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Sistemas Embarcados

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Camila Gasparin
Jeferson Demarche
Pedro Lemos
Rafael Alevato
Thomáz Goulart
Noção Introdutória a Sistemas Embarcados
Florianópolis
2014
Camila Gasparin
Jeferson Demarche
Pedro Lemos
Rafael Alevato
Thomáz Goulart
Noção Introdutória a Sistemas Embarcados
Trabalho apresentado a disciplina Introdução às Engenharias Elétrica e Eletrônica, ministrado pela professora Dra. Helena Flavia Naspolini, para obtenção de nota no curso de graduação em Engenharias Elétrica e Eletrônica, na UFSC.
Florianópolis
2014
Resumo
Este documento tem como objetivo discorrer sobre sistemas embarcados de forma geral, informando o que é, para que serve e o que você pode fazer nesta área. Todo o conteúdo é voltado para graduandos de engenharia elétrica e eletrônica da UFSC, tendo como alvo despertar o interesse dos alunos pela área. As conclusões foram que é uma área muito extensa com mercado de trabalho em expansão e é ideal para quem procura uma junção de informática com eletrônica.
Palavras-chave: Sistemas embarcados, engenharia elétrica, engenharia eletrônica.
Abstract
This document aims to discuss about embedded systems in a general way, stating what it is, what it does and what can you do in this area. All content is designed for graduates of electrical and electronic engineering at UFSC, targeting arouse students’ interest in the area. The conclusions were that is a very large area with expanding labor market and is ideal for those who seek for a computer junction with electronics.
Key words: Embedded Systems, Eletrical engineering, Eletronic engineering.
Sumário
INTRODUÇÃO	 11
O QUE É UM SISTEMA EMBARCADO?	 13
COMO SÃO DESENVOLVIDOS?	 15
GRADUAÇÃO	 17
SISTEMAS EMBARCADOS NA UFSC	 19
MERCADO DE TRABALHO	 21
GRANDE EMPRESAS E P&D	 23
ÁREAS DE ATUAÇÃO	 25
APLICAÇÕES	 27
Relógio Digital	 27
Console de Vídeogame	 27
Veículos em marte	 28
CONCLUSÃO	 31
REFERÊNCIAS	 33
Introdução
Sistemas embarcados são todos os sistemas digitais com base em um microprocessador, em que o sistema é dedicado à função para qual foi programado a realizar. Ao contrário dos tradicionais computadores, um sistema embarcado destina-se a execução de tarefas predefinidas e específicas. Visto que o sistema possui especificidade em sua execução, é possível otimizar seu projeto quanto a recursos computacionais, custo ou mesmo tamanho, adequando-se as condições necessárias para o seu funcionamento.
Os objetivos deste documento são esclarecer a função de sistemas embarcados, a maneira com que são desenvolvidos e empregados, cursos da UFSC enfocados no tema, bem como a área de atuação e aptidões para aqueles interessados no ramo. Um documento focado principalmente para os graduandos de engenharia elétrica e eletrônica.
Está organizado em oito partes. Primeiramente abordamos o que são sistemas embarcados explicando bem as comuns confusões com outras áreas. Na segunda parte optamos por enfatizar como são desenvolvidos, especificando bem como se desenvolve um microprocessador, que é a base de todo sistema embarcado. Na terceira parte, foi dado destaque a parte da graduação, mostrando cursos da área que são oferecidos pela UFSC e a diferença entre os cursos dentro de sistemas embarcados. Como graduandos da UFSC, consideramos importante destacar o estudo e desenvolvimento dos sistemas na universidade, detalhando sobre o GSE que é o grupo de sistemas embarcados da UFSC. Na quinta e sexta partes discutimos sobre o mercado de trabalho nesta área tecnológica, discorrendo sobre o futuro do mercado e as maiores empresas da área. Em Áreas de Atuação foi discutido sobre exigências comuns do mercado de trabalho e sobre quais as aptidões necessárias para exercer as mais variadas funções. Finalmente escolhemos colocar algumas possíveis aplicações para servir de exemplos de como é desenvolvido um sistema embarcado.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e na internet, enriquecida com análise de palestra laboratorial (LCS).
O que é um sistema embarcado?
Um sistema embarcado é um sistema de finalidade especial no qual o computador está completamente encapsulado pelo dispositivo que ele controla. É uma combinação de hardware e software (e talvez partes adicionais mecânicas ou eletrônicas) desenvolvido para realizar uma tarefa dedicada predeterminada com requerimentos específicos. Como esta tarefa específica é bem definida, pode-se desenvolver o sistema para ser mais eficiente, reduzindo o custo de produção e o tamanho do produto final.
Um computador pessoal, apesar de também ser composto de hardware, software e componentes mecânicos, não é desenvolvido para efetuar uma função dedicada e sim para ser um sistema genérico, não sendo considerado então um sistema embarcado. É comum o utilizar o termo computador de uso geral para diferenciá-lo de um sistema embarcado, apesar de geralmente ter vários sistemas embarcados (geralmente periféricos) como o mouse, o teclado e o modem. Esses três são projetados para realizar uma função específica, o mouse apenas para mexer o cursor, o teclado apenas para digitação e o modem que recebe e envia um sinal digital através de uma linha telefônica. 
Frequentemente um sistema embarcado também é um componente dentro de um sistema maior, como por exemplo em carros e caminhões modernos que contém vários sistemas embarcados. Um controla o freio ABS, outro controla as emissões e a quantidade de combustível injetada e outro mostra estas funções no painel.
Note que essas funções poderiam ser construídas sem o uso da integração de processador e software, substituindo por um circuito integrado por exemplo. No entanto o primeiro oferece maior flexibilidade e é geralmente mais fácil, barato e gasta menos energia ao ser utilizado em um sistema embarcado.
Por definição, todo sistema embarcado contém um processador e um software, mas a presença de outros componentes são comuns, como as memórias, tanto ROM (Read-Only Memory) como RAM (Random Access Memory), que guardam o código a ser executado e outras informações necessárias. É comum também a presença de entradas e saídas. Entradas são obtidas geralmente na forma de sensores, sinais digitais ou controles externos como botões. Saídas são geralmente mostradores, sinais de comunicação ou alterações no mundo físico externo.
Há também restrições em tempo real, se as funções e os cálculos não são feitos dentro de um tempo específico, o sistema falhará (por exemplo no caso dos freios ABS). E esse é o desafio de se projetar um sistema embarcado, desenvolver um sistema que consegue facilmente prever sua performance, executando os cálculos dentro do tempo que for necessário. Isto pode ser feito através de hardware melhores ou de polimento no software.
Como são desenvolvidos?
	
Sistemas embarcados têm como característica principal o fato de serem produzidos para realizar tarefas específicas e pré-definidas. Por esta razão, os sistemas embarcados têm pouca flexibilidade depois de montado e suas plataformas têm limites bem definidos. Ao se começar um novo projeto, primeiro é necessário definir os objetivos do sistema e as restrições, então é definido os componentes mais adequados e as tarefas necessárias para cumprir com o objetivo. A partir deste momento o desenvolvimento é iniciado, envolvendo a programação das tarefas e a montagem dos componentes.
O processador é a base de todo sistema embarcado, onde as funções serão executadas. É necessário que o desenvolvimento do software a ser introduzido no processador (firmware) seja feito em uma plataforma externa ao dispositivo. Isto pode ser feito em um computador pessoal comum, ao qual geralmente se dá o nome de Host.
As plataformas de desenvolvimento (Host) têm grande capacidade de armazenamento, grande capacidade de processamento, interfaces adequadas para o desenvolvimento, e são muito flexíveis, o que permite executar as ferramentasnecessárias para o desenvolvimento do software. As plataformas onde as aplicações desenvolvidas serão executas são chamadas Plataformas Alvo ou Target. Os microprocessadores em geral são exemplos de plataformas alvo.
Para que as aplicações produzidas na plataforma de desenvolvimento sejam transferidas às plataformas alvo é necessário uma interface entre as plataformas. Para isto se estabelecem configurações Host/Target. Entre elas estão: Linked Setup, Removable Storage Setup e Standalone Setup. A configuração Linked Setup é a mais utilizada atualmente. Nesta configuração as plataforamas são conectadas através de um cabo. A interface RS-232, USB e Ethernet são as mais comuns na comunicação com o Target. Este tipo de configuração é tambem usado porque possibilita a depuração (ajuste de erros) do software na plataforma alvo.
Na configuração Removable Storage a cópia da aplicação é transferida por dispositivos removíveis como placas de gravação. Embora seja usado, é obsoleto porque não permite a depuração eficaz do aplicativo.
Há ainda a configuração Standalone. Utilizadas em plataformas robustas, nesta configuração as ferramentas de desenvolvimento são executas na plataforma alvo e a paltaforma de desenvolvimento é utilizada apenas para acessar a plataforma alvo.
TinyOS usado em dispositivos de redes sem-fio e Windows CE (Dreamcast) são exemplos de sistemas operacionais embarcados. Também é muito utilizado a arquitetura de processamento x86, linux e outras linguagens como C, C++ e Assembly
Graduação
	
Uma boa formação acadêmica define o seu futuro na área de sistemas embarcados e as graduações mais indicadas são ciências da computação, engenharia elétrica ou eletrônica, sendo os focos de cada formação diferentes.
Em ciências da computação o enfoque é na parte de desenvolvimento de software que são as funções a serem executadas pelo sistema. Entre as proficiências aprendidas estão projetar programas tanto para firmwares quanto para as funções mais complexas, teste e solução de problemas e métodos de otimização de algoritmos.
No caso da engenharia elétrica e eletrônica, o foco maior é no desenvolvimento do hardware que é o equipamento que terá o sistema embarcado. Entre os conhecimentos adquiridos estão projetar circuitos digitais, trabalhar com processamento de sinais, desenvolver novas arquiteturas de microprocessamento, otimização do consumo de energia e análise dos melhores componentes para cada sistema. Assim, é priorizado obter a maior capacidade de processamento no menor espaço e com a maior confiabilidade e otimização. 
A qualidade da formação do profissional depende de fatores mensuráveis e imensuráveis. Entre os fatores mensuráveis estão a qualidade do curso e da universidade, o índice de aproveitamento acadêmico, conhecimento diversos como linguagens de programação, cursos de extensão, especialização e pós-graduação. Os fatores imensuráveis são o trabalho em grupo, liderança, seu esforço pessoal e os demais aspectos que não podem ser medidos através de provas, trabalhos e notas.
É importante destacar que os cursos de engenharia, a exemplo dos cursos da UFSC, têm grande parte de sua carga horária reservada para disciplinas optativas, ou seja, parte do currículo é determinado pelo próprio aluno, podendo este escolher pelo foco em sistemas embarcados ou qualquer outra área que lhe aprouver. 
No currículo do curso de engenharia elétrica e eletrônica da UFSC existem disciplinas que, encadeadas, tratam do assunto, a exemplo da optativa INE5439 – Sistemas Embarcados, cujas disciplinas de pré-requisito são EEL5105 – Circuitos e Técnicas Digitais, INE5406 – Sistemas Digitais e INE5411 – Organização de Computadores I. A disciplina de Sistemas Embarcados discorre sobre tópicos como entradas e saídas (sensores e atuadores), unidades de processamento (microprocessadores e DSPs), memórias, compactação de código e ferramentas de projeto de hardware e software.
Outra disciplina como a EEL7323 – Programação C++ para Sistemas Embarcados tem como pré-requisito o curso EEL7021 – Computação Científica I e leciona sobre estrutura de dados, encapsulamento, tratamento de exceções, alocação de memória e programação de sistemas embarcados.
No programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da UFSC é oferecida a disciplina EEL410143 - Programação de Sistemas Embarcados e discute tópicos como sistema operacional, orientação a objetos, classes, estrutura de dados, encapsulamento, system-on-a-chip e teste e verificação. 
	
Sistemas Embarcados na UFSC
Além da pós-graduação em Engenharia Elétrica com disciplina que trata de Sistemas Embarcados, a UFSC conta com o LCS – Laboratório de Comunicações e Sistemas Embarcados do qual fazem parte o GPqCom - Grupo de Pesquisa em Comunicações e o GSE - Grupo de Sistemas Embarcados. Figura 1 - GSE
Disponível em: <http://gse.ufsc.br/> Acesso em: 26/11/2014
Figura 2 – Atividades do GSE
O GSE conta com mais de 25 pós-graduandos e alunos de iniciação científica, sob o comando dos professores Dr. Anderson W. Spengler, Dr. Djones Lettnin e Dr. Eduardo Augusto Bezerra. O grupo é focado em projetos, análises e verificação de sistemas embarcados e system-on-chips. Atualmente o grupo também estuda as aplicações nas áreas espacial, automotiva, médica, comunicação móvel e automação industrial. Os principais tópicos de pesquisa incluem:Disponível em: <http://gse.ufsc.br/> Acesso em: 26/11/2014
Plataformas ARM
HDL e FPGA (Xilinx, Altera, Microsemi)
Plataformas virtuais baseadas em SystemC (Cadence Virtual System Plataform)
Aplicações espaciais (nano satélites, computador on-board, comunicação, navegação)
Síntese de alto level (Cadence C-to-Silicon)
Verificação funcional
Projeto Digital (Cadence Encounter Digital Implementation)
Desenvolvimento de controladores
Programação orientada a objeto (Java, C++)
O grupo também é responsável por lecionar algumas disciplinas relacionadas a área de sistemas embarcados para gruaduação e pós-graduação:
INE5439 – Sistemas Embarcados
EEL5105 – Circuitos e Técnicas Digitais
EEL7323 – Programação C++ para Sistemas Embarcados
EEL7020 – Sistemas Digitais
EEL410143 - Programação de Sistemas Embarcados
EEL410038 – Sistemas Digitais e Dispositivos Lógicos Reconfiguráveis
O GSE também conta com a ajuda de vários parceiros, entre eles as empresas AEL Sistemas, Cadence Academy Network, Cadence Design Systems, TeletexSul, o centro Space Science Centre (Sussex, UK), e a universidade University of Tübingen (Tübingen, DE), entre outras.
Mercado de Trabalho
O profissional formado nesta área não encontra dificuldades para se inserir ao mercado de trabalho, tendo em vista que é uma das áreas que mais cresce no mundo. A demanda por profissional especializado é enorme. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas não conseguem encontrar profissionais e, por conta disso, os salários estão em alta. No resto do mundo, a situação não é diferente, por esse motivo a demanda deve aumentar ainda mais nos próximos anos. 
No Brasil o uso de sistemas embarcados em projetos inovadores já é realidade há algum tempo, um exemplo disso são as urnas eletrônicas utilizadas nas últimas eleições, contudo o grande número de empregos ofertados pelo mercado ficam comprometidos pela falta de profissionais qualificados. A pesquisa feita pela ABINEE só comprova esse fato, segue: “De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) a demanda do setor é 50% maior do que a formação de profissionais na área.”.
A taxa de crescimento médio anual esperada para o período dos próximos cinco anos é de 14%, segundo o estudo da BCC Research, para o crescimento se consolidar precisamos ter profissionais especializados e preparados para a demanda ofertada.
O futuro dos embarcados está em sistemas inteligentes e conectados à internet, devido ao constante crescimento tecnológico o profissional deverá sempre mante-se atualizado diante do mercado e se adequar aos padrões e quesitos já pré-estabelecidos, tendo em vistarecente pesquisa feita pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) onde aponta e projeta a escassez de engenheiros até 2020. Os profissionais que se enquadrarem nas exigências do mercado de embarcado inteligente estarão um passo à frente para o sucesso profissional. 
Grandes empresas e P&D
	
Como já mencionado, um sistema embarcado é composto de um software e um dispositivo que execute as ordens do firmware. Os firmwares são produzidos pelas grandes empresas de software, enquanto os dispositivos (hardware) são produzidos principalmente pelas grandes empresas desenvolvedoras de microprocessadores. Entre as grandes empresas de software estão Microsoft, Oracle, IBM, SAP e Symantec.
As empresas desenvolvedoras de microprocessadores são: Texas Instruments, ARM, Microchip, Freescale, Atmel, STMicroelectronics, NXP, Intel, Renesas, Xilinx, Altera, Broadcom, AMD, Silicon Labs, Maxim, Analog Devices, Zilog, Cypress, Samsung, NVIDIA, Qualcomm.
Entre as empresas desenvolvedoras de hardware para sistemas embarcados podemos destacar a Texas Instruments como sendo uma das empresas mais fortes no mercado mundial de semicondutores e especialmente microprocessadores.
A Texas Instrumentes tem inovado desde a década de 1930 com a invenção de diversos dispositivos práticos e amplamente utilizados. No entanto, seu início se deu com a busca de hidrocarbonetos.
Em 1930 foi fundada e GSI (Geophyisical Service Incorporated) com o objetivo de especializar-se em métodos de explorar mineral e de hidrocarbonetos. Aos poucos a empresa estende-se pelo mundo. Em 1941, sob nova direção muda os rumos e sai do negócio petrolífero em direção ao desenvolvimento de dispositivos para detecção de submarinos para os EUA tendo, assim, envolvimento na Segunda Guerra Mundial. Em 1951 assume o nome de Texas Instruments, entrando no mercado de semicondutores e tornando-se uma empresa de capital aberto. Por volta dessa época desenvolve o transistor de silício e em 1967 a primeira máquina calculadora de bolso.
Em 1969 produtos da TI equipam a nave espacial da missão Apolo, responsável por levar o primeiro homem à Lua. No mesmo ano entregam ao governo americano o primeiro sistema guiado por laser para mísseis. Na virada do século está envolvida no desenvolvimento de processadores de sinal digital e dispositivos analógicos. Hoje é líder mundial na área e por isso alavancam o desenvolvimento de semicondutores orientados à internet.
Já nas empresas de software podemos destacar a IBM. Uma das empresas mais antigas do mundo na área de TI a IBM teve seu início como uma empresa desenvolvedora de máquinas de contabilidade (CTR – Computing Tabulating Recording). Em 1924, passa a se chamar International Business Machine. A partir de então a sigla IBM passou a ser a fórmula pela qual a indústria resolvia seus problemas. Assim como a Texas Instruments teve um envolvimento não nobre na Segunda Guerra Mundial ajudando a Alemanha por automatizar o sistema de identificação, controle e transferência de prisioneiros. Após a guerra a empresa continua a se expandir e em meados da década de 70 a IBM se instala no Brasil.
A filial brasileira possui o segundo maior centro de prestação de serviços da IBM. Em 2010 a IBM instalou nessa mesma sede o Laboratório de Pesquisas IBM. Focado nas áreas de Química, Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Ciência de materiais, Matemática, Física e ciências de serviços, gerenciamento & engenharia, o laboratório representa um grande centro de pesquisa e desenvolvimento de software e soluções na área de TI. Em média, a IBM investe mais de 6 bilhões de dólares por ano em pesquisas.
Áreas de Atuação
As áreas de atuação em sistemas embarcados envolve vasto conhecimento em programação e eletrônica. Alguns requerem fluência em certas linguagens como C e Java e outros requerem conhecimento em projetar e construir circuitos digitais como microprocessadores, circuitos com sensores entre outros. Há então, basicamente duas áreas que você pode seguir, uma focada em programação e a outra focada em eletrônica, mas conhecimento básico de ambas é sempre requerido.
Os empregos são os mais variados, como administrador de projetos de sistemas embarcados, programadores de C/C++/Linux, desenvolvedor de Android, engenheiro especializado em firmware, engenheiro especializado em eletrônica de potência, engenheiro especializado em testes, entre outros.
Para realizar estas funções é necessário alguns requisitos que são exigidos pelas empresas para um bom desempenho da função. Entre alguns destes requisitos na área de programação estão:
Projetar estruturas de software e firmware,
Teste e solução de problemas de códigos de programação,
Fluência em linguagens de programação (entre as mais comuns estão Assembly, C, C++, JavaScript e Python),
Conhecimento de plataformas como Android e Linux,
Integração de sistemas, 
Automação de sistemas,
Gerenciamento de energia de um sistema,
Conhecimento de arquiteturas de microprocessadores,
Conhecimento de softwares de segurança,
Conhecimento de básico de circuitos eletrônicos.
Na área de eletrônica, apesar de alguns requisitos em comum, as ocupações geralmente necessitam de outros conhecimentos especializados como:
Processamento de sinais (como áudio, digitais e telecomunicações),
Implementação de sistemas eletrônicos com variedades de atuadores e sensores (como eletromagnéticos, sensores de pressão, sensores de luz e sensores de proximidade),
Projetar e implementar sistemas digitais,
Teste e solução de problemas em sistemas eletrônicos e digitais,
Conhecimento de pacotes para implementação de hardware e software,
Conhecimento de arquitetura de microprocessadores,
Projetar arquitetura de produtos,
Automação de processos.
Conhecimento de inglês é sempre requerido, já que na área de informática inglês é obrigatório. Entre outras habilidades pedidas pelos mais variados empregos estão trabalho em equipe, criatividade, liderança, experiência em administração e facilidade de comunicação com outras pessoas. 
Aplicações
	
As aplicações são as mais variadas possíveis nos mais diferentes lugares. Hoje em dia, em praticamente qualquer lugar há um sistema embarcado realizando alguma função, desde forno micro-ondas até aplicações espaciais. Alguns exemplos de projetos e os desafios encontrados estão mostrados a seguir.
Relógio Digital
	
As funções usuais em um relógio digital hoje em dia são a exibição do tempo (incluindo a data normalmente), a medida da duração de um evento em centésimos de segundo e alarme. Todas estas tarefas são simples e não requerem muito processamento ou memória e normalmente a única razão para se usar um processador é para aproveitar o mesmo projeto para os vários modelos de uma mesma marca. 
O típico relógio digital contém um simples e barato processador de 4-bit e como este não consegue registrar muita memória, geralmente ele tem a própria memória ROM no chip. Como há pouco registro este componente não necessita de uma memória RAM e todas as funções eletrônicas (processador, memória, contadores, real-time clocks) são armazenadas em um único chip. Os únicos outros elementos de hardware de um relógio digital são as entradas (botões) e as saídas (mostrador e alto-falante).
A qualidade do relógio vem da qualidade do chip usado na fabricação do mesmo e de um software bem trabalhado. Modelos mais baratos priorizam o baixo custo de produção em relação a contar o tempo de maneira precisa. Modelos mais caros tem um custo de produção maior, mas realizado com máquinas de melhor qualidade o que lhe dá mais confiabilidade.
Console de Videogame
	
Consoles de videogame podem ter capacidade de processamento maior do que os computadores pessoais, mas mantendo baixo custo de produção. Este requerimento de ser barato e ter alta performance é o desafio das empresas que o produzem. Normalmente as companhias não se importam com quanto custa para desenvolver um sistema melhor desde que o custo da produção deste novo sistema seja barato,as vezes gastando milhões de reais para desenvolver um processador customizado. Portanto os processadores de um videogame não são os mesmo de um computador pessoal, sendo altamente especializado para atender as demandas de um jogo eletrônico. 
Como o custo de produção é tão importante neste mercado, os projetistas usam truques para distribuir os custos. Uma tática comum é mover memória e outros periféricos eletrônicos do circuito principal para os cartuchos de jogos. Isto ajuda a reduzir o custo do console, mas aumenta o preço de cada jogo. 
No entanto, cada vez mais os videogames vem se aproximando de computadores pessoais, fazendo com que eles tenham que desempenhar as mais variadas funções, porém ainda se focam em especializar o processamento para executar jogos eletrônicos e assim diminuir seu custo. 
Veículos em Marte
	
Em 1976, duas espaçonaves não tripuladas aterrissaram em Marte, chamado programa Viking. Como parte de sua missão, elas tinham que coletar amostras do solo de Marte, analisar sua composição química e transmitir os resultados para os cientistas na Terra. Claramente neste caso confiabilidade nos resultados era a prioridade. 
Figura 3 – Viking 2
Disponível em: <http://visual.merriam-webster.com/>. Acesso em: 25/11/2014
Se uma memória tivesse falhado, ou se o software contivesse problemas, ou se um componente eletrônico fosse quebrado durante a aterrisagem, toda a missão poderia ter sido desperdiçada. Então várias destas falhas possíveis e muitas outras tiveram que ser eliminadas adicionando circuitos redundantes ou funcionalidades extras. Exemplos são processadores extras, função de diagnóstico de memórias, um hardware temporizado para reinicializar o sistema caso o mesmo ficasse emperrado.
Figura 4 – Viking 1
Disponível em: <http://visual.merriam-webster.com/>. Acesso em: 25/11/2014
Mais recentemente em 1997, a NASA lançou a missão Pathfinder e seu objetivo principal era mostrar que era possível chegar em Marte com um orçamento limitado. Como o pensamento era reduzir os custos, foi reduzido um pouco as redundâncias no sistema, mas ainda foi conseguido colocar mais processamento do que na missão Viking, já que houve muitos avanços tecnológicos desde a década de 70. 
Pathfinder é na verdade dois sistemas embarcados, um módulo de aterrisagem e o veículo não tripulado. O módulo tinha um processador de 32-bit e 128 MB de memória RAM. O veículo no entanto tinha um processador de 8-bit e 512 kB de memória RAM. Estas escolhas refletem as necessidade diferentes de cada sistema, otimizando a quantidade de processamento necessário e a velocidade necessária para realizar os cálculos.
Figura 5 –Missão Pathfinder
Disponível em: <http://mars.jpl.nasa.gov/>. Acesso em: 25/11/2014
Conclusão
Neste trabalho abordamos o assunto de sistemas embarcados, o que é, para que serve, como se desenvolve, requerimentos para atuar na área e mercado de trabalho. Concluímos que é uma área extremamente extensa e com um mercado de trabalho que cresce muito a cada ano. Para quem gosta de computação e resolução de problemas no dia-a-dia é a área ideal. Também foi interessante observar as mais variadas aplicações, sendo uma área bem dinâmica e com várias opções de carreiras futuras.
O objetivo deste documento era mostrar para calouros da graduação de engenharia elétrica e eletrônica um pouco mais sobre sistemas embarcados e claro aprender muito também ao fazê-lo. Todo o texto foi redigido voltado para ser o mais informativo possível e para despertar o interesse por essa área.
Como aprendizado este trabalho foi ótimo para todos, aprendendo novas formas de como trabalhar em grupo, aumentando o conhecimento da universidade e da graduação, aprendendo a redigir textos de acordo com as normas técnicas necessárias e desenvolvendo mais a capacidade de se comunicar de maneira geral. 
REFERÊNCIAS
BBC Research. Disponível em: <www.bccrecearch.com>. Acesso em: 19/11/2014.
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Disponível em: <www.confea.org.br>. Acesso em: 15/11/2014.
Embedded Carrers. Disponível em: <http://www.embeddedcareers.com/>. Acesso em: 14/11/2014.
Embedded systems. Disponível em: <http://www.engineersgarage.com/articles/embedded-systems>. Acesso em: 21/11/204.
ECS Brasil. Disponível em: <www.escbrazil.com.br>. Acesso em: 20/11/2014.
GSE UFSC. Disponível em: <http://gse.ufsc.br>. Acesso em: 18/11/2014.
História da IBM. Disponível em: <http://www.ibm.com/br/ibm/history/>. Acesso em: 20/11/2014.
IBM. Disponível em: <http://www.ibm.com/br/pt/>. Acesso em: 22/11/2014.
Jobs – Embedded Systems. Disponível em: <http://jobs.electronicsweekly.com/jobs/
embedded-systems/>. Acesso em: 22/11/2014.
LCS UFSC. Disponível em: <http://www.lcs.ufsc.br/>. Acesso em: 20/11/2014.
Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica – UFSC. Disponível em: <http://ppgeel.posgrad.ufsc.br/areas-de-conhecimento/processamento-de-informacao
/circuitos-e-sistemas-integrados-micro-nano-eletronica/>. Acesso em: 21/11/2014.
Programming Embedded Systems: With C and GNU Development Tools, por Michael Barr, Anthony Massa. Disponível em: <http://www.ece.ncsu.edu/research/cas/ecs>. Acesso em: 20/11/2014.
Sistemas Embarcados. Disponível em: <http://pt.wikibooks.org/wiki/Sistemas_operacionais/
Sistemas_embarcados>. Acesso em: 19/11/2014.
Sistemas Embarcados. Disponível em: <www.embarcados.com.br>. Acesso em: 18/11/2014.
Sistemas Embarcados. Disponível em: <www.embarcados.com.br>. Acesso em: 19/11/2014.
TI. Disponível em: <http://www.ti.com/ww/br/?DCMP=TI_Worldwide_Tracking&HQS=
Other+OT+br>. Acesso em: 22/11/2014.

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