas (MARTINS FILHO, 1987). 
 
Até as mulheres que foram amamentadas, quando criança, mesmo apenas 
por um curto tempo, tem um risco 25% mais baixo de desenvolver câncer de 
mama do que as mulheres que tomaram mamadeira (FREUDENHEIN,1994). 
A AMAMENTAÇÃO E O CÂNCER DE OVÁRIO 
O câncer ovariano é um dos mais graves, tendo um índice de sobrevivência 
muito baixo. Estudos comprovam que a gravidez e a amamentação estão 
diretamente relacionadas com os fatores de proteção ao câncer ovariano; tendo 
como hipótese de que o câncer ovariano aconteça devido a traumas ininterruptos 
de ovulações e proliferações celulares (cistos e células malignas), a amamentação 
por inibir a ovulação, previne o câncer ovariano (REA,2004). Apesar de serem 
poucos os estudos relacionados entre o câncer de ovário e a amamentação, estes 
comprovam que quanto maior for o tempo de lactação menor é a chance de se ter 
câncer no ovário. 
A AMAMENTAÇÃO E A RECUPERAÇÃO CORPORAL DA MULHER 
Durante a gestação, o corpo da mulher estoca 2,3 a 3,2Kg de gordura para 
as necessidades da lactação. A mãe que amamenta usará esse estoque de 
gordura gradualmente, durante os primeiros seis meses, retornando ao seu peso 
pré-gestacional, a que não amamenta, tende a reter parte do peso adquirido na 
gestação (BURROUGHS, 1995). 
Sabe-se que se a amamentação for exclusiva e feita sob livre demanda do 
bebê, por no mínimo seis meses, maior será a retirada de calorias do corpo da 
mãe, contribuindo para uma perda de peso mais rápida (BRASIL, 1996). 
Estudos comprovam de que as mulheres que amamentam de seis a doze 
meses, apresentam um menor índice de massa corpórea e, as que amamentam 
exclusivamente tendem a ser mais magras do que as que amamentam 
parcialmente ou não amamentam (REA, 2004). 
 
A AMAMENTAÇÃO E A OSTEOPOROSE 
A amamentação diminui o risco de osteoporose na vida madura e a 
incidência nas que não amamentaram foi de 4 vezes mais, segundo (BLAAUW et 
al, 1994). 
Sabendo que durante o período de amamentação a mulher produz por dia 
cerca de um litro de leite e perde em média 200mg de cálcio, poderíamos supor 
que a perda desse mineral levaria a mulher a ter mais chances de ter osteoporose, 
mas, essa perda é recuperada no período de desmame e no retorno do ciclo 
menstrual da mulher. 
O fato é que as mulheres que amamentaram por um tempo de oito meses 
ou mais apresentaram uma massa óssea com maior densidade mineral do que as 
que amamentaram parcialmente ou não amamentaram. Também existem estudos 
comprovando que a amamentação reduz o risco de fratura no quadril e no braço 
por osteoporose (REA,2004). 
A AMAMENTAÇÃO E A SAÚDE PSICOLÓGICA DA MULHER 
O grande enigma da amamentação é o psicológico da mulher, 
principalmente no primeiro mês de vida do bebê, onde a vida da mãe é voltada 
exclusivamente para o seu filho. Ser mãe não é fácil, exige esforço, dedicação e 
abnegação. O fato de ter que amamentar “toda hora” desgasta física e 
mentalmente a mulher, exigindo esforço físico continuado, resultando em cansaço 
e carência de sono levando a mãe a pensar em parar de amamentar como forma 
de diminuir as tarefas da maternidade. 
Isto causa um sentimento ambíguo e contraditório oscilando entre o desejo 
de amamentar e o fardo que amamentar representa, anulando a vida e os 
compromissos da mãe. São esses pensamentos negativos que mais cansam a 
mulher (SAIFER,1992). 
 
Esse transtorno psicológico pode ser resolvido quando se criam condições 
para a mãe, por exemplo, ela pode dormir durante o dia, pelo menos uma hora, 
três vezes ao dia, deixando outra pessoa encarregada dos cuidados da casa e dos 
outros filhos, dando a ela condições de cuidar da saúde dela e do bebê (LANA, 
2001). 
Quando necessário, a mãe pode fazer a ordenha do seu leite e armazenar 
na geladeira, podendo ela cuidar dos seus compromissos e seu filho ser 
alimentado com este leite num copinho (KING, 1998). A mãe deve ser lembrada 
que conforme passa o tempo as mamadas vão diminuindo, as mamadas noturnas 
vão rareando até desaparecer e os pensamentos negativos vão dando espaço à 
bons pensamentos e sensações agradáveis a mãe (SAIFER,1992). 
Outro fato desagradável para a mãe é o fato de vazar leite entre as 
mamadas, molhando a roupa e o cheiro de leite se tornar o seu perfume durante 
este período. Isto pode ser resolvido usando uma concha de silicone chamada 
cata-gotas dentro do sutiã, que coletará o leite que vaza ou também poderá ser 
utilizado um lenço que absorverá o leite escoado (LANA, 2001). 
As mães que conseguem superar essas dificuldades e que amamentam os 
seus filhos, tem menor grau de tristeza e depressão pós-parto O vinculo emocional 
da amamentação é tão grande que sua auto-estima é elevada e a amamentação 
se torna motivo de orgulho (LANA, 2001). A amamentação proporciona uma 
experiência de ligação exclusiva e favorece a aquisição do papel materno. 
A mãe que amamenta sente-se realizada como mulher, estabelece relação 
profunda com seu filho: afeto e dependência, sente satisfação por dar algo de si: 
leite bom e fresco (CAMPESTRINI, 1992). 
OUTRAS VANTAGENS PARA A MULHER QUE AMAMENTA 
A carga de trabalho com a preparação da alimentação do bebê é reduzida, a recuperação 
física do pós-parto é mais rápida, o vínculo afetivo é estimulado, resultando em menos 
abandono, abuso e negligência no cuidado com as crianças, a amamentação é mais 
prática, facilitando a rotina diária; o leite no peito não estraga, está na temperatura ideal; o 
custo de uma dieta para a mãe que amamenta é inferior ao custo de alimentar um bebê 
 
com leites industrializados; não há necessidade de comprar utensílios para alimentar o 
bebê, economizando-se água, combustível; e os gastos com consultas médicas, remédios, 
exames laboratoriais e hospitalizações são reduzidas e as mães e seus bebês mais 
saudáveis (OMS, 2003, p 111). 
O processo de produção da lactação demanda muitaenergia que é retirada 
das reservas maternas e a principal fonte energética para produção do leite 
humano é a glicose (LOWNDERMILK, 2002) o que pode beneficiar a mulher 
diabética, pelo maior consumo da glicose sanguínea levando a uma menor 
necessidade de uso de insulina no pós-parto, o que segundo trabalho de pesquisa 
realizado entre mulheres diabéticas que amamentavam, foi bem menor do que 
aquelas que ofereciam mamadeira ( DAVIES, 1989). 
A AMAMENTAÇÃO E A ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM 
Vários fatores influenciam a prática do aleitamento materno como a experiência anterior e 
o estado emocional do ser mulher que amamenta;assim como o apoio dos serviços de 
saúde, do trabalho, da comunidade, da mídia e da família. A mulher que amamenta 
necessita de um espaço para expor seus medos, temores, prazeres, dúvidas e para 
conseguir equilíbrio que possibilite a amamentação (POLI, ZAGONEL 1999, p. 34). 
É importante que o profissional de enfermagem estabeleça uma “parceria 
de confiança” com a mãe, isto é, ajude a aumentar sua estima própria e a 
confiança no ato de amamentar, levando-a finalmente a se tornar independente no 
cuidado do bebê (CARVALHO, TAMEZ, 2002). 
A função do profissional de saúde é fundamental para a introdução da 
educação sobre o aleitamento materno já nos primeiros meses do período pré-
natal. Uma equipe de enfermagem preparada e bem treinada no processo da 
lactação pode influenciar grandemente, sendo imprescindível investir no preparo e 
aperfeiçoamento destes profissionais (CARVALHO, TAMEZ, 2002). 
É muito importante que o enfermeiro saiba da importância da amamentação 
e que este alimento pode ser a diferença entre a vida e a morte, pelo que vimos, 
da mãe e do bebê. O profissional deve adotar uma referencia bibliográfica para 
planejar o cuidado com as famílias. O papel do Enfermeiro consiste em orientar a 
 
mulher e seu companheiro sobre os benefícios da amamentação, para a criança, 
para a família, e especialmente para a própria mulher que amamenta. Indicar 
leituras e materiais educativos aos pais, que devem estar à disposição nos 
serviços de pré-natal. Durante os encontros, a Enfermeira deve incentivar a 
mulher a fazer perguntas, a comentar sobre possíveis dúvidas, tabus comuns na 
comunidade, e oferecer informações adicionais. 
A preocupação com as orientações sobre o preparo técnico da mamada, 
cuidados com as mamas nunca devem ser esquecidas, mas informar sobre os 
benefícios à saúde da mulher, quando amamenta também deve fazer parte do 
programa ( LOWNDERMILK, 2002). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A importância em conhecer os benefícios da amamentação para a saúde da 
mulher é muito gratificante, não somente como estudo profissional, mas também 
para a vida pessoal de qualquer mulher e, até mesmo, para os homens, que 
devem compreender e incentivar o aleitamento de seus filhos. Toda mulher deve 
saber da importância que um gesto tão simples de amor e carinho, como é a 
amamentação, traz tantos benefícios para ela e para o bebê. 
Apesar das pesquisas científicas explorarem mais os benefícios para a 
saúde das crianças, este tema já foi suficiente para aumentar o interesse sobre o 
assunto e também o desejo de divulgar mais sobre os benefícios da amamentação 
para a saúde da mulher. 
O sucesso do aleitamento materno como benefício para a saúde da mulher 
está diretamente ligado ao treinamento da equipe de enfermagem e profissionais 
da área de saúde que saibam orientar corretamente a mulher e familiares desde o 
princípio da gravidez, pois a mãe deve desejar amamentar o seu bebê e não ver a 
amamentação como uma obrigação. São passos simples de uma boa orientação 
que podem fazer com que surja uma grande mãe e uma mulher muito mais feliz e 
muito mais saudável. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, J. Amamentação: um híbrido natureza-cultura. Rio de Janeiro: 
Fiocruz, 1999. 
BLAAUW, R. et al. Risk factors for development of osteoporosis in a South 
African population. SAMJ. N.84, p. 328-32, 1994. 
 
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ao planejamento familiar. 3 ed. Brasília, 1996. 
BURROUGHS, A. Uma introdução à Enfermagem materna. 6 ed. Porto Alegre: 
ARTES MÉDICAS, 1995. 
CAMPESTRINI, S. Aleitamento materno e alojamento conjunto. Como fazer. 
3 ed. São Paulo: IBRASA, 1992. 
CARVALHO, G. M. de. Enfermagem em Obstetrícia. São Paulo: EPU, 2002. 
CARVALHO, M. R. de & TAMES, R. N. Amamentação: bases científicas para a 
prática profissional. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002. 
FREUDENHEIN, J. et al. Exposure to breast milk in infancy and the risk of 
breast cancer. Epidemiology. N. 5, p 324-31, 1994. 
GOMES, A. L. R. R. Epidemiologia e lactação (lactação e risco para o câncer 
de mama). In: A mama no ciclo gravídico-puerperal. Rio de Janeiro: Atheneu, 
2000. 
GONZALEZ, H. Enfermagem em ginecologia e obstetrícia. 5ª ed. São Paulo: 
SENAC, 2001. 
IHAC – INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA. Ministério Da Saúde. 
Boletim Nacional. N. 18, jan-mar/1997. 
KING, F. S. Como ajudar as mães a amamentar. Brasília – DF – Ministério da 
Saúde, 1998. 
LANA, A. P. B. O livro de Estímulo à Amamentação: Uma Visão Biológica, 
Fisiológica e Psicologia: comportamental da amamentação. São Paulo: 
Atheneu, 2001. 
 
LOWNDERMILK, D.L. et al. O cuidado em Enfermagem maternal. 5 ed. São 
Paulo: ARTMED, 2002. 
MALDONADO, M. T. P. Psicologia da gravidez, parto e puerperio. 8 ed. 
Petrópolis, Vozes, 1985. 
MARTINS FILHO, J. Como e porque amamentar. 2 ed. São Paulo : SARVIER, 
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OMS/OPAS – UNICEF. Manejo e Promoção do Aleitamento Materno, 1993. 
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São Paulo, SES, 1997. 
OMS-OPAS-UNICEF-MS/BRASIL. Manejo e promoção do aleitamento 
materno. Curso de 18 horas para equipes de maternidades. Brasília, PNIAM, 
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POLI, L. M.C.; ZAGONEL, I.P.S. Prática do aleitamento materno: a cultura 
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desenvolvimento. V.1, p 33-38, Curitiba, jan-dez, 1999. 
REA, M. F. Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher. Citado em 
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REZENDE, J. ; MONTENEGRO, C.A B. Obstetrícia fundamental. Rio de Janeiro, 
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SAIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. Porto Alegre: Artes 
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