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Manual de doenças do algodoeiro

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1
MANUAL DE DOENÇAS 
DO ALGODOEIRO
Paulo Edimar Saran
2 3
Agradecimentos
Aos familiares de Paulo E. Saran
Alzira Catarina B. Saran (mãe)
João Saran (pai)
João Saran (filho)
Mauro Edson Saran (irmão)
Selma F. dos Santos Saran (esposa)
“Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos, é o mal 
que a água faz quando se afoga e o salva-vidas não está lá porque não vemos”
Daniel na cova dos leões
Legião Urbana
4 5
Sumário
Introdução ...................................................................................................................... 6
Períodos de ocorrência de doenças no algodoeiro .................................................. 8
Ilustração de planta adulta .......................................................................................... 9
Tombamento ................................................................................................................. 10
Mosaico comum ........................................................................................................... 19
Mosaico das nervuras .................................................................................................. 27
Vermelhão ..................................................................................................................... 42
Mela – Rhizoctonia solani .............................................................................................. 48
Mela – Thanatephorus cucumeris .................................................................................. 59
Murcha de verticilium ................................................................................................. 70
Murcha de fusarium ................................................................................................... 74
Nematoides .................................................................................................................. 79
Pinta-preta..................................................................................................................... 93
Mofo-branco ............................................................................................................... 108
Mancha de corinespora ............................................................................................. 117
Mancha de mirotécio ................................................................................................. 124
Ramulária .................................................................................................................... 143
Ramulose ..................................................................................................................... 174
Ferrugem do algodoeiro ........................................................................................... 200
Mancha angular ......................................................................................................... 204
Apodrecimento de maçãs ......................................................................................... 216
Bibliografia .................................................................................................................. 232
6 7
Para o cotonicultor é extremamente importante identificar as causas de aumento do custo de controle de doenças na sua 
lavoura.
Amostragens confiáveis e amostradores técnicos de campo capacitados são excelentes ferramentas que identificam as 
condições de ambiente e clima favoráveis à evolução dos patógenos, antecipando as ocorrências; identificam as lesões iniciais, 
corrigindo os problemas em tempo hábil, e as lesões evoluídas, diagnosticando a severidade da ocorrência; e diferenciam as 
lesões de ocorrência simultânea.
Importante
Este manual é destinado a orientar os profissionais amostradores técnicos de campo, responsáveis em amostrar, identificar 
e monitorar a evolução de doenças nas lavouras de algodão, e todas as pessoas que necessitam de auxílio para identificação e 
para supervisão dos trabalhos de amostragens feitas a campo.
O material fotográfico nele contido busca representar com máxima fidelidade a evolução dos sintomas, preservando cores, 
relevos e depressões das lesões, facilitando a identificação não só da doença, mas do estágio da infecção na planta ou nas mais 
variadas partes infectadas da planta, e as diferentes características de cada uma delas. 
Introdução
As doenças que ocorrem no algodoeiro sempre tiveram importância pela capacidade de provocar perdas na rentabilidade, 
reduzindo a produtividade ou depreciando a qualidade do produto colhido de forma direta ou indireta.
São conhecidos mais de 250 agentes que ocorrem no algodoeiro, sendo que apenas alguns têm capacidade de provocar 
danos econômicos às lavouras.
Nas últimas safras se observou um sensível aumento do custo de produção para controle de doenças tanto por meio do 
aumento do número de novas doenças que ganharam importância econômica quanto por meio do aumento do número de 
aplicações para as doenças já conhecidas.
O aumento do número de aplicações para as novas doenças é consequência do plantio de novas variedades, das variações 
climáticas atípicas em períodos críticos para a cultura, dos períodos de plantio prolongados e dos plantios sequenciais de 
algodão sobre algodão. 
O aumento do número de aplicações para as doenças já conhecidas é consequência de um menor intervalo ou menor efeito 
residual observado no controle dessas doenças e das combinações necessárias para um melhor controle de uma ou mais doenças, 
diversificando o modo de ação ou aumentando o espectro de controle para as doenças de ocorrência simultânea.
A ocorrência de novas doenças em plantio de novas variedades com tolerâncias e susceptibilidades ainda desconhecidas 
está associada à exposição das lavouras às condições climáticas atípicas, a novos períodos de plantio e a plantios sequenciais 
(algodão sobre algodão).
As condições climáticas atípicas expõem os cultivos a umidades e temperaturas desfavoráveis à cultura e favoráveis 
à evolução de patógenos. A umidade excessiva ou deficiente favorece a evolução de agentes existentes do solo (fungos e 
nematoides) nas raízes e as temperaturas baixas aumentam o tempo de germinação das plântulas e favorecem a evolução de 
alguns fungos para as plantas adultas.
Os plantios prolongados expõem a cultura a condições climáticas variadas e a patógenos disseminados de outras lavouras 
com datas de plantios deferentes.
Os plantios de algodão sobre algodão expõem os novos cultivos aos patógenos já existentes nas áreas que evoluem, 
influenciados por variedades susceptíveis e/ou condições climáticas favoráveis.
O aumento do número de aplicações é a consequência de todos esses fatores associados ou isolados.
8 9
1/3 superior
1/3 médio
1/3 inferior
Caule
Raízes
Planta adulta
Divisão em terços, caule e raiz 
para melhor identificação da 
localização dos danos
Desenvolvimento vegetativo
0 7 15 30 45 65 80 100 135 170
(dias após emergência da cultura)
Apodrecimentos
Ferrugem
Mancha de corinespora
Mirotécio
Mancha angular
Ramulária
Ramulose
Mosaico das nervuras
Mofo-brancoMosaico comum
Rizoctonia Vermelhão
Tombamento Mela
Fusarlose Verticulose Pinta-preta
Períodos de ocorrência de doenças 
no algodoeiro
10 11
Tombamento (Fig. 01)
Tombamento (damping off ou rizoctoniose) 
 
Agente causal — Fusarium spp., Pythium sp., Alternaria sp., Colletotrichum gossypii, Rhizoctonia solani, Macrophomina phaseolina, 
Thielaviopsis basicola, Glomerella gossypii e Botriadiplodia theobromae.
Disseminação — Pela semente, por restos culturais, pelo solo contaminado e pela chuva.
Condições favoráveis — Temperaturas baixas aumentam o tempo de germinação e favorecem o complexo de patógenos.
Temperaturas entre 18ºC e 30ºC e a umidadeelevada do solo contribuem para a infecção da planta. 
Descrição dos sintomas — O nome “tombamento” está relacionado ao sintoma mais evidente da ocorrência da doença quando 
as plantas infectadas tombam (Fig. 01).
Os sintomas do tombamento podem ser observados antes e depois da germinação (Fig. 02) até 20 dias após a emergência (Fig. 03), 
quando se completa a lignificação do caule.
O primeiro sintoma observado em uma planta infectada é o murchamento das folhas cotiledonares.
No colo ou nas raízes das plantas infectadas são observadas lesões com aspecto deprimido de cor parda escura ou parda 
avermelhada (Fig. 04) dependendo do patógeno. 
Ferimentos provocados por pragas, nematoides ou atritos (principalmente em solos arenosos) e decomposição de matéria 
orgânica de cultivos anteriores como soja (Fig. 05 e Fig. 06), milho ou forrageiras (Fig. 07 e Fig. 08) facilitam as infecções, o que 
torna a doença mais severa.
Importante — A Rhizoctonia solani é um fungo parasita necrotrófico habitante do solo. Sob temperaturas baixas as sementes 
do algodoeiro exsudam maior quantidade de açúcares e aminoácidos, o que é sumamente favorável ao patógeno.
As temperaturas baixas atrasam a germinação e a emergência das plântulas, mantendo-as por mais tempo em um estágio 
susceptível.
O Colletotrichum gossypii pode viver saprofiticamente em restos de cultura por um período de vários meses, mas são as sementes 
infectadas que constituem a principal fonte de inóculo.
12 13
Tombamento (Fig. 03)Tombamento (Fig. 02)
14 15
Tombamento (Fig. 05)Tombamento (Fig. 04)
16 17
Tombamento (Fig. 07)Tombamento (Fig. 06)
18 19
Mosaico comum
Agente causal — (“Abutilon mosaic virus” – AbMV)
Transmissão — Transmitida pelo vetor Bemisia tabaci (mosca-branca) de maneira circulativa não propagativa. 
Descrição dos sintomas — Inicialmente são observadas manchas amarelas (Fig. 01) que, ao se desenvolver, apresentam lesões 
cloróticas de cor amarela e descoloridas no limbo foliar (Fig. 02 e Fig. 03), tornando-se avermelhadas com a maturação da 
folha (Fig. 04).
A planta infectada precocemente apresenta entrenós curtos e porte reduzido.
A esterilidade da planta infectada pode ser parcial ou total (Fig. 05).
Importante — O vírus não se multiplica no vetor e não é transmitido para seus descendentes.
Observar plantas infectadas próximas umas das outras é raro (Fig. 06), já que o vírus não é transmitido de planta a planta de 
algodoeiro, apenas de plantas daninhas (malváceas) (Fig. 07) para plantas de algodão, pelo inseto vetor.
Tombamento (Fig. 08)
20 21
Mosaico comum (Fig. 02)Mosaico comum (Fig. 01)
22 23
Mosaico comum (Fig. 04)Mosaico comum (Fig. 03)
24 25
Mosaico comum (Fig. 06)Mosaico comum (Fig. 05)
26 27
Mosaico das nervuras (doença azul, mosaico das nervuras f. Ribeirão Bonito, enfermidade azul ou mosaico azul)
Agente causal — (“Cotton leafroll dwarf virus” – CLDV)
 
Transmissão — Não é transmitido via semente. É transmitido pelo vetor Aphis gossypii (pulgão do algodoeiro). O pulgão do 
algodoeiro adquire o vírus em 48 horas, que pode ser transmitido ao algodoeiro em qualquer idade. As plantas sadias expostas 
ao vetor contaminado desenvolvem os sintomas em até 18 dias após a exposição.
 
Descrição dos sintomas — Os sintomas observados caracterizam-se pelas folhas com as bordas encurvadas para baixo 
(aspecto “campanular”) (Fig. 01) e limbo rugoso, quebradiças, coloração arroxeada e azulada (Fig. 02) ou verde-escura nas 
folhas mais velhas (Fig. 03).
Inicialmente ocorre em planta isolada (Fig. 04) e evolui para ocorrências em reboleiras (Fig. 05, Fig. 06 e Fig. 07). 
As plantas infectadas ficam com o porte reduzido pelos entrenós curtos (nanismo) (Fig. 08 e Fig. 09).
Plantas jovens infectadas (fase vegetativa) tornam-se estéreis e sem produção.
Plantas em fase inicial de frutificação perdem até 50% da produção (Fig. 10) e o sintoma é observado no ponteiro com 
“azulamento” típico (Fig. 11).
Importante — O mosaico das nervuras foi constatado pela primeira vez no Brasil em 1938 e o vírus era denominado “Cotton 
mosaic vein virus” - CMVV. E em 1962–1964, foi detectada uma estirpe mais agressiva denominada “var. Ribeirão Bonito”. 
Para o agente causal desta virose, foi proposta a nomenclatura “Cotton leafroll dwarf virus” - CLRDV.
Para o controle da doença as populações do vetor devem ser mantidas em níveis baixos.
 O controle efetivo de soqueiras e tigueras é essencial para o controle da doença na área, principalmente em sistemas de rotação 
de culturas, tanto na área de plantio como em áreas vizinhas à lavoura plantada (Fig. 12, Fig. 13 e Fig. 14).
Mosaico comum (Fig. 07)
28 29
Mosaico das nervuras (Fig. 02)Mosaico das nervuras (Fig. 01)
30 31
Mosaico das nervuras (Fig. 04)Mosaico das nervuras (Fig. 03)
32 33
Mosaico das nervuras (Fig. 06)Mosaico das nervuras (Fig. 05)
34 35
Mosaico das nervuras (Fig. 08)Mosaico das nervuras (Fig. 07)
36 37
Mosaico das nervuras (Fig. 10)Mosaico das nervuras (Fig. 09)
38 39
Mosaico das nervuras (Fig. 12)Mosaico das nervuras (Fig. 11)
40 41
Mosaico das nervuras (Fig. 14)Mosaico das nervuras (Fig. 13)
42 43
Vermelhão (Fig. 01)
Vermelhão
Agente causal — (“Cotton anthocyanosis virus” - CAV)
 
Transmissão — Não é transmitido via semente. Mantém-se em plantas hospedeiras alternativas, soqueiras e tigueras.
É transmitida pelo vetor Aphis gossypii (pulgão do algodoeiro). A transmissão é do tipo persistente não propagativo, ou seja, 
o vírus não se multiplica no vetor, embora ele se mantenha virulífero por um longo período e vá perdendo gradativamente 
a capacidade de transmissão.
Descrição dos sintomas — Os sintomas em plantas jovens são observados quando as plantas infectadas apresentam 4 a 5 
folhas verdadeiras (Fig. 01).
Os sintomas são mais acentuados em plantas adultas a partir dos 60 DAE (dias após a emergência) (Fig. 02).
As plantas infectadas inicialmente apresentam as folhas dos terços inferior e médio avermelhadas ou arroxeadas em áreas 
limitadas pelas nervuras (Fig. 03), mas em estádios avançados algumas folhas do terço superior podem se tornar totalmente 
vermelhas (Fig. 04). Podem apresentar o sintoma de murcha (Fig. 05), quase sempre observado em plantas isoladas na área.
Importante — O sintoma de folhas avermelhadas e/ou arroxeadas pode ser provocado por vários outros fatores como ataque de 
pragas (percevejo-castanho, broca da raiz e ácaro-rajado), doenças (fungos de solo), umidade excessiva do solo (alagamentos), 
injúrias de produtos químicos (Inseticidas, fungicidas e herbicidas), deficiências nutricionais (Magnésio, potássio e fósforo), 
insolação (queimadura de sol) e senescência.
44 45
Vermelhão (Fig. 03)Vermelhão (Fig. 02)
46 47
Vermelhão (Fig. 05)Vermelhão (Fig. 04)
48 49
Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 01)
Mela (rizoctoniose)
Agente causal — Rhizoctonia solani e Phytothora capsici
Disseminação — Pela semente, por restos culturais, solo contaminado e pela chuva.
 
Condições favoráveis — Temperaturas noturnas amenas abaixo de 20ºC e alta pluviosidade. 
 
Descrição dos sintomas — No início são pontuais e com aspectos oleosos (Fig. 01, Fig. 02 e Fig. 03), depois são observadas 
nas folhas cotiledonares das plântulas as lesões em forma de “V” (Fig 04 e Fig. 05), que rapidamente evoluem para uma 
necrose do cotilédone (Fig. 06), depois para o pecíolo (Fig. 07 e Fig. 08) e posteriormente para a haste (Fig. 09), necrosando-a 
e provocando perda de stand.
As linhas de plantio mais próximas de acúmulos de água são as que mais apresentam perdas de plântulas e têm o stand mais 
prejudicado (Fig. 10).
50 51
Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 03)Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 02)
52 53
Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 05)Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 04)
54 55
Mela – Rhizoctoniasolani (Fig. 07)Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 06)
56 57
Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 09)Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 08)
58 59
Mela 
Agente causal — Thanatephorus cucumeris
Disseminação — Por restos culturais, solo contaminado, pela chuva e pelo contato folha a folha ou planta a planta.
 
Condições favoráveis — Temperaturas entre 25ºC e 30°C e umidade relativa do ar acima de 80%.
 
Descrição dos sintomas — No início são observadas lesões de aspecto oleoso (Fig. 01 e Fig. 02). Com a evolução as lesões oleosas 
podem tomar todo o limbo foliar e adquirir a característica de escaldadura ou podridão mole (Fig. 03, Fig. 04, Fig. 05 e Fig. 06).
As folhas infectadas disseminam o fungo quando se aderem a folhas sadias, principalmente nos terços inferior e médio das 
plantas (Fig. 07).
Em condições de baixa umidade as lesões ficam restritas a manchas necróticas (Fig. 08, Fig. 09 e Fig. 10).
Mela – Rhizoctonia solani (Fig. 10)
60 61
Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 02)Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 01)
62 63
Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 04)Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 03)
64 65
Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 06)Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 05)
66 67
Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 08)Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 07)
68 69
Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 10)Mela – Thanatephorus cucumeris (Fig. 09)
70 71
Murcha de Verticilium (Fig. 01)
Murcha de Verticilium (verticiliose) 
Agente causal — Verticilium dahliae
Disseminação — Pela semente, pela água (superficial), pelo vento e pelo solo contaminado.
 
Condições favoráveis — Temperaturas entre 22ºC e 32ºC e alta umidade do solo rico em matéria orgânica. 
 
Descrição dos sintomas — Geralmente observada em reboleiras, a verticiliose tem seus sintomas parecidos com os da fusariose. 
Nas reboleiras as plantas com sintomas são mais dispersas que na fusariose (Fig. 01).
Os sintomas observados são a murcha das plantas ou das folhas (Fig. 02) e a dessecação dos vasos lenhosos do caule (Fig. 03) 
de forma mais difusa que na fusariose.
A evolução dos sintomas é mais lenta que na fusariose.
Importante — O patógeno pode permanecer viável no solo por vários anos por meio da formação de microescleródios, 
mesmo sem a presença de hospedeiros apropriados, mas pode ser um fraco competidor e tende a desaparecer rapidamente 
do solo. 
72 73
Murcha de Verticilium (Fig. 03)Murcha de Verticilium (Fig. 02)
74 75
Murcha de Fusarium (Fig. 01)
Murcha de Fusarium (fusariose) 
Agente causal — Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum
Disseminação — Pela semente infectada, pelo solo contaminado, pelo vento, por implementos e restos de cultura.
 
Condições favoráveis — Temperaturas entre 25ºC e 32ºC e alta umidade do solo, solo arenoso, pH baixo, baixos teores de 
potássio e associação à presença de nematoides (Meloidogyne incógnita, Rotylenchus reniformis e Pratylenchus brachyurus).
 
Descrição dos sintomas — Nas plantas jovens ocorre inicialmente em plântulas isoladas que disseminam em reboleiras, podendo 
atingir toda a lavoura. Nessas plântulas ocorre o amarelecimento e o enegrecimento dos cotilédones, que posteriormente 
secam e produzem a morte da planta jovem.
Nas plantas adultas os sintomas se iniciam pelas folhas inferiores, que ficam com áreas irregulares de cor amarela, que 
posteriormente necrosam, e em casos extremos podem provocar a morte da planta.
As plantas sobreviventes sofrem sequelas que são caracterizadas pela redução do porte da planta (Fig. 01 e Fig. 02).
Os vasos lenhosos do caule apresentam dessecações resultantes da oxidação e polimerização dos compostos fenólicos do 
parênquima do xilema (Fig. 03 e Fig. 04), menos difusas que na verticiliose, observadas na secção transversal do caule.
Importante — A infecção pelas raízes é favorecida por nematoides. A relação do nematoide na expressão da murcha de Fusarium 
é bastante profunda. O nematoide facilita a penetração e predispõe o hospedeiro fisiologicamente à atuação do fungo.
76 77
Murcha de Fusarium (Fig. 03)Murcha de Fusarium (Fig. 02)
78 79
Nematoides (carijó) 
Agente causal — Meloidogyne incognita, Pratylenchus brachyurus e Rotylenchulus reniformis
Descrição dos nematoides
- Meloidogyne incógnita (nematoide das galhas)
Embora ocorra em praticamente todas as regiões produtoras de algodão, causa mais danos em áreas de solos arenosos e de 
clima tropical e subtropical (28°C a 32°C).
Reproduz por partenogêneses e o macho pode ser encontrado no solo e nas raízes, mas isso não é determinante para a 
reprodução.
É endoparasita e sedentário e induz a formação de galhas, causando a modificação celular e provocando a perda de raízes, 
assim reduzindo a eficiência do sistema radicular.
O ataque prejudica a translocação de água e nutrientes e altera a coloração das folhas tornando-as “carijós”, reduzindo o porte 
e a produtividade das plantas atacadas.
Sua ocorrência é observada em reboleiras.
 
- Pratylenchus brachyurus (nematoide das lesões)
Considerado de importância secundária para a cultura do algodão. Normalmente provoca a redução do crescimento das 
plantas. Tem forma reniforme (forma de rim) e completa todo o seu ciclo dentro da raiz. O macho não é parasita. 
- Rotylenchulus reniformis (nematoide reniforme)
Ocorre em solos de teores médios de argila (30%).
Considerado um dos principais problemas fitossanitários da cultura do algodão, é uma espécie semiendoparasita. As fêmeas 
imaturas e vermiformes são as únicas que apresentam um estágio infectivo.
Não são observados nódulos nas raízes atacadas nem reboleiras definidas de ataque no campo. 
As plantas atacadas têm o porte reduzido e a característica de folhas “carijós” não é muito comum, lembrando deficiências 
nutricionais (manganês).
Murcha de Fusarium (Fig. 04)
80 81
Nematoides (Fig. 01)
Descrição dos sintomas — As folhas das plantas atacadas apresentam característica “carijó” (mosqueamento de coloração 
amarelada). Os sintomas de “carijó” observado nas folhas de plantas jovens inicialmente são semelhantes à deficiência nutricional 
de manganês (Fig. 01). Com a evolução dos sintomas são observadas lesões secas nas bordas e entre as nervuras das folhas 
atacadas (Fig. 02, Fig. 03 e Fig. 04). As mesmas características são observadas nas folhas das plantas adultas (Fig. 05 e Fig. 06). 
As folhas “carijós” permanecem visíveis nas plantas adultas durante praticamente todo o ciclo da cultura (Fig. 07). 
As raízes poderão ou não apresentar nodulações e deformidades, tanto em plantas jovens quanto em plantas adultas (Fig. 
08 e Fig. 09).
Nas plantas atacadas por nematoides se observa um menor desenvolvimento vegetativo (Fig. 10) com menor 
produtividade.
O ataque ocorre em reboleiras (Fig. 11) e as plantas entre as reboleiras apresentam aspecto conhecido como vôo de pica-pau 
(plantas altas e plantas baixas) (Fig. 12).
Outro fator é a característica de deficiência nutricional (K, Mg e N) observada nas plantas atacadas.
Importante — Os sintomas descritos acima referem-se à ocorrência de nematoides e não identificam a espécie.
Para o conhecimento de espécie ou espécies ocorrentes é necessário coletas de solo e raízes das plantas suspeitas para análise 
e identificação.
82 83
Nematoides (Fig. 03)Nematoides (Fig. 02)
84 85
Nematoides (Fig. 05)Nematoides (Fig. 04)
86 87
Nematoides (Fig. 07)Nematoides (Fig. 06)
88 89
Nematoides (Fig. 09)Nematoides (Fig. 08)
90 91
Nematoides (Fig. 11)Nematoides (Fig. 10)
92 93
Pinta-preta (mancha-preta, mancha de Alternaria ou mancha de estenfílio) 
Agente causal — Alternaria sp. e Stemphylium solani
Disseminação — Pelo vento, por máquinas, homem e restos de cultura.
 
Condições favoráveis — Para Alternaria sp., temperaturas amenas entre 20ºC e 25ºC, alta pluviosidade eperíodos 
nublados. 
Para Stemphylium solani, temperaturas entre 25°C e 30°C, alta pluviosidade e umidade relativa acima de 80%.
 
Descrição dos sintomas
- Alternaria sp.
Nas folhas ocorrem pequenas manchas de formato circular, com as bordas enegrecidas e o centro marrom ou cinza (Fig. 01 
e Fig. 02).
As lesões vão evoluindo em número (Fig. 03, Fig. 04, Fig. 05 e Fig. 06) e podem coalescer formando áreas necróticas de formato 
irregular. Quando evoluídas dificilmente ultrapassam 10 mm de diâmetro (Fig. 07).
As lesões velhas apresentam o centro seco e quebradiço, podendo perfurar o limbo foliar, provocando a queda das folhas 
(Fig. 08, Fig. 09 e Fig. 10).
Nas maçãs novas ocorrem lesões circulares deprimidas e enegrecidas (Fig. 11), que provocarão inicialmente o apodrecimento 
do lóculo e posteriormente a podridão total da maçã (Fig. 12).
- Stemphylium solani
Nas folhas ocorrem manchas de formato irregular de cor negra a marrom-escura e que posteriormente se tornam avermelhadas 
e de tamanhos variados (Fig. 01).
As lesões velhas apresentam o centro claro-esbranquiçado com rachaduras (Fig. 02).
Importante — Pelas condições favoráveis aos agentes causais (Alternaria sp. e Stemphylium solani) serem semelhantes, é comum 
ocorreram simultaneamente.
Os sintomas da Pinta-preta podem ser confundidos com injúrias de defensivos, principalmente herbicidas dessecantes com 
ação de contato resultante de derivas de aplicações em outras culturas.
Nematoides (Fig. 12)
94 95
Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 02)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 01)
96 97
Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 04)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 03)
98 99
Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 06)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 05)
100 101
Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 08)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 07)
102 103
Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 10)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 09)
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Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 12)Pinta-preta – Alternaria sp. (Fig. 11)
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Pinta-preta – Stemphylium solani (Fig. 02)Pinta-preta – Stemphylium solani (Fig. 01)
108 109
Mofo-branco (Fig. 01)
Mofo-branco
Agente causal — Sclerotinia sclerotiorum
Disseminação — Para novas áreas, pelas sementes contaminadas por escleródios aderidos ou infectadas. Localmente é 
disseminado pela água, pelo vento, pelo trânsito de máquinas e de pessoas na forma de ascósporos.
Condições favoráveis — Temperaturas entre 5ºC e 30ºC, sendo ótimo em torno de 25ºC. Períodos úmidos superiores a 7 dias 
favorecem a germinação do escleródio, que produz o apotécio, o qual, por sua vez, produz os ascósporos, que são dispersos pelo 
vento e podem sobreviver por até 12 dias no campo. Podem sobreviver no solo por alguns anos na forma de escleródios. 
 
Descrição dos sintomas — Ataca toda a parte aérea da planta. Causa lesões de início pequenas, que rapidamente infectam 
todo o tecido lesionado (Fig. 01). Os tecidos apresentam uma podridão mole e úmida, seguida de morte de hastes, ramos e 
pecíolos (Fig. 02 e Fig. 03).
Ao se desenvolver, a doença apresenta partes afetadas de cor amarela e posteriormente marrom.
As flores do algodoeiro, após a fecundação, formam o substrato onde ocorre o inóculo primário do patógeno, na junção do 
ramo com o pecíolo (Fig. 04).
Com umidade ocorre a formação de micélio branco, com aspecto cotonoso (Fig. 05).
Após a formação do micélio, surgem os escleródios, inicialmente brancos (Fig. 06), tornando-se negros quando maduros (Fig. 07).
Geralmente a doença ocorre na forma de reboleiras.
Nas folhas, observa-se um aspecto de queima por água quente, que ocasiona lesões necróticas parciais ou totais, com ou sem 
a formação de micélio e de escleródios (Fig. 08).
Nas maçãs ocorre a formação de escleródios internamente e externamente.
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Mofo-branco (Fig. 03)Mofo-branco (Fig. 02)
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Mofo-branco (Fig. 05)Mofo-branco (Fig. 04)
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Mofo-branco (Fig. 07)Mofo-branco (Fig. 06)
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Mancha de corinespora 
Agente causal — Corynespora cassiicola
Disseminação — Por respingos de chuva e restos de cultura.
 
Condições favoráveis — Temperaturas entre 18ºC e 21ºC e umidade relativa alta. Existem vários hospedeiros para o 
patógeno.
 
Descrição dos sintomas — Nas folhas ocorrem inicialmente pequenas manchas de cor parda com halo amarelo (Fig. 01 e Fig. 02).
Quando as lesões evoluem se tornam grandes manchas ainda circulares de cor castanha, formando anéis concêntricos de cor 
mais escura (Fig. 03, Fig. 04, Fig. 05 e Fig. 06).
Com a evolução dos sintomas ocorre a queda das folhas infectadas.
Mofo-branco (Fig. 08)
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Mancha de corinespora (Fig. 02)Mancha de corinespora (Fig. 01)
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Mancha de corinespora (Fig. 04)Mancha de corinespora (Fig. 03)
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Mancha de corinespora (Fig. 06)Mancha de corinespora (Fig. 05)
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Mancha de mirotécio (Fig. 01)
Mancha de mirotécio 
Agente causal — Myrothecium roridum
Disseminação — Pode ocorrer via semente. Ocorre de partes infectadas para partes sadias das plantas por meio de respingos 
das chuvas, orvalho ou irrigação.
 
Condições favoráveis — Temperaturas entre 21ºC e 27ºC, alta umidade do ar e alta pluviometria.
Amplitude térmica ideal de 25ºC a 28ºC e UR de 90%.
Em plantas de algodão comercialmente cultivadas, as lesões ou injúrias provocadas por pragas ou agentes químicos (Fig. 01), 
(fertilizantes ou herbicidas) associadas às condições climáticas favoráveis, iniciam a infecção na lavoura.
Quedas de estruturas produtivas, como pétalas de flores fecundadas ou botões florais por cavitação (Fig. 02) ou o contato de 
folhas infectadas com outras estruturas da planta, aumentam a infecção na lavoura (Fig. 03). 
Descrição dos sintomas — O patógeno é um saprófita de solo que sob certas condições pode produzir sintomas em todos os 
estágios de desenvolvimento do algodoeiro. O inóculo primário pode ser oriundo do solo ou de outras plantas infectadas.
Nas folhas ocorrem manchas com anéis concêntricos, circundadas por halo violeta ou avermelhado (Fig. 04), e apresentam 
esporodóquios negros circundados por hifas de cor branca. Inicialmente são isolados e, à medida que a lesão evolui, aumentam 
o número de esporodóquios (Fig. 05 e Fig. 06). Os esporodóquios são irregulares e podem ser encontrados tanto na face inferior 
como na superior das folhas (Fig. 07 e Fig. 08) e nas brácteas (Fig. 09 e Fig. 10). Inicialmente as lesões são isoladas, mas podem 
coalescer (Fig. 11). As lesões foliares podem provocar desfolhas severas (Fig. 12).
Nos pecíolos (Fig. 13), caules e nas maçãs, as lesões são de forma irregular e de cor escura, e apresentam no seu interior 
os esporodóquios. Nas maçãs observam-se esporodóquios quando ocorre infecção no nectário (Fig. 14), quando a flor em 
decomposição fica presa à maçã (Fig. 15) ou quando a infecção evolui da bráctea para a maçã (Fig. 16 e Fig. 17). 
Importante — Em plantas tigueras ou soqueiras em áreas de plantio de algodão sobre algodão, e mesmo em plantas daninhas, 
as lesões ou injúrias de herbicidas utilizados em aplicações dirigidas ou protegidas (Fig. 18), associadas às condições climáticas 
favoráveis, podem iniciar a infecção na lavoura comercial.
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Mancha de mirotécio (Fig. 03)Mancha de mirotécio (Fig. 02)
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Mancha de mirotécio (Fig. 05)Mancha de mirotécio (Fig. 04)
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Mancha de mirotécio (Fig. 07)Mancha de mirotécio (Fig. 06)
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Mancha de mirotécio (Fig. 09)Mancha de mirotécio (Fig. 08)
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Mancha de mirotécio (Fig. 11)Mancha de mirotécio (Fig. 10)
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Mancha de mirotécio (Fig. 13)Mancha de mirotécio (Fig. 12)
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Mancha de mirotécio (Fig. 15)Mancha de mirotécio (Fig. 14)
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Mancha de mirotécio (Fig. 17)Mancha de mirotécio (Fig. 16)
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Ramulária (míldio, falsomíldio, míldio areolado, oídio ou ramulariose)
Agente causal — Ramularia areola
Disseminação — Pelo vento, pela água e pelo trânsito de máquinas e pessoas.
Condições favoráveis — Temperaturas entre 12ºC e 32ºC e alta umidade do ar, acima de 80%, porém sobrevive a 20%. Noites 
úmidas seguidas de dias secos. Lavouras ou reboleiras mais desenvolvidas ou lavouras sombreadas e úmidas.
Descrição dos sintomas — A Ramularia areola sobrevive sobre lesões em restos de cultura como tigueras e soqueiras (Fig. 01 
e Fig. 02), e os esporos produzidos nessas condições constituem o inóculo primário, principalmente em áreas de plantio de 
algodão sobre algodão.
A lesão inicial geralmente é observada na face inferior da folha e é conhecida como véu ou mancha azulada (Fig. 03 e Fig. 04), 
pela característica de cor azul.
O sintoma inicial evolui para lesões maiores com esporulações (Fig. 05 e Fig. 06). As folhas infectadas ficam amareladas e 
distribuídas pelo terço inferior das plantas (Fig. 07, Fig. 08 e Fig. 09), e com a evolução dos sintomas caem se prendendo nos 
ramos da planta (Fig. 10) ou ao solo (Fig. 11 e Fig. 12), aumentando o inóculo para novas infecções.
A ramulária, quando evoluída, apresenta na face inferior das folhas lesões ou manchas angulosas, com características 
pulverulentas de cor branca e/ou amarela (Fig. 13). Essas lesões apresentam aspecto farináceo e as bordas dos ângulos são bem 
definidas. Também podem ser observadas lesões nas faces inferior e superior das folhas em alguns casos. Esta característica pode 
ser observada em várias fases de evolução das infecções (Fig. 14, Fig. 15, Fig. 16, Fig. 17, Fig. 18, Fig. 19, Fig. 20 e Fig. 21).
Após a infecção, manchas arroxeadas poderão ser observadas ao redor dos pontos de esporulação.
Nas faces inferiores e superiores das folhas do terço superior das plantas também se observa a cor arroxeada das lesões nas 
infecções de final de ciclo da cultura (Fig. 22, Fig. 23, Fig. 24 e Fig. 25). Essa característica arroxeada provavelmente ocorre pela 
necrose após as esporulações do patógeno.
Importante — As infecções severas nas lavouras durante o final de ciclo da cultura poderão ocasionar a queda das folhas do 
terço superior sobre capulhos já abertos (Fig. 26 e Fig. 27), provocando perda de qualidade por “apimentamento” no processo 
de colheita. 
Algumas manchas provocadas por escorrimento de calda de aplicações ou oxidações (Fig. 28, Fig. 29 e Fig. 30) podem confundir 
a identificação do sintoma inicial da ramulária. 
Mancha de mirotécio (Fig. 18)
144 145
Ramulária (Fig. 02)Ramulária (Fig. 01)
146 147
Ramulária (Fig. 04)Ramulária (Fig. 03)
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Ramulária (Fig. 06)Ramulária (Fig. 05)
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Ramulária (Fig. 08)Ramulária (Fig. 07)
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Ramulária (Fig. 10)Ramulária (Fig. 09)
154 155
Ramulária (Fig. 12)Ramulária (Fig. 11)
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Ramulária (Fig. 14)Ramulária (Fig. 13)
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Ramulária (Fig. 16)Ramulária (Fig. 15)
160 161
Ramulária (Fig. 18)Ramulária (Fig. 17)
162 163
Ramulária (Fig. 20)Ramulária (Fig. 19)
164 165
Ramulária (Fig. 22)Ramulária (Fig. 21)
166 167
Ramulária (Fig. 24)Ramulária (Fig. 23)
168 169
Ramulária (Fig. 26)Ramulária (Fig. 25)
170 171
Ramulária (Fig. 28)Ramulária (Fig. 27)
172 173
Ramulária (Fig. 30)Ramulária (Fig. 29)
174 175
Nessa manifestação da ramulose, os sintomas são observados nas plantas adultas por meio de manchas necrosadas em folhas, 
pecíolos, galhos, hastes e brácteas (Fig. 19, Fig. 20, Fig. 21, Fig. 22 e Fig. 23). 
Importante — A necrose ou lesão inicial da ramulose pode ser confundida com lesões de picadas de insetos sugadores (Fig. 
24), principalmente cigarrinhas (Agalli sp.). Nesse caso o acompanhamento da evolução dos sintomas diferencia os sintomas 
e denuncia a ocorrência da ramulose.
Ramulose (superbrotamento)
Agente causal — Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides
Disseminação — Pela semente infectada ou contaminada, sobrevive em plantas voluntárias, e é disseminada pela água, pelo 
vento e pelo trânsito de máquinas e pessoas.
Condições favoráveis — Temperaturas entre 25ºC e 30ºC e alta umidade do ar, acima de 80%. A sobrevivência do patógeno 
no solo, em restos de cultura, é de até nove meses.
Descrição dos sintomas — A principal fonte primária do inóculo da ramulose são sementes infectadas ou restos de cultura 
contaminada, comum em plantios sucessivos (Fig. 01).
Observam-se quatro características de sintomas nas plantas infectadas, sendo mancha nas folhas, queima do ápice, redução 
do porte e superbrotamento. 
A lesão inicial é observada na forma de manchas arredondadas necrosadas nas folhas jovens do ponteiro das plantas (Fig. 02). 
Com o crescimento da folha, ocorre a rasgadura da necrose, denominando-a mancha estrelada (Fig. 03).
A ramulose evolui das folhas jovens para as novas folhas jovens, aumentando a infecção no ponteiro das plantas (Fig. 04, Fig. 
05, Fig. 06 e Fig. 07).
Nos pecíolos (Fig. 08), nos galhos (Fig. 09) ou na haste principal (Fig. 10) são observadas lesões escuras que geralmente 
provocam a queda das folhas.
Com a evolução dos sintomas na planta, observam-se lesões nos ponteiros, provocando a morte do meristema apical (Fig. 11, 
Fig. 12, Fig. 13 e Fig. 14), ramificações, redução de internódios (Fig. 15) e o superbrotamento (Fig. 16).
Geralmente as ocorrências de ramulose são observadas em reboleiras (Fig. 17).
A ramulose também pode ser observada em manifestações tardias na lavoura, denominando-se ramulose tardia. Nesta 
manifestação, geralmente se observam a redução de internódios e o superbrotamento apenas no terço superior das plantas 
infectadas (Fig. 18), não provocando redução de produtividade.
Embora não provoque redução de produtividade, devemos considerar a importância dessa ocorrência para a disseminação 
da doença via semente contaminada.
176 177
Ramulose (Fig. 02)Ramulose (Fig. 01)
178 179
Ramulose (Fig. 04)Ramulose (Fig. 03)
180 181
Ramulose (Fig. 06)Ramulose (Fig. 05)
182 183
Ramulose (Fig. 08)Ramulose (Fig. 07)
184 185
Ramulose (Fig. 10)Ramulose (Fig. 09)
186 187
Ramulose (Fig. 12)Ramulose (Fig. 11)
188 189
Ramulose (Fig. 14)Ramulose (Fig. 13)
190 191
Ramulose (Fig. 16)Ramulose (Fig. 15)
192 193
Ramulose (Fig. 18)Ramulose (Fig. 17)
194 195
Ramulose (Fig. 20)Ramulose (Fig. 19)
196 197
Ramulose (Fig. 22)Ramulose (Fig. 21)
198 199
Ramulose (Fig. 24)Ramulose (Fig. 23)
200 201
Ferrugem do algodoeiro (Fig. 01)
Ferrugem do algodoeiro 
Agente causal — Phakopsora gossypii ou Cerotelium desmium
Disseminação — Pelo vento.
Condições favoráveis — Alta umidade relativa do ar, molhamento foliar e grande amplitude térmica.
 
Descrição dos sintomas — A ferrugem do algodoeiro caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas pústulas, variando de 1 a 
3 mm, de cor palha a marrom, com halos arroxeados nas faces inferiores e superiores das folhas (Fig. 01 e Fig. 02). As pústulas 
desenvolvem-se abaixo da epiderme da face inferior da folha e quando maduras liberam uma massa pulverulenta de esporos 
que amarelam e coalescem (Fig. 03).
202 203
Ferrugem do algodoeiro (Fig. 03)Ferrugem do algodoeiro (Fig. 02)
204 205
Mancha angular (Fig. 01)
Mancha angular (bacteriose do algodoeiro, crestamento bacteriano)
Agente causal — Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum
Disseminação — Por meio de sementes infectadas como inóculo primário e restos de cultura, pelo vento, pela chuva, pela 
irrigação, por danos de insetos e implementos agrícolas.
Condições favoráveis — Temperaturas entre 30ºC e 36ºC e alta umidade do ar, acima de 85%, alta pluviosidade e cultivos 
adensados.
Descrição dos sintomas — Os ciclos secundários da mancha angular são favorecidos por respingos de água(chuva ou irrigação) 
que dispersam a bactéria a curtas distâncias. A bactéria, ao penetrar na planta via estômato ou ferimento, inicia a infecção.
Nas folhas aparecem lesões de formato angular e de aspecto oleoso, delimitadas pelas nervuras (Fig. 01). Quando a folha 
infectada é exposta contra a luz, observa-se que as lesões em evolução são de cor verde-clara e as lesões necrosadas são de 
cor marrom-escura (Fig. 02 e Fig. 03).
A distribuição das lesões é percebida por todo o limbo foliar (Fig. 04 e Fig. 05) ou ao longo das nervuras secundárias ou 
principais (Fig. 06 e Fig. 07).
Em infecções mais severas observam-se grandes áreas necrosadas e quebradiças (Fig. 08). Nesse caso, ocorrerá desfolhamento, 
principalmente do terço inferior.
Na bráctea as lesões têm forma circular, de aspecto oleoso (Fig. 09) 
Nos pecíolos (Fig. 10), galhos e caules surgem manchas alongadas e necróticas, enfraquecendo a haste e exterminando os 
ramos. 
Nas maçãs as lesões têm formato circular, inicialmente com aspecto oleoso e escuro, posteriormente ficando pretas e deprimidas 
(Fig. 11). Essas lesões provocam queda dos frutos novos, destruição ou abertura precoce das lojas infectadas. A infecção da 
maçã pode atingir o interior e as sementes, provocando amarelecimento das fibras e entrada para outras doenças.
206 207
Mancha angular (Fig. 03)Mancha angular (Fig. 02)
208 209
Mancha angular (Fig. 05)Mancha angular (Fig. 04)
210 211
Mancha angular (Fig. 07)Mancha angular (Fig. 06)
212 213
Mancha angular (Fig. 09)Mancha angular (Fig. 08)
214 215
Mancha angular (Fig. 11)Mancha angular (Fig. 10)
216 217
Apodrecimento de maçãs (Fig. 01)
Apodrecimento de maçãs
Agente causal — Alternaria spp., Ascochyta gossypii, Aspergillus flavus, Bacillus pumilis, Colletotrichum spp., Erwinia aroideae, 
Fusarium spp., Lasiodiplodia theobromae, Myrothecium roridum, Pantoea agglomerans, Phoma exígua, Phomopsis sp., Phythophthora 
spp., Rhizoctonia solani e Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum.
Condições favoráveis — O excesso de chuvas, a umidade relativa alta com dias nublados e as lesões de origem mecânica, 
fisiológica ou entomológica nas maçãs favorecem o apodrecimento.
 
Descrição dos sintomas — Em consequência do complexo de patógenos, os sintomas podem ser bastante variados.
Normalmente as maçãs ficam escuras e moles, e em alguns casos com lesões deprimidas e com cores diversas desde cor branca 
até arroxeada.
Quanto às lesões de origem mecânica, destacam-se as injúrias provocadas por fertilizantes (KCL) ou por herbicidas (Fig. 01), 
que deveriam ser utilizados em aplicações dirigidas ou protegidas.
Quanto aos fatores fisiológicos, o potencial de apodrecimento é acentuado pela má formação das maçãs (Fig. 02 e Fig. 03), 
por infecção do nectário (Fig. 04 e Fig. 05), pela maturidade dos frutos (Fig. 06 e Fig. 07), pela decomposição da flor presa pelo 
estigma (Fig. 08) e pela deposição de folhas sobre os frutos (Fig. 09 e Fig. 10).
Quanto às lesões de origem entomológica, destacam-se os danos provocados por lagartas e percevejos (Fig. 11 e Fig. 12).
As condições climáticas favoráveis são as maiores responsáveis pelas maiores perdas de frutos na lavoura (Fig. 13, Fig. 14 e 
Fig. 15).
Importante — O apodrecimento de maçãs pode ser influenciado pelas opções adotadas e pelas práticas operacionais realizadas 
durante todo o ciclo da cultura. O espaçamento entre linhas, a densidade de plantas, as regulagens dos equipamentos de 
aplicação dirigida (defensivos e fertilizantes), o controle de pragas que atacam os frutos, o controle de doenças que provocam 
desfolhas e o uso de reguladores de crescimento são alguns dos exemplos que, associados ao excesso de chuvas, influenciam 
em um maior ou menor potencial de apodrecimento de maçãs em uma lavoura.
218 219
Apodrecimento de maçãs (Fig. 03)Apodrecimento de maçãs (Fig. 02)
220 221
Apodrecimento de maçãs (Fig. 05)Apodrecimento de maçãs (Fig. 04)
222 223
Apodrecimento de maçãs (Fig. 07)Apodrecimento de maçãs (Fig. 06)
224 225
Apodrecimento de maçãs (Fig. 09)Apodrecimento de maçãs (Fig. 08)
226 227
Apodrecimento de maçãs (Fig. 11)Apodrecimento de maçãs (Fig. 10)
228 229
Apodrecimento de maçãs (Fig. 13)Apodrecimento de maçãs (Fig. 12)
230 231
Apodrecimento de maçãs (Fig. 15)Apodrecimento de maçãs (Fig. 14)
232
Literatura consultada
CASSETARI NETO, D.; MACHADO, A. O. Doenças do algodoeiro: diagnose e controle. Cuiabá: UFMT, 2000. 47 p.
IAMAMOTO, Marcos Massantsu. Doenças foliares do algodoeiro. Jaboticabal: Funep, 2003. 41 p.
JULIATTI, Fernando Cezar; POLIZEL, Analy Castilho. Manejo integrado de doenças na cotonicultura brasileira. Uberlândia: Eduf, 
2003. 142 p.
SUASSUNA, Nelson Dias; ARAÚJO, Alderí Emídio. Ferrugem tropical do algodoeiro. Campina Grande, PB, 2003. 17 p. (Embrapa, 
Documento 114).
MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO E MANEJO DAS DOENÇAS DO ALGODOEIRO. 2001, Cuiabá. Anais do Workshop de 
Doenças do Algodão: Identificação e Controle. Cuiabá: Fundo de Apoio à Cultura do Algodão, 2001. 167 p.
IAMAMOTO, Marcos Massantsu. Doenças do algodoeiro. Integração patógeno-hospedeiro. Jaboticabal: Funep, 2007. 61 p.

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