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Atividade sobre Alimentos

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XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 			� PAGE �1�
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XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 			� PAGE �4�
Projeto Alimentos: Ensino Médio Inovador e as ações do PIBID de Física da UFSC.
Tairine Favretto1, Daiana G. Cordeiro2, George Calderaro Leal3
1 UFSC/CFM, tairinefavretto@gmail.com
2 UFSC/CFM, Daiacordeiro2@gmail.com
3 UFSC/CFM, leal.george@gmail.com
Resumo
O presente artigo vem mostrar a atuação dos bolsistas do PIBID de Física da Universidade Federal de Santa Catarina na EEB Getúlio Vargas, onde nesta ocasião se trabalhou com o Ensino Médio Inovador que busca, através de projetos, a interdisciplinaridade e a formação de alunos cidadãos. Nesta ocasião trabalhou-se com o Projeto Alimentos, onde se relacionou a física por trás daquilo que comemos e das atividades que fazemos durante o dia, buscando o envolvimento com as outras áreas a fim de proporcionar aos alunos um entendimento de que tudo o que eles estudam em disciplinas separadas, na verdade tudo está ligado, bastando apenas juntar as peças para termos uma melhor qualidade de ensino, interdisciplinar. Vendo isso, os bolsistas do PIBID, têm como função, também, dar a oportunidade para as escolas testarem essa nova maneira de dar aulas, para sair do, por vezes entediante para os alunos, quadro e giz, e assim mostrar aos mesmos as diversas formas de se trabalhar certo assunto.
Palavras-chave: PIBID, alimentos, ensino, EMI, projeto.
Introdução
O PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência,Silva, 2010) de Física, da Universidade Federal de Santa Catarina, tem apoiado e incentivado os seus bolsistas a atuar de maneira ativa nas instituições de ensino público. Tendo como um de seus objetivos, inserir os licenciandos no universo escolar, dar-lhes assim oportunidade de conhecer melhor este ambiente e adquirir experiência na área de sua futura profissão. Para esses bolsistas são disponibilizados recursos financeiros através da CAPES, para que possam elaborar projetos que resultem em melhorias na sala de aula, também são disponibilizados recursos para viagens para feiras que tenham como intuito a exposição de trabalhos que abranjam a Física e seu ensino. No ano de 2010 o PIBID Física UFSC participou do EPEF, e também fez parte do 39º SNEF no ano de 2011. 
Outro propósito do programa é complementar e melhorar a qualidade de ensino nas instituições públicas, o PIBID Física UFSC está inserido, atualmente, em duas delas: Na Escola Estadual Básica Getúlio Vargas e no Colégio de Aplicação da UFSC. A escola Getúlio Vargas está inserida no Ensino Médio Inovador, que foi instituído pelo MEC, Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009. Sobre isto está escrito sobre no site do Ministério da Educação:
Esse projeto tem como objetivo apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea. Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia.
A partir disso a escola Getúlio Vargas criou um projeto de reestruturação curricular que, como previsto pelo MEC, visa a ampliação do tempo do aluno na escola. O planejamento sobre o Ensino Médio Inovador foi baseado em cinco temas: alimentação saudável, água, lixo, redes sociais e sexualidade humana.
Como estamos inseridos na escola, nós, bolsistas do PIBID, juntamente com a professora coordenadora da escola nos envolvemos no projeto alimentos, cujo trabalho foi desenvolvido nas turmas do 1º ano do Ensino Médio Inovador. Como o tema alimentação saudável envolve vários fatores indisciplinares, visamos o máximo englobar a interdisciplinaridade em nossas apresentações sobre o conteúdo. 
Objetivo
Tivemos como objetivo, expor aos alunos informações sobre a alimentação em geral, abrangendo desde a alimentação humana até a da maioria dos seres vivos, procurando responder as questões: Porque precisamos nos alimentar? O que acontece com o nosso corpo quando nos alimentamos? E se nos alimentarmos excessivamente, ou de maneira errada? Qual a função do alimento em nossas vidas?
Todas respostas são dadas a partir dos conhecimentos de biologia. Também abrangemos questões geográficas como por que o gasto de energia nos diversos locais do planeta difere. 
Apresentação: Alimentos e suas Relações com a Física.
O trabalho foi feito através de uma apresentação em Power Point, onde todos os pontos levantados a baixo foram abordados, sempre buscando a interação dos alunos com os bolsistas, para um total aproveitamento da discussão. Um resumo do que foi exposto aos estudantes inclui.
Controle seu gasto energético.
Fatores que afetam o gasto de exercícios físicos:
 Intensidade e duração de exercícios físicos.
São fatores que determinam a dificuldade de execução da tarefa e também o gasto de energia.
 Tamanho da pessoa.
O peso e a altura também interferem no gasto energético, quanto mais alta e maior massa tiver a pessoa, mais energia será gasta na realização de atividades físicas.
 Clima.
O clima da região interfere no gasto energético, uma vez que, em regiões com menores médias de temperatura o corpo precisa de mais energia para se manter aquecido a 37ºC, por isso nessas regiões come-se alimentos mais gordurosos e pesados. Já em regiões com médias de temperatura mais elevadas, é preferível a ingestão de alimentos leves, como frutas.
 Metabolismo.
Cada indivíduo tem um processo metabólico diferente, isso interfere no gasto energético de cada um. Pessoas com metabolismo acelerado gastam mais energia para realizar as mesmas atividades que as pessoas com o metabolismo mais lento.
 Gestação.
Em caso de gestação o consumo de calorias deve ser maior, pois a gestante precisará de muito mais energia para poder manter a si mesma e o bebê saudáveis.
 Termogênese de Indução Dietética.
Na maioria das pessoas certos alimentos exercem um efeito estimulante sobre o metabolismo, que se deve principalmente aos processos que exigem energia para a ingestão, absorção e da assimilação de vários nutrientes. Essa indução alcança seu valor máximo aproximadamente após uma hora do momento da refeição. A intensidade do efeito difere entre as pessoas, mas pode chegar de 10% a 35% da energia ingerida em indivíduos com taxas de metabolismo normais, dependendo tanto da quantidade consumida, quanto do alimento.
CONTROLANDO SEU GASTO
O gasto energético numa caminhada, uma das atividades físicas mais comuns, depende da intensidade da atividade, determinada pela velocidade desenvolvida, da distância percorrida e do peso corporal da pessoa.
Segundo alguns estudos, a uma velocidade entre 50 e 100 metros/minuto, ou de 3 a 6 km/hora, o gasto energético é de 0,6 kcal a cada quilômetro percorrido. Deve-se considerar ainda o peso corporal. Assim, surgiu a seguinte fórmula:
Gasto Energético Caminhada = 0,6 kcal x Distância (km) x Peso Corporal (kg)
Exemplificando: uma pessoa com 90 kg, ao caminhar 8 km, consumirá 432 kcal. Veja a aplicação da fórmula. Gasto energético = 0,6 kcal x 8 km x 90 kg = 432 kcal
Por que engordamos?
Nosso corpo trabalha como um carro: para que ambos funcionem, é necessário combustível, e o combustível para o corpo é a energia que vem dos alimentos que consumimos todos os dias.
Cada pessoa precisa de certa quantidade de energia para suprir estas necessidades. Se comermos a mesma quantidade de calorias que gastamos, nosso peso se mantém, porém, se consumirmos mais do que gastamos, nosso corpo armazena esse excesso sob a forma de gordura, para nos fornecer energia quando for necessário. 
Se não gastarmos essa reserva, vamos acumulando, acumulandoe acabamos engordando.
Muitas vezes, o excesso de calorias vem de alimentos poucos nutritivos e muito calóricos que fazem parte do nosso dia a dia, como refrigerantes, sanduíches, chocolates, doces, salgadinhos industrializados, macarrão instantâneo, biscoitos recheados, maionese, frituras, etc.
Uma das maneiras de se gastar o que já foi guardado sob forma de gordura é fazer algum tipo de atividade física, como esportes. 
Consumo de energia em repouso –TMB.
Taxa Metabólica Basal: É um mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso.
Como calcular? O cálculo da TMB é diferente para os gêneros, temos então as seguintes fórmulas:
Homens: TMB = 66,47 + (13,75.P*) + (5,00.A*)-(6,76.I*)
Mulheres: TMB = 655,1 + (9,56.P*) + (1,85.A*) - (4,68.I*)
Onde: *P = peso em Kg ; *A = altura em cm ; *I = Idade em anos.
Gasto energético dos Animais.
Nesta etapa foi exposto aos alunos que existem problemas relacionados também a alimentação dos animais, como por exemplo, os gatos hoje em dia estão muito mais obesos do que antigamente, já que viraram animais domésticos e não se esforçam para caçar seu alimento. Outro exemplo dado foi de como as vacas que estão em um campo aberto podem produzir menos leite do que as que estão confinadas, pois quando estão livres caminham mais, o que as fazem gastar mais energia e assim produzir menos leite. Falamos também sobre o beija-flor, que pode ser considerado uma máquina movida a glicose, ou seja, pura energia. Diariamente, o beija-flor chega a consumir a metade de seu peso só em alimento, essa dieta rica em energia que permite ao pequeno pássaro cerca de 250 inspirações e mil pulsações a cada minuto. Além de conseguir, um batimento ininterrupto de asas que chega a oitenta batidas por segundo, pode alcançar uma velocidade de vôo que pode atingir os 75 Km/h. 
Como foi aplicado o projeto.
No total o projeto foi aplicado em quatro turmas do primeiro ano do EMI com dois ou três bolsistas conduzindo cada turma. Foi pedido anteriormente que os alunos trouxessem rótulos de alimentos que eles utilizaram para calcular a quantidade de calorias por grama dos mesmos, também pedimos que eles fizessem o cálculo de quanto iriam gastar em uma caminhada de 15 km e para calcular a taxa metabólica basal de cada um, tudo isso em um questionário que entregamos aos alunos logo após a apresentação. 
Nos dados obtidos a partir das questões aplicadas para os alunos na atividade sobre alimentos, podemos retirar várias informações sobre as peculiaridades dessa abordagem, onde as principais características são: tipos de alimentos mais utilizados, características dos alunos com maior e menor desempenho, média da turma e vantagens da aplicação da atividade. Todos os dados foram baseados nos números tirados de seus relatórios individuais.
No requisito, tipos de alimentos mais utilizados, o que se pode ver que os usados predominantemente foram: barra de cereal, leite e suco, cada um foi utilizado por 5 alunos, o que mostra que são alimentos muito comuns na vida dessas pessoas, pois foram encontrados com facilidade nos domicílios dos mesmos. Outro parâmetro analisado foram as características dos alunos e seus desempenhos com relação às notas atribuídas para a atividade, onde pelos dados podemos ver que as notas mais altas foram por três vezes 9,8 pontos, de um total de 10,0 pontos, no qual essa pontuação foi alcançada por 2 meninas e 1 menino, esses bons desempenhos desses alunos, não podem ser vistos como uma designação de característica individual, visto que aproximadamente 50% da turma teve médias acima de 6,0 pontos. Porém o que se observou para as notas mais baixas foi uma abstenção por parte do indivíduo em participar ativamente da atividade proposta, em detrimento de outros fatores como comportamental ou cognitivos. Para esses 4 alunos, foi atribuída nota 0,0 (zero), pois não fizeram a atividade proposta e em virtude disso ficaram com essa nota deficitária, o que levou a média da turma para 5,5 pontos, o que não relata que a turma não teve bom aproveitamento, isso mostra que apesar de algumas exceções, a atividade para a maior parte da turma mostrou-se altamente dinâmica e eficaz na interatividade com os alunos.
Verificou-se também que a taxa metabólica basal dos estudantes estava numa faixa igual, por idade, que mostra que os alunos entre 14 a 17 anos, estão praticamente todos, numa média de pesos e de alturas, possivelmente devido ao lugar onde moram e pelas muitas atividades que esses adolescentes exercem durante o dia.
Considerações Finais
Nota-se que o EMI objetiva reinventar o EM no Brasil, porém há um grande caminho a ser seguido, e o PIDIB de Física quer permanecer nesse caminho, auxiliando as escolas envolvidas no desenvolvimento dos projetos. Ao longo do ano de 2012 a EEB Getúlio Vargas serão realizados mais 4 projetos, todos com envolvimento dos bolsistas.
A atitude de realizar uma atividade na qual os alunos tiveram um objeto sólido e conhecido de coleta de dados, como rótulos de alimentos, fez com que eles se interessassem mais pela tarefa. Isto é o que se espera da atuação do PIBID nas escolas, um desempenho diferenciado buscando a interdisciplinaridade, e causando um maior interesse por parte dos alunos, que sempre gostam de uma atividade diferenciada, como o Projeto Alimentos.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil.
Bibliografia
Silva, Tatiana. Primeiros passos da Iniciação à Docência em Física na Universidade Federal de Santa Catarina. XII Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Águas de Lindóia, 2010.
Sodré, Fernanda C. R. Física para uma alimentação saudável. Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Física, ao Instituto de Química, ao Instituto de Biociências e a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em Ensino de Ciências. São Paulo, 2008.
Antônio C. Gil: Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
RAYMUNDO, Gisele Pontaroli. Por que engordamos?. Curitiba: 2012. pág. 1-6. Disponível em: <http://www.aprendebrasil.com.br/falecom/nutricionista_bd.asp?cod texto=524> Acesso em: 30 jul de 2012.
SANTOS, João. O consumo de energia ao caminhar pode afetar o desempenho dos animais?. São Paulo: 2000. pág. 1. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/radar -tecnico/sistemas-de-producao/o-consumo-de-energia-ao-caminhar-pode-afetar-o-desempenho-dos-animais-16758n.aspx> Acesso em: 28 jul de 2012.
Cooperativa do fitness. Nutrição produção de energia: Taxa Metabólica Basal. Belo Horizonte. 2009. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/nutri2.htm> Acesso em: 30 jul de 2012.
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		20 a 25 de janeiro de 2013

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