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Haverá omissão sempre que um dos pedidos formulados não for apreciado pelo judiciário, além disso haverá omissão sempre que um fundamento relevante não tenha sido apreciado pelo magistrado. A recusa, a omissão ou o retardamento, sem justo motivo, de providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parteconstituem hipóteses de responsabilidade pessoal do juiz por omissão culposa. Tal comportamento ilícito do magistrado é punível civilmente a título de culpa. Com efeito, essas omissões refletem o exercício anormal da atividade judiciária e consubstanciam casos de denegação dejustiça, até porque o juiz pode causar dano simplesmente por omitir providência que deveria determinar com ou sem a provocação da parte. As omissões culposas em forma de recusa, retardamento ou simples inércia processual podem decorrer de imprudência, negligência ou imperícia do magistrado. Não tendo a lei feito qualquer restrição quanto à modalidade de culpa que enseja a responsabilidade pessoal do juiz nestes casos, há que se admitir todas elas para esse efeito. Observe-se, entretanto, que a responsabilidade pessoal do juiz diante desses comportamentos culposos só existirá quando a recusa, a omissão ou o retardamento de providência judicial forem injustificáveis. Portanto, não ensejará responsabilidade patrimonial do magistrado o eventual atraso ou descumprimento de prazos legais por acúmulo de serviço a que não deu causa, por ausência de culpa. É fundamental também que a recusa, a omissão ou o retardamento causem dano indenizável, que, ademais, deve ser provado pela parte que o alegar. Omissão do magistrado quarta-feira, 20 de abril de 2016 23:39 Página 1 de Anotações Rápidas
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