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Entamoeba histolytica

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AMEBAS 
 
REINO PROTISTA 
SUBREINO PROTOZOA 
FILO SARCOMASTIGOPHORA 
SUBFILO SARCODINA - Protozoários que se movem por meio de 
pseudópodes. Flagelos podem estar presentes em alguns casos 
SUBCLASSE RHIZOPODA 
CLASSE LOBOSEA 
ORDEM AMOEBIDA 
SUBORDEM TUBULINA 
FAMÍLIA Endamoebidae 
GÊNERO Entamoeba 
ESPÉCIE Entamoeba histolytica 
 
 Posição sistemática: 
 
AMEBAS QUE SE ASSOCIAM AO HOMEM: 
 
FAMÍLIA ENDAMOEBIDAE 
 Gêneros: 
 EEnnttaammooeebbaa, EEnnddoolliimmaaxx, IIooddaammooeebbaa 
 
 AMEBAS DE VIDA LIVRE, EVENTUALMENTE PATOGÊNICAS: 
 
 FAMÍLIA HARTMANNELLIDAE 
 Gêneros HHaarrttmmaannnneellllaa e AAccaanntthhaammooeebbaa 
 
 FAMÍLIA SCHIZOPYRENIDAE – Com fase flagelada 
 Gênero NNaaeegglleerriiaa 
 
 Família Endamoebidae 
 
Agrupamento das espécies de EEnnttaammooeebbaa que parasitam o homem: 
 
- Com cistos de até 8 núcleos: EEnnttaammooeebbaa ccoollii 
 
- Com cistos de até 4 núcleos: EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa e EEnnttaammooeebbaa..hhaarrttmmaannnnii 
 
- Com cistos de um núcleo:EEnnttaammooeebbaa ppoolleecckkii (porco, eventualmente homem) 
 
- Sem cistos conhecidos: EEnnttaammooeebbaa ggiinnggiivvaalliiss 
 
 
 
AMEBAS 
 
 
 Os membros deste grupo de protozoários, que inclui muitas amebas de vida-livre e 
parasitos, são provavelmente, as formas animais mais primitivas de que se tem conhecimento. 
Se esquecermos muitos filos da cadeia zoológica, eles são, supostamente, os parentes mais 
próximos dos ancestrais da humanidade, que viviam na lama, milhões de anos atrás. São o lado 
conservador do sub-reino protozoa, que não sofreu muitas modificações ou que não participou da 
evolução na ascendência da humanidade. 
 
 Pelo menos seis espécies de amebas podem viver associadas ao homem: 
 
No intestino grosso: 
 
- EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa – Única espécie patogênica 
- EEnnttaammooeebbaa hhaarrttmmaannnnii 
- EEnnttaammooeebbaa ccoollii 
- DDiieennttaammooeebbaa ffrraaggiilliiss 
- EEnnddoolliimmaaxx nnaannaa Comensais 
- IIooddaammooeebbaa bbüüttsscchhlliiii 
 
Na boca: 
 
- EEnnttaammooeebbaa ggiinnggiivvaalliiss 
 
 Algumas espécies de vida livre, como NNaaeegglleerriiaa ffoowwlleerrii e AAccaanntthhaammooeebbaa spp podem 
parasitar acidentalmente o homem e causar meningoencefalite e ceratite (úlcera da córnea). 
 
 As amebas mencionadas se distinguem umas das outras por características morfológicas 
de difícil observação e, por isto mesmo, para que seja feito um diagnóstico diferencial 
seguro, é necessário fazer a observação de várias estruturas em mais de um exemplar. 
 
 
AMEBÍASE 
 
EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa / EEnnttaammooeebbaa ddiissppaarr 
 
 A EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa é o agente etiológico da amebíase, importante problema de 
saúde pública, que leva a óbito cerca de 100.000 pessoas por ano em todo o mundo. 
 
 Apesar da alta mortalidade, são registrados muitos casos assintomáticos de 
infecção por ameba, o que sugere a existência de uma outra espécie que não a 
EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa parasitando o homem. Daí alguns pesquisadores terem 
denominado EEnnttaammooeebbaa ddííssppaarr, a espécie responsável pelas infecções assintomáticas 
atribuídas à EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa. 
Amebíase é a infecção do homem causada pela EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, com ou sem 
manifestação clínica. 
 
 A EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa pode ser observada nas seguintes formas: 
 
- Trofozoítos: presentes normalmente no intestino, nas úlceras e/ou nas fezes 
 diarreicas 
 
- Cistos: imaturos ou maduros, presentes nas fezes normais, na maioria das 
 espécies 
 
- Metacistos: Formas multinucleadas que emergem dos cistos no intestino delgado, 
 onde sofrem divisões, dando origem aos trofozoítos 
 
- Pré-cistos: Fase intermediária entre trofozoítos e cistos. 
 
 
 No trofozoíto – Forma ativa, ou vegetativa: 
 
 Ectoplasma hialino (visível em preparações coradas) 
 
 Pseudópodos finos, em forma de dedo – Emissão contínua e rápida 
(movimentação semelhante a uma lesma) 
 
 Endoplasma – Com ou sem eritrócitos em diferentes fases de degradação. 
Formas não invasivas apresentam bactérias, grãos de amido ou outros detritos no 
citoplasma; 
 
 Núcleo único, excêntrico (difícil visualização a fresco) – Aspecto de roda de carroça 
em preparações coradas, com cariossomo central e grânulos de cromatina 
periférica. 
 
 Nos pré-cistos – Fase intermediária entre trofozoíto e cisto 
 Núcleo semelhante ao do trofozoíto 
 Corpos cromatoides podem estar presentes no citoplasma. 
 
 Metacistos – Formas multinucleadas que emergem dos cistos no 
 intestino delgado, onde sofrem divisões, dando 
 origem aos trofozoítos metacísticos. 
 Nos cistos – 
 
 Núcleos pouco visíveis em preparações a fresco; bem visíveis quando corados 
por LUGOL ou HEMATOXILINA FÉRRICA. Variam de 1 a 4. 
 
 Corpos cromatoides (agregados de ribossomos), quando presentes, em forma de 
bastonetes ou “charuto”, também em n° de 1 a 4. 
 
 Vacúolos de glicogênio. 
 
 Ciclo biológico de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa: 
 
- Ciclo monoxeno (um só hospedeiro) 
 
- Cistos passam pelo estômago, resistindo ao suco gástrico 
 
- Desencistamento no final do intestino delgado ou início do grosso 
 
- O metacisto sai através de uma pequena fenda na parede cística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Em seguida o metacisto sofre divisões sucessivas dando origem a 4, depois 
8 trofozoítos chamados trofozoítos metacísticos 
 
- Estes trofozoítos migram para o intestino grosso onde vão colonizar 
 
- Em geral ficam ali aderidos à parede do intestino, como comensais, alimentando-se 
de detritos e de bactérias 
 
- Sob circunstâncias pouco conhecidas, desidratam, transformam-se em pré-cistos e, 
depois, secretam a parede cística e se transformam em cistos 
 
- Os cistos, inicialmente mononucleados, passam por divisões nucleares sucessivas 
até se transformarem em cistos tetranucleados, como geralmente são encontrados 
nas fezes. 
 
 Ciclo patogênico da EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa:: 
 
- Em situações pouco conhecidas, o equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido 
 e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no 
 interior das úlceras 
 
- Através da circulação porta, podem atingir outros órgãos, como o fígado e, 
posteriormente, pulmão, rim, cérebro ou pele, causando a amebíase extra-intestinal 
 
- O trofozoíto presente nestas úlceras é chamado forma invasiva ou virulenta. Não 
forma cistos, é muito ativo e hematófago 
 
- O trofozoíto invasivo se nutre dos tecidos dissolvidos por suas enzimas 
 citolíticas, e de eritrócitos. 
 
 Transmissão de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa: 
 
- Ingestão de cistos maduros, juntamente com alimentos, água contaminada por dejetos 
humanos, ingestão de alimentos contaminados (verduras cruas e frutas principalmente) 
 
- Alimentos podem ser contaminados por insetos veiculadores de cistos e ovos, 
 como baratas e moscas (que são capazes de regurgitar cistos ingeridos anteriormente) 
 
- A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos em um domicílio 
 
- Portadores assintomáticos que manipulam alimentos são os principais disseminadores 
desta protozoose. 
 
 Patogenia e virulência: 
 
Fatores que podem influenciar na mudança do organismo de comensal para um 
invasor, agressivo (ruptura do equilíbrioda relação parasito-hospedeiro, em favor do parasito): 
 
 Fatores relacionados ao hospedeiro: 
- Localização geográfica, raça, sexo, idade, resposta imune, estado nutricional, 
dieta, alcoolismo, clima, hábitos sexuais. 
 
 Fatores ligado ao meio: 
- Flora bacteriana associada – Determinadas bactérias, principalmente 
anaeróbicas, são capazes de potencializar a virulência de cepas de EEnnttaammooeebbaa 
hhiissttoollyyttiiccaa (Ex: EEsscchheerriicchhiiaa ccoollii, SSaallmmoonneellllaa, SShhiiggeellaa, EEnntteerroobbaacctteerr e CClloossttrriiddiiuumm). 
 
 Fatores ligados ao parasito: 
 
- Ação patogênica devida à adesão da célula parasitária à célula do hospedeiro, 
atividade de enzimas proteolíticas (hialuronidase, protease e mucopolisacaridase) que 
 favorecem a progressão e destruição dos tecidos 
 
- As amebas têm certa dificuldade em vencer a barreira da mucosa intestinal 
 
- Uma vez vencida esta barreira, os trofozoítos se multiplicam e prosseguem 
 penetrando, formando microulcerações em direção à Muscularis mucosae, com 
 escassa reação inflamatória 
 
- Na submucosa o parasito determina o aparecimento de ulcerações típicas, 
 chamadas lesões em “botão de camisa” (ou em “colo de garrafa”). 
 
 Lesões provocadas por EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa: 
 
- Úlcera amebiana intestinal com aspecto de botão de camisa 
 
- Necrose liquefativa hepática (abscesso amebiano hepático) 
 
- As lesões amebianas são mais frequentes no ceco e na região retosigmoidiana 
 
- Ocasionalmente, os trofozoítos podem induzir uma resposta inflamatória 
proliferativa, com formação de massa granulomatosa denominada “ameboma” 
 
- As amebas podem penetrar nos vasos sanguíneos, e, através da circulação porta, 
atingir primeiramente o fígado, que é o principal órgão com acometimento extra-
intestinal, formando abscessos, ou, mais propriamente, necrose liquefativa 
 
- Pode também atingir o pulmão e, mais raramente o cérebro. Em alguns casos 
atingem a região anal e vaginal 
 
 Manifestações clínicas da amebíase: 
 
- Formas assintomáticas 
 
- Formas sintomáticas: 
 
 Amebíase intestinal: 
 
- Colites não disentéricas – Evacuações diarreicas ou não, s/ febre, 
 cólicas abdominais, alternância com períodos silenciosos 
 
- Colite disentérica – Evacuações mucossanguinolentas, febre moderada 
 
- Complicações e sequelas – Perfuração, peritonites, hemorragia, 
invaginação, colites pós-disentéricas, estenoses 
 
- Amebomas 
 
- Apendicite amebiana 
 
 Amebíase extraintestinal: 
 
- Amebíase hepática – Aguda, não supurativa ou abscesso hepático (necrose 
liquefativa) 
 
- Complicações do abscesso hepático – Ruptura, infecção bacteriana, 
propagação para outros órgãos 
 
- Amebíase cutânea 
 
- Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim, etc. 
 
 Profilaxia: 
 
- Intimamente ligada às condições sanitárias 
 
- Portador assintomático – Fonte de infecção→ Campanhas educativas 
 
- Combate a insetos 
 
- Cuidados na higienização de alimentos antes de serem ingeridos 
 
 Tratamento: 
 
 Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal 
 
 Amebicidas de ação tissular (parede do intestino e fígado) 
 
 Amebicidas que atuam na luz intestinal e nos tecidos 
 
DROGA DE ESCOLHA: Secnidazol 
 
 
 AMEBAS DE VIDA LIVRE 
 
 Podem causar meningoencefalite, encefalite granulomatosa e ceratite (úlcera da córnea) 
 
 Possivelmente são protozoários em transição da vida livre para a vida parasitária 
 
 Principais espécies: 
 
- NNaaeegglleerriiaa ffoowwlleerrii – Agente de meningoencefalites fulminantes que levam à 
 morte em 3-7 dias 
 
- AAccaanntthhaammooeebbaa spp (A.cullberstoni, A.castellanii,, A.polyphaga, A.royreba, 
A.astronyxis, A.hatchetti, A.rhysodes e A.palestinesis) – Agentes de encefalite 
granulomatosa que pode levar à morte após longos períodos de doença. Agente de 
ceratites (só invadem a córnea previamente lesada – usuários de lente de contato, p.ex). Em 
aidéticos podem acometer outros órgãos como pele e pulmões 
 
 Amebas presentes no solo e nas águas de lagos, rios e até piscinas 
 
 Trofozoítos se alimentam de bactérias 
 
 Cistos encontrados no solo seco ou na poeira 
 
 NNaaeegglleerriiaa ffoowwlleerrii apresenta formas flageladas em uma fase do ciclo. Estas nadam 
ativamente e, ao entrarem em contato com a mucosa nasal transformam-se em 
trofozoítos que penetram a mucosa e, através do epitélio neuro-olfativo, atingem o 
cérebro. Ocorre em geral em pessoas jovens que gozavam de plena saúde e 
nadaram em lagoas e piscinas malcuidadas 
 
 AAccaanntthhaammooeebbaa spp em geral estão associadas a casos crônicos, em que ocorre uma 
lesão granulomatosa em pacientes debilitados e, muitas vezes imunodeprimidos 
(por medicamentos ou doença). Podem ocorrer lesões oculares por AAccaanntthhaammooeebbaa 
ppoollyypphhaaggaa 
 
 Prevenção – Apenas não nadar em lagoas, piscinas e rios passíveis de 
contaminação. 
 
 Tratamento – Não é eficiente. 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
 
AMEBAS E AMEBÍASE: 
 
1. Quais as espécies de amebas encontradas em associação com o homem? Escreva 
corretamente seus nomes e cite o local onde habitam no organismo humano. 
 
2. Quais as fases (formas) em que pode ser encontrada a EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa e onde (ou em 
que material) podem ser encontradas? 
 
3. Descreva de maneira sucinta, com suas palavras, o ciclo biológico da EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa. 
 
4. Descreva o ciclo patogênico da EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, citando os órgãos que podem ser 
atingidos na amebíase extra-intestinal. 
 
5. Descreva sucintamente as principais manifestações clínicas da amebíase e cite o nome da 
lesão típica causada pela EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa na submucosa intestinal. 
 
6. Quais os mecanismos de transmissão da amebíase? 
 
7. Cite o conjunto de medidas profiláticas adequadas à prevenção e controle da amebíase. 
 
8. Quais as duas principais espécies de amebas de vida livre que podem parasitar o homem? 
 
9. Cite os principais mecanismos patológicos e sintomas das infecções causadas por amebas de 
vida livre quando estas parasitam o homem. 
 
10. De que maneira o homem pode adquirir infecções pelas espécies de amebas de vida livre que 
podem parasitá-lo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARASITOLOGIA 
AULA PRÁTICA 1 
 
Estudo da morfologia de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, e de outras amebas que associam 
ao homem, nas formas vegetativa e cística 
 
As amebas que se encontram frequentemente nos exames de fezes humanas são 
protozoários do subfilo Sarcodina (com pseudópodes), ordem Amoebida. Muitas pertencem à família 
Endamoebidae (ou Entamoebidae) e uma delas, EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, é responsável pela 
amebíase. Várias outras vivem como inquilinos inofensivos de nosso intestino. 
Em outros grupos que compreendem espécies normalmente de vida livre, algumas espécies 
do gênero AAccaanntthhaammooeebbaa e a espécie NNaaeegglleerriiaa ffoowwlleerrii (caracterizada pela presença de uma fase 
flagelada em seu ciclo), já foram isoladas de casos humanos de ceratite e de meningoencefalite. 
Na família Endamoebidae, três gêneros têm importância em Parasitologia: EEnnttaammooeebbaa, 
EEnnddoolliimmaaxx e IIooddaammooeebbaa. As amebas do gênero EEnnttaammooeebbaa têm como característica um núcleo 
esférico, com membrana delgada e revestida, internamente, de grânulos cromáticos (cromatina 
periférica) enquanto um ou mais grânulos se reúnem no centro ou perto dele (cromatina central ou 
excêntrica), formando uma estrutura denominadacariossomo. As espécies de EEnnttaammooeebbaa de 
interesse humano podem ser distribuídas em vários grupos, de acordo com o número de núcleos 
presentes na forma cística madura. Esta característica ajuda a orientar o diagnóstico nos exames 
parasitológicos de fezes. Assim: 
 Com cistos de até 8 núcleos: EEnnttaammooeebbaa ccoollii 
 Com cistos de até 4 núcleos: EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa e EEnnttaammooeebbaa ddííssppaarr e EEnnttaammooeebbaa 
hhaarrttmmaannnnii 
 Sem cistos conhecidos: EEnnttaammooeebbaa ggiinnggiivvaalliiss 
 EEnnddoolliimmaaxx nnaannaa é uma ameba pequena, com cisto de 4 núcleos e IIooddaammooeebbaa bbüüttsscchhlliiii 
forma cistos com um só núcleo. 
 
EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, por ser patogênica, é a ameba de maior interesse em Parasitologia. 
Apresenta várias formas de desenvolvimento durante seu ciclo biológico. O trofozoíto é a forma 
que se alimenta e se multiplica. Vive normalmente na luz do intestino grosso, onde se movimenta 
através de emissão de pseudópodes e se alimenta através da fagocitose de bactérias e outras 
partículas nutritivas do meio. Pode se multiplicar indefinidamente neste ambiente por divisão 
binária. Ocasionalmente pode produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do organismo 
do hospedeiro. O trofozoíto invasivo ou virulento apresenta eritrócitos no citoplasma. Em 
qualquer dos casos, o trofozoíto de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa tem um só núcleo com membrana 
delgada e grânulos de cromatina justapostos internamente de maneira uniforme. Na parte central 
do núcleo encontra-se o cariossomo pequeno e com constituição semelhante à cromatina 
periférica. O citoplasma apresenta-se dividido em ectoplasma, que é claro e hialino, e 
endoplasma, que é finamente granuloso, com vacúolos, núcleos e restos de substâncias 
alimentares. 
Em dado momento, algumas das formas trofozoíticas que se encontram no bolo fecal 
reduzem sua atividade, deixam de emitir pseudópodes e fagocitar, diminuem de tamanho e se 
arredondam para constituir o pré-cisto, fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto. 
Em torno das formas pré-císticas é secretado um envoltório resistente, a parede cística, e 
o núcleo divide-se duas vezes para que se constituam cistos maduros típicos, com quatro 
núcleos. Os núcleos dos cistos presentes nas fezes variam de um a quatro, com cariossomo 
pequeno e central e cromatina periférica. Os corpos cromatoides, quando presentes nos cistos, 
têm a forma de bastonetes (“charutos”) com pontas arredondadas. No citoplasma de cistos jovens 
podem ser encontradas reservas de glicogênio chamados “vacúolos de glicogênio”. Graças ao 
encistamento, os parasitos expulsos com as fezes podem resistir às condições do meio exterior e 
propagar-se. 
Ao ser ingerido o cisto maduro, ocorre o desencistamento no intestino delgado do novo 
hospedeiro, liberando o metacisto tetranucleado que forma oito pequenos trofozoítos 
metacísticos que irão se alimentar e crescer na luz intestinal para logo alcançarem a forma 
trofozoítica. 
 
 
Desenho esquemático de um trofozoíto de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho esquemático de um cisto jovem e de um cisto maduro 
de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ectoplasma hialino 
(mais visível no interior 
dos pseudópodes)
Endoplasma 
granuloso
Pseudópode 
(ou pseudópodo)
Núcleo
Cariossomo 
central
Cromatina periférica 
Em grânulos aderidos à face 
interna da membrana 
nuclear.
Vacúolos 
digestivos
Ectoplasma hialino 
(mais visível no interior 
dos pseudópodes)
Endoplasma 
granuloso
Pseudópode 
(ou pseudópodo)
Núcleo
Cariossomo 
central
Cromatina periférica 
Em grânulos aderidos à face 
interna da membrana 
nuclear.
Vacúolos 
digestivos
 
 
 
PARA VOCÊ DESENHAR: 
 
1. Desenhe um trofozoíto não invasivo e um não invasivo de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa de acordo 
com as projeções de lâminas apresentadas, identificando todas as organelas e estruturas 
apontadas: núcleo, cariossomo central, cromatina periférica, ectoplasma hialino, endoplasma 
granuloso, pseudópode. 
 
2. Desenhe um cisto de EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, de acordo com a projeção da lâmina 
apresentada, identificando os núcleos com cariossomo central e cromatina periférica e a 
parede cística formada por dupla camada de membrana. 
 
3. Desenhe o corte histológico da mucosa do intestino grosso de paciente infectado por 
EEnnttaammooeebbaa hhiissttoollyyttiiccaa, apresentando a típica lesão “em botão de camisa” (ou “colo de 
garrafa”) determinada pela invasão da mucosa por trofozoítos virulentos (ou invasivos). 
 
4. Observe as formas presentes em lâminas de material a fresco. Desenhe o que for solicitado. 
 
5. Monte uma tabela esquemática, apresentado as principais diferenças morfológicas entre as 
espécies de amebas que se associam ao homem. 
 
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Desenho esquemático das formas trofozoíticas e císticas das principais amebas 
que se associam ao homem

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