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Semiologia do Ombro

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Estudo Semiológico do Ombro
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO: FISIOTERAPIA 
PROF.: WALBEG FERRAZ
DISCIPLINA: SEMIOLOGIA
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
Ossos:
Escápula
Clavícula
Úmero
Articulações:
Glenoumeral
Esternoclavicular
Acromioclavicular
Escapulotorácica
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Cintura escapular
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Articulação gleno-umeral (sinovial)
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 Escápula
Vista Posterior
Vista Anterior
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 Úmero
Vista Anterior
Vista Posterior
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Ligamentos
Ligamentos
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
Músculos
a) Serrátil anterior:
Origem - faces ântero-laterais das 10 primeiras costelas.
Insersão - ângulos superior e inferior e no bordo medial da escápula.
Ação: a) estabiliza a escápula contra o gradil costal b) báscula lateral.
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
b) Trapézio: 
feixe superior – origem: protuberância occiptal externa, processos espinhosos da 2ª a 4ª vértebras cervicais. 
Insersão: borda posterior da escápula;
 
feixe médio – origem: ligamento nucal, processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e primeiras torácicas / insersão: no acrômio e espinha da escápula;
 feixe inferior – origem: processos espinhosos de T5 a T10 e se insere na espinha da escápula. 
Ação: Adução escapular e báscula lateral.
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
c) Elevador da escápula:
Origem: processos transversos de C1 a C4 
Insersão: ângulo superior da escápula.
Ação: elevação da escápula e produz báscula lateral.
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
d) Rombóides
Maior – origem: processos espinhosos de T2 a T5 / inserção: na borda medial da escápula.
Menor – origem:processos espinhos de C7 e T1 inserção: no mesmo local do anterior.
Ação: adução, elevação e báscula medial da escápula. 
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
e) Grande dorsal
Origem: processos espinhosos de T7 a S5, quatro últimas costelas e da crista ilíaca. 
Inserção: na goteira biciptal do úmero e ângulo inferior da escápula.
Ações: extensão, rotação medial, adução glenoumeral e depressão escapular. 
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
f) Peitoral maior
Origem: 2/3 mediais da borda anterior da clavícula, manúbrio, face ântero-lateral do esterno e face anterior das 5 primeiras cartilagens costais. 
Inserção: goteira biciptal.
Ações: flexão, adução e rotação medial da glenoumeral.
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
g) Peitoral Menor
Origem: da face anterior da 3ª, 4ª e 5ª costelas Inserção: no processo coracóide.
Ação: Depressão da escápula.
h) Deltóide
Origem: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula. 
Inserção: tuberosidade deltóide.
Ação: Flexão, abdução e extensão da glenoumeral (de acordo com o feixe).
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1. Revisão anatômica e biomecânica.
i) O Manguito rotador 
Supra-espinal: fossa supra-espinal / tuberosidade maior – abdução glenoumeral.
Infra-espinal: fossa infra-espinal / tuberosidade maior – rotação lateral e adução glenoumeral.
Redondo menor: lateral da escápula / tuberosidade maior – rotação lateral e adução glenoumeral.
Subescapular: face costal da escápula / tuberosidade menor – rotação medial da glenoumeral. 
Seu tendão atua na contenção anterior da cabeça do úmero.
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2. Os movimentos do ombro
Globais: ação conjunta das articulações e permitem ações para atividades gerais (movimento da articulação).
Acessórios: ocorrem em planos de deslizamento e rolamento entre as superfícies articulares (movimento na articulação).
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2. Os movimentos do ombro
Movimentos do ombro sobre o tórax
Articulações: esternoclavicular, acromioclavicular e o componente escapulotorácico.
Elevação: ascensão da escápula.
Abaixamento: depressão da escápula.
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2. Os movimentos do ombro
Abdução: afastamento do plano mediano.
Adução: aproximação do plano mediano.
Ritmo escapulotorácico: báscula medial e báscula lateral.
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2. Os movimentos do ombro
B) Movimentos do braço em relação ao tórax.
Articulações: glenoumeral + ritmo escapulotorácico
1. Eixo transversal / plano sagital:
Quais são os movimentos? 
Resp.: flexão e extensão
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2. Os movimentos do ombro
2. Eixo longitudinal / plano horizontal:
Quais são os movimentos?
Resp.: rotação medial e lateral
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2. Os movimentos do ombro
Resp.: Abdução e adução horizontais.
Obs. Ocorrem a partir de 90º de abdução.
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2. Os movimentos do ombro
3. Eixo antero-posterior / plano frontal:
Quais são os movimentos?
Resp.: adução e abdução.
Obs. A circundação corresponde a combinação dos movimentos anteriores e seus respectivos eixos.
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4. Avaliação Fisioterapêutica
Histórico da lesão;
Inspeção;
Palpação;
Exame funcional;
Testes resistidos;
Testes especiais;
Exame neurológico.
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5. Histórico da lesão
Ocupação do paciente;
Motivo da busca de auxílio;
Sintoma mais incômodo;
Preexistência de trauma;
Ocorrências anteriores;
Tratamentos anteriores;
AVDs limitadas;
Outras Patologias: metástases, diabetes, hipertensão arterial, reumatopatias, varizes etc.
Tempo: evolução recente aumenta a chance de menos restrição de movimento que em evolução de longa data.
 
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5. Histórico da lesão
Tipo de dor;
Obs. Dor constante = causa não mecânica, articulação inflamada.
 Dor intermitente = desordem mecânica, alivia com o repouso.
 Dor noturna = retração do tecido conjuntivo periarticular e perda da decoaptação.
 Dor irradiada = origem radicular ou espasmogênica ou pontos gatilho.
 Dor local = estruturas lesadas
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6. Inspeção
Fisionomia do paciente: angustia ausência de movimento pendular dissociado indica quadro agudo.
Avaliação Postural: Hipercifose limita a elevação do MS e aumenta o risco de impacto subacromial.
Observar contorno: luxação, hipotrofia (inatividade, paralisia).
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6. Inspeção
Analisar comparativamente os dois lados.
Verificar ainda:
Condições da pele;
Presença de edema;
Hematoma;
Cicatrizes cirúrgicas;
Uso de orteses;
Atrofia subcutânea ( uso de corticóides).
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7. Palpação
O que palpar?
Ossos
Músculos e inserções
Articulações
O que encontramos?
Quadros álgicos localizados
Crépitos
Edema
Temperatura
Alterações de sensibilidade
Análise dos movimentos globais e acessórios.
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7.1 Reconhecimento de estruturas anatômicas 
Como começar?
Palpar ossos
A clavícula, o acrômio, o processo coracóide, o corpo da escápula, espinha da escápula e epífise proximal do úmero.
Palpar as articulações 
Esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral.
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7.1 Reconhecimento de estruturas anatômicas
Exemplos:
Tubérculo maior do úmero: palpar com a glenoumeral em adução, extensão e rotação medial (mão nas costas).
Tubérculo menor do úmero: palpar com a glenoumeral em extensão e rotação lateral.
Sulco biciptal: úmero em rotação lateral.
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7.1 Reconhecimento de estruturas anatômicas
Bursa subacromial: inferiormente ao acrômio com a glenoumeral em extensão.
A palpação muscular evidencia espasmos, pontos doloridos, lesões musculares, pontos gatilho.
Onde procurar pontos gatilho? 
Seguir padrão: levantador da escápula, rombóide menor, supra e infra espinal, escalenos, deltóide, subescapular, redondo maior, trapézio, serrátil, peitoral maior.
 
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Palpação da Bursa subacromial
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8. Exame funcional
Avaliar os movimentos globais
Ativos 
Passivos
Realizar os testes resistidos
Obs. Ao deparar-se com limitação de movimento global deve-se posicionar o membro no limite da amplitude possível e verificar a ocorrência de dor. Em caso positivo haverá lesão de tecido conectivo.
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8. Exame funcional
Obs. Próximo passo é colocar o membro em posição relaxada das estruturas articulares e solicitar contração
muscular.
 Dor nesse caso indica lesão muscular.
Padrão capsular de restrição do movimento: comprometimento da RL, AB, EXT.
Padrão não capsular: + comum é a bursite subacromial, limitação da abdução
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9. Avaliando movimentos globais
Iniciar a análise pelos movimentos cervicais.
Verificar os movimentos escapulotorácicos de modo passivo.
Verificar os movimentos passivos da glenoumeral com o paciente em decúbito dorsal e com o membro para fora da maca.
Avaliar os movimentos ativos da glenoumeral.
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Movimentos escapulotorácicos
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Movimentos escapulotorácicos
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Movimentos escapulotorácicos
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9. Avaliando os movimentos acessórios
Articulação esternoclavicular :
Deslizamentos cranial e caudal
Deslizamentos anterior e posterior
Articulação acromioclavicular:
Deslizamentos anterior e Posterior
 
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Articulação esternoclavicular
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Articulação esternoclavicular
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Articulação acromioclavicular
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9. Avaliando os movimentos acessórios
Articulação glenoumeral
Posição para avaliação: 70º de abdução, 30º de adução horizontal e rotação neutra.
Deslizamento posterior
Deslizamento inferior
Deslizamento lateral
Deslizamento anterior 
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Articulação glenoumeral
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Articulação glenoumeral
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10. Testes resistidos
FORÇA:
5 Amplitude completa contra gravidade e resistência.
4 Amplitude completa contra gravidade e alguma resistência.
3 Amplitude completa contra gravidade.
2 Amplitude completa sem gravidade.
1 Evidência leve de contração.
0 Sem contração.
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10. Testes resistidos
CONTRAÇÂO
Contração forte e dor: sem lesão de tecidos contráteis.
Contração fraca e dor: sério disturbio, lesão do manguito rotador ou fratura de tuberosidades.
Contração fraca sem dor: problema neurológico ou lesão musculotendinosa extensa.
Contração forte sem dor: normal.
Dor forte em qualquer condição: quadro inflamatório agudo articular.
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10. Testes resistidos
O exame muscular do ombro deve envolver nove movimentos:
Flexão / extensão
Abdução / adução
Rotação lateral / rotação medial
Elevação da escápula
Retração da escápula
Estabilização da escápula (empurrar a parede)
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11. Testes especiais
Testes Irritativos de Impacto
A) Teste de Neer
Paciente em pé, examinador atrás dele, com uma mão estabiliza o ombro, com a outra eleva o MS até a máxima amplitude.
Verifica atrito (dor) nas estruturas subacromiais.
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Teste de Neer
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11. Testes especiais
Teste de Jobe
Paciente em pé,MMSS posicionados no plano escapular e em rotação medial, examinador aplica força no sentido inferior (o paciente deve resistir).
Avalia a força e integridade do m. supra espinal (dor = tendinite, incapacidade =ruptura)
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Teste de Jobe
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11. Testes especiais
Teste de Hawkins
Paciente em pé, MS em flexão de 90º e força a rotação medial (paciente resiste).
Força o atrito das estruturas subacromiais com o arco coracoacromial (tendão supra-espinal), dor = inflamação.
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Teste de Hawkins
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11. Testes especiais
Teste de Gerber
Paciente com mão atrás das costas empurrando a mão do examinador (isola o m. subescapular)
Indica patologia do subscapular.
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Teste de Gerber
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Teste da adução horizontal
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11. Testes especiais
Teste da adução horizontal
Paciente sentado, o examinador posiciona o MS em adução horizontal máxima.
Promove pressão e atrito na articulação acromioclavicular. (dor = artrose, dor posterior = retração da cápsula posterior.
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11. Testes especiais
Teste de bursite subacromial: bursa palpada abaixo do acrômio com o úmero em extensão (dor). Abduzir o úmero a 90º e palpar de novo. 
Se o quadro de dor aliviar = positivo (porque ocorre interposição do m. deltóide)
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11. Testes especiais
Teste para diferenciar a bursite subacromial da tendinite supra-espinal
Paciente em pé, examinador traciona o MS no sentido distal e solicita abdução.
Se a dor persiste = Tendinite supra-espinal.
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Teste para diferenciar a bursite subacromial da tendinite supra-espinal
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11. Testes especiais
Sinal do braço caído
O examinador deve abduzir passivamente o MS a 90º e solicitar ao paciente que mantenha-o nessa posição após soltá-lo.
Incapacidade de manter = extensa lesão do manguito rotador.
 
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12. Testes de instabilidade
Teste de carga e desvio
Paciente sentado, examinador atrás estabiliza o ombro com uma mão tendo os dedos polegar e indicador sobre as linhas articulares anterior e posterior. A outra mão segura a cabeça do úmero e força no sentido anterior e posterior.
Normal = deslocamento de até 5mm.
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Teste de carga e desvio
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12. Testes de instabilidade
Sinal de apreensão anterior: paciente com abdução 90º e rotação lateral.
Promover o deslizamento anterior da cabeça do úmero ao aplicar de mesmo sentido.
Indica instabilidade traumática.
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12. Testes de instabilidade
Teste de recolocação
Paciente em decúbito dorsal, MS em abdução e rotação lateral. Em caso positivo observa-se:
Deslocamento anterior do úmero: dor e desconforto.
Recolocação do úmero por força posterior: conforto e alívio
Resultado: instabilidade anterior
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Teste de recolocação
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12. Testes de instabilidade
Teste de gaveta posterior
Paciente sentado, flexão do ombro 80º e de cotovelo. O examinador atrás estabiliza a região escapular com uma mão e com a outra no cotovelo do paciente, aplica força no sentido posterior.
Em caso positivo observa-se deslocamento posterior da cabeça do úmero = instabilidade posterior.
 
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Teste de gaveta posterior
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12. Testes de instabilidade
Teste de apreensão posterior
Paciente em decúbito dorsal e em abdução 90º e rotação medial do ombro. O examinador aplica força no sentido posterior.
Quando positivo, esse teste provoca apreensão pelo paciente e designa instabilidade posterior.
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Teste de apreensão posterior
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12. Testes de instabilidade
Sinal de sulco
Paciente em pé, o examinador fixa a escápula com uma mão e, com a outra, traciona inferiormente o MS. Isso aumenta a distância entre o acrômio e a cabeça do úmero.
Se formar um sulco o teste é positivo e designa instabilidade multidirecional.
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13. Testes para Bíceps e Lábio glenóide
Teste de Yergason
Paciente sentado, cotovelo fletido em 90º e antebraço pronado. O examinador segura ao nível do punho do paciente para resistir a supinação enquanto palpa a goteira biciptal.
Caso de dor na goteira = tendinite biciptal.
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Teste de Yergason
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13. Testes para Bíceps e Lábio glenóide
Teste de Speed
Paciente com ombro fletido, cotovelo estendido e antebraço supinado. O examinador aplica uma força no sentido da extensão que deve ser resistida.
Dor = tendinite biciptal 
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Teste de Speed
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13. Testes para Bíceps e Lábio glenóide
Teste de clunck
Paciente em decúbito dorsal, examinador realiza, com uma mão, a hiperabdução e a rotação medial da glenoumeral. Com a outra mão o examinador empurra a cabeça do úmero no sentido anterior.
Se positivo perceberemos um clunck = lesão do lábio glenoidal.
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Teste de clunck
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14.Referências
Reabilitação do complexo do ombro. Marcial Zanelli de Souza. Editora Manole, 2001. São Paulo.

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