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Jusnaturalismo positivismo (1)

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Jusnaturalismo 
A corrente chamada de jusnaturalismo moderno tem seu inicio no séc XVI, tendo como 
ideologia defender que o direito é independente da vontade dos indivíduos, para os 
adeptos dessa corrente o direito é algo natural que busca sempre um ideal de justiça e no 
estado de natureza os homens são iguais (Pois todos dispõem dos mesmos instrumentos 
para alcançarem seus objetivos). No período jusnatural a chamada ‘’moral’’ tinha 
função meramente informativa, mas sem qualquer eficácia se tratando da 
normatividade. 
O jusnaturalismo também indaga a questão de justiça; o que é justo? Já que nem tudo 
que é justo para mim pode ser considerado justiça para outras pessoas e para tentar 
solucionar essa questão eles conceituaram algo justo como: Justo é tudo que existe em 
termos de ideal do bem comum, ao se questionar se tal norma é justa ou não devemos 
também comparar e entender que existe o mundo real e o mundo ideal assim se uma lei 
nega a vontade da justiça, deve ser afastado o seu caráter jurídico já que sua eficácia é 
negável. Se o justo e o injusto não são universais, cabe a quem estabelecer o mesmo? 
Aqueles que detêm o poder, e neste caso se estabelece a certeza do Direito, mas se 
converte para a doutrina oposta (Juspositivismo). Do jusnaturalismo originam-se os 
princípios gerais do Direito comum em todos os ordenamentos jurídicos, como: o 
direito á liberdade, ao alimento, ao vestuário, à moradia entre outros. 
O jusnaturalismo foi a corrente dominante em toda a Idade Média, mas durante outros 
períodos a crença e os argumentos divinos se fizeram contras as ideias jusnaturais, uma 
das maiores criticas sofridas dessa ideologia eram as de que os adeptos do 
jusnaturalismo afirmavam que Deus não é algo que se possa afigurar enquanto real 
fundamento do direito, já que nem sua existência de fato é considerada certa 
O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos 
aqueles que se encontram em um estado de natureza. 
Não há como falar de jusnaturalismo sem citar o grande pensador Thomas Hobbes o 
autor da famosa citação ‘’ O homem é o lobo do próprio homem ‘’ que é reconhecido 
entre os pensadores do jusnaturalismo racional como o teórico do poder soberano, 
nascido na Inglaterra -5 de abril de 1588- foi um filósofo autor de Leviatã entre outras 
obras de sucesso, Hobbes afirmava a inexistência da lei quando o homem se encontra 
em sua condição natural. Essa ausência deriva-se à lei natural os requisitos básicos que 
tornam um enunciado reconhecido como lei, embora haja lei natural quando o homem 
está em sua condição natural não se pode chamar-se necessariamente lei. De acordo 
com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem 
render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa 
assegurar a paz. 
John Locke dizia que, ao nascer, todo e qualquer homem tem direito à vida, à liberdade 
e à propriedade. E era obrigação do governo (criado pelo povo) garantir e zelar por 
esses direitos. Caso o governo infligisse esse direito do homem e dever estatal, o 
homem tinha o direito de protestar e escolher outros governantes. O estado também não 
deveria ser baseado em nenhuma religião ou crença John defendia o estado laico. Ou 
seja, apesar de ser necessário haver alguém que comande uma sociedade, o poder que 
lhe é concedido não deveria vir da religião, mas sim do povo. 
 Rousseau tem o pensamento contrário ao de Hobbes, para ele o homem é bom por 
natureza, a sociedade que o corrompe com a ideia de propriedade. Ele parte do principio 
que o direito natural possui duas normas; uma que é a de que nunca se deve fazer a mal 
ao próximo e a auto conservação que abrange além do ser e bem-estar biológicos, a 
manutenção da quantidade especifica do homem, consistindo no dom moral e natural da 
liberdade e igualdade entre os homens. Podemos concluir então, que se nenhum homem 
tem autoridade sobre o outro, a sociedade e toda autoridade legítima repousam em 
pactos, para respeitar a liberdade e igualdade dos contratantes. 
. 
As principais características do Jusnaturalismo são: 
Leis superiores 
Direito como produto de ideias (Metafísico) 
Pressuposto: Valores. 
A teoria jusnaturalista se fundamenta nos direitos humanos em uma ordem superior 
universal, imutável e inderrogável. Por essa teoria, os direitos humanos fundamentais 
não são criação dos legisladores, tribunais ou juristas, e, consequentemente, não podem 
desaparecer da consciência dos homens. 
 
 
Positivismo 
No momento em que o positivismo surgiu tinha-se a pretensão da criação de uma 
Ciência jurídica com a objetividade científica e características parecidas com às 
Ciências Exatas, separando assim o Direito dos valores morais; ao contrário do 
jusnaturalismo a corrente positivista acredita que só pode existir o Direito e 
consequentemente a justiça através de normas emanadas do Estado com poder de 
coação se necessário. Podemos dizer que se trata de todas as normas escritas, criadas 
pelos homens por meio do Estado. 
 ‘’ O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve estar 
adaptado aos princípios fundamentais do direito natural. ‘’ 
Para o jusnaturalismo uma norma não tem validez se a mesma não for considerada justa 
enquanto que para o positivismo uma norma só é justa se ela for válida ou seja, se existe 
ou não como regra jurídica dentro de um determinado sistema jurídico, assim ela deve: 
1) ser emanada de autoridade competente ou autorizada; 2) está em vigor; 3) ser 
compatível com outra. 
Segundo o pensamento do Inglês Thomas Hobbes, encontramos um exemplo no qual 
afirmamos não existir outro critério do justo ou injusto fora da lei positiva ou do 
comando do soberano. Para ele o "estado de natureza" é qualquer situação em que não 
há um governo que estabeleça a ordem. Hobbes conclui também que a validade de uma 
norma jurídica e a justiça da mesma não se difere, porque a justiça e a injustiça nascem 
juntas com o direito positivo, ou seja, junto com a validade. O estado nasce com a 
justiça que ao mesmo tempo nasce o Direito Positivo, de forma que, onde não há direito 
também não há justiça, e onde a justiça existe, significa que há um sistema constituído 
de Direito Positivo, assim enquanto se permanece no estado de natureza não há direito 
válido, nem justiça. Uma vez que não existe definição formal das diferenças legais do 
justo ou injusto além do comando do soberano, ou seja, o que o mais forte dita; uma vez 
que o soberano se não é o mais justo entre os homens, certamente é o mais forte, e 
permanecerá soberano não enquanto for justo, mas enquanto for o mais forte. 
O juspositivismo surge na passagem da idade Moderna para a Idade Contemporânea, e 
junto com ele veio à queda da sua corrente oposta o jusnaturalismo com a frequência da 
corrente positiva o direito ganha sua plena autonomia a partir daí o direito deixou de ser 
questionado para ser somente aplicado, se antes dizíamos que as coisas aconteciam de 
tal forma porque Deus quis, passou a se dizer então que as coisas acontecem porque a 
lei quis assim. 
a corrente que predomina atualmente é a corrente do positivismo jurídico . A corrente 
do jusnaturalismo defende que o direito é independente da vontade humana, ele existe 
antes mesmo do homem e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é 
algo natural e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um 
ideal de justiça. 
Bobbio, em sua obra O positivismo jurídico, afirma: a corrente doutrinária do 
juspositivismo entende o termo “direito positivo” de maneira bem específica, como 
direito posto pelo poder soberano do Estado, mediante normasgerais e abstratas, isto é, 
como “lei”. 
Podemos destacar algumas características predominantes do juspositivismo:. 
Leis impostas 
Leis como produto da ação humana 
Pressuposto: ó próprio ordenamento positivo 
Existência de leis e formas. 
Ao estudamos essas correntes concluímos que há bastante divergências entre si, cada 
uma em sua particularidade e generalidade. Sendo assim, definimos abaixo que: 
A teoria positivista, diferentemente da citada anteriormente, se fundamenta na 
existência dos direitos humanos na ordem normativa, enquanto legítima manifestação 
da soberania popular. Desta forma, somente seriam direitos humanos fundamentais 
aqueles expressamente previstos no ordenamento jurídico positivado.

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