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06 Desenvolvimento

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RR EE DD AA ÇÇ ÃÃ OO PP AA RR AA CC OO NN CC UU RR SS OO SS 
(( MM óó dd uu ll oo II )) 
Prof. ª Eliane Vieira 
Aula 06 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 O Desenvolvimento 
Teoria Objetiva 
Como já estudamos, a introdução consiste na ideia principal da redação, apresentada de modo a sugerir o 
desenvolvimento. 
 Este segundo aspecto, o desenvolvimento, consiste em argumentar e avaliar as ideias em torno do 
assunto abordado, permitindo, assim, uma conclusão. 
 
Alguns aspectos importantes para o desenvolvimento 
 
 
� Simplicidade: uma boa redação depende de simplicidade nas palavras e coerência. Evite o 
rebuscamento na utilização dos vocábulos, pois só contribui para a confusão dos períodos. 
 
� Clareza: a elaboração de períodos muito longos produz dois defeitos graves: primeiro, o leitor se 
cansa do texto e não compreende bem a mensagem nele contida; segundo, as ideias misturam-se 
exageradamente. Elabore períodos curtos. 
 
� Precisão: certifique-se de significado correto das palavras que vai utilizar em determinado período 
e verifique se existe adequação desse significado com as ideias expostas. A vulgaridade de termos 
ou impropriedade de sentido empobrece bastante o texto. 
 
 
 
� Alguns exemplos deploráveis: 
 
 
I. "É impossível conhecer os antepassados dos candidatos..." (o candidato queria dizer os "antecedentes") 
 
II. "Urgem campanhas no sentido de exterminar os analfabetos" (o candidato queria dizer, naturalmente, 
"exterminar o analfabetismo") 
 
III. "Estou convincente de que..." (o termo próprio é "convencido") 
 
IV. "Era um tapete de alta valorização..." (o candidato queria dizer, "de alto valor".) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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� Concisão: ser conciso ao elaborar um texto significa usar as palavras com economia, com critério. 
Seguem alguns exemplos: 
 
Falta de concisão: 
 
"A infância, ou melhor, as crianças abandonadas nas ruas revoltam qualquer pessoa quer as vê andando na 
cidade". (18 palavras) 
 
Período Conciso: 
 
"Qualquer pessoa se revolta, quando vê crianças abandonadas pelas ruas". (10 palavras). 
 
 
� Originalidade: evite frases “prontas” e provérbios, pois empobrecem a redação. Exemplos: 
 
"Mal traçadas linhas". 
"Grande futuro da humanidade". 
"Um misto de alegria e tristeza invade a população brasileira". 
“Nos primórdios da humanidade". 
 
 
Defeitos Graves no Desenvolvimento 
 
a) Períodos muito longos; 
b) Repetição desnecessária de palavras; 
c) Frases confusas, desconexas, ilógicas; 
d) Palavras vulgares, gírias; 
e) “Chavões”, palavras desgastadas pelo uso constante; 
f) Eco (Vicente frequentemente está contente); 
g) Cacofonia (Meu coração por ti gela); 
h) Colisão (Se cedo você se sentasse, cansar-se-ia menos). 
i) Expressão ou palavras que sejam desconhecidas por você, pois o erro de ortografia e acentuação é 
imperdoável em uma redação; 
j) Uso desnecessário da vírgula 
l) Divisão silábica inadequada 
m) Escrever sem estruturar o que vai passar para o papel 
n) Iniciar ou terminar a redação com expressões do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... 
Quem sabe...", pois mostra dúvidas em seus argumentos anteriores; 
 
 
 
 
 
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� Análise de uma redação (assista à videoaula) 
 
Tema: Descrença na política no mundo contemporâneo 
 
Última chance 
 
 Quando foi concebida, na Grécia antiga, a política era uma forma de organização das cidades, de 
que participavam todos os cidadãos. 
Com o tempo, essa atividade foi-se complexificando, com numerosas instituições e rituais de poder. Hoje, 
seu papel tem sido questionado por uma sociedade que, não se vendo representada, passa a desacreditá-la 
em todos os sentidos. Quem quiser compreender – e modificar – esse panorama deverá analisar a 
influência dos políticos, da sociedade e do próprio sistema representativo. 
 Em primeiro lugar, os representantes da sociedade parecem ter grande responsabilidade pela 
insatisfação coletiva. No Brasil, como no resto do mundo, escândalos de corrupção se sucedem sem 
punições apropriadas. 
Em sua origem, mais do que a simples ganância está uma postura elitista e descompromissada com a 
sociedade. Isso talvez explique as promessas que não são cumpridas e os abusos de poder tão frequentes 
desses que deveriam dar o maior exemplo. 
Culpar os políticos, no entanto, significa culpar a própria sociedade. Sem dúvida, se considerarmos 
que, nas democracias – regime predominante hoje -, os eleitores têm poder de alterar os quadros de 
poder, a má atuação dos políticos é responsabilidade de todos. Se não o fazemos, demonstramos uma 
postura alienada, cuja base está no individualismo contemporâneo. 
Afinal, para problemas imediatos, as soluções coletivas não parecem ser as melhores. Nessa 
perspectiva, a descrença na política é a desvalorização da sociedade por ela mesma. 
 Para agravar a situação, ainda que políticos e eleitores fossem mais engajados, o descrédito 
permaneceria. Isso porque o próprio sistema apresenta falhas estruturais de difícil modificação. De um 
lado, a lentidão burocrática da democracia torna as ações dos Governos ineficazes. De outro, problemas 
complexos como o tráfico de drogas e a miséria têm tantos fatores envolvidos, que qualquer solução deixa 
muito a desejar. 
 Diante de tal panorama, torna-se evidente que a descrença na política não constitui apenas um 
problema circunstancial. Trata-se, a rigor, do sintoma de algo muito grave: a indiferença do homem com 
ele mesmo. Quando a política se torna motivo de piada e sinônimo de impotência, é a sociedade quem 
mais perde. Resta saber se queremos voltar ao passado e recuperar o sentido grego dessa atividade ou 
preferimos esse retorno passivo a uma espécie de pré-história. Talvez ainda tenhamos escolha. 
 
 
 
 
 
 
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Anotações: 
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EXERCÍCIOS 
 
 
1. Elabore um parágrafo de desenvolvimento para uma redação sobre o poder dos meios de 
comunicação no Brasil, iniciando-o com o exemplo a seguir: 
 
 
A quase totalidade da população brasileira tem acesso à televisão e assiste a pelo menos um programa 
diário. 
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2. Os cinco períodos reproduzidos abaixo constituem um parágrafo de desenvolvimento para um texto 
dissertativo acerca da fidelidade humana na atualidade. Sua tarefa é ordená-los corretamente. 
 
Esses trabalhadores costumam representar ideais corporativos, tornando-se mais eficientes em suas 
atividades. (A) 
Além do aspecto sentimental, a questão da fidelidade também aparece no plano institucional. (B) 
O problema, porém, é que, sem excesso, esse comportamento pode se tornar negativo para o 
próprio funcionário. (C) 
Sem dúvida, tem sido muito comum a valorização dos profissionais que “vestem a camisa” da 
empresa. (D) 
Isso ocorre, porque, ao trabalhar além do que precisa, ele pode estar sendo explorado pelo 
empregador. (E) 
 
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GABARITO 
1. Enviar arquivo para correção. 
2. B – D – A – C - E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª ed. rev. e ampl., Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. 
BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela Análise Sintática. 18ª ed. rev. e ampl., Rio de Janeiro: 
Lucerna, 2006. 
CÂMARA JR, J. Mattoso. Dicionário de Filologia e Gramática. 4ª ed. rev. e ampl. J.OZON, editor, 1970. 
 
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do Português Contemporâneo. 3ª ed., Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 2001. 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. Positivo. 
LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática Normativa da língua portuguesa. 27ª ed., Rio de janeiro: José 
Olympio, 1986. 
 
LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Manual de Redação. 5ª ed., Rio de janeiro: FAE, 1994. 
 
CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em Construção. 1ª ed., São Paulo: Moderna, 1993. 
AQUINO. Renato. Redação para Concursos. 11ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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