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Seguranca e Medicina do Trabalho Políticas de Segurança Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms Jacqueline Mazzoni Revisão Textual: Profa. Ms Rose Toffoli 5 • Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) • Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) Nesta unidade, vamos tratar do tema Políticas de Segurança - CIPA e SESMT e Programas de Prevenção em Segurança do Trabalho – PPRA e PCMSO, mostrando que por meio das disposições obrigatórias (Normas Regulamentadoras – NR) busca-se garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos os envolvidos no processo de trabalho. Portanto, será apresentado especialmente a NR 4 que especifica o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), a NR 5 referente à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – (CIPA) e seus objetivos, que são distintos. Assim, o SESMT irá dimensionar o pessoal técnico especializado que aplicará seu conhecimento em relação ao ambiente de trabalho, reduzindo, e até eliminando os riscos existentes à segurança e à saúde do trabalhador, por sua vez, a CIPA por meio de seus representantes eleitos estará envolvida em ações de segurança para prevenir ou evitar acidentes no local de trabalho. E por fim, a NR 7- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), programas que são obrigatórios em todas as empresas e necessitam estar em consonância, pois para se avaliar o estado de saúde do trabalhador devem-se conhecer os riscos ambientais existentes. · Quais são as Normas Regulamentadoras que estão ligadas diretamente com as políticas de segurança e os programas de prevenção em segurança do trabalho? · Como educar para a prática de segurança do trabalho, a partir do estudo da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho? · Como entender e aplicar um conjunto de medidas que visam prevenir e minimizar os acidentes e doenças do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador? Políticas de Segurança • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 6 Unidade: Políticas de Segurança Contextualização Para iniciarmos esta unidade, convido você a refletir acerca do tema, Políticas de Segurança - CIPA e SESMT e Programas de Prevenção em Segurança do Trabalho – PPRA e PCMSO, assistindo ao vídeo “SESMT, CIPA, PCMSO, PPRA” que trás as NR’s das políticas e dos programas, sua interelação e importância para a segurança e saúde do trabalhador. • http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Du9uNBESNKA 7 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – (CIPA) A CIPA surgiu por meio da recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que em 1921, organizou um Comitê para estudos de segurança e higiene do trabalho e de recomendações de medidas preventivas de acidentes e doenças do trabalho e, transformou-se, em determinação legal no Brasil no ano de 1944. (ZOOCHIO, 1980) No Brasil é regulamentada pela Norma Regulamentadora NR 5 do Ministério do Trabalho e pelos artigos 162 a 165 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), tendo por finalidade a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Trocando Ideias Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=DLRPbMkUJcA e acompanhe as ideias que serão colocadas no decorrer do texto sobre CIPA. De acordo com a NR 5, devem constituir CIPA em caráter obrigatório e mantê-la em regular funcionamento, locais de trabalho independente do tipo de negócio, com ou sem fins lucrativos, filantrópica, educativa, associações recreativas e empresas públicas, desde que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT, com 50 ou mais empregados. Desta forma, haverá uma distribuição de representantes levando em consideração às proporções mínimas estabelecidas, vejamos o quadro 1. Quadro 1: Distribuição Dos Membros Da Cipa N.º de empregados do estabelecimento N.º de membros para cada representação De 50 a 100 2 De 101 a 500 4 De 501 a 1000 6 Mais de 1000 12 Fonte: OLIVEIRA, 2007. Quanto à organização da CIPA pode-se dizer que deve ser composta por representantes do empregador e dos empregados, por eleição anual e reúne: Presidente (indicado pelo empregador), Vice-Presidente (nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus titulares), Secretário e suplente (escolhidos em comum acordo pelos representados dos empregados, e dos empregadores). O mandato dos membros eleitos e indicados da CIPA tem a duração de um ano, permitido uma reeleição para os eleitos e ilimitados para os indicados. 8 Unidade: Políticas de Segurança Explore Para mais entendimento do processo eleitoral da CIPA, leia no link http://portal.mte.gov.br/data/files /8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf os artigos 5.38 a 5.45. No artigo 5.8 da NR 5 que trata da estabilidade de empregos para membros da CIPA eleitos pelos funcionários: “É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.” A CLT, nesse mesmo sentido em seu art. 165, dispõe: Os titulares da representação dos empregados nas CIPA’s não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Explore Vejam o link http://www.yeling.com.br/blog/2012/09/cipa-e-a-estabilidade-de-emprego/ para uma maior compreensão da estabilidade de empregos para os cipeiros. Atribuições da CIPA A CIPA regulamentada pela NR 5 apresenta as seguintes atribuições: • Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; • Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; • Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; 9 • Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; • Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; • Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; • Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à segurança e saúde dos trabalhadores; • Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; • Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; • Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; • Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalhoe propor medidas de solução dos problemas identificados; • Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; • Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; • Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; • Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. Importante: A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT é um evento realizado na 33ª semana de cada ano, que tem como objetivo integrar e conscientizar a todos os empregados sobre a importância e as maneiras de conservar sua saúde, integridade física e a qualidade de vida, através de palestras educativas internas e externas, conferencia, encontros, e outras atividades. A SIPAT compreende atividades amparadas pela legislação trabalhista e faz parte do calendário ofi- cial de eventos da Empresa. 10 Unidade: Políticas de Segurança Explore Para maiores detalhes sobre a CIPA é obrigatório a leitura do link da NR 5 do Ministério do Trabalho http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - (SESMT) O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) explicitado pela Norma Regulamentadora NR 4, tem como objetivo promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Sendo formado pelos profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnicos de Segurança Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, que prestam assessoria ao empregador, aos empregados e à CIPA. A composição e o dimensionamento desse serviço são determinados pela graduação do risco da atividade principal e ao número total de empregados na empresa. Assim definido cabe um questionamento, toda empresa deve possuir SESMT? Sim, as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT, mas é importante ressaltar que para se constituir um SESMT é necessário conhecer a atividade econômica da empresa, que apresentará no CNAE (Classificação Nacional da Atividade Econômica) um código e um grau de risco estabelecido de 1 a 4, após definido o risco, deve-se saber o número de empregados, que de acordo com a NR 4, deve ser acima de 50, determinando assim a quantidade dos profissionais integrantes do SESMT. Trocando Ideias Vejamos um exemplo: Confecção de peças do vestuário, a mesma possui um código e grau de risco no CNAE só precisamos saber o número de empregados que possui para determinarmos a composição do SESMT. Entendido de que forma se estabelece o SESMT em uma empresa, convido você a conhecer o CNAE instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Quadro II da NR 4 que demonstra o dimensionamento do SESMT e também terão todos os detalhes sobre esse serviço. Para isso é só acessarem os links respectivamente http://www.mpas.gov.br/arquivos/ office/4_101130-164603-107.pdf / http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/4.htm 11 Atribuições do SESMT Explore Veja o vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=E0Agh- -4ySHg e em seguida leia o texto. Aos profissionais do SESMT compete segundo a NR 4: a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea “a”; d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente; g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do (s) indivíduo (s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado(s); i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb; 12 Unidade: Políticas de Segurança j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 (cinco) anos; l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades. Importante: Vale resaltar que CIPA e SESMT apesar de realizarem um trabalho em conjunto quando presentes em uma empresa são órgãos distintos com objetivos diferentes. Explore Para saber mais sobre o SESMT faz-se obrigatória a leitura da NR 4 através do link http://portal.mte. gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001388128376306AD/NR-04%20(atualizada).pdf Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – (PCMSO) A legislação vigente tornou obrigatória a partir do final de 1994, as empresas elaborarem e implementarem dois programas: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Explore Assita ao vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=oSRpL77auOQ e terá a oportunidade de pensar em quão importante é o PCMSO. 13 Primeiramente será apresentado o PCMSO, definido e cuja obrigatoriedade é estabelecida pela Norma Regulamentadora NR 7 da Portaria nº. 3214/78. É um programamédico que tem caráter de prevenção, detecção e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, sendo obrigatório e de total responsabilidade a implementação desse programa por parte de todos os empregadores e instituições, independente do número de empregados ou do grau de risco de sua atividade. Necessita ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, principalmente aqueles identificados nas avaliações previstas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). (BRASIL, 2012) Das diretrizes do PCMSO de acordo com a NR 7 destacassem, aquela que estabelece que o programa deve considerar as questões incidentes tanto sobre o indivíduo como sobre a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico, o prazo e a periodicidade para a realização das avaliações clínicas, definindo os critérios para a execução e interpretação dos exames médicos complementares (os indicadores biológicos), além de obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano. Na elaboração do PCMSO o mínimo que requer o programa é um estudo prévio para reconhecimento dos riscos ocupacionais existentes, devendo ser realizado por meio de visitas “in loco” aos locais de trabalho para análise dos métodos produtivos, postos de trabalho, dados sobre ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A partir deste reconhecimento, é obrigatório incluir no PCMSO os exames médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Através do link http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E21660130E0819F C102ED/nr_07.pdf terá a possibilidade de aprofundar seu conhecimento, com base na própria Norma. Vale ressaltar que para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, em duas vias, a primeira via ficará arquivada no local de trabalho do empregado, à disposição da fiscalização do trabalho, e a segunda será obrigatoriamente entregue ao trabalhador. Atenção Como visto, o PCMSO é obrigatório independente do número de empregados e do grau de risco das atividades, mas para sua confecção deve-se levar em conta o CNAE de acordo com a NR 4 estabe- lecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Vejamos um modelo de PCMSO no link http://www. sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_891_MODELOADEAPCMSO.pdf 14 Unidade: Políticas de Segurança De acordo com a Norma Regulamentadora NR 7 em seu parágrafo 7.3.1 ao empregador compete: a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; (Alterada pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996). c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. Explore Para melhor compreensão do item D leia o parágrafo 7.3.1.1 a 7.3.1.1.3 da NR 7 no link http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D308E21660130E0819FC102ED/nr_07.pdf Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – (PPRA) O PPRA estabelecido pela Norma Regulamentadora NR 9 contida na portaria 3.214/78, deve ser elaborado e implementado obrigatoriamente por todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, independente da quantidade ou do grau de risco de suas atividades, visando à preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (BRASIL, 2012). Explore Como visto o PPRA também é obrigatório independente do número de empregados e do grau de risco das atividades, mas para sua confecção deve-se levar em conta o CNAE de acordo com a NR 4 estabelecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Veja um modelo de PPRA no link www.jfsc.jus.br/publicaWEB/mostra_conteudo_publicacao.php?id=1499 15 Explore Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=IjOmG4MA6do e pense na importância de conhecer os riscos ambientais para a confecção do PPRA. De acordo com a NR 9 o PPRA, tem como objetivo a prevenção e o controle da exposição ocupacional aos riscos ambientais, isto é, a prevenção e o controle, somente, dos riscos físicos (ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não ionizantes), químicos (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, absorvidos pelo organismo humano por via respiratória, através da pele ou por ingestão) e biológicos (bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros) presentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas em cada setor da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a participação de seus empregados. Deve fazer parte do conjunto de medidas mais amplo das iniciativas da empresa, ou seja, articuladas com as demais normas regulamentadoras, em especial, com a NR-07, no caso, com o PCMSO. Está previsto na NR 9 que a elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas no caso do empregador estar desobrigado pela legislação de manter um serviço próprio, deverá contratar uma empresa ou profissional para elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o PPRA. A Norma Regulamentadora não explicita qual é o profissional, porém as atribuições estabelecidas para gerir o PPRA, disposto nesta NR, aponta que deverá estar sob a coordenação de um Engenheiro de Segurança do Trabalho ou médico do Trabalho. A NR-9 estabelece que o PPRA contenha várias etapas a serem consideradas para o seu desenvolvimento. Inicialmente é necessário que se faça a antecipação e reconhecimento dos riscos, por meio de análise de projetos de novas instalações, métodos e processos de trabalho ou modificações dos já existentes, visando identificar possíveis riscos e implantar medidas de proteção para a sua redução ou eliminação. Explore Leia na integra a NR 9 no link http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BE- F1CA0393B27/nr_09_at.pdf O PPRA, sempre d everá estar em consonânci a com o PCMSO, pois pa ra se avaliar o estado de saúde do trabalhador de vem- se conhecer os riscos ambientais existente s. 16 Unidade: Políticas de Segurança Outra etapa importante instituída pela NR 9 é o estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle, onde se faz uma vez ao ano, uma análise global do PPRA, bem como a avaliação dos riscos, monitoramento da exposição dos trabalhadores e realização dos ajustes necessários, devendo suas alterações e complementações serem apresentadas à CIPA, se existir na empresa. Explore Para melhor entendimento das medidas para minimização ou eliminação dos riscos ambientais e monitoramento dos mesmos leiam o parágrafo 9.3.5.1 e 9.3.7 da NR 9 no link http://portal.mte. gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1CA0393B27/nr_09_at.pdfUm aspecto importante do PPRA descrito na NR 9, diz que é um programa de ação contínua e não apenas um documento. O documento-base, previsto na estrutura do PPRA, e que deve estar à disposição da fiscalização, é um roteiro das ações a serem exploradas para atingir as metas do Programa. Atenção Deverá ser mantido pela empresa um registro de dados estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA, por um período mínimo de 20 (vinte) anos. 17 Material Complementar Caro (a) aluno (a) Para facilitar seus estudos, você encontrará links interessantes com a finalidade de aprofundamento do tema desta unidade. • http://www.adicao.com.br/servicos_assessoria_base.asp?id=79 site de assessoria que trás uma discussão muito interessante sobre PRRA e PCMSO. • http://nrfacil.com.br/blog/?p=824 artigo formidável sobre a relação SESMT e CIPA. • http://www.cbtu.gov.br/noticias/destaques/2006/mes02/070206b/070206b.htm site da Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Maceió destaca através de noticias um evento da CIPA com muita criatividade. • http://www.itapetinganamidia.com/?p=5644 divulgação sobre atuação do SESMT da Vulcabrás/Azaléia com a comunidade da cidade Itapetininga no interior de São Paulo. 18 Unidade: Políticas de Segurança Referências BRASIL. Segurança e Medicina do Trabalho. Manuais de Legislação. 69ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRASIL, M.T.E. Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Disponível em: http://www. mte.gov.br (acesso em maio de 2013) ________.Legislação/Normas Regulamentadoras. NR-4. Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Disponível em: http://www. mte.gov.br (acesso em maio de 2013) ________. Legislação/Normas Regulamentadoras. NR-5. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Disponível em: http://www.mte.gov.br (acesso em maio de 2013) ________. Legislação/Normas Regulamentadoras. NR-7. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). Disponível em: http://www.mte.gov.br (acesso em maio de 2013) ________. Legislação/Normas Regulamentadoras. NR-9. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Disponível em: http://www.mte.gov.br (acesso em maio de 2013) OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Estrutura normativa da segurança e saúde do trabalhador no Brasil. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v.45, n.75, p.107-130, jan./jun.2007. ZOOCHIO, Álvaro. CIPA: Histórico, Organização, Atuação. São Paulo: Atlas, p.13 – 14,1980. 19 Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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