Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ALTERAÇÕES CELULARES DO HPV E LESÕES INTRA-EPITELAIS CURSO: BIOMEDICINA Profa. CATARINA NEVES Departamento de Patologia - CCS INFECÇÃO PELO HPV Transmissão: venérea (sexual) Prevalência : entre 22 e 25 anos Risco : ~79% Correlação HPV – câncer anogenital: Carcinoma cervical – prevalência de 75% a 100% Carcinoma vulvar Carcinoma vaginal Carcinoma de pênis Carcinoma de pênis TIPOS DE HPV Mais de 150 tipos ~30 tipos relacionados com aumento do risco de câncer cervical Classificação : Baixo risco: 6,11,42,43,44,53,54,57 e 66 Alto risco: 16,18, 31,33,35,39,45,51,52,56,58,59 e 68 ANORMALIDADES EM CÉLULAS ESCAMOSAS SIL – Lesão intraepitelial escamosa (squamous intraepithelial lesion) – engloba: Displasia. Carcinoma in situ. Lesões borderline. NIC- neoplasia intraepitelial cervical. OBS: FORTES EVIDÊNCIAS LIGAM A SIL COM O CARCINOMA ESCAMOSO INVASIVO CURIOSIDADES Fatores de risco epidemiológicos são similares em pacientes com SIL e com câncer invasivo e ambos estão associados ao HPV. SIL e carcinoma invasivo possuem anormalidades cromossômicas semelhantes (citogenética ). CURIOSIDADES Mulheres com SIL são em média 10 anos mais jovens que aquelas com câncer invasivo (progressão?) SIL morfologicamente lembra o carcinoma e geralmente está presente em cortes histológicos próximos ao câncer invasivo. HISTÓRIA NATURAL DA LESÃO ESCAMOSA PRÉ-INVASIVA (SEGUIMENTO DE 24 MESES) TIPO DE LESÃO REGRESSÃO (%) PROGRESSÃOPARA HSIL (LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAL %) PROGRESSÃO PARA CÂNCERINVASIVO(%) ASC-US 68 7 0.25 LSIL(LESÃO INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU) 47 21 0.15 HISL (LESÃOINTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU) 35 - 1.4 CORRELAÇÃO DO HPV COM O CÂNCER DE COLO HPV –transmitido sexualmente explica bem a conhecida associação entre a história sexual e o risco aumentado de desenvolver o câncer do colo. HPV – foi originalmente identificado numa alteração celular conhecida como coilócito. CORRELAÇÃO DO HPV COM O CÂNCER DE COLO COILÓCITO : 1949 – 1ª. Descrição por Ayres – “complexo celular pré-canceroso”. 1956 – Koss e Durfee cunharam o termo coilocitose (do Grego Koilos = cavidade oca, vazia). 1960 - Ayres sugeriu corretamente uma etiologia viral. Nos anos 70 Meisels e Purola – fizeram a conexão entre o coilócito e o HPV. Estudos de imunocitoquíica, ultraestruturais e de hibridização in situ confirmaram a presença do vírus no coilócito A ESTRUTURA DO HPV GENOMA – 8mil pares de base em fita dupla de DNA. Codifica 8 genes –precoces ( early-E ) ou ou tardios (late – L). Genes E – E1, E2,E4,E5,E6 e E7 Genes L – L1 e L2 A infecção se estabelece na camada basal onde o genoma é mantido A medida em que matura ocorre amplificação dos genes e associação dos vírus com expressão de L1 e L2 e eventual liberação dos vírus. A ESTRUTURA DO HPV L1 – é a maior proteína do capsídeo viral e o principal componente das vacinas contra o HPV. E6 e E7 – seus produtos gênicos exercem a mais significante função na carcinogênese viral: E6 – liga-se a p53 e bloqueia a apoptose E7 - liga-se a pRb levando a célula a não ter controle no seu crescimento. CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS PARA LESÃO DE BAIXO GREAU Alterações em células intermediárias Atipias nucleares: aumento contorno irregular hipercromasia cromatina levemente condensada Cavidades citoplasmáticas (coilócitos). Variante queratinizante. LESÃO DE BAIXO GRAU COM COILOCITOSE LESÃO INTRA-EPITELIAL DE BAIXO GRAU (LSIL) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LESÃO DE BAIXO GRAU Células escamosas reativas. Células escamosas com halos não específicos. Células endocervicais reativas. ASC-US LESÃO INTRA-EPITELIAL DE ALTO GRAU CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS PARA AS LESÕES INTRA-EPITELIAIS DE ALTO GRAU Geralmente células do tamanho das parabasais. Células soltas ou em grupos como sincícios (grupos hipercromáticos) Atipias nucleares: Aumento. Marcada irregularidade no contorno. Geralmente marcada hipercromasia . Marcada condensação da cromatina. Variante queratinizante. ATIPIA EM PÓLIPO ENDOCERVICAL MIMETIZANDO UMALESÃO DE ALTO GRAU DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS LESÕES INTRA-EPITELIAIS DE ALTO GRAU Metaplasia escamosa Atrofia Metaplasia transicional Células endometriais esfoliadas Cervicite folicular Histiócitos Efeito do DIU Atipia em pólipo endocervical Carcinoma de células escamosas Células escamosas atípicas – não excluindo a lesão de alto grau ASC-US – associado a atrofia Ce BOM ESTUDO!!!
Compartilhar