Serviço Social - 4º Semestre

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SERVIÇO SOCIAL – 4º SEMESTRE
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Itumbiara/Go
2015
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual individual, relativa ao 3º e 4º Semestre do curso Serviço Social, Portifólio para as Disciplinas de:Fundamentos Históricos Teoricos e Metodológicos do Serviço Social III, Ética Profissional em Serviço Social, Fundamentos das Políticas Sociais e Administração e Planejamento em Serviço Social. Docente: Danillo Ferreira de Brito, Clarice Kernkamp, Maria Lucimar Pereira E Rosane Malvezzi
Itumbiara/GO
2015
Sumário
Introdução
O objetivo do trabalho a seguir é voltado as construções políticas sociais, no Brasil ,e resgatar os aspectos históricos da construção das políticas sociais no Brasil, despertando a compreensão quanto aos processos determinantes que incidem na atual formatação das políticas sociais no Brasil.
Tem como objetivo contribuir para a compreensão do processo de constituição e desenvolvimento das Políticas Sociais na sociedade capitalista contemporânea particularizando, o caso brasileiro e as políticas de natureza sócio-assistencial, o impacto das novas tecnologias numa sociedade globalizada e suas conseqüências. Onde o comportamento a cada momento e transformado devido a interferência de fatores sociais como os conflitos culturais e sociais. A sociedade em que vivemos uma sociedade capitalista em que a tecnologia já esta incorporada no cotidiano mais nem toda tecnologia tem o mesmo significado para todos, sendo que cada um tem sua particularidade.
A questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade. Isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Em outros termos, nem todos analisam que existe uma contradição entre capital e trabalho. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população – aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las. É entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens.
Processo de Construção das Políticas Sociais Brasileira
As políticas sociais pode ser um fenômeno de associação das constituições da sociedade burguesa ou capitalista produzindo e reproduzindo, refletir sobre as políticas públicas.
O serviço social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interativo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais. Surge da emergência da questão social do conjunto das expressões da desigualdade social, econômica como também cultural.
O surgimento da “questão social” está associado às reivindicações da classe trabalhadora por algum tipo de proteção social, dada a consciência da miséria a que estava submetida. Sendo assim, é indissociável do processo de acumulação e dos efeitos que reproduz sobre o conjunto da classe trabalhadora.
O serviço social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho. Questão social apreendida como um conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada (IAMAMOTO, 2000, p. 27).
É fundamental o reconhecimento de que o Estado tem responsabilidade nas condições de vida e trabalho dos indivíduos, principalmente da classe trabalhadora.
A política social foi entendida como estratégia de intervenção do governo nas relações sociais originadas a um mundo da produção, foi uma estratégia estatal entre interesses conflitos.
A intervenção do Estado consistia na implementação de assistência social, de prestação de serviços sociais, que contemplava uma diversidade de informações e ações, como adoção, internamento, reabilitação ,consultas medicas , atendimento psicossocial, reinserção social. Alem dessas, também eram consideradas medidas de políticas sociais a construção de equipamentos sociais e de subsídios. As medidas políticas também eram compreendidas como políticas sociais como a proteção do consumidor e normatividade dos procedimentos educativos.
As políticas sociais surgiram como forma de amenização e ate mesmo de enfretamento da situação de precariedade de direitos humanos, existentes em governos autoritários. A política social brasileira, até os dias atuais , assume características de modo que sobreponham a relação entre Estado –sociedade - capitalismo.
Trazer à tona a dura realidade que fazem parte de uma significativa parcela da população brasileira é importante para falarmos de direitos sociais, como: a pobreza, os conflitos de classe , a contradição e a exclusão social e a miséria. Partindo dessa idéia, pautada da relação capital e trabalho, surgiu a questão social, provocando a classe dominante, que impunha respostas diversas como a melhora de vida e harmonia, bem como ameaças e repressão.
Buscando então uma forma de melhoria o Estado passa a intervir por meio da política social nas expressões da questão social vivenciada das mais variadas faces do cotidiano da classe trabalhadora como; o desemprego, analfabetismo, prostituição infantil, violência, moradia precária entre outras.
A Constituição de 1988 lançou as bases para uma expressiva alteração da intervenção social do Estado, alargando o arco dos direitos sociais e o campo da proteção social sob responsabilidade estatal, com impactos relevantes no que diz respeito ao desenho das políticas, à definição dos beneficiários e dos benefícios. A intervenção estatal, regulamentada pelas leis complementares que normatizaram as determinações constitucionais, passou a referir-se a um terreno mais vasto da vida social, tanto com objetivos de equalizar o acesso a oportunidades, como de enfrentar condições de destituição de direitos, riscos sociais e pobreza.
Entendimentos da Questão Social
O enfrentamento da questão social vai-se expandindo diariamente, juntamente com os problemas que essa questão traz para a nossa realidade. Toda essa desigualdade social que existe hoje em dia é conseqüência de toda uma política que é engajada de forma errada, a sociedade que é a parte principal e a parte prejudicada nessa história, não toma medidas para eliminar esse mal.
Com toda essa discussão de questão social, onde faz parte desse enredo a violência, o analfabetismo, e os recursos naturais da região são exportados, nunca reinvestidos, o que torna dramático o quadro de desigualdades sociais. Em resumo, o problema da pobreza crônica da população da Mata Sul é político e só pode ser resolvido politicamente. Isso muda quando o Estado de Pernambuco e a maioria dos municípios da região forem governados segundo parâmetros radicalmente diferentes dos atuais. E esta mudança começa pela priorização de políticas que melhorem a educação pública, a medicina preventiva, a geração de oportunidades de emprego e renda. É preciso ter em mente que num quadro de carências tão severas, sequer os grandes investimentos estruturadores produzirão resultados positivos, porque os empregos gerados estarão fora do alcance da população.
O enfrentamento da questão social vai-se expandindo diariamente, juntamente com os problemas que essa questão traz para a nossa realidade. Toda essa desigualdade social que existe hoje em dia é consequência de toda uma política que é engajada de forma errada, a sociedade que é a parte principal e a parte prejudicada nessa história, não toma medidas para eliminar esse mal.
Com toda essa discussão de questão social, onde faz partedesse enredo a violência, o analfabetismo, a pobreza, a educação entre outros, ficamos ciente de que tudo isso é um contexto que não se pode resolver em dias. Todos esses problemas sociais que fazem parte de nosso cotidiano são encarados pela população de forma obsoleta, onde os políticos fecham os olhos e não interferem pelo povo. A "questão social" é o resultado do conflito da relação capital x trabalho, e suas múltiplas expressões referem-se a todas as mazelas causadas pelo sistema capitalista, ou seja, desemprego, violência, risco social, violação de direitos, entre outros. “Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões cotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade.
Com toda essa discussão de questão social, onde faz parte desse enredo a violência, o analfabetismo, a pobreza, a educação entre outros, ficamos ciente de que tudo isso é um contexto que não se pode resolver em dias. Todos esses problemas sociais que fazem parte de nosso cotidiano são encarados pela população de forma obsoleta, onde os políticos fecham os olhos e não interferem pelo povo. A "questão social" é o resultado do conflito da relação capital x trabalho, e suas múltiplas expressões referem-se a todas as mazelas causadas pelo sistema capitalista, ou seja, desemprego, violência, risco social, violação de direitos, entre outros. “Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões cotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade.
Contradição das políticas sociais e da assistência social
As políticas sociais brasileiras configuram-se por meio de um sistema de seguros sociais e programas de assistência ás pessoas em situação de pobreza. O fato é que esses programas, além de limitados e compensatórios, não dão conta das demandas sociais expressadas pelos seus usuários.
Polyara Pereira (1999, p. 54) define as políticas sociais. “Como um fenômeno contraditório, porque ao mesmo tempo em que responde positivamente aos interesses dos representantes do trabalho, proporcionando-lhes ganhos reivindicados na luta constante contra o capital, preservando o potencial produtivo da mão de obra, em alguns casos, desmobilizando a classe trabalhadora.”
Quando analisa a presença da assistência social constitui-se do “conjunto de praticas que o Estado desenvolve de forma direta ou indireta, junto às classes subalternizadas com sentido aparente compensatório de sua exclusão”.
Direitos
Os direitos políticos, ou de cidadania, resume o conjunto de direitos que regulam a forma de participação popular no governo. A Constituição Federal elenca um conjunto de preceitos, os quais proporcionam ao cidadão a participação do povo no governo, por seus representantes, exigiu a formação de um conjunto de leis, denominado direitos políticos.
Jose Afonso da Silva citando Pimenta Bueno, esclarece como sendo direitos políticos: “As prerrogativas, os atributos, faculdades ou poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de seu país, intervenção direta ou só indireta, mais ou menos ampla, segundo a intensidade de gozo desses direitos.”
Considerações Finais
As construções das políticas sócias no Brasil tem a origem do capitalismo na vida social, refletir sobre a política social a partir de seus fundamentos históricos nos possibilita entende-la como uma política que, mesmo originada na ordem burguesa, se contrapõe á lógica do capitalismo.
Em si mesma a política social é uma política de garantia de direitos sociais, e de estabelecimento de um sistema de proteção social, para que as pessoas possam se manter, e sobreviver, usufruindo em algum grau da riqueza socialmente produzida. Isto traduz o reconhecimento da indigência de asseguração dos indivíduos.
A questão social desde muito é encarada pela própria sociedade como responsabilidade tão e somente do governo. Por outro lado os problemas sociais passaram a ser encarados como decorrentes da carência de recursos materiais e intelectuais, assim com da pobreza. Esta, por sua vez, vista como causa individual e de responsabilidade de cada um.
As dificuldades por que passam os brasileiros são tidas como problemas sociais, estas por sua vez, se ultrapassarem ao nível considerado “normal”, passam a serem consideradas como fenômeno social. As injustiças e desigualdades sociais que não representam ameaças diretas ao controle político e da ordem são deixados à mercê, tolerados, deixados no campo daquilo que consideram como sendo normal. Já a violência, seqüestros, homicídios, dentre outros, por serem ameaças diretas à ordem e ao poder, têm prioridade da ação governamental, quando ganham investimentos pesados, mesmo sem grandes resultados, pois as suas causas estão vivas e bastantes potenciais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROCO, Maria Lucia. Os fundamentos sócio-históricos da ética. In: CAPACITAÇÃO em Serviço Social Política Social. Brasília: UnB, 1999.
FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
IAMAMOTO, Marilda V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. Ensaios críticos. São Paulo, Cortez Ed., 2000.
ROSSI, Cristina. JESUS, Sirlei Fortes de. Política Social I. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
SANTINI, Maria Ângela, Ética Profissional: Serviço Social. São Paulo: Pearson, 2009.