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As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais: número de firmas produtoras no mercado; diferenciação do produto; existência de barreiras à entrada de novas empresas. 
No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas três características, são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio. 
No mercado de fatores de produção, é definido as formas de mercado em concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio no fornecimento de insumos. 
Formação de Preços
Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre os cursos, etc. Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o objetivo da firma é sempre maximizar o lucro total. Se a empresa aumenta a produção e a recita adicional for maior que o custo adicional, o lucro estará aumentando e a empresa neste caso, não encontra seu ponto ideal de equilíbrio. Se a receita adicional for menor que o custo adicional, o lucro estará caindo e o prejuízo aumentando. A recita marginal deve ser igualada ao custo marginal. 
As hipóteses do modelo refletem o funcionamento de um mercado completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente.
Hipótese da atomicidade: é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço no mercado. Assim, o preço no mercado é um dado fixado para empresas e consumidores;
Hipótese da homogeneidade: Todas as firmas oferecem produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no mercado): mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores como de vendedores.
Hipótese da racionalidade: Os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.
Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes;
Hipótese da mobilidade de bens: Existe completa mobilidade de produtos entre regiões, o seja, não existem transporte; não considera a localização espacial de vendedores e consumidores.
Inexistência de externalidades: representam influências de fatores externos nos cursos das firmas e na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se ainda que não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum consumidor afeta o consumo dos demais.
Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial, que objetiva auxiliar a compreensão do funcionamento do modelo, trabalhando com curvas contínuas e diferenciáveis, facilitando a utilização dos conceitos marginalistas por meio de técnicas matemáticas de diferenciação e derivação.
Mercado de fatores de produção também em concorrência perfeita: Todas as hipótese anteriores também valem para o mercado de fatores de produção. 
Para que seja determinado o ponto de produção ideal para uma empresa em concorrência perfeita, o ponto em que o lucro é máximo, é necessário determinar como se comporta a demanda desse mercado, que permitirá uma previsão das receitas da firma, e como se comportam seus custos. 
A longo prazo, não existem custos fixos, ou seja, todos são variáveis. O lucro normal reflete o real custo de oportunidade do capital empregado na atividade empresarial. É o valor que o mantém na atividade; se ele fosse mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque ganharia mais em outro ramo. O lucro normal pode ser associado a uma espécie de taxa de rentabilidade média do mercado. O que exceder ao lucro normal é chamado de lucro extraordinário: o empresário recebe mais do que deveria receber, de acordo com seu custo de oportunidade. A longo prazo, em concorrência perfeita, só existem lucros normais. Em concorrência perfeita, supõe-se que os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas empresas para esse mercado. Dessa forma, em concorrência perfeita, a longo prazo, com a atração de novas firmas, a oferta de mercado aumenta, e a tendência é de que os lucros extraordinários tendam a zero, existindo apenas os lucros normais. 
Monopólio
Uma estrutura de mercado monopolista apresenta três características principais: uma única empresa produtora do bem ou serviço, não há produtos substitutos próximos, existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. 
As barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado podem ocorrer de três formas: monopólio puro ou natural (devido à alta escala de produção requerida, exige um elevado montante de investimentos), proteção de patentes (direito único de produzir o bem); controle sobre o fornecimento de matérias primas chaves e tradição no mercado. 
Uma hipótese implícita no comportamento do monopolista é que ele não acredita que os lucros elevados que obtém a curto prazo possam atrair concorrentes, ou que os preços elevados possam afugentar os consumidores, ou seja, acredita que, mesmo a longo prazo, permanecerá como monopolista. 
Uma categoria diferenciada de monopólio é o estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura. 
Como em uma concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista, ou seja, no qual ele maximiza o lucro, também ocorre quando a receita marginal e o custo marginal são iguais. 
A firma monopolista não tem curva de oferta, pois não tem uma curva que mostre uma relação estável dente determinados preços de venda correspondentes a determinadas quantidades produzidas, pois podemos ter vários preços para apenas uma quantidade vendida. Na realidade, a oferta é um ponto único sobre a curva de demanda. 
A existência de barreiras à entrada de novas firmas permitirá a persistência de lucros extraordinários também a longo prazo, sendo suposto que o monopólio não será afetado no longo prazo. 
Concorrência Imperfeita
A concorrência imperfeita é uma estrutura de mercado com as seguintes características principais: muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; cada empresa tem certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de acordo com sua preferência. 
A diferenciação dos produtos dá-se via: características físicas, embalagens, promoção de vendas, manutenção, atendimento pós-venda, etc. 
Como não existam barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais, como em concorrências perfeitas, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão os lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. 
Oligopólio
O oligopólio é um tipo de estrutura de mercado que pode ser definido de duas formas: oligopólio concentrado (pequeno número de empresas no setor) e oligopólio competitivo (pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas). 
Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alteração de preços. 
Ocorre basicamente devido à existência de barreiras à entrada de novas empresas no setor, como a proteção de patentes, controle de matérias primas chaves, tradição, oligopólio puro ou natural.Diferentemente da estrutura concorrencial, e de forma semelhante ao monopólio, a longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão, principalmente no oligopólio natural, em que a alta escala de operações propicia uma produção a custos relativamente baixos, dificultando a entrada de firmas concorrentes. 
No oligopólio, podemos encontrar duas formas de atuação das empresas: concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções; formam cartéis. Cartel é uma organização formal ou informal de produtores dentro de um setor, que determina a política de todas as empresas do cartel, fixando preços e a repartição (cota) do mercado entre empresas. 
As cotas podem ser:
Perfeitas (cartel perfeito): todas as empresas têm a mesma participação. A administração do cartel fixa um preço comum e divide igualmente o mercado, agindo como um bloco monopolista. É a chamada “solução de monopólio”.
Imperfeitas (cartel imperfeito): existem empresas líderes que fixam os preços, ficando com a maior cota. As demais empresas concordam em seguir os preços do líder. 
O oligopólio tem como modelo econômico o modelo clássico, que tem o objetivo de maximização dos lucros, devendo ter um conhecimento adequado se suas receitas e de seus custos. O preço é determinado apenas pela oferta, enquanto que na teoria marginalista, o preço é determinado pela intersecção entre demanda e oferta de mercado. 
Mark-Up
O mark-up é definido pelas variantes receita de vendas menos custos diretos de produção. A taxa mark-up deve ser suficiente para cobrir os custos fixos e a margem de rentabilidade desejada pela empresa. O nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio de cada setor. Quanto mais alto o poder de monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa de mark-up que as empresas oligopolistas podem auferir. 
A demanda de uma empresa pelos fatores de produção é uma demanda derivada, ou seja, depende da demanda pelo produto dessa empresa. O mercado de fatores de produção pode operar em concorrência perfeita, concorrência monopolista, monopólio ou oligopólio, como o mercado de bens e serviços. 
A regra geral para a empresa demandar fatores de produção é que a receita marginal (adicional) deve ser propiciada pela aquisição, devendo ser igual ao custo marginal para se obter esses fatores. 
Monopsônio/oligopsônio é o monopólio/oligopólio na compra de fatores de produção. Monopólio bilateral trata de um mercado em que um monopsonista, na compra de insumo, defronta-se com um monopolista na venda desse insumo. O único comprador defronta-se com um único vendedor de insumo no mercado. 
Teoria dos Jogos
A teoria dos jogos tem como objetivo a análise de problemas em que existe uma interação dos agentes, na qual as decisões de um indivíduo, firma ou governo afetam e são afetados pela decisões dos demais agentes ou jogadores, ou seja, é o estudo das decisões em situação interativa. A firma em concorrência perfeita apresenta um comportamento paramétrico (baseado nos preços de mercado de produtos e insumos), sendo que esses dados não podem ser alterados. 
No comportamento estratégico, o agente percebe que é capaz de afetar variáveis relevantes para sua decisão e que essas variáveis também podem ser afetadas pela decisão de outros agentes. 
Podemos caracterizar um jogo como um conjunto de regras em que estão presentes os seguintes elementos: os jogadores ou agentes econômicos; o conjunto de ações disponíveis para cada jogador, as informações que são disponíveis para cada jogador, as informações que são disponíveis que são relevantes ao resultado do jogo e os próprios resultados (payoffs). 
Um dos problemas mais interessantes quando se trabalha com jogo diz respeito à identificação dos prováveis resultados. O equilíbrio ou Narsh consiste na idéia de que cada empresa adote estratégias ótimas dada as estratégias adotadas pelo outro jogador. 
Economia da informação
Na Economia da Informação, trabalha-se com a probabilidade de que alguns agentes detém mais informações que outros, conferindo-lhes uma posição diferenciada no mercado, o que pode fazer com que não seja possível encontrar uma situação de equilíbrio como nos modelos convencionais. 
Todas as transações econômicas são realizadas por meio de contratos, que sendo formal ou informal, tem como objetivo garantir que a transação ocorra de forma que os benefícios sejam usufruídos por ambas as partes contratantes. Existem situações, entretanto, que numa relação contratual, uma das partes possui informação privilegiada, ou seja, não observada pela outra parte, a não ser mediante custo e tempo, sendo essa informação importante para o resultado a transação, sendo este fator caracterizado como problema de informação assimétrica, em que uma das partes tira proveito da transação em detrimento à outra. O problema caracterizado como seleção adversa, decorrentes das informações assimétricas, pode ser considerado um problema pré-contratual. Já o problema de risco moral pode ser considerado como um problema pós-contratual. 
Tanto na Teoria dos Jogos como a Economia da Informação mantém alguns pressupostos básicos da Teoria Neoclássica, ou seja, o do comportamento maximizador, em que o agente toma as decisões procurando maximizar seus objetivos, e o do princípio da racionalidade, no sentido de que as ações tomadas pelos agentes são consistentes com a busca desses objetivos. 
Teoria da Organização Industrial
A Teoria da Organização Industrial parte do pressupostos diferentes da teoria tradicional, particularmente no que se refere aos mercados concentrados, como oligopólios. O paradigma Estrutura-Conduta-desempenho, analisa em que medida as imperfeições do mercado limitam a capacidade deste em atender às aspirações de demandas da sociedade por bens e serviços, o que contribui para a Teoria da Organização Industrial. Essa teoria tenta cobrir as lacunas da teoria tradicional na interpretação do mundo real, particularmente no estudo de mercados que operam em concorrência imperfeita. 
Uma medida comumente utilizada para verificar o grau de concentração econômica no mercado é calcular a proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. Quanto mais próximo de 100%, significa que o setor tem alto grau de concentração, quanto mais próximo de 0%, menor o grau de concentração do setor. 
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	Síntese das Principais Estruturas de Mercado
	Oligopólio: é um tipo de competição imperfeita, em essência, um mercado oligopolista é aquele em que há poucos vendedores. Como resultado, os atos de qualquer vendedor do mercado podem ter grandes impactos sobre os lucros de todos os outros. Ou seja, as empresas oligopolistas são interdependentes de uma forma que as empresas competitivas não são. Como em um mercado oligopolista há somente um pequeno número de vendedores, uma característica-chave do oligopólio é a tensão entre a cooperação e o interesse próprio. O grupo de oligopolistas se beneficia se coopera e age como se fosse um monopólio produzindo uma pequena quantidade de produto e cobrando um pouco superior ao custo marginal. Mas, como cada oligopolista se preocupa somente com seu próprio lucro, há fortes incentivos em ações que impedem que um grupo de empresas mantenha os resultados de um monopólio.
Monopólio: um monopolista é uma empresa que é a única vendedora em seu mercado. Um monopólio surge quando uma única empresa detém um recurso-chave, quando o governo concede a uma empresa, direito exclusivo de produzir um bem ou quando uma só empresa pode atender o mercado inteiro a um custo menor do que o poderá ser atingido por duas ou mais empresas. Como um monopólio é o único produtor de seu mercado, ele se defronta com uma curva de demanda de inclinação descendente para o seu produto. Quando um monopolistaaumenta a produção em uma unidade, o preço do produto diminui, o que reduz o montante da receita obtida sobre todas as unidades produzidas e vendidas. Em certo sentido, os monopolistas são comuns. A maioria das empresas tem algum controle sobre os preços que cobram. Elas não são obrigadas a cobrar o preço de mercado por seus produtos porque eles não são exatamente idênticos aos ofertados por outras empresas.
Mercado competitivo: um mercado competitivo tem duas características:
-Há muitos compradores e vendedores no mercado.
-Os bens oferecidos pelos diversos vendedores são em grande escala o mesmo. Por causa destas condições, as ações de um comprador ou vendedor individual do mercado tem impacto insignificante sobre o preço de mercado como dado.
Como as empresas competitivas são tomadoras de preços, suas receitas são proporcionais à quantidade produzida. O preço do bem é igual à receita média e a receita marginal da empresa. Em um mercado com livre entrada e saída de empresas, os lucros são conduzidos para zero no longo prazo. Nesse equilíbrio de longo prazo, todas as empresas produzem na escala eficiente, o preço é igual ao custo total médio, mínimo e o número de empresas se ajusta para satisfazer a quantidade demandada a esse preço.
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ESTRUTURAS BÁSICAS DO MERCADO
Na teoria microeconômica estudamos:
_ O comportamento do indivíduo que dotado de uma renda e diante do fator objetivo
preço* e de fatores subjetivos (hábitos e preferências) e condicionantes
psicológicas busca a combinação de bens ou serviços que maximize satisfação,
prazer, felicidade, bem-estar (máxima utilidade);
_ A teoria da firma, onde o empresário orientado por determinada tecnologia
combina fatores de produção para produzir bens e/ou serviços, que vendidos,
busca o equilíbrio na condução do seu negócio (maximização de lucro),
onde lucro (L) = RT – CT.
*Preço – denominador comum entre oferta e demanda. Se do lado da oferta o
empresário defronta com a escassez de insumos, portanto, suas expectativas são
finitas e limitadas; do lado da demanda o consumidor possui ansiedades infinitas e
ilimitadas. 
Definição de mercado
Mercado é um conjunto de pontos de contados voluntários entre vendedores e
potenciais compradores de um bem ou serviço, que mediante condições contratuais de compra
e venda concretizam os negócios. 
Aspectos implícitos no conceito de mercado:
_ O contexto comporta qualquer tipo de intercâmbio: trocas diretas (negociações
diretas entre os vendedores em qualquer lugar) e trocas indiretas (negociações
através de bolsas de mercadorias, bolsas de cereais ou em instituições congêneres).
Assim, a definição de mercado é caracterizada pela idéia de espaço econômico, ou
seja, não está circunscrita a uma região determinada.
_ Negociações são voluntárias e o sistema de preços funciona como denominador
comum nas trocas.
_ Desnecessidade da presença explícita das partes envolvidas no processo. Essa
possibilidade é possível pelo desenvolvimento de redes internacionais de
telecomunicação em tempo real e padronização de produtos (commodities). Assim,
os mercados se desenvolvem em termos locais, regionais, nacionais e
internacionais.
Diferentes estágios no processo de transação: atacado e varejo.
Determinantes das estruturas de mercados
São dois os elementos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais
acontece a atuação da firmas: a quantidade de agentes e a natureza do produto final ou serviço
ou do fator de produção.
_ A quantidade de agentes – mas, principalmente, pela forma de atuação e não pela
quantidade dos agentes. O comportamento dos agentes diz respeito à existência ou não de
reações entre eles quando as decisões particulares entrarem em cena. Podem surgir duas
possibilidades:
- mercados atomizados, presença de grande quantidade de agentes em que as
decisões individuais dos agentes não influenciam a decisões dos demais agentes
concorrentes. Os indivíduos atuam como tomadores de preços e, isoladamente,
jamais pressionarão o preço que vier a ser ditado pelo mercado. Essa situação
ocorre nos mercados concorrenciais.
- mercado não atomizado, onde existem poucos agentes (mercados não
concorrenciais) e a decisão de qualquer um deles terá influência sobre as
decisões dos demais. Neste mercado aos agentes conseguem, em certas
circunstâncias, ditar preços.
_ A natureza do produto final ou serviço ou do fator de produção – neste caso os
mercados também podem ser classificados em duas categorias:
- mercados puros, quando os produtos são homogêneos, portanto, substitutos
perfeitos. Exemplos: água mineral sem gás, flores, cimento e commodities.
- mercados imperfeitos, quando os produtos não são homogêneos quanto à origem,
condições de comercialização e qualidade, e não são bons substitutos (perfeitos
ou homogêneos).
A diferenciação do produto final, serviços ou fator de produção ocorre quando
existir manifesta preferência do agente por um deles em detrimento dos demais, embora todos
possam, em princípio, atender a mesma finalidade. E, pode ser identificada pelos atributos
técnicos, físicos e/ou intrínsecos; imagem transmitida e características dos agentes:
_ atributos técnicos, físicos e/ou intrínsecos: resultam, entre outras especificidades,
da forma (configuração), estilos, durabilidade, cor, qualidade, tipo de embalagem,
condições de uso, denominações não similares, disponibilidade e tecnologia
incorporada;
_ imagem transmitida: masculinidade, feminilidade, marca (etiqueta), prestígio,
posição social (status) exemplificam essa situação;
_ características dos agentes: compreendem, entre diversas possibilidades,
localização geográfica, políticas de transação (preço e crédito), condições de
higiene/limpeza do local da negociação, comportamento e/ou modo de atuação de
prepostos (até de empregados) como boas maneiras no relacionamento, prestação
de assistência técnica pós-vendas e disponibilidade para a realização/execução de
serviços.
Estruturas clássicas básicas de mercado
As estruturas básicas de mercados são divididas em: concorrência perfeita,
monopólio, concorrência monopolista, oligopólio, monopsônio e monopólio bilateral.
Também, existem modelos marginalistas de oligopólio: modelo de Cournot, modelo de
Sweezy; cartel perfeito e modelos de liderança-preço que não serão tratados aqui.
Concorrência perfeita
Como todas as formulações microeconômicas, a estrutura de mercado caracterizada
por concorrência perfeita é uma formulação irreal (ou seja, uma concepção ideal), porque os
mercados altamente concorrenciais não existem, na realidade são apenas aproximações desse
modelo. Não obstante, é útil como aproximação para descrever o funcionamento econômico
de muitas realidades complexas.
_ Hipóteses do modelo de concorrência perfeita
Dizemos que um mercado apresenta uma estrutura em concorrência perfeita quando:
1) Existe um grande número de produtores (também chamados de vendedores).
2) Cada um dos produtores é pequeno em relação à dimensão do mercado.
3) Os produtos elaborados são homogêneos, sendo substitutos perfeitos entre si.
4) Existe um grande número de compradores, sendo que cada um deles é pequeno em
relação à dimensão do mercado.
5) Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto por parte dos
produtores e dos consumidores.
6) Não existe habilidade das firmas para influenciar a procura de mercado através de
mecanismos extra-preços, como propaganda, melhoria de qualidade, mecanismos de
comercialização, etc.
7) A entrada e a saída de firmas no mercado são livres.
Demanda de concorrência perfeita
Exemplos de mercados com estruturas próximas da concorrência perfeita são os
produtores de hortaliças e os vendedores de picolé numa área de lazer.
A hipótese de que a firma, individualmente, seja incapaz de alterar o preço do
produto tem uma conseqüência importante, porque implica a curva de demandado produto
ser perfeitamente elástica, ou seja, horizontal. 
A empresa em regime de concorrência perfeita só fixa a quantidade a ser vendida,
pois o preço está fixado pelo mercado (é uma variável exógena). Assim, se o preço fixado
pelo mercado for de p reais por unidade do produto, a firma sempre receberá sempre p reais
por unidade adicional que vender. Então, a receita marginal (RMa) será de p reais, o mesmo
acontecendo com a receita média (RMe).
Se a firma ofertar o produto a um preço abaixo do preço dos concorrentes, a firma venderá
toda a sua produção e não afetará o preço de equilíbrio de mercado. E se ofertar o seu produto acima
do preço de mercado, nada venderá.
Portanto, a curva de demanda do produto de uma firma em um mercado em
concorrência perfeita é uma reta horizontal paralela ao eixo das abscissas , mas a
curva de demanda de mercado continua descendente da esquerda para a direita, porque
descreve a demanda total do produto, dados seus diferentes níveis de preços .
Todos os produtores e consumidores recebem e pagam o mesmo preço unitário pelo
produto, pois ele é homogêneo e existe completa informação sobre o produto.
RMe = RMa = P.
A firma maximiza lucro desde que:
_ P CVMe, pois se CVMe > P a firma torna-se inviável no longo-prazo. Mesmo
no curto prazo ela pode incorrer em prejuízos para pagar parte dos CF e tentar
manter-se no mercado; e
_ CMa = RMa, sendo o custo marginal crescente, o empresário fixará a quantidade a
ser vendida de forma a obter o lucro máximo, o que acontecerá quando RMa =
CMa .
Vamos colocar num mesmo gráfico várias curvas de demanda pelo produto de uma
firma (D1, D2, D3) e as curvas de CMa .
Assim, uma firma em concorrência perfeita vai ofertar pontos como A, B e C sobre a
curva de custo marginal (CMa). Desse modo, podemos dizer que a curva de oferta de uma
firma em concorrência perfeita é a sua curva de custo marginal a partir do ponto de custo
variável médio mínimo .
Analogamente, a curva de oferta do setor como um todo será a soma das curvas de
oferta de todas as firmas no setor. As firmas com CVMe > P terão de abandonar o setor a
longo prazo, de forma que somente as mais eficientes permanecem. Outrossim, a mobilidade
e inexistência de barreiras garantem que novas empresas entrem no setor se houver lucros
maiores que em outros setores. Com a entrada de novas empresas, há um deslocamento da
curva de oferta do setor para a direita, e, consequentemente, os preços serão menores.
Nesse mercado os agentes devem competir pela eficiência em custos, pois não
poderão concorrer pela diferenciação de produtos (que permitiria discriminar preços). Sempre
que a pretensão da firma for a de manter lucro diante de uma oferta cada vez maior e preços
cada vez menores, terá de administrar os respectivos custos, mantendo-os nos patamares mais
baixos possíveis.
Monopólio
Uma estrutura de mercado é caracterizada como sendo de monopólio quando temos
as seguintes condições:
1) o setor (ou mercado) produtor é constituído por uma única firma;
2) a firma em questão elabora um produto para o qual não existe substituto próximo;
3) existe concorrência entre os consumidores; e
4) a firma procura estabelecer mecanismos que garantam o monopólio do mercado.
Exemplos de monopólios são os serviços de telefonia, águas e esgotos e energia
elétrica em uma cidade. Esse tipo de monopólio é estabelecido por concessão do setor
público.
Observe que em uma estrutura de mercado em concorrência perfeita temos um
grande número de firmas elaborando um bem homogêneo. No monopólio temos apenas uma
firma. A firma em concorrência perfeita controla apenas a quantidade produzida, enquanto a
firma em monopólio controla a produção ou o preço.
Como temos no monopólio apenas uma firma, a curva de demanda do mercado por
um produto torna-se a curva de demanda pelo produto elaborado pela firma. E a receita média
para cada nível de produção é o preço unitário, pois RMe RT /Q P.Q /Q P .
A receita marginal (RMg) que representa variações na RT em função de varições nas
quantidades vendidas, até o ponto em
que RMg = CMg, que é o ponto de lucro máximo.
A RT atinge o ponto máximo quando RMg = 0.
_ O equilíbrio da firma monopolista no curto-prazo
Consideramos que a firma monopolista não exerce qualquer influência nos preços
dos fatores de produção, ou seja, a firma monopolista obtém os fatores de produção no
mercado de concorrência perfeita e vende o seu produto num mercado com estrutura de
monopólio.
A firma monopolista maximiza o lucro produzindo a quantidade onde CMg = RMg.
Em outras palavras, enquanto RMg > CMg será consistente com seus objetivos aumentar o
nível de produto, pois seu lucro total estará aumentando.
Observe que o preço de cada unidade do produto é determinado pela curva de
demanda e não pela curva de RMg; o lucro é determinado pelo preço e custo médio e não pelo
preço e CMg.
Equilíbrio da firma monopolista no curto prazo
Curva de receita total da firma monopolista
Na estrutura de mercado monopolista, a firma e única de maneira que a entrada de
novas firmas alteraria a estrutura do mercado. Em conseqüência, o monopólio somente se
mantém se a firma conseguir impedir a entrada de outras firmas no mercado. Diversos fatores
podem concorrer para a manutenção do monopólio, representando barreiras ao acesso de
novas firmas, dentre as quais destacamos:
a) a dimensão reduzida do mercado;
b) a existência de patentes, o que impede a produção de um dado produto por firmas
concorrentes;
c) a proteção oferecida por leis governamentais; e
d) o controle das fontes de suprimento de matérias-primas para a produção de seu
produto.
Em razão dessas vantagens, o monopólio pode apresentar lucro maior que outros
setores. Nesse sentido, é interessante distinguir lucro normal e lucro extraordinário:
_ lucro normal: inclui a remuneração do empresário e o seu custo de oportunidade;
_ lucro extraordinário: situação do monopólio que permite ao monopolista
auferir um lucro acima do lucro normal.
Contudo, é pouco provável que um monopólio se perpetue no longo prazo: as
patentes tornam-se obsoletas; novos produtos, e mais refinados, são desenvolvidos por outras
firmas; matérias-primas substitutas tornam-se disponíveis, entre outros fatores. A manutenção
do monopólio somente e mais factível quando o mercado é garantido por meio de leis
governamentais.
Se o mercado de uma firma for reduzido, é provável que ele permaneça no regime de
monopólio, mesmo auferindo lucros vantajosos. Se outra firma entrar no mercado, o preço do
produto poderá tornar-se tão baixo que as duas sofrerão prejuízo. Adicionalmente, no longo
prazo, o desenvolvimento tecnológico da origem à produção de novos métodos e técnicas que
determinam o surgimento de novos produtos, de melhor qualidade e substitutos daqueles bens
anteriormente monopolizados. Existem, entretanto, alguns instrumentos que podem exercer
certo controle sobre o poder do monopólio, por exemplo, a regulamentação do preço do
produto e a imposição legal.
_ Tipos de monopólio
Existem monopólios com única planta industrial e monopólios com unidades fabris
distintas (plantas múltiplas), bem como monopólios com preço único ou sem discriminação de
preço (aplicável aos monopólios naturais) e monopólios com preços diversos em um mesmo
instante de tempo, como por exemplo:
_ preços de ingressos em estádios e casas de espetáculos;
_ tarifas de energia diferenciada por tipo de destino (residencial, comercial e
industrial); e
_ tarifa telefônica diferenciada por horário.
A discriminação de preços em monopólio acarreta a presença de situações distintas
classificadas em três graus:
_ discriminação de preços de 1º grau (perfeita): quando o número de usuários é
pequeno e o monopolista estabelece preço diferenciado para cada um deles, como
no caso de cirurgias altamente especializadas e lances de leilão;
_ discriminação de preços de 2º grau: quando os preços variam de acordo com o
volume de utilizaçãodo bem. Por exemplo, tarifa de serviços gráficos com os
valores unitários por cópia decrescentes conforme lotes; e
_ discriminação de preços de 3º grau: o mercado é segmentado adotando-se como
parâmetro as características da elasticidade-preço da procura para os diversos
grupos de usuários e/ou patentes do bem. Os preços mais elevados são
estabelecidos para os grupos em que essa elasticidade seja menor e vice-versa. Ex.:
preços de ingressos em estádios e teatros e viagens internacionais.
_ Vantagens e desvantagens do monopólio
_ Como vantagem tem-se que a produção em larga escala reduz custos, que se repassados
aos consumidores beneficiará a coletividade;
_ No caso da desvantagem, pelo menos três colocações desabonariam a figura do
monopólio:
_ possibilidade de ineficiência da firma monopolista e até falta de estímulo para
melhoria dos métodos produtivos;
_ limitação imposta aos consumidores quanto às oportunidades de compra e escolha;
_ preços abusivos eventualmente fixados ao consumidor que, em conseqüência,
traduziriam-se como lucros elevados ao monopolista.
Concorrência monopolística
Um mercado (ou setor ou indústria) possui uma estrutura caracterizada por
concorrência monopolística desde que:
1) Existe um número elevado de firmas.
2) Cada uma das firmas é pequena em relação ao tamanho do mercado.
3) As firmas produzem bens diferenciados, mas que são substitutos próximos entre si.
4) Existe um grande número de compradores, que são pequenos, individualmente, em relação
ao tamanho do mercado.
5) As firmas elaboram esquemas para garantir preferência dos consumidores.
6) Existe livre entrada e saída de firmas do mercado.
Exemplos de mercado em concorrência imperfeita são os vendedores de diferentes
marcas de cigarros, de sabonete, de refrigerantes, de roupas e as mercearias em uma cidade.
Nessa estrutura, cada firma tem determinado poder sobre a fixação de preços, ou
seja, a curva de demanda com a qual se defronta é negativamente inclinada, apesar de ser
pouco inclinada (bastante elástica), pois a existência de substitutos próximos permite aos
consumidores alternativas para fugirem de aumentos de preços.
A diferenciação de produtos pode ocorrer por características físicas (composição
química, potência, etc.), pela embalagem, ou pelo esquema de promoção das vendas
(propaganda, atendimento, fornecimento de brindes, manutenção, entre outros).
Como não existem barreiras à entrada de firmas, no longo prazo há uma tendência
para a existência de lucros normais (RT = CT), sem lucros extraordinários.
Estrutura de mercado caracterizado por oligopólio
Caracteriza-se por:
1) Existência de um número pequeno de produtores (também chamados de
vendedores) fabricando que são substitutos próximos entre si, com elevada
elasticidade cruzada.
2) Alguns produtores detêm parcela elevada da produção; que em alguns casos lhes
permite exercer uma liderança na fixação de preço no mercado.
3) As decisões das empresas quanto à produção e preço são interligadas. Se uma
empresa rebaixar o preço de seu produto para aumentar sua fatia do mercado,
será acompanhada pelas demais empresas. Se uma empresa produzir acima de
sua fatia de mercado, terá que carregar estoques.
4) As empresas procuram manter o seu oligopólio através de diferenciação de
produtos, acordos com revendedores, propaganda, etc.
5) Não existe livre entrada e saída do mercado. As barreiras à entrada podem ser
tecnológicas, ou o alto valor do capital necessário à produção, entre outras
razões.
São exemplos de oligopólios a indústria de automóveis, a indústria de tratores, a
indústria de medicamentos veterinários, serviços de transporte aéreo e rodoviário, setores
químicos e siderúrgico e outros.
Existem muitos modelos de oligopólios. Os primeiros modelos consideravam que a
firma desejava maximizar a massa de lucros (modelos clássicos de oligopólios); e, a partir da
década de 30, foram desenvolvidos modelos onde o preço é fixado por um mark-up sobre o
custo variável médio. A firma fixa esse mark-up de modo a obter a maior taxa de lucro
possível.
Estruturas de mercados caracterizadas por monopsônio e oligopsônio
No mercado monopsônio existe um único comprador e muitos vendedores. A
empresa compradora impõe um preço de compra do produto ou serviço. Esse preço pode ser
ficado de acordo com os interesses da firma. Se desejar aumentar a oferta do produto ou
serviço a empresa compradora eleva o preço de compra.
Exemplos de mercado caracterizado por monopsônio é a presença de uma grande
usina siderúrgica numa cidade, sendo ela a única empregadora de mão-de-obra; ou a
Petrobrás na compra de álcool anidro e hidratado dos produtores; ou uma grande indústria
esmagadora de laranja em uma região onde existem muitos pequenos produtores de laranja
não organizados em associações ou cooperativas.
No mercado oligopsônio existem poucos compradores (sendo que alguns detêm
parcela elevada do mercado) e muitos vendedores. Os compradores conseguem impor um
preço de compra dos produtos aos produtores. Tal preço de compra não deve desestimular os
produtores, mas não é de magnitude que compense os compradores a executarem ele próprios
a produção.
Exemplo: caso da relação entre a Sadia, Chapecó e Perdigão com os produtores de
frango em Santa Catarina.
Estrutura de mercado caracterizada por monopólio bilateral
Existe apenas um produtor (um monopolista) e um consumidor (um monopsonista).
O preço e a quantidade transacionada são feitos por acordo, pois o monopolista deseja vender
dada quantidade de produto por um preço, e o monopsonista deseja obter a mesma
quantidade por um preço diferente daquele pretendido pelo monopolista. Inicialmente
acordam a quantidade a ser transacionada, com o monopolista fixando o preço mínimo a
aceitar P1 e o monopsonista o preço máximo a pagar P2. O preço é estabelecido por acordo,
respeitando o limite mínimo de P1 e o limite máximo de P2.
Concentração e desconcentração
O grau de concentração (GC) de um mercado pode ser determinado de duas
maneiras:
a) Por uma regra prática com base nos dados de faturamento das empresas onde:
Faturamento total do setor
Faturamento das 4 maiores empresas de cada ramo de atividade
GC 
_ Se GC 100% _ segmento altamente concentrado (monopólio).
_ Se GC 0% _ segmento de baixa concentração (maior grau de concorrência).
_ Se GC < 40% _ mercado concorrencial (competitivo).
_ Se GC > 60% _ setor mais concentrado.
b) Índice de Herfindahl-Hirschiman (IHH)
Ordena-se no máximo 50 firmas de acordo com a participação de cada uma no setor, as
quais, considerando um conjunto de n firmas, são p1, p2, ..., pn. Então, obtém-se o IHH pela
expressão:
IHH (p ) (p ) ...(p ) .
Se IHH > 1.800, o mercado é concentrado.
Se IHH < 1.000, o mercado é de alta competição.
Se IHH = 10.000 _ monopólio.
Se IHH = 0 _ concorrência perfeita.
LISTA DE EXERCÍCIOS 
1. O que são estruturas de mercados?
2. Como estão divididas as estruturas básicas de mercados?
3. Como o monopolista determina o ponto de lucro máximo?
4. Que fatores propiciam a existências de monopólios?
5. Quais as hipóteses da concorrência perfeita?
6. Como a demanda em concorrência perfeita é horizontal?
7. Que outras estruturas clássicas você conhece? Descreva as resumidamente.
8. Que modelos de oligopólios são mais conhecidos?
9. Cite exemplos de estruturas de mercado observadas na economia brasileira semelhantes as observadas
no texto. 
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Estruturas de Mercado
Os economistas distinguem quatro modelos teóricos de mercado, que se indicam por ordem decrescente de competição: concorrência perfeita/pura, concorrência monopolística, oligopólio e monopólio. A imagem seguinte conjuga uma apresentação de McConnell e Brue com uma tabela de Francisco Pereira de Moura sintetizando as quatro situações de mercado:
Robert Frank explicita as quatro hipóteses admitidas em concorrência perfeita: 
a) Asempresas vendem um produto padronizado (homogéneo ou indiferenciado);
b) As empresas são aceitantes de preços, isto é, nenhuma tem poder para os influenciar.
c) Os factores de produção são perfeitamente variáveis a longo prazo;
d) As empresas e os consumidores têm informação perfeita.
Retomamos Lipsey para comparar a concorrência monopolística, em que se admite a diferenciação nos produtos, com a concorrência perfeita:
A concorrência entre poucas empresas designa-se oligopólio. O caso particular de existirem apenas dois produtores designa-se de duopólio. Monopólio se existir um único produtor.
1. Observando a tabela de Francisco Pereira de Moura distingue concorrência pura de monopólio.
2. Indica as quatro hipóteses admitidas em concorrência perfeita.
3. Critica cada uma das quatro hipóteses acima lendo o texto de Robert Frank.
4. Distingue concorrência perfeita de concorrência monopolista associando cada uma destas formas de mercado a uma das situações A ou B cuja curva da procura se apresenta. Justifica a resposta com Richard Lipsey.
Não é da benevolência do padeiro, do talhante ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas do empenho deles em promover seu próprio “auto-interesse”. Adam Smith
Mais de 95 % de nós dão gorjeta aos empregados dos restaurantes, portanto deve haver mais do que pura Economia em jogo. Thomas Gilovich

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