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UNIDADE I O histórico da Alfabetização Científica • A Disciplinaridade • A Alfabetização Científica • Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS) • Entendimento Público da Ciência (EPC) • Alfabetização Científica e Técnica (ACT) Jose de Pinho Alves Filho A organização disciplinar, surgida segundo Michel Serres na cultura ocidental no século XVIII, instituiu-se no século XIX, nomeadamente com a formação das universidades modernas enquanto instâncias lotadas de um duplo papel: o de estabelecer o <<saber erudito>> e o de zelar pela sua difusão. DISCIPLINARIDADE . . . disciplinas trabalhadas, perfeitamente acabadas, que funcionam sem sobressaltos e sem surpresas, por pouco que se respeite o seu modo de emprego. (Cherval,1998) Jose de Pinho Alves Filho DISCIPLINA ESCOLAR (caracteriza-se por . . . ) MATRIZ DISCIPLINAR (que ganha forma através…) dos objetos das tarefas dos conhecimentos (1) (2) (3) Matriz disciplinar Uma matriz disciplinar parece-nos constituída pelo ponto de vista que, num momento determinado, é emitido sobre um conteúdo disciplinar e que permite a sua coerência. Este ponto de vista é constituído pela escolha de uma identidade para a disciplina considerada. Ele [ponto de vista] leva a privilegiar, determinadas técnicas, determinadas teorias, determinados métodos, determinados valores e conduz, em última análise, a valorizar determinados objetos de ensino. A escolha de uma matriz disciplinar remete, além disso, para uma escolha ideológica raramente explicitada a fundo. (2) As tarefas São ligadas a produção verbal e não verbal. Ex. - fazer um estudo do meio em Geografia; resolver problema de Matemática, Física... elaborar um relatório experimental... (1) Objeto de ensino Trata-se dos objetos de ensino que a matriz disciplinar identificou e construiu como derivando do seu campo. Note- se que o termo objeto é, aqui, empregado de forma genérica e não se refere necessariamente a uma entidade material. A técnica de resumo de texto de dada disciplina é um objeto de aprendizagem construída na disciplina com a intenção de validade para demais situações. Jose de Pinho Alves Filho (3) Os conhecimentos São os “standards” (padrões) de cada disciplina. Declarativos – são do tipo teórico (representações mentais na memória) Respondem a questão: o quê ? Processuais – são ligados aos procedimentos Respondem a questão: como fazer ? (savoir faire) Condicionais – permitem identificar em que contexto e em que condições convém mobilizar determinado processo ou estratégia. Respondem questão tipo: quando? ... ou... porquê? A DISCIPLINARIDADE LEVA A ... Jose de Pinho Alves Filho A DISCIPLINARIDADE ESTÁ LIGADA FORTEMENTE ... Sistema de Ensino Tradicional reforçado pelo positivismo • Conservador (manutenção do status) • Reprodutivista - (ideologia) • Dogmático - (conceito de verdade final) • O saber pelo saber (erudito) • Neutro - (neutralidade da ciência) • Professor transmissor - (detentor do saber) • Aluno Receptor - (tabula rasa) • Aula expositiva - (magister dixit) • Laboratório comprobatório (concepção empirista) NO CONTRAPONTO HISTÓRICO VAMOS ENCONTRAR . . . Jose de Pinho Alves Filho GÊNESE: Efeitos sobre as políticas educacionais nacionais dos mecanismos da globalização que existem desde as décadas de 1950/60. Entre esses efeitos da globalização sobre a política educativa encontra-se a idéia que seu locus de viabilidade é externo (abrangendo tanto os objetivos como os processos da política educativa), e que sua origem não pode ser encontrada em nenhum Estado - nação específico . Estado-nação: território com identidade, língua, mitos, história...próprios. . Dale (2001) constrasta duas concepções da relação educação e globalização: • a primeira concepção é a de cultura educacional mundial comum baseada em valores ocidentais, onde o desenvolvimento dos sistemas educativos nacionais e das categorias curriculares são explicados através de utilização de modelos universais de educação, Estado e sociedade, mais do que pelos fatores nacionais distintos. • a segunda concepção sustenta que é a natureza material da economia capitalista mundial, constitui a força principal da globalização que estabelece a sua influência sobre os sistemas educativos. Jose de Pinho Alves Filho Teodoro & Aníbal argumentam que a origem, a institucionalização e o incremento de uma escola de massas não é uma função específica de características endógenas a cada país, mas o resultado principal da formação do Estado - nação, alimentada por uma cultura política mundial que emergiu dos dinâmicos e múltiplos conflitos da economia-mundo capitalista. “A educação em tempos em tempos de globalização. Modernização e hibridismo nas políticas educativas em Portugal”.Revista Lusófona de Educação. Lisboa, 2007,n.10,p.13 Outros mecanismos da globalização mais recentes que tem efeito sobre as políticas educativas nacionais são: a harmonização, a disseminação, a estandardização a implantação da interdependência e a imposição (Stoer e Cortesão, 2001,p.372). Primórdios do Movimento CTS – ênfase em integração das disciplinas 1950 (+ -) 1968 – Amiens/França Outros em: 1975; 1982; 1983; 1089. 1991 Em reação à compartimentalização das disciplinas, os relatores de um colóquio convidam a procurar pontes entre as disciplinas escolares, segundo o modo da transferência ou agrupamento de disciplinas. Foi o marco da reflexão que incitava a colocação em rede de disciplinas. Anos 70 – Quebec/Canadá Iniciaram práticas de integração de matérias (indicativos). Anos 80 - programas anunciam orientações integradoras. 1991 – há uma posição oficial a integração dos saberes. 1996 – fortalecida a integração. 1984 – Liége/Bélgica A mesma constatação fez-se no espaço da Comunidade francesa na Bélgica. A organização de um colóquio Internacional sobre interdisciplinaridade pela Universidade de Liege, em 1984. Mais recentemente, em 1996, o relatório final dos Estados Gerais do ensino exigia que fossem consideradas «as possibilidades de interdisciplinaridade e de integração das matérias». Em 1997, o Relatório Inchauspé, por seu turno, privilegiava, de forma ainda mais generalizada, a «integração dos saberes». Na Suíça, prescrições institucionais visam inserir a interdisciplinaridade na formação profissional Jose de Pinho Alves Filho Na Agenda de Lisboa, os compromissos “assumido pelos países da União Européia, em 2001, os processos de educação e formação, aos níveis formal, não formal e informal naquilo que mais os caracterizam em termos de conhecimento – o currículo – tornam-se numa das prioridades européias, com ênfase para o ensino superior e para novos sistemas de formação.” Decreto Lei nº 74/2004 (Portugal) “A matriz curricular dos cursos científico- humanísticos, com exceção dos de ensino recorrente, inclui a Área de Projecto, que pretende mobilizar e integrar competências e saberes adquiridos nas diferentes disciplinas.” 2004 – Lisboa/Portugal LDB... PCN .... PCN+ Brasil TRADIÇÕES E RESISTÊNCIAS DISCIPLINARES Apesar das exortações oficiais, existem diferentes formas de resistência as propostas de colocação em rede das disciplinas: elas podem ser de ordem institucional, cultural, epistemológica... Quaisquer que sejam as razões, importa reconhecer que a lógica disciplinar permanece globalmente dominante no mundo do ensino. Sem excesso de caricatura pode-se descrever o funcionamento habitual da instituição escolar pela seguinte fórmula: Frações de alunosrecebem frações de saber em frações horárias. Desafio Romper com a hegemonia do paradigma disciplinar. Alternativa: Trabalho em rede com as disciplinas (saberes) Compreensão: Justaposição de disciplinas. Conexão ou inter-relação Transferência Interdisciplinaridade Transdisciplinaridade ATENÇÃO: ELAS NÃO DERIVAM DA MESMA INTENCIONALIDADE EDUCACIONAL Jose de Pinho Alves Filho INTERDISCIPLINARIDADE A interdisciplinaridade se organiza em torno da noção de representação de uma situação concreta e singular com a contribuição das diferentes disciplinas. INTERDISCIPLINARIDADE OBJETIVA A CONSTRUÇÃO DE UMA REPRESENTAÇÃO COM VISTA A ANALISAR UMA SITUAÇÃO Representação é entendida como um modelo simplificado de uma realidade complexa, com objetivo de aprende-la em um contexto preciso com projeto preciso. É a construção de um novo conhecimento (saber) onde concorrem os saberes dos diferentes saberes (disciplinas) A interdisciplinaridade pressupõe no mínimo duas disciplinas objetivando a construção de uma representação. É transitar entre epistemologias diferentes não confrontá-las. TRANSDISCIPLINARIDADE Objetiva a transferência de ferramentas de uma disciplina de uma disciplina para outra. Prática que postula uma disciplina emissora e outra receptora. Comparando os fundamentos de cada concepção . . . FUNDAMENTOS DISCIPLINARES Saberes eruditos de referencia (T.D.) Práticas Sociais de Referencia (PSR – exigência social) Matriz disciplinar FUNDAMENTOS INTER/TRANS-DISCIPLINARES Saberes eruditos de referencia (T.D.) mais os do senso comum Práticas Sociais de Referencia (PSR) Matriz disciplinar PRÁTICAS SOCIAIS DE REFERENCIA Da Interdisciplinaridade sublinhamos que ela está, hoje, largamente presente, tanto na esfera da pesquisa como em diferentes meios profissionais, ou mesmo em situações da vida cotidiana (a gestão de uma casa ou de uma família, a higiene alimentar...) Quanto a Transdisciplinaridade, ela está no centro da inventividade no domínio cientítico e caracteriza a especialização profissional, que consiste em operar transferências adequadas faces a novas situações. A idéia de Prática social de Referencia consiste em examinar de que maneira atividades de produção, atividades de engenharia, até mesmo atividades domésticas, etc, podem servir de referencia a atividades científicas escolares. DISCIPLINA ESCOLAR (caracteriza-se por . . . ) NOVA MATRIZ DISCIPLINAR (que ganha forma através…) dos objetos das tarefas dos conhecimentos Nova Matriz disciplinar Relativamente à matriz disciplinar, especificamos já que, a interdisciplinaridade se organiza em torno da noção de representação de uma situação concreta e singular e que a transdisciplinaridade se funda na prática da transferência. Jose de Pinho Alves Filho TRANSDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE O paradigma da Interdisciplinaridade baseia-se no pressuposto de que certas situações não podem ser dominadas no quadro de um paradigma disciplinar particular e exigem a articulação de diferentes contribuições disciplinares. Este olhar integrador, que liga as disciplinas, constitui verdadeiramente uma grade de leitura específica, determinando uma forma de investigar o real e de construir saberes. O paradigma subjacente à Transdisciplinaridade pressupõe que as transferências de um domínio a outro são fecundas, em termos de inovação ou de resolução de problemáticas. Objetos identificados pela Matriz Disciplinar Comentário/Exemplo Disciplinar • Conceitos • Leis • definições A técnica de resumo de texto de dada disciplina é um objeto de aprendizagem construída na disciplina com a intenção de validade para demais situações. Interdisciplinar • Noções • Situações • Problemáticas Conjunto que excede o campo de uma disciplina particular e requer a convocação de contribuições de diferentes disciplinas. Transdisciplinar • Situações particulares que solicitam transferências para lá das fronteiras disciplinares Construção de analogias entre duas situações ... Objeto de ensino Trata-se dos objetos de ensino que a matriz disciplinar identificou e construiu como derivando do seu campo. Note-se que o termo objeto é, aqui, empregado de forma genérica e não se refere necessariamente a uma entidade material. Produção Comentário/exemplo Disciplinar • São ligadas a produção verbal e não verbal - fazer um estudo do meio em Geografia; resolver problema de Matemática, Física... elaborar um relatório experimental... Interdisciplinar • A tarefa própria da interdisciplinaridade consiste na construção de uma representação interdisciplinar de uma noção, situação ou problemática. Relatório sobre o uso obrigatório do cinto de segurança, cadeirinha para criança, .. – é altamente complexo. Transdisciplinar • Em termos de tarefa, a especificidade da transdisciplinaridade reside no processo de transferência de conceitos, modelos, ferramentas de uma disciplina a outra. Estas transferências são feitas com vista a esclarecer situações, resolver questionamentos ou problemas, construir novos modelos ... Conceito de “dominância” de... Biologia ? Psicologia ? Sociologia ? Economia? As tarefas Conhecimentos Disciplinar Declarativos – são do tipo teórico (representações mentais na memória Processuais – são ligados aos procedimentos Condicionais – permitem identificar em que contexto e em que condições convém mobilizar determinado processo ou estratégia. Respondem a questão: o quê ? Respondem a questão: como fazer ? (savoir faire) Respondem questão tipo: quando? ... ou... porquê? Interdisciplinar Exige todos conhecimentos • Trata-se de conhecer (aspecto declarativo) • Trata-se de aplicar (aspecto processual) • Trata-se de regular e justificar procedimento (aspecto condicional) Transdisciplinar Exige todos conhecimentos • Dispor de uma base de dados na memória (declarativos) • Dominar vários processos (processual) • Pertinência de transferência (condicional) Os conhecimentos São os “standards” (padrões) de cada disciplina. A multidisciplinaridade trata de uma questão por justaposição de contribuições disciplinares, sem que os parceiros no processo tenham previamente fixado objetivos comuns. Ex. - Seminário sobre a Ilha de Santa Catarina MULTIDISCIPLINARIDADE SÓ PARA NÃO DIZER QUE FALAMOS DE FLORES.... PLURIDISCIPLINARIDADE A pluridisciplinaridade consiste em tratar uma questão justapondo as contribuições e diversas disciplinas, em função de uma finalidade convencionada entre os parceiros do processo. Ex. Seminários sobre a poluição dos rios de uma cidades Jose de Pinho Alves Filho Multi e Pluridisciplinaridade tem como traço comum a justaposição de diversas disciplinas, mais ou menos vizinhas no campo dos saberes instituídos. Diferem nos objetivos acordados ou não pelos parceiros. OS MOVIMENTOS DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍTICA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA CIÊNCIA DISCIPLINAR CIÊNCIA POR PROJETOS PEDAGOGIA DE PROJETOS RESISTE EVIDENCIA 37 A.C. C.T.S. A.C.T. E.P.C. Indícios – pós 1950 Décadas de 80 e 90 Gerard Fourez, 1994 38 C.T.S. CIÊNCIA TECNOLOGIA SOCIEDADE 39 • Indícios – pós 1950 • O movimento CTS surgiu entre as décadas de 60 e 70 • Inglaterra • EUA 40 o Contraposição ao cientificismo, que valorizava a ciência por si mesmo. o Pressão da comunidade preocupada com o distanciamento entre avançosna ciência e a estagnação da ciência escolar. o Movimentos de Contestação. o A “ nova” Filosofia da Ciência. o Movimentos sociais de reflexão sobre conseqüências negativas do uso da ciência e tecnologia. Origem do Enfoque CTS 41 Com o propósito em promover a alfabetização cientifica, capacitar o cidadão a participar do processo democrático, o enfoque passou a envolver no processo ensino aprendizagem a compreensão do impacto da ciência e da tecnologia na vida pública. 42 O enfoque CTS ¨ ... É uma concepção que aponta para um ensino que ultrapassa a meta de uma aprendizagem de conceitos e de teorias relacionadas a conteúdos canônicos, em direção a um ensino que tenha validade cultural, para além da validade científica. Tem como alvo, ensinar cada cidadão o essencial para chegar a sê-lo de fato, aproveitando os contributos de uma educação científica e tecnológica, comportamental, cognitivo, ético e comunicativo¨. (Santos, 1998). 43 CTS é multifacetado em relação as estratégias de ensino. • Palestras • Demonstrações • Sessões de questionamento • Solução de problemas • Experimentos de laboratório • Jogos de simulação •Fóruns • Debates • Pesquisa de campo • Redação de cartas para autoridades • Ação Comunitária • . . . etc 44 APRENDIZAGEM CENTRADA EM EVENTOS (ACE). É concebida como um formato particular para possibilitar o tratamento das inter-relações da ciência, tecnologia e sociedade em sala de aula. • Escolhe um <evento> em particular (extraído da vida real) • Base para o material de ensino 45 A idéia básica que fundamenta a abordagem é a de que, tanto os aspectos científicos como as implicações sociais de um produto tecnológico, podem ser melhor explorado se aprendizagem for centrada em eventos que tenham a potencialidade de capturar a atenção dos alunos. Principais características: •Ênfase na resolução de problemas reais. •Responsabilidade do aluno na aprendizagem •E natureza integrada dos conhecimentos. 46 Acidente de Chernobyl Acidente de Goiânia A construção de Angra III A transposição do rio S. Francisco O referendum popular do armamento A agroindústria nacional Transgênicos EXEMPLOS DE EVENTOS 47 E.P.C. ENTENDIMENTO PUBLICO DA CIÊNCIA 48 Entendimento Público da Ciência ( EPC ) Autores de referência: Edgard Jenkins Alan Irwin David Layton Mike Michaels Brian Wynne Joan Solomon John Ziman 49 Histórico do EPC ( décadas de 80 e 90 ): - Enquetes populacionais ( EUA e Europa) - Royal Society - Relatório Bodmer (1985) - Projetos ESRC (Inglaterra) - Movimentos CTS 50 Dimensões enfocadas pelo EPC: - que entendimento ? - que público(s) ? - que ciência ? 51 “Alfabetização Científica” x EPC - comunidade científica X grupos sociais com interesses específicos - aprendizado formal X informal - caráter prescritivo X emancipatório - “analfabetismo científico” funcional 52 EPC MODELOS INTERPRETATIVOS: DEFICIT COGNITIVO INTERATIVO 53 A.C.T. ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA GERARD FOUREZ, 1994 54 A ESCOLA ENSINA A TRATAR COM ELES ? ESPECIALISTAS E ESPECIALIDADES SOCIEDADE X COTIDIANO 55 O DESCONHECIDO . . . “SÃO” CAIXAS PRETAS ! ! ! MATERIA .................átomo . . . CORPO ................ Célula . . . TODO O CONHECIMENTO TERMINA EM IGNORÂNCIA... 56 FOUREZ cita e analisa os critérios que a “National ScienceTeacher Association dos Estados Unidos” (NSTA) estabelece para que uma pessoa seja considerada alfabetizada cientifica e tecnicamente. Assim sendo, ela precisa: 1. “Utilizar conceitos científicos e integrar valores e conhecimentos para tomar decisões responsáveis na vida cotidiana” 2. “Compreender que a sociedade exerce um controle sobre as ciências e as tecnologias, do mesmo modo que as ciências e tecnologias o fazem marcando a sociedade” · 57 3. “Compreender que a sociedade exerce um controle sobre as ciências e as tecnologias pelos canais das subvenções que ela lhes concede” 4. “Reconhecer tanto os limites como as utilidades das ciências e das tecnologias para o progresso do bem estar humano” 5. “Conhecer os principais conceitos, hipóteses e teorias científicas e ser capaz de aplica-los” 6. “Apreciar as ciências e as tecnologias pela estimulação intelectual que elas suscitam” 58 7.“Compreender que a produção do conhecimento científico depende dos processos de investigação e dos conceitos teóricos” 8.“Saber reconhecer a diferença entre os resultados científicos e as opiniões pessoais” Além destes itens FOUREZ (1994, P.36) acrescenta mais um item: 59 “ Ter uma certa compreensão da maneira que as ciências e as tecnologias foram produzidas ao longo da história”. 60 FOUREZ VÊ O ALFABETIZADO CIENTIFICA E TECNICAMENTE COMO AQUELE QUE: • SABE QUANDO RECORRER A ESPECIALISTAS, SEM SER COMPLETAMENTE DEPENDENTE DELES. • SABE QUANDO APROFUNDAR ALGUMAS NOÇÕES EM CERTOS CONTEXTOS E NO QUADRO DE CERTOS PROJETOS, OU SEJA, EM QUE MOMENTO DEVE OU NÃO ABRIR AS CAIXAS PRETAS.> • SABE RECONHECER A PERTINÊNCIA DE CONSTRUIR MODELOS SIMPLES EM UM DETERMINADO CONTEXTO 61 • SABE COMPREENDER A FECUNDIDADE E O POTENCIAL DO PENSAMENTO METAFÓRICO E SUA SOCIALIZAÇÃO. • SABE DISTINGUIR OS DEBATES TÉCNICO, ÉTICO E POLÍTICO E DECIDIR EM CADA SITUAÇÃO QUAL DELES É MAIS IMPORTANTE. SABE USAR E INVENTAR MODELOS INTERDISCIPLINARES: AS ILHAS DE RACIONALIDADE DESENVOLVER FERRAMENTAS INTELECTUAIS ! 62 Objetivos GERAIS PEDAGÓGICOS OPERACIONAIS 63 Humanista • Instrução x aumento das riquezas x bem estar das nações Objetivos Gerais Social Econômico - político •Histórico • Epistemológico •Estético • De comunicação pragmática. • Divulgar conhecimentos para tomadas de decisões • Diminuir o sentimento de impotência frente C & T 64 Objetivos Pedagógicos Comunicação • Dialogar • Fazer uso dos conhecimentos AutonomiaDomínio • Tomar decisões • Independência • Relação igualitária • Conhecimento • Saber fazer • Argumentar Negociação 65 Representar situações através da Ciência Tomar decisões face aos problemas Formação em Ciência evita RECEITAS Diminui a dependência AUTONOMIA DO INDIVIDUO 66 Comunicar situações da vida (conseqüência da teorização) Formar estruturas com palavras, noções para dizer aos outros situações de vida. Se opor a receitas e prescrições. Condições de teorizar COMUNICAÇÃO COM OS DEMAIS 67 DOMÍNIO DO MEIO AMBIENTE Conhecer o meio Saber fazer, agir ... para tomar decisões 68 Objetivos operacionais Especialistas Caixas pretas Modelos simples traduçõesModelos científicos Metáforas Negociação Saberes e Decisões Debates IR 69 ILÔT DE RACIONALITÉ ILHA DE RACIONALIDADE (IR) ILHA INTERDISCIPLINAR DE RACIONALIDADE (IIR) Proposta metodológica de Fourez: 70 É UMA REPRESENTAÇÃO TEÓRICA (modelo) DE UMA SITUAÇÃO ESPECÍFICA DEFINIDA POR UM CONTEXTO E UM PROJETO PARA A QUAL CONCORREM CONHECIMENTOS DE VÁRIAS DISCIPLINAS. 71 SEU RESULTADO É UM PRODUTO INTELECTUAL CONCRETIZADO NA FORMA DE UM RELATÓRIO, VÍDEO, CARTAZ, CD, CARTILHA, MÚSICA, PEÇA DE TEATRO ... ETC. 72 OCEANO DE IGNORÂNCIA CP CP CP CP CP CP IR (projeto) (METÁFORA da I.R.) (METÁFORA da I.R.) 73 74 M Aulade Física Aula de Biologia 75 MAS . . . E A INTERDISCIPLINARIDADE ? 76 Interdisciplinaridade Ampla Global Disciplinar Multidisciplinar Pluridisciplinar Interdisciplinar RESTRITA 77 ELEMENTOS DE ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES • Senso comum - conhecimentos gerais (cotidiano) • Tema Compartilhado – tema objeto de estudo de todos os participantes. • Conhecimento de outras disciplinas – presença de diferentes conhecimento estabelecido/validados. • Projeto Compartilhado – objetivo de estudo aceito por todos os participantes. • Produto compartilhado – solução aceita por consenso dos participantes • Negociação - aceitar a perder ou ganhar • Frouxa – decisões sem maiores justificativas • Compromissada – critérios adotadas no inicio do trabalho objetivando o produto final (informa o que pode ser negociável!) 78Ex. QUAL O VALOR DE UM CARRO? Apresenta Não apresenta Senso Comum Conhecimento de outras disciplinas Tema compartilhado Projeto compartilhado Adisciplinar Produto compartilhado Negociação compromissada GLOBAL 79 Ex. Estudo sobre corrente e resistência elétrica Apresenta Não apresenta Senso Comum Conhecimento de outras disciplinas Tema Compartilhado Negociação compromissada Projeto Compartilhado Produto Compartilhado Negociação Frouxa DISCIPLINAR 80 Apresenta Não apresenta Senso Comum Projeto compartilhado Tema compartilhado Produto compartilhado Conhecimento de outra disciplinas Negociação compromissada Semelhança com abordagem temática Negociação frouxa Ex Seminário sobre a Ilha de Santa Catarina MULTIDISCIPLINAR 81 Apresenta Não apresenta Senso Comum Produto compartilhado Tema compartilhado Negociação compromissada Projeto Compartilhado Conhecimento de outra disciplinas Negociação frouxa Ex. Seminários sobre a poluição dos rios de uma cidades PLURIDISCIPLINAR 82 INTERDISCIPLINAR RESTRITA Apresenta: Tema compartilhado Senso comum. Conhecimento das outras disciplinas Projeto compartilhado. Produto compartilhado. Negociação Compromissada 83 Negociação na IR Fourez - Busca solução para os problemas - Aceita perder ou ganhar em relação aos interesses iniciais Frouxa Compromissada Sem justificativas Critérios não compartilhados Condições de contorno Não definem o produto final Representação final Critérios compartilhados Quem e Onde Para que, para quem, Como e Quando 84 ELEMENTOS Global Disiplinar Multidisciplin ar Pluridisciplin ar Interdisciplinar Restrito Tema compartilhado SIM SIM SIM SIM SIM Senso Comum SIM SIM SIM SIM SIM Conhecimento de disciplinas cientificas NÂO NÂO SIM SIM SIM Projeto Compartilhado NÂO SIM NÂO SIM SIM Produto Final compartilhado e explícito NÂO SIM NÂO NÂO SIM Negociação Frouxa NÂO SIM SIM SIM NÃO Negociação Compromissada NÂO NÂO NÂO NÂO SIM MODELO DE APROXIMAÇÃO 85 Lembrando: É UMA REPRESENTAÇÃO TEÓRICA (modelo) DE UMA SITUAÇÃO ESPECÍFICA DEFINIDA POR UM CONTEXTO E UM PROJETO PARA A QUAL CONCORREM CONHECIMENTOS DE VÁRIAS DISCIPLINAS. SEU RESULTADO É UM PRODUTO INTELECTUAL CONCRETIZADO NA FORMA DE UM RELATÓRIO, VÍDEO, CARTAZ, CD, CARTILHA, MÚSICA, PEÇA DE TEATRO ... ETC. As que se organizam em torno de uma NOÇÃO: elaboração de uma representação multidisciplinar, sobre noções ou conceitos comumente utilizados em nossa cultura. CÉLULA ENERGIA CONTÁGIO INDIGESTÃO FOTOSSÍNTESE POLUIÇÃO TIPOS DE IIR Jose de Pinho Alves Filho & Graziela Piccoli Richetti – PUC /Set-2010 Alfabetização Cientifica e Técnica As que se organizam em torno de OBJETOS TECNOLÓGICOS : Construídas para entender algo ou alguma coisa relacionada a um componente tecnológico. Funcionamento de um forno de micro-ondas Instalação de uma usina nuclear Manual de instruções de uma furadeira Recursos oferecidos por uma câmera digital As que se organizam em torno de um PROJETO: destinadas às situações práticas ou tecnológicas, com finalidades práticas. METODOLOGIA PARA CONSTRUÇÃO DE UMA I.I.R. ETAPAS COORDENADAS Etapa Zero O Clichê Situação Problema Esquematizando a Situação Elaboração do Produto Final O Panorama Espontâneo Abertura de Caixas-pretas Teste da Representação AS ETAPAS DA IIR 91 ETAPA ZERO Elaboração da situação-problema; É extremamente importante e necessária para os professores. Organização da sequência de etapas; Atividades e avaliação; Visualizar o esquema geral. Recursos e cronograma; Tipo(s) de produto final que pode ser apresentado; Destinatários Origem Produto final Contexto Finalidade do projeto ELEMENTOS DA SITUAÇÃO PROBLEMA Natural Artificial Fictício Real critérios 93 Didático Aprendizagem Disponível Legal TEMPO A administração do tempo pode ser um fator determinante dos rumos da pesquisa. ELEMENTOS DA SITUAÇÃO PROBLEMA A produção do contexto da situação problema deve ser1: Percebido pelos alunos como um problema; Executável no intervalo de tempo disponível; Suficientemente instigador para que os alunos sintam necessidade de abordá-lo; Adaptado ao nível de conhecimentos dos alunos; CARACTERÍSTICAS DA SITUAÇÃO PROBLEMA 1PIETROCOLA, M.; PINHO ALVES, J. e PINHEIRO, T. F. Prática interdisciplinar na formação disciplinar de professores de ciências. Investigações em Ensino de Ciências, vol.8, n.2, 2003. Disponível em http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/. Percebido com alguma importância extra-classe. Passível de abordagens multidisciplinares; Schmitz (2004) acrescenta ainda: “Envolver princípios, valores e normas implícitas ou explícitas”.2 Imposição Escola Ambiente Conteúdos Caixas- pretas Cotidiano Disciplinar Multidisciplinar 2SCHMITZ, C. Desafio docente: as ilhas de racionalidade e seus elementos interdisciplinares. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, 2004. ORGANIZAÇÃO INICIAL – SÍNTESE Conhecendo a realidade. Elaborando um plano; “Levantar possibilidades versus selecionar” dos objetivos; dos conteúdos; das linhas de ação; recursos humanos, didáticos, materiais, financeiros, etc; Avaliação; Quando Produto Final Cotidiano Disciplinar Mult idisciplinar Bifurcações Atores Pontos polêmicos Quantitativ o Qualitativo Quem Como Por que Situação problema Organização Critérios ContextoDestinatário Real Fictício Origem Artificial Natural Tempo Didático Aprendizagem Disponível Legal Imposição Escola Ambiente Operacional Exeqüível Não exeqüível Conteúdos Caixas pretas Normas Implícitas Explícitas Princípios Valores Objetivos Gerais pedagógicos Operacionais Onde Com o que Recursos Humanos Internos Professor alunos Externos Especial stas Áudio Visual Cinema Vídeo Dvd Cd Disco Fita k7 Revista Jornal Artigo Pintura Foto Painel Mapas Retroprojetor Manuais técnicos Internet Computador (simulação) Materiais Museus Bibliotecas Fabrica s Lojas Repartições Equipamentos Maquete Restaurantes Laboratórios Plantações Equipe individual Técnicas Tempestade de idéias Aula expositiva Perguntas e respostas Phillips 66 e variações Grupos de cochicho Manifestação espontânea Escrito Oral Experiência Afinidade Professor Aluno Avaliação Diagnóstico Pedagógico - didática Controle No inícioEm tempo real Contíguo No próximo encontro Extra -classe No final do projeto Síntese dos elementos da Situação Problema - Finalidade 98 SITUAÇÃO PROBLEMA Como devemos proceder para avaliar qual o melhor sistema de aquecimento de água, para se utilizar em uma residência de 60 m2, situada em Florianópolis?2 2SCHMITZ, C. Desafio docente: as ilhas de racionalidade e seus elementos interdisciplinares. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC, 2004. 99 ETAPA 1 – O CLICHÊ Conjunto de perguntas que expressam as concepções e as dúvidas iniciais do grupo sobre a situação estudada. É o ponto de partida da investigação. Apresentar e contextualizar a situação problema; Fazer uma representação inicial (espontânea) do problema, envolvendo os saberes disciplinares e do cotidiano; 100 ETAPA 1 – O CLICHÊ “Verificar quais são as ideias que os alunos tem a respeito dessa questão3”. 3FOUREZ, G.; et al. Alfabetización Científica y Tecnológica. Acerca de las finalidades de la enseñanza de las ciencias, 1997, p.128. Responder perguntas como: Do que se trata? O que deve ser levado em conta? Classificar as ideias compartilhadas, objetos de controvérsia e juízo de valor. 101 Qual a forma de aquecimento que se obtém a água mais quente? Qual renda familiar? A água aquecida será utilizada aonde? De onde vem a água? Quantos litros de água aquecida serão utilizados por dia? Quantas saídas de água quente? Quantas pessoas utilizarão água quente por dia? Se utilizássemos a energia solar, quais seriam as diferenças (aquecimento, lucro, benefícios) ? Qual a forma de aquecimento em que os gastos são menores? 102 ETAPA 2 – O PANORAMA ESPONTÂNEO Ampliação do contexto do clichê sem a ajuda de especialistas. Os alunos utilizam seus conhecimentos individuais e os compartilham com seu grupo. Os alunos organizam as próximas ações, que devem ser voltadas para uma abordagem mais global e direcionadas segundo as finalidades do projeto; Refinamento das questões levantadas no clichê; 103 Listagem das posturas e tensões que podem conduzir a controvérsias durante o projeto, como questões relacionadas a vantagens, desvantagens, valores, especificidades, etc. Levantamento de normas e restrições implícitas ou explícitas, estabelecidas pela situação em relação ao aspecto técnico, comercial, ético, popular, etc. Listagem das caixas pretas: subsistemas materiais ou conceituais que podem ser estudados de forma mais aprofundada ou não (pode ser interminável). Listagem dos atores envolvidos: relação dos grupos sociais ou indivíduos envolvidos. Isso permite mostrar, além do caráter científico, a presença do elemento humano no projeto; 104 Listagem das bifurcações: escolher uma opção entre as disponíveis é uma decisão que requer uma estratégia que pode ser técnica, ética e/ou política. Listagem dos especialistas e especialidades que poderiam esclarecer a situação em estudo e, eventualmente, corrigir as representações incorretas. O produto desta etapa é a elaboração de listas ou esquemas que orientem o trabalho dos grupos. O papel do professor é fundamental para a definição das questões relacionadas com o projeto. 105 1) Condições de contorno da situação-problema: Localização da casa: Bairro Córrego Grande; Número de Cômodos: seis; Número de pessoas: quatro; Número de banheiros: 1; Número de pias: 3; Número de torneiras: 3; Formas de aquecimento: gás Possui banheira? Não; Condição da casa: Construir (ao invés de adaptar). 2) Classificação das questões: seleção das mais importantes, descarte das irrelevantes e/ou repetidas, formulação de novas (ampliação do clichê) e agrupamento das similares. 106 4) Definição dos caminhos a seguir, das questões que serão respondidas e do tipo de produto final. 3) Formação de equipes: as questões foram reunidas em sete agrupamentos. Durante a explanação do professor, surgiu a ideia de um oitavo grupo. Técnica aquecimento elétrico e a lenha Normas técnicas Saúde Ambiental EngenhariaEconomia Especialista em água Técnica aquecimento solar e a gás Página na Internet 107 Pode alterar o panorama inicial; ETAPA 3 – CONSULTA AOS ESPECIALISTAS E ABERTURA DE CAIXAS PRETAS A partir da lista produzida anteriormente serão selecionados especialistas e especialidades a serem consultados e caixas pretas que serão abertas. Responder às perguntas selecionadas; Mostrar o “seu” ponto de vista Indicar a importância de consultar vários especialistas; ENVOLVIMENTO COM DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO 108 Identificar as dimensões utilitária e cultural dos conhecimentos que podem auxiliar a esclarecer a situação-problema; Caixas pretas que serão abertas Com ajuda dos especialistas. Sem ajuda dos especialistas. Promover os objetivos pedagógicos – operacionais. Busca de princípios disciplinares para a abertura de algumas caixas pretas; 109 ETAPA 4 – INDO À PRÁTICA Momento de entrevistar pessoas, desmontar equipamentos, realizar pesquisas. Fazer com que o aluno tenha uma noção mais concreta da situação; Fazer o contexto do projeto interagir com o contexto escolar. Ampliar ainda mais o panorama espontâneo; Dimensão humana presente no projeto; 110 ETAPA 5 – BUSCA DOS PRINCÍPIOS DISCIPLINARES E < CPS> ESPECÍFICAS Estudo aprofundado de algum ponto abordado pelo projeto. Abertura aprofundada de alguma(s) Caixa(s) Preta(s), condicionada ao contexto, ao projeto, aos produtores e aos destinatários; Pode-se ou não recorrer a especialistas; As disciplinas específicas aparecem dentro de uma proposta interdisciplinar; 111 Desenvolvimento dos trabalhos buscando responder as questões escolhidas, objetivando o produto final; Ações das etapas 3, 4 e 5: Apresentação oral sobre o andamento da pesquisa; Orientações, esclarecimentos e correção de equívocos (professor); Alunos sentiram falta de delimitar a renda familiar e sugeriram R$ 2000,00/mês; 112 Consulta aos especialistas: - internos: alunos e professor da IIR; - externos: professores de Química e Biologia, usuários dos equipamentos, funcionários da CASAN e vendedores. Ações das etapas 3, 4 e 5: Abertura de algumas caixas pretas sem ajuda dos especialistas;(não é contraditório com a etapa 7?) Realização de pesquisas; 113 ETAPA 6 – ESQUEMATIZAÇÃO DA SITUAÇÃO Elaboração de uma síntese ou esquema geral que assinale os aspectos importantes. Organizar e selecionar os dados das pesquisas, apresentando os resultados; Assinalar os pontos importantes; Servir de referencial para a construção da representação; Estabelecer as condições de contorno do projeto. Construir um recurso audiovisual Estabelecer critérios para decidir; Ajudar a promover uma negociação compromissada2. Decisões voltadas para uma representação formal compartilhada, adotando como critérios as condições de contorno estabelecidas. É preciso considerar quem e onde está sendo realizado o projeto e para que, para quem, como e quando será feita a representação formal compartilhada. 2SCHMITZ, 2004. Continuidade da pesquisa; Organização do material já pesquisado; Escolha do tipo de aquecimento para a casa. 115 ETAPA 7 – ABERTURA DE CPs SEM A AJUDA DE ESPECIALISTAS Construção de modelos aproximados e provisórios que envolvem assuntos relacionadas ao cotidiano. Fazer o bom uso dos especialistase dos modelos simples; Promover a autonomia dos alunos; Alunos e/ou professor assumem a responsabilidade de fornecer as informações; MOMENTO DE DECISÃO DO GRUPO Promover o acesso a linguagens e modelos científicos e tecnológicos padronizados. 116 ETAPA 8 – SÍNTESE DA IIR Texto contemplando os elementos analisados ao longo do trabalho. “Seleção daquilo que estimamos ser mais importante e a negociação daquilo que poderá representar a situação” (FOUREZ, 1998, p. 15). Fazer resumos e simplificações; Considerar as condições de contorno estabelecidas pela situação problema; Promover uma negociação compromissada; 117 PRODUTO FINAL relatório, seminário, vídeo, cartaz, CD, cartilha, música, peça de teatro, etc. Apresentar a solução para a situação problema; Elaborar um produto final. Para orientar a síntese, Fourez recomenda algumas questões que resgatam os objetivos gerais da ACT4: 4FOUREZ et al., 1997. 118 O que estudamos nos ajuda a interagir com o contexto considerado no projeto? Ela nos deu uma certa autonomia no mundo científico-técnico e na sociedade em geral? Em que os saberes obtidos nos ajudam a discutir com mais precisão para a tomada de decisões? Foi possível obter uma representação que permita melhor situar-nos e fornecer uma real possibilidade de comunicação com os outros? 119 Seleção e organização dos dados, produção, apresentação e entrega do produto final. Na dissertação pdf não tem o produto final e estou tentando encontrar na internet. 120 TESTE DA REPRESENTAÇÃO CONSTRUÍDA Testar e verificar se a representação construída atende à situação-problema; Corrigir equívocos conceituais, funcionais, éticos e morais, etc. Diminuir a possibilidade da atividade ser tratada de modo superficial. Verificar se a IIR assume a interdisciplinaridade no sentido restrito. Analisar se os objetivos pedagógicos da ACT foram atingidos. Analisar se as atividades atendem ao programa regular de ensino. 121 Comunidade escolar Professor como orientador da aprendizagem mais direcionado, sem ser hierárquico Ensino formal de Ciências menos dirigido, menos prescritivo menos ênfase na quantidade de conteúdos, mais problematização e discussão IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 122 Valorização dos espaços informais e não formais de educação Aprendizagem das ciências: processo ao longo de toda a vida (educação de adultos) 123 EXEMPLOS DE IIR Implicações para o Ensino de Ciências : • Na Comunidade escolar - Professor como orientador da aprendizagem • Ensino formal de Ciências: - menos dirigido, menos prescritivo; - mais direcionado, sem ser hierárquico - menos ênfase na quantidade de conteúdos, mais problematização e discussão • Valorização dos espaços informais e não formais de educação • Aprendizagem das ciências: processo ao longo de toda a vida (educação de adultos) IR JÁ DESENVOLVIDAS: 1. (1999) – COMO FAZER UM BOM USO DE UM “SOM” Cesar Schnitz – TAIÓ/SC (monografia) 2. (1999) – MELHOR SOM EM UM CARRO Eleani Bettani – CHAPECÓ/SC (monografia) 3. (2000) – CHUVEIROS NA BOLIVIA Jose de Pinho et alli – Licenciados/UFSC (artigo) 4. (2002) – CASA E TEMPERATURA Terezinha Pinheiro – Colégio de Aplicção/UFSC 5. (2002) – RESÍDUOS DA CASAN Luciano Bertoli – TAIÓ/SC 6. (2003) – CASA E ABASTECIMENTO DE AGUA QUENTE Terezinha Pinheiro – Colégio de Aplicção/UFSC 7. (2003) – OS MANANCIAIS DE ÁGUA DE TAIÓ Izabel Mafra – TAIÓ/SC Escritório Brasileiro – Brasilia – DF – Brasil Brasília, 28 de agosto de 2000 Ilmº Sr. Prof. Jose de Pinho Alves Filho e Equipe. Depto de Física – UFSC Florianópolis/SC BRASI Senhor Professor e Equipe: Sabedores quer o Senhor e sua Equipe executam estudos analíticos nos mais diferentes ramos científicos e tecnológicos, vimos pelo presente expor e, ao mesmo tempo, solicitar a prestimosa ajuda dessa Equipe no tocante ao que segue: Nossa Companhia se firmou no cenário comercial da América Latina na distribuição de aparelhos eletrodomésticos fabricados pelos mais diferentes fornecedores. Particularmente, nossa Companhia representa e distribui chuveiros elétricos para os todos os países latinos americanos somente de fabricação brasileira. Isto posto, cabe-nos registrar que nos últimos anos temos recebido inúmeras queixas de consumidores, particularmente da Bolívia, denunciando problemas com os chuveiros elétricos por nós vendidos naquele país BRICOLAGE WORLD INCORPORATION LondON, england Distribuidora de aparelhos eletrodomésticos para a América do Sul A predominância das queixas se refere aos “choques elétricos”, isto é, ao tomar um banho quente os usuários têm recebido descargas (choques) das mais variadas intensidades registrando, inclusive, casos de óbitos Podemos adiantar que nossos registros não se reportam a uma região específica, mas em toda a Bolívia o que, de certa forma, elimina variáveis localizadas. Por outro lado checamos os diferentes Manuais de Instruções e, salvo equívocos, não localizamos erros nos mesmos. Reafirmamos que as descargas referem-se desde as mais amenas (tipo arrepiar pelos) até aquelas mais intensas que resultaram na morte de cerca de 50 pessoas. Frente ao exposto, vimos solicitar a sua renomada Equipe um estudo que abranja as mais diferentes causas que possam estar provocando estas denúncias em razão da reunião semestral da OMC (Organização Mundial do Comércio) a ser realizada no próximo mês de outubro. Consta da pauta a apreciação e julgamento das referidas denuncias. A decisão da plenária poderá levar ao possível descredenciamento de nossa Companhia para atuar na América Latina, salvo se as causas não forem detectadas e justificadas na plenária da OMC. Dessa forma solicitaríamos a V. Sª e sua Equipe, um relatório a ser exposto a nossa Comissão de Auditoria Científica e Tecnológica ao final de setembro em seu Departamento. Certos de contarmos com o total empenho, ficamos no aguardo de sua manifestação. Atenciosamente Alessandro Faraday Maxwell Thomson Diretores Presidentes da BWI SITUAÇÃO PROBLEMA Existe uma polêmica em torno do uso contínuo do computador no que se refere ao monitor. Alguns oftalmologistas alegam que os monitores dos computadores trazem prejuízos a visão quando a pessoa fica exposta por horas e horas (tipo uso contínuo) frente à tela do monitor. Para esclarecer esta polêmica é solicitado aos Senhores um estudo detalhado sobre o fato. O resultado desse estudo deve oferecer justificativas e/ou razões que endossam ou refutem a proposição desses oftalmologistas acompanhada de um manual (mínimo de 8 páginas – pág tamanho ½ A4, frente e verso, colorida) para os usuários de computadores e recomendações (se existirem) para as empresas fabricantes de monitores. Uma delegação de cientistas fará a análise das justificativas, manual e recomendações no dia 26 de agosto de 2002, quando em visita a UFSC. Prof. Jose de Pinho Alves Filho Qual a melhor maneira de assar 4 kg de costela bovina? Qual a melhor geladeira para uma família de 5 pessoas? Qual a dieta mais adequada e saudável para um estudante do Ensino Médio ? EXERCÍCIOS DE IR COLÉGIO DE APLICAÇÃO UFSC (2002 – 2003) Contexto do trabalho 4 aulas semanais de 45 minutos em turmas de 25 alunos. Utilização de 1 aula por semana – de acordo com cronograma – para o desenvolvimento da atividade. A turma é dividida em grupos de trabalho. Assuntos relacionados com Calor. Texto apresentando a situação problema e cronograma de trabalho/quadro de atividades. ETAPASFOUREZ(1994) O QUE FOI REALIZADO Zero - Apresentação da Proposta Formação das equipes(2002) Um Clichê Tempestade de idéias Dois Panorama Espontâneo Panorama Formação das equipes(2003) Três Consulta aos Especialistas Trabalho de campo (consulta aos especialistas, indo a prática, abertura das caixas pretas) Quatro Indo à prática Cinco Abertura das caixas pretas Seis Esquematização da situação Esquema geral da situação Sete Abertura de caixas pretas sem auxílio de especialistas - Oito Síntese da Ilha Produzida Síntese/trabalho final Atividades com os alunos: • Clichê – 3 proposições sobre a situação (escrito) - 1ª seleção feita pela professora - 2ª seleção feita em sala alunos+professora • Panorama – professora “induz” novos questionamentos - agrupamento por assunto – Equipes Como manter uma casa de 60 m2 em Florianópolis a temperatura constante de 200C durante todo o ano ? 2002 MÚSICA + MEIO AMBIENTEPROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA I.R. COM A TURMA DIVIDIDA EM OITO EQUIPES EXPERIMENTAL SOCIEDADE FÍSICA HISTÓRIA + ENGENHARIA ARTE + ASPECTOS TÉCNICOS QUÍMICABIOLOGIA Equipes de trabalho - 2002 Produtos : 2A - Maquete 2B – Página WEB http://projetodefisica2b2002.vilabol.uol.com.br/index.html 2003 Como devemos proceder para avaliar qual o melhor sistema de aquecimento de água para se utilizar em uma residência de 60 m2, situada em Florianópolis ? Aquecimento solar e gásPROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA I.R. COM A TURMA DIVIDIDA EM OITO EQUIPES Questões sobre água Economia Engenharia Normas técnicas Aquecimento lenha e elétrico SaúdeMeio ambiente Equipes de trabalho - 2003 Produtos : 2A : CD 2B : Página WEB http://geocities.yahoo.com.br/zyxel1985/Principal.htm 1. Acréscimo da etapa zero : → Apresentação do trabalho → Modo como é desenvolvido. → Definição das equipes de trabalho 2. Equívoco 2002 : → Formar as equipes antes da etapa 1 - o clichê. → A formulação das questões foi influenciada pelos grupos de trabalho. 3. As etapas 3, 4, 5 e 6 → Não foram destacadas para os alunos. → Não precisariam ser explicitadas. 4. A apresentação de relatórios parciais pelas equipes: → Procedimento relevante para percepção do caráter interdisciplinar da atividade. → As decisões só puderam ser tomadas, a partir das informações levadas por mais de uma das equipes. Conclusões Professora: “Como vocês sabem, a plantio de arroz na nossa região, tem aumentado consideravelmente, e com isso, nos temos muitos problemas. Principalmente o relacionado com a água. Este problema não é simples, ele deve ser analisado sob vários aspectos, como eu já falei. Na próxima aula, vamos assistir ao vídeo sobre a água, pra vocês terem uma idéia da situação”. Cidade : TAIÓ/Santa Catarina “Como cultivar arroz, diminuindo o impacto ambiental dos mananciais em Taió?” PRODUTO FINAL (cartilha) Introdução Através da conversa que tivemos com rizicultores sentimos a necessidade de chamar atenção para o fato da utilização incorreta dos agrotóxicos. Pois a maioria dos produtores de arroz não utiliza a roupa certa na aplicação dos defensivos, e alguns ainda não dão destino certo às embalagens vazias. O QUE SÃO AGROTÓXICOS? São produtos químicos utilizados no combate e na prevenção de pragas agrícolas. Também conhecidos como defensivos agrícolas. Divide-se em três categorias: inseticidas, herbicidas e fungicidas. Na região de Taió e Mirim-Doce as principais pragas que prejudicam o arroz são: Jaú e erva mole (ervas daninhas), o frade (inseto), o bruzone (fungo). Os agrotóxicos mais consumidos são: Facet, Standak, Furadam, Nominir e Ronstar. COMO SÃO USADOS? Devem ser utilizados segundo a orientação feita pelo agrônomo, obedecendo à dosagem que consta no receituário agrícola e na embalagem do produto. Prestando atenção nas faixas coloridas que indicam a periculosidade para o homem e o meio ambiente, além dos cuidados na aplicação. Este projeto foi realizado pela 6ª Fase IV da Escola de Educação Básica Luiz Bertoli, sobre orientação dos professores. Especialistas listados Escolhidos Produtor de arroz Sim Agrônomo Sim Vereador Sim Vendedor de agrotóxicos Sim Médico Sim Técnico da EPAGRI Não Consumidor Não Bioquímico Não Comprador de arroz (beneficiador) Não Pontos importantes sobre a situação problema Agrotóxicos Área de manejo Área de preservação Contaminação Cultura do arroz Herbicidas Impacto ambiental Inseticidas Lei ambiental Mananciais Mata ciliar Poluição Jose de Pinho Alves Filho & Graziela Piccoli Richetti – PUC /Set-2010 Alfabetização Cientifica e Técnica Obrigado! Sucesso a todos! Tenham fé e esperança! Ainda seremos vitoriosos!
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