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Apostila de Língua Portuguesa

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Prévia do material em texto

1 
 
Material de apoio às aulas de 
Comunicação e Expressão 
 
 
 
 
Aluno:___________________________ 
Curso:___________________________ 
 
 
Profa. Me. Adriana Soeiro Pino 
 
2016.1 
 
2 
 
 
FACULDADE DE TECNOLOGIA 
DE ITAQUERA 
 
CURSO 
Fabricação Mecânica e Automação Industrial 
ANO LETIVO 
2016 
 TURNO 
Vespertino/ Noturno 
DISCIPLINA 
Comunicação e Expressão e Língua Portuguesa 
FORMAÇÃO 
Básica 
CÓDIGO-SIGLA 
LPO-001 
PROFESSORA 
Profª Me. Adriana Soeiro Pino 
EMENTA 
Visão geral da noção de texto. Diferenças entre oralidade e escrita, leitura, análise e produção de 
textos de interesse técnico-científico. Formas de comunicação escrita e oral nas organizações. Coesão e 
coerência do texto em diferentes gêneros discursivos. 
Avaliação 
I) Estará aprovado o aluno que obtiver nota igual ou superior a 6,0 (cinco). 
 
II) A nota final será calculada pela fórmula: 
 
 M= 3,5M1 + 4,5M2+ 2,0PI 
 10 
Onde: 
 
 M1= primeira prova + (trabalhos, seminários, relatórios) 
 M2 = segunda prova +(trabalhos, seminários, relatórios) 
 P3 = prova exame 
 PI = projeto integrador 
 
A prova exame (P3) terá todo o conteúdo abordado no semestre e poderá ser realizada pelo aluno que 
 não obteve média 6,0, no entanto seu valor será somado com a média obtida e dividido por 2 para 
obtenção da média final. (Exemplo: se o aluno obteve média 4,0, deverá tirar 8,0 na prova exame para 
obtenção da média final igual a 6,0) 
As provas individuais são realizadas com consulta a um dicionário de Língua Portuguesa. 
Bibliografia 
Básica 
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo de acordo com a nova 
ortografia. Rio de Janeiro: Lexikon Editorial, 2009. 
MEDEIROS, J. B. Redação empresarial. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
Complementar 
GOLD, M. Redação Empresarial. 4.ed. São Paulo: Pearson, 2010. 
MARTINS, D.S.; ZILBERKNOP, L.S. Português Instrumental: de acordo com as atuais normas 
da ABNT. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
Novo Acordo Ortográfico 
3 
 
Muito se falou sobre o Novo Acordo Ortográfico e alguns até duvidaram de que ele realmente seria 
efetivado. O fato é que agora é pra valer. Foi dada a largada em 1º de janeiro de 2016, lembrando que a 
sua implementação no Brasil seguiu os seguintes parâmetros: 
 1990 – O Novo Acordo Ortográfico foi assinado, mas não houve uma implementação oficial. 
 2009 – Vigência ainda não obrigatória. 
 2010 a 2012 – Adaptação completa dos livros didáticos às novas regras. 
 2013 – Vigência obrigatória em todo o território nacional, mas, como houve muitas polêmicas e 
críticas, o governo adiou o prazo. 
 2016 – Término do prazo de adaptação e vigência obrigatória do Novo Acordo. 
Como a sequência das datas acima mostra, querendo ou não, todos deverão seguir as novas regras, pois 
o prazo para a adaptação acabou. As mudanças principais são o fim do trema, alterações da forma de 
acentuar palavras com ditongos abertos e que sejam hiatos, supressão dos acentos diferenciais e dos 
acentos tônicos, novas regras para o emprego do hífen e inclusão das letras w, k e y ao idioma. A 
única possibilidade agora é escrever ideia, assembleia, onomatopeia, jiboia, voo, enjoo, linguiça, tranquilo, 
contrarregra, ultrassonografia, micro-ondas, micro-organismo etc. A grafia correta das palavras, conforme 
as regras do Acordo, podem ser consultadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), 
disponível no site da Academia Brasileira de Letras (ABL). Não espere encontrar por lá o significado delas, 
pois o que eles disponibilizam é um vocabulário e não um dicionário. 
A explicação mais usada para o Novo Acordo é a unificação ortográfica (restringe-se à língua escrita, não afetando 
aspectos da língua falada) da Língua Portuguesa em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua 
Portuguesa): Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde, Timor Leste e 
São Tomé e Príncipe. 
 
 
4 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
8 
 
10 dicas rápidas para se tornar um leitor melhor 
 
Ler de forma eficiente irá transformá-lo em um profissional melhor e mais competente. Confira 
dez dicas práticas para ser um ótimo leitor 
A leitura é a base de toda educação e uma habilidade importante para o desenvolvimento pessoal 
e profissional. Além de aumentar seu conhecimento, a leitura fortalece suas habilidades em 
gramática e alarga seu vocabulário. Mas, muitas vezes, ler pode ser algo difícil e cansativo, 
transformando-se até mesmo em frustração. As habilidades de uma pessoa na leitura, como 
a compreensão e velocidade, são diretamente relacionadas aos seus hábitos de leitura. Alguém 
que costuma ler raramente não terá facilidade em leituras mais complexas e que exigem maior 
concentração. 
 Para melhorar sua leitura, o que se deve fazer é identificar os principais problemas que 
dificultam essa prática. Algumas das dificuldades mais encontradas são: palavras desconhecidas, 
frases complicadas, assuntos desconhecidos ou desinteressantes, fontes 
pequenas, parágrafos muito longos, textos ruins ou mal escritos, cansaço e distrações. 
 Depois de identificar suas principais dificuldades, confira dez dicas que irão ajudar você a se 
tornar um leitor melhor: 
Como ser um ótimo leitor: 1) Pratique 
É obvio que para começar, você deve começar a ler. Não espere ficar semanas sem praticar e 
depois ler um livro de 700 páginas em uma semana. Para ser um bom leitor, você deve transformar 
a leitura em um hábito contínuo e parte de sua rotina. Não espere ter tempo para ler. Isso 
dificilmente acontecerá, já que quando temos tempo extra, aproveitamos para outras atividades. 
Priorize suas leituras e aproveite a hora de almoço ou o trânsito para adiantá-la. 
Como ser um ótimo leitor: 2) Alargue seus horizontes 
Nunca limite seus tópicos de leitura, e procure sempre por novos conteúdos 
e escritores diferentes. Não importa o quanto você gosta de determinado assunto, não fique 
focado apenas em livros sobre ele. Quanto mais você souber sobre diferentes tópicos, mais fáceis 
serão suas próximas leituras. 
Como ser um ótimo leitor: 3) Leia ativamente 
Não seja um leitor imóvel que apenas espera o fim da história. Aproveite a leitura ao máximo. 
Faça anotações, grife partes interessantes e anote dúvidas que o escritor pode responder ao longo 
do texto ou que ficam para uma sequência, no caso de uma série de livros ou crônicas. 
Como ser um ótimo leitor: 4) Inspire-se 
Se você está desmotivado, leia algo de algo que você admira ou sobre assuntos de que você gosta 
muito. Depois de iniciar essas leituras, não espere que elas terminem para determinar seu 
próximo livro, mas já estabeleça sua meta seguinte. 
Como ser um ótimo leitor: 5) Velocidade 
Você não precisa se preocupar com seu ritmo pessoal, já que cada pessoa tem uma maneira 
particular de absorver as leituras. Apenas tome cuidado para não ler de forma muito lenta, dando 
chances para a desmotivação ou desperdício de tempo, ou ler de maneira rápida, fazendo com 
que o conteúdo fique confuso ou mal compreendido. 
9 
 
Como ser um ótimo leitor: 6) Prepare-se 
Se você não conhece o autor ou o contexto do livro – por exemplo, se você lê algo sobre a Angola 
da década de 1960 – é importante pesquisar informações básicas que irão ajudá-lo na compreensão 
do texto. Você evitará frustrações e confusões e poderá aproveitar ainda mais aquilo que o autor 
desejatransmitir. 
 Como ser um ótimo leitor: 7) Vocabulário 
Mesmo os leitores mais experientes precisam estar atentos nessa área. Algumas leituras não 
podem ser feitas sem um dicionário ao lado, não importa o quanto a pessoa entenda a língua 
portuguesa. Um bom vocabulário e a compreensão exata das palavras fazem com que frases 
complexas sejam simplificadas e outras informações subentendidas sejam captadas. 
Como ser um ótimo leitor: 8) Hora e local 
Para alguns, ler em ônibus lotados não é uma tarefa difícil, pois essas pessoas conseguem 
se concentrar facilmente, mesmo com barulhos e conversas paralelas. Outras pessoas precisam de 
silêncio e tranquilidade para conseguir absorver o conteúdo. Além do local, é importante escolher 
o horário certo para ler. Não deixe para fazer isso por último, quando for dormir, especialmente 
se for algo mais complexo. 
 Como ser um ótimo leitor: 9) Comece com livros fáceis 
Se você não costuma ler e quer adquirir esse hábito, evite frustrações e comece com leituras mais 
fáceis. Vá evoluindo gradativamente e estabeleça metas para não desanimar. 
 Como ser um ótimo leitor: 10) Não use os lábios 
Algumas pessoas costumam ler em voz alta ou movimentar os lábios enquanto leem. A leitura é 
uma atividade particular dos olhos e do cérebro, por isso só faça isso quando uma frase estiver 
realmente difícil de entender ou você não souber pronunciar determinada palavra. Ler em voz alta 
ou movimentando os lábios aumenta significativamente o tempo de leitura e faz com que ela seja 
mais cansativa. 
 
 
Considerações sobre a noção de textos empresariais 
 
Alguém produziu. 
 Todo texto tem um autor que no seu processo de produção levou em conta as características do 
seu possível leitor. 
10 
 
 Assim, um bom produtor de textos é aquele que não se preocupa apenas com O QUE VAI 
ESCREVER, mas sim, PARA QUEM VOU ESCREVER. O “quem vai me ler” deve guiar todo o processo 
da escrita. Um texto que não tem um destinatário em mente fatalmente incorrerá em erros porque não foi 
pensado num público-alvo. 
 
Por que se lê? 
 A leitura de um texto é feita para satisfazer os objetivos do leitor. Ora, lê-se porque o texto é uma 
fonte de informações e novidades, porque se quer aprender algo, receber notícias de alguém, tomar 
conhecimento de uma cobrança financeira, um comunicado da direção, um recado do colega da mesa ao 
lado, e muitas outras razões. Até mesmo a leitura de um romance, um texto literário, satisfaz uma 
necessidade do seu leitor: relaxar, ser envolvido por uma bela história. 
 O sentido de um texto é construído na interação que se realiza entre o autor e o leitor: 
(...) Em sua eterna busca, o ouvinte/leitor de um texto mobilizará todos os componentes 
do conhecimento e estratégias cognitivas que tem ao seu alcance para ser capaz de 
interpretar o texto como dotado de sentido. Isto é, espera-se sempre um texto para o 
qual se possa produzir sentidos e procura, a partir da forma como ele se encontra 
linguisticamente organizado, construir uma representação coerente, ativando, para 
tanto, os conhecimentos prévios e/ou tirando as possíveis conclusões para as quais o 
texto aponta. O processamento textual, quer em termos de produção, quer de 
compreensão, depende, assim, essencialmente, de uma interação – ainda que latente 
- entre produtor e interpretador (Koch, 2002, p.19). 
 
 Observe, ao ler o leitor vai acionar (automaticamente) todo o conhecimento que tem a respeito 
desse assunto. Para isso, deve ter sido produzido para um leitor da sua categoria. Se o seu leitor é 
alguém da sua família ou círculo de amigos, é evidente que você utilizará uma linguagem informal para se 
dirigir a eles. Por outro lado, quando for se dirigir ao coordenador do seu curso na faculdade para solicitar 
uma mudança de sala de aula por esta ser pequena demais para sua turma, utilizará uma linguagem mais 
formal e cuidadosa. Afinal, o seu coordenador é alguém que se encontra em um nível hierárquico superior 
ao seu e merece tal deferência. 
 Você pensou no seu leitor, pensou num nível de linguagem adequado a ele e escreveu um texto 
como o do exemplo abaixo: 
 
Prezado Professor Coordenador Oswaldo, 
 
Venho por meio dessa solicitar-lhe a transferência dessa turma emérita do Curso de Tecnologia em 
Secretariado de modo a satisfazer nossos objetivos de acomodarmo-nos em um espaço maior e não tão 
contíguo como esse em que, por ora, nos encontramos. 
Certos de termos nossa reivindicação, mui justa e respeitosa, atendida, despedimo-nos com sinceros 
votos de felicidades. 
Sem mais para o momento, 
Alunos do 1º semestre do curso de Tecnologia em Fabricação Mecânica. 
 
1. A solicitação acima está coerente com seu objetivo? 2. O texto tem um destinatário definido? 
3. Foi escolhido um nível de linguagem adequado? 4. Há algum problema? 
5. Possível correção: 
11 
 
 
Não se esqueça: a sua linguagem é seu cartão de visitas. Que imagem você quer transmitir para 
seus interlocutores? 
 
 
CONTEXTO DE PRODUÇÃO 
 Vivemos dentro de contextos: estar num contexto de sala de aula, por exemplo, é diferente de estar 
no contexto de um barzinho ou ainda assistindo a um casamento, ou seja, o contexto influencia nosso 
comportamento e nossa linguagem. Ninguém vai a um casamento de short e as pessoas que se dirigem ao 
gestor procuram cuidar mais do vocabulário. Assim, estar inserido num contexto social e físico determina 
a situação da linguagem. 
 O contexto de produção é um conjunto de fatores que pode exercer influência necessária sobre a 
forma de organização de um texto. Esses fatores são agrupados em dois conjuntos: 
1) Contexto físico 
2) Contexto social 
 
 Há um quadro bastante didático que pode deixar qualquer situação com ação de linguagem bastante 
transparente. 
Situação de produção: aula universitária 
Contexto de produção 
Contexto físico Contexto social 
Lugar de produção: 
Sala de aula 
Lugar social: 
sala de aula universitária 
Momento de produção: 
Dia da aula (29/07/14) 
 
Emissor: 
Professor(a) de português 
A posição social do emissor 
Prof. universitário(a) da área tecnológica 
Receptor (ES): 
Alunos 
 A posição social do receptor 
Alunos universitários do curso de 
Automação Mecânica 
Suporte: lousa (linguagem escrita) 
 Linguagem oral (fala do professor) 
 
Objetivo do autor: 
Explicar as diretrizes do curso. 
 Quadro baseado nos estudos de Bronckart, in: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos 
e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 2007. 
 
QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO? 
 
 Todo produtor de texto oral ou escrito, tem uma tarefa importante: ser claro, objetivo, preciso na 
sua interação com a linguagem, neste sentido, partir da orientação: 
 Quem sou eu? Onde estou? 
 Para quem vou falar? 
 Qual o papel social dos meus receptores? 
 Qual o objetivo da minha fala? 
 
12 
 
 São parâmetros prévios na interação oral ou escrita que vão imprimir ao discurso um sentido 
lógico, coerente ao dizer e dão coordenadas no tempo e no espaço de como agir com a linguagem de 
forma mais eficaz. 
2- Vamos planejar uma reunião? Qual seria o contexto de produção que utilizaríamos? Complete o 
quadro com os dados: 
Sala de reuniões; o momento atual- dia/mês e ano; Sr. Roberto; funcionários; empresa de grande porte 
da área tecnológica; diretor da empresa; funcionários da área administrativa; expor os problemas de 
absenteísmos e buscar soluções junto à área administrativa. 
Contexto de produção 
Contexto físico Contexto social 
Lugar de produção: 
 
Lugar social: 
 
Momento de produção:Emissor: 
 
A posição social do emissor 
 
Receptor (ES): A posição social do receptor 
 
 Objetivo do autor: 
 
 Baseado in: BRONCKART, Jean-Paul, Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo 
sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 2007. 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: linguagem formal e informal; formas de adequação da linguagem. 
 Todos os seres humanos se comunicam de alguma forma. Através da fala, da escrita, gestos, sinais 
luminosos e até através da arte, haja vista as cores de um quadro, o doce som de uma música. Qualquer 
sistema organizado que serve de meio de comunicação é chamado de linguagem. 
 A linguagem tem uma função social. Sempre estamos nos comunicando com alguém, com algum 
objetivo. A vida em sociedade exige que as linguagem sejam adequadas para cada momento. Sabemos que 
não seria adequado, por exemplo, cantar uma música, toda vez que alguém perguntasse o nosso nome. 
Seria um caos, não? Também pareceria estranho, você apresentar-se para uma entrevista de emprego 
vestindo a camisa do seu time favorito e aqueles chinelos confortáveis. 
Ah, mas por que não? 
Porque simplesmente não é o que esperam de você!!!!! 
A sociedade estabeleceu algumas regras de convivência que servem, num plano maior, para regulamentar 
as relações humanas, ou viveríamos em completa confusão. O uso da linguagem também tem suas regras, 
que vamos chamar de adequações. 
Leia os diálogos abaixo: 
 
13 
 
 
 
1- No tribunal: 
Juiz: Senhor Moreira, dirija-se ao júri e apresente sua defesa. 
Moreira: Falô, mano. Seguinte, galera. Olha pro chapa aqui e diz: sô ou num sô um cara de bem? Os 
truta lá da comu pódi assiná. 
 
2- Uma entrevista de emprego: 
Entrevistador: Por favor, Sr.Juarez,sente-se. 
Juarez: Tô sussa em pé mesmo. E não precisa chamar de Sr.Juarez. O povo lá de casa me chama de Jura. 
 
2- Um torpedo de celular enviado por uma colega de classe a outra: 
Prezada Fabiana. É com imenso pesar que comunico que não finalizei as tarefas a contento, portanto, 
infelizmente, ficaremos com a menção zero na disciplina de Direito. 
 
 Nem é preciso dizer que dentro das situações apresentadas, a linguagem utilizada pelo Sr. Moreira, o 
Juarez e a aluna foram totalmente inadequadas! 
 Então podemos inferir que: situações formais (tribunal, entrevista de emprego) pedem uma 
linguagem formal e que em situações informais (com amigos, familiares), podemos usar uma linguagem 
mais informal, coloquial. 
 Dessa forma, podemos perceber que a linguagem deve se adequar ao momento e ao local em que é 
produzida e para quem se dirige. Toda vez que o emissor precisar se comunicar deve atentar para vários 
aspectos, antes mesmo de criar sua mensagem. Seja ela escrita ou falada. Quem nunca quis que o chão se 
abrisse sobre seus pés assim que disse algo sem pensar e imediatamente se arrependeu? 
 A pessoa que comunica também deixa transparecer seu nível cultural, o grupo social, profissional 
a que pertence, ao enunciar algumas palavras. Podemos até mesmo distinguir um médico de um advogado 
apenas pelo vocabulário que eles usam. Existem também as variações regionais, geográficas. Em São 
Paulo usamos estojo de lápis para o que os curitibanos empregam bornal. Falamos salsicha e eles, vina. E 
são vários os dicionários circulantes nesse vasto país, dicionário de cearês, baianês, gauchês e por aí vai o 
nosso povo a se comunicar.... 
 
 As variantes contextuais não decorrem diretamente do falante, mas das circunstâncias que cercam o 
ato de fala. 
 O mesmo falante que emprega o nível popular pode utilizar o nível culto ao dirigir-se a um chefe, no 
escritório, a uma autoridade ou a uma pessoa com quem não tenha grande intimidade. 
A essas variações regionais, sociológicas, contextuais, chamamos variações linguísticas. 
 
Agora uma pergunta: Quem fala o melhor português no Brasil? 
 
O melhor falante de uma língua seria aquele capaz de se comunicar adequadamente em 
diferentes contextos. 
 
 
 
QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO? 
 Do ponto de vista linguístico não há uma linguagem melhor que a outra; todas apresentam o mesmo valor 
se servirem ao propósito de comunicar. “Nóis vai” não é errado num processo de comunicação informal, 
mas inadequado em contextos formais. Do ponto de vista gramatical, aí, sim, é considerado um erro, já que 
a norma culta prescreve o uso do verbo na primeira pessoa do plural. São dois pontos de vista que não 
podem ser misturados. 
 
 
 
 
SAIBA MAIS: níveis de linguagem 
 
14 
 
Nível culto: A linguagem culta corresponde à variante padrão, que é utilizada por intelectuais, 
diplomatas e cientistas. O falado culto é raramente empregado, mas pode-se reconhecê-los em 
alguns âmbitos mais formais como o jurídico. O vocabulário é rico, diversificado e as normas 
gramaticais muito respeitadas. Não há uso de gírias e demonstra uma linguagem trabalhada e 
original. Predomínio da oração subordinada. 
 
Nível familiar (comum): Por ser utilizado nas reuniões familiares, entre amigos, situações de 
cotidiano, esse nível não segue os preceitos formais do nível culto, nem a rígida preocupação 
gramatical. O vocabulário é limitado, repetitivo. As frases são curtas e predominam as orações 
coordenadas. É mais comum de ser encontrada no registro oral, mas a televisão, o rádio, os meios 
de comunicação de massa a utilizam pela facilidade de atingir mais pessoas. Nos casos em que a 
linguagem familiar deve ser lida, é comum uma maior preocupação com a gramática e as normas 
ortográficas. 
Dentro das empresas observa-se uma preocupação em utilizar uma linguagem culta, mas que seja 
próxima ao público-alvo. Os textos não são redigidos para serem compreendidos por doutores, 
mas também não se encontram fugas ao padrão culto ou erros grosseiros gramaticais. 
 
Nível popular: Também chamada de nível coloquial, podemos considerar como a linguagem do dia 
a dia, onde pessoas comuns se dirigem a pessoas comuns com objetivos comuns. É considerada 
de pouco prestígio pois é onde se encontram as gírias e as imprecisões ortográficas como 
“espermercado”(supermercado), cardineta” (caderneta), estango” (estômago), entre tantas outras 
que fazem a festa na boca do povo. O vocabulário é pobre e foge às convenções da norma culta 
gramatical. 
É a linguagem de pessoas de mesmo grupo social e têm baixo grau de escolaridade, quando não 
analfabetas. 
 
 
 
AGORA VOCÊ PRATICA: 
Leia as tirinhas abaixo e responda: 
A) 
15 
 
B) 
www.destakjornal.com.br 
1-Quais foram as falhas de comunicação nas tirinhas A e B acima? 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________ 
 
 
 Jornal do Brasil, 3 ago. 2005. 
3) (Enade – 2006- Prova de Formação Geral) Tendo em vista a construção da ideia de nação no Brasil, o 
argumento da personagem expressa 
(A) a afirmação da identidade regional. 
(B) a fragilização do multiculturalismo global. 
(C) o ressurgimento do fundamentalismo local. 
(D) o esfacelamento da unidade do território nacional. 
(E) o fortalecimento do separatismo estadual. 
 
4) Leia o texto verbal de um anúncio dos Correios: 
 
NÓIS CUNHECE O CAMINHO DA ROÇA COMO NINGUÉM. 
SEDEX. LÍDER ABSOLUTO NA ENTREGA DE ENCOMENDAS EM TODO O PAÍS. 
 
a) Além da norma culta, de que outra variedade linguística o anunciante fez uso no anúncio? 
16 
 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
b) Considerando que o anúncio foi publicado numa revista de circulação nacional, em que predomina a 
norma culta formal, qual a intenção do anunciante ao empregar uma variedade linguística diferente da 
norma padrão? 
______________________________________________________________________________________
____ 
 
 
GRAMÁTICA DE USO 
 
 
1- Leia a tirinha acima e preste atenção às palavras que comumente são grafadas incorretamente. 
Quais delas vocês acredita que erraria em um ditado? 
______________________________________________________________________________________
____ 
 
3- Leia o texto abaixo e escolha as palavras que estão de acordo com a norma padrão da 
língua portuguesa: 
4- São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011 
Brasileiro não sabe a qual classe social pertence, diz estudo 
Maior parte dos cidadãos no topo da pirâmide avalia que faz parte da classe média e 
um terço se vê pobre 
Especialistas apontam que influência americana traz distorção na avaliação do 
padrão de vida 
 
MARIANA SALLOWICZ 
 
17 
 
A maior parte dos brasileiros no topo da pirâmide (acreditam/acredita) que (faz/fazem) parte da 
classe média e (mais/ mas/ más) de um terço se considera (baixa/ baicha) renda. Já aqueles que 
integram a classe C também se (enxergam/ enchergam) em um patamar inferior ao real. 
É o que mostra pesquisa do Data Popular feita no segundo trimestre deste ano com 3.000 
entrevistados em 251 cidades de 26 Estados. 
"A percepção da população em relação ao seu padrão de vida, em grande parte, não 
(reflete/refletem) a realidade", afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto. 
No caso dos integrantes das classes AB (renda média domiciliar de R$ 8.393), 55,2% se 
(consideraram/considerou) da classe média (R$ 2.295), quando somente 9,6% se 
(classificou/classificaram) corretamente. 
Outros 35,2% avaliaram ser da baixa renda (média de R$ 867). Ao (serem questionados/ ser 
questionado), não (foi informado/ foram informados) sobre o critério de renda da classificação. 
Na classe C, 32,5% se (posissionaram/ posicionaram corretamente, (mas/ mais/ más) 65,7% 
disseram fazer parte da (baixa/ baicha) renda. 
Patamar 
"Grande parte dos integrantes da classe média brasileira (estão/está) nesse estrato (há/ a/ à) pouco 
tempo. Eles vieram da baixa renda e ainda se (enchergam/ enxergam) nela. Sabem que o padrão de 
vida está melhorando, (más/ mais/mas) não (considera/consideram) a mudança de patamar." 
Por outro lado, (há/ a/ à) ainda outros 16,9% de (cidadãos/ cidadões) de baixa renda que pensam 
que (é/ são) da classe média. 
"São os emergentes que se consideram da classe média baixa, (más/mas/mais) que ainda não são. 
Como eles (tem/têm) perspectiva de (crescimento/ crecimento/ cressimento) na renda, avaliam 
erroneamente", diz o diretor do Data Popular. 
Influência dos EUA 
De acordo com Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação 
Getulio Vargas), essa visão distorcida da população é consequência da forte influência norte-
americana no Brasil. 
"Pelo padrão dos Estados Unidos, quem é da classe média tem dois carros na garagem, o que não é 
necessariamente verdade aqui. A renda per capita americana é bem superior à brasileira", afirma. 
"Para o brasileiro, ricos são o Eike Batista e outros milionários do patamar dele", afirma Meirelles. 
Eike, magnata dos projetos privados da infraestrutura brasileira, foi considerado o oitavo mais rico 
do mundo em ranking da revista "Forbes". 
Disponível http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1408201111.htm. Acessado em 
06/02/2015. 
 
TEXTO COMPLEMENTAR 
18 
 
 
 Comunique-se! 
 Os negócios do século XVI ultrapassaram as fronteiras nacionais e foram aportar em terras 
estrangeiras. Comunicar-se nessa era globalizada tornou-se mais difícil e trouxe à tona a necessidade de 
se aprender uma segunda língua, terceira... 
 Mais que falar outro idioma é preciso entender o que o seu interlocutor fala também em relação a 
sua cultura. Muita comunicação fica além das palavras e se concentra em gestos e modos de 
comportamento. 
 Para que seu repertório ultrapasse as historietas ilustradas nos livros didáticos, busque a 
informação sobre os diferentes povos. Leia, converse com quem já visitou outros países ou mantém 
relações comerciais com eles. Aqui o importante é entender o contexto sócio-econômico-cultural das 
pessoas com quem você vai lidar. 
 Os jornais e revistas especializados têm mostrado exemplos de pessoas que sabem do valor da 
informação. É comum profissionais usarem seus conhecimentos gerais para lidar com clientes 
internacionais. Os ingleses, por exemplo, são pessoas audazes, dadas ao risco. A história os mostra como 
colonizadores, então uma boa abordagem os levará a investir na sua empresa. Na Argentina, é melhor 
evitar o assunto futebol para não passar uma imagem provocativa. Os americanos, apesar de ousados na 
sua filmografia, não têm o costume de se aproximar muito em conversas. O contato físico é reservado 
para momentos íntimos e pessoais, não se observam grandes manifestações de carinho em público. 
 Atentar-se para como as pessoas se comunicam, comportam-se em público é a chave também. A 
comunicação não-verbal também faz parte da observação e as empresas possuem públicos variados. Se 
você é tímido(a) precisa fazer um esforço extra para aprender a se posicionar em reuniões a fim de 
prender a atenção das pessoas enquanto expõe suas opiniões. Existem cursos de comunicação e 
liderança que exploram os processos mentais dos interlocutores e indicam a forma mais apropriada de se 
dirigir a elas. 
 
 
AS RELAÇÕES ENTRE TEXTOS 
 
 
Você sabe com quem está falando? 
 
Em nome de quem estou escrevendo? 
 
 A eficácia da comunicação é medida pela resposta do interlocutor. Na correspondência que circula 
dentro e entre empresas sempre existe uma “pessoa” que escreve e um destinatário que podem ser os 
funcionários internos, vendedores externos, clientes, fornecedores, setores governamentais e até 
empresas concorrentes. Essas pessoas que recebem a correspondência devem dar uma resposta à nossa 
comunicação: seja na forma de aceitar um novo contrato de trabalho, um novo acordo entre funcionários 
para mudar o horário de entrada e saída, negociação de novos valores, atender a uma solicitação junto à 
prefeitura, etc. Se a resposta não for satisfatória o texto deve ser repensado e reescrito (Gold, 2005, p.5). 
 
19 
 
Técnicas de Comunicação Escrita 
 
 No livro Técnicas de Comunicação Escrita, o autor Izidoro Blikstein (2006), ilustra todo o conteúdo 
com a história de um email enviado por um gerente a sua secretária: 
Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você me 
rezerve, um lugar, à noite, no trem das 8 para o Rio. 
 
Falta de clareza, imprecisão 
 
Quais palavras foram responsáveis por causar confusão? 
 O autor do texto brinca com as palavras e diz que “quem não escreve bem, perde o trem!” (Blikstein, 
2006, p.14). 
 
EXERCÍCIOS 
1- Leia o texto que segue: 
 
Uma funcionária de repartição pública, eficiente secretária, brigou com o noivo e, arrependida, ficou imaginando uma 
forma de se retratar. Tentou escrever uma carta bem delicada e carregada de palavras de amor, mas por vício 
profissional, acabou redigindo um requerimento. 
 
Veja que interessante e em seguida, sua tarefa é: 
 
Colocar-se no lugar de Amália Amélia e escrever a carta de amor, empregando um nível de linguagem mais adequado 
para a situação, considerando o assunto e o público-alvo. 
(GOLD, Mirian in Redação Empresarial-Escrevendo com Sucesso na Era da Globalização,Makron Books,1999 p.109) 
 
 
Ilmº. Senhor Diretor do meu coração. 
Amália Amélia da Silva, residente e domiciliada em São Paulo, na Rua do Tijuco Preto, nº13, 
portadora da Carteira de Identidade R.G. nº500 631 421, vem respeitosamente requerer o perdão 
de V.Sa. para as rudes palavras que proferiu ao final da Festa do Vinho do Atlético Clube 
Pinheirense, no domingo, dia 8 de maio. 
A requerente reconhece que exorbitou quando jogou o garrafão de vinho sobre a capota do carro 
de V.Sa. e que assim agiu movida pelas forças desconhecidas do ciúme. Reconhece ainda que 
muito o ama e declara que jamais pensou em ofendê-lo. 
 
 
Neste termos, 
Pede deferimento. 
 
 
São Paulo, 13 de maio de 1996. 
2- Veja a resposta do noivo: 
 
Ofício: 
 
IBIP – INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMACAO PROFISSIONAL 
20 
 
Ofício nº 19/DEDIV 
 
São Paulo, 14 de maio de 2000. 
 
Assunto: Reconciliação – Amália Amélia 
Senhora minha noiva, 
Em atenção ao pedido constante de requerimento datado de 13 de maio passado, 
levamos ao conhecimento de V. Sª. que nada consta neste Departamento em nome da Festa 
do Vinho do Atlético Clube Pinheirense. 
 
1. O incidente a que se refere o requerimento não aconteceu da maneira como foi 
exposto e pode ser considerado como acidente sem vitimas e sem prejuízo para as 
partes. 
 
2. Baseado na ideia popular de que “amar é jamais ter que pedir perdão”, a solicitação 
contida no requerimento não se justifica. 
 
Atenciosamente, 
Orozimbo de Oliveira 
ORIZOMBO DE OLIVEIRA 
Chefe de Departamento 
À Srta. 
Amália Amélia da Silva Futura Dama do meu Lar São Paulo – Capital 
 
Elementos da comunicação/ Funções da linguagem 
 
O texto fala? 
 A expressão acima é muito utilizada em sala de aula quando o professor pergunta sobre o 
assunto principal do texto. O aluno, depois de ler e reler o texto que tem em mãos começa sua resposta 
com: O texto fala... 
21 
 
 Não é de todo incorreto, mas se pensarmos que quem fala somos nós, seres humanos, então o 
texto, caro amigo, não, não fala. Não do sentido que nós damos à fala, produção de fonemas orais. Mas o 
texto “fala” porque “conversa” com seu leitor. “Negocia” seus significados. 
 Segundo Platão e Fiorin (2003), o texto é um todo organizado de sentido; é um objeto 
integralmente linguístico e histórico; e para ser texto, não necessita de uma forma fixa, podendo 
ser verbal, não verbal. 
Elementos da comunicação 
 Antigos esquemas mostravam uma comunicação de “mão-única”. 
 
Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-MPNbhCL6Bhs/T1EixGoPYSI/AAAAAAAAAJo/SMv7_hgaVNw/s1600/FL.jpg 
 
 O esquema apresentado tinha como falha o fato de ignorar em seu modelo todo o contexto em 
torno do falante. Toda manifestação parte de alguém em direção ao outro. O sujeito não é um fantoche 
(SOBRAL, apud BRAIT, 2005, p.24) do acaso, das relações sociais, mas age, organiza o que pretende 
comunicar, seleciona textos, escolhe suas palavras tendo em vista o momento sócio-histórico-cultural em 
que se encontra. Nessa escolha, o falante, ou emissor, leva em consideração seu interlocutor, pois ao 
preparar sua mensagem, tem em mente quem o ouvirá ou lerá, para então, construir seu texto de modo a 
atingir seu intento: comunicar. E se esse intento não é alcançado, o produtor refaz seu processo até a 
comunicação se instalar nesse processo discursivo. Como observa Bakhtin (2004), “o discurso é o produto 
da interação do locutor e do ouvinte”. 
 
 
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas 
linguísticas, nem pela enunciação monológica isolada,nem pelo ato psicofisiológico de 
sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da 
enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade 
fundamental da língua (Bakhtin, 2004, p. 123). 
 
 
E o que tudo isso quer dizer? 
22 
 
 Que o texto, ou as ações de linguagem devem ser analisados em situações sociais de uso nas 
suas dimensões discursivas ou textuais. Nada é o que parece, sempre há um algo a mais. Os textos 
podem ter vários objetivos, informar, emocionar, comunicar, convencer, entre outras. 
 
 
2. Veja os dois textos a seguir: 
 
Texto A Texto B 
Caro Jorge, Amanhã não poderei ir à aula. Por favor, avise o professor que entregarei o trabalho na 
semana que vem. Joaquim 
 
 
23 
 
EXERCÍCIOS 
 
Analise a correspondência recebida por uma cliente de cartão de crédito e preencha o quadro abaixo: 
 
No seu dia, você é a mais bonita! 
 
www.ste.rcs.k12.tn.us/.../flower_clipart_2.gif 
Parabéns!!!!!!!!! 
Para tornar seu dia uma data muito apetitosa, apresente esse cupom em qualquer restaurante de 
São Paulo e ganhe um almoço para você e seu acompanhante! Queremos fazer parte desse dia e 
da sua vida futura, pois você é uma mulher de sucesso e merece toda a nossa atenção. 
 
O cliente e um acompanhante ganham um almoço: entrada, prato principal e sobremesa. 
Apresente esse mala-direta ao Maitre logo na entrada do restaurante. Esse presente não 
contempla bebidas e taxa de serviço. 
 
 
 
1- 
2- 
3- 
4- 
5- 
6- 
7- 
2. Quais outros aspectos devem ser levados em conta na produção, circulação e recepção dessa mensagem? 
3. “As regras que governam a produção apropriada dos atos de linguagem levam em conta as relações sociais entre o 
falante e o ouvinte”. Você muda a linguagem que usa de acordo com o interlocutor e a situação social do momento? 
Dê um exemplo. (Atividade extraída de Faraco & Tezza, 2003: 107) 
Leia a charge abaixo: 
Remetente ou emissor 
Destinatário ou receptor 
Mensagem 
Referente ou contexto 
Canal 
Código 
24 
 
 
Roteiro de leitura: 1- É possível o entendimento do texto verbal sem a imagem? Por quê? 
2- O texto é uma charge. O que é charge? Qual o contexto extraverbal dessa, que possibilita pleno 
entendimento da imagem + texto verbal? 
3- O que causa o efeito cômico? 
Saiba mais: 
Barreiras à comunicação 
São consideradas barreiras todas as interferências que ocorrem no momento da recepção de uma mensagem, por 
exemplo: 
Barreiras físicas: o interlocutor está distante do locutor ou sentado inapropriadamente ou que lhe causa 
desconforto. Uma sala muito abafada também pode atrapalhar o ouvinte de receber o texto. 
Barreiras psicológicas: A falta de credibilidade daquele produz um texto impede que seu interlocutor dê valia às 
suas palavras; a falta de empatia de um locutor com seu ouvinte também produz falta de comunicação. O ouvinte 
decide que vai bloquear toda a informação que provém do autor. Um tom monótono de voz ou estridente demais, 
também auxilia nessa pré-seleção do que será assimilado pelo ouvinte. 
Barreiras semânticas: Essa barreira se instala quando o locutor não avalia seu público e não seleciona as 
palavras que estão à altura deles, utilizando expressões desconhecidas e que por não produzirem significados, 
geram apatia e consequente desinteresse pelo que está sendo veiculado. Apesar de presente, a audiência não está 
acompanhando o raciocínio do produtor. 
 
Como tentar minimizar essas barreiras: 
 Usar linguagem apropriada e direta ao momento discursivo; 
 Fornecer informações claras e completas sobre o assunto em questão, não esperar que o interlocutor “adivinhe” ou 
contar com um conhecimento prévio que pode não existir. 
 Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos do receptor (visão, audição etc.) 
 Comunicação face a face. Observe que os políticos, em época de eleição, falam da campanha corpo a corpo. 
 Empatia. Colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, numesforço de entendê-la. 
 Veja abaixo o manifesto e tome uma atitude! 
 Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente 
sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da 
comunicação moderna: o gerundismo. 
25 
 
 Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O 
importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela 
possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela 
costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando. 
 Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar 
atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral. 
 Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que 
esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo. 
 Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo 
uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. 
 Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde 
não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho. 
 Sinceramente: nossa paciência está estando a ponto de estar estourando. O próximo "Eu vou estar 
transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha 
parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos. 
 As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na 
linguagem do dia-a-dia. 
 Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por 
telemarketing. Daí a estar pensando que "We'll be sending it tomorrow" possa estar tendo o mesmo 
significado que "Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou por estar sendo só um passo. 
 Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de telemarketing para 
estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e 
a estar retornando ligações. 
 A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou 
estar sendo invadido inapelavelmente pelo gerundismo. A primeira pessoa que inventou de estar falando "Eu 
vou tá pensando no seu caso" sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade 
lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas. 
 Você certamente já deve ter estado estando a estar ouvindo coisas como "O que cê vai tá fazendo domingo?", 
ou "Quando que cê vai tá viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar 
em casa". 
 Deus. O que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo o que esse negócio pode tá 
provocando no cérebro das novas gerações? 
 A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando desse jeito? 
 Em tempo: O gerundismo é um erro crasso. Quem pensa que está utilizando-se de uma forma erudita ao 
"estar falando" dessa forma, saiba que, na verdade, está mesmo é cometendo um crime de lesa idioma... E 
não me venha dizer que isso é evolução! 
 Nada que pode empobrecer pode ser considerado evolução. E o gerundismo empobrece nossa língua, nossos 
ouvidos e nosso cérebro. Por favor, não seja você mais um(a) a cometer esse crime. 
 Acho que é passada a hora de podermos estar pensando em querermos estar acabando com essa aberração 
anatômica da nossa língua... 
 O citado manifesto é de autoria de Ricardo Freire e foi publicado no Jornal da Tarde em 16/02/2001. 
 Agora responda: 
 a) Qual é o ponto de vista defendido pelo autor? 
 b) Quais são os argumentos utilizados por ele para defender seu ponto de vista? 
 c) Ele inicia o seu texto apresentando uma linguagem muito peculiar que continua por todo o texto. Com que 
objetivo ele faz isso? Qual é a sua intenção? 
 d) Você considera o texto convincente e persuasivo? Por quê? 
 
GRAMÁTICA DE USOS – TESTE I 
1. Meus avós saíram do Japão e vieram para o Brasil em 1933. Portanto, aqui no Brasil, eles podem ser 
considerados ____________. 
a) emigrantes b) imigrantes 
2. Na __________ de erupção do vulcão Etna, os habitantes da Sicília foram retirados de suas casas pelo 
governo italiano. 
a) eminência b) iminência 
26 
 
3. Com o ajuste no preço da gasolina marcado para a próxima semana, muitos consumidores 
_____________-se em encher o tanque do seus automóveis. 
a) apressaram b) apreçaram 
4. Por (I) o limite de velocidade, os guardas rodoviários (II) advertências e multas aos motoristas mais 
descuidados. 
(I) a) infligirem b) infringirem 
(II) a) inflingem b) infringem 
 
5. A __________ de Hugo Chávez foi decisiva na libertação dos seqüestrados pelas FARC. 
a) intercessão b) interseção 
 
6. Vinte e quatro horas após terem prestado depoimentos, o casal recebeu ____________ de prisão 
preventiva. 
a) mandado b) mandato 
7. O novo ministro, ao (I) no Palácio do Planalto, jurou comprometimento e transparência até o fim de seu 
(II). 
(I) a) empossar b) empoçar 
(II) a) mandado b) mandato 
8. Correndo sem parar debaixo desse sol, as crianças __________ muito e se desidratam. 
a) soam b) suam 
 
9. O IGPM e o INPC, assim como outras tantas _________, foram anunciados com moderados aumentos. 
a) taxas b) tachas 
10. Com o (I) de drogas descendo os morros e invadindo a cidade, o (II) nas principais avenidas tem se 
intensificado devido às constantes blitze policiais. 
(I) a) tráfego b) tráfico 
(II) a) tráfego b) tráfico 
11. Espera-se que os _____________ mantenham a paz no estádio no clássico de domingo. 
a) expectadores b) espectadores 
 
12. Com a (I) de um novo prédio, todas as audiências acontecerão somente na (II) de Audiências e 
poderão ser realizadas em mais de uma (III). 
(I) a) seção b) sessão c) cessão 
(II) a) Seção b) Sessão c) Cessão 
27 
 
(III) a) seção b) sessão c) cessão 
 
13. Cumprindo (I) preventivo, a suspeita do crime foi colocada em (II) individual para não sofrer agressões 
de outras presas. 
(I) a) mandado b) mandato 
(II) a) sela b) cela 
 
14. Os organizadores das Olimpíadas em Pequim já encerraram as medições dos (I) de todas as pistas de 
atletismo. Estão todas de acordo com o (II) dos regulamentos. 
(I) a) comprimentos b) cumprimentos 
(II) a) comprimento b) cumprimento 
 
15. Comprar um carro zero com seus ________ pode ficar até R$ 6.000,00 mais caro. 
a) assessórios b) acessórios 
 
16. Apesar de ter passado por um impeachment e seus direitos políticos terem sido __________, o ex-
presidente elegeu-se senador na última eleição. 
a) cassados b) caçados 
 
17. Embora o pedido tenha sido (I) pelo reitor, os alunos (II) em suas opiniões quanto à (III) de almoço 
gratuito para estudantes de baixa renda. 
(I) a) deferido b) diferido(II) a) deferem b) diferem 
(III) a) seção b) sessão c) cessão 
 
GRAMÁTICA DE USO – TESTE II 
1. Gostaria de saber _________ libertaram os suspeitos do crime. 
a) por que b) por quê c) porque d) porquê 
 
2. (I) libertaram os suspeitos do crime? Todos questionam o (II) dessa ação. 
(I) a) por que b) por quê c) porque d) porquê 
(II)a) por que b) por quê c) porque d) porquê 
 
28 
 
3. Libertaram os principais suspeitos do crime. _________ ?! 
a) por que b) por quê c) porque d) porquê 
 
4. Libertaram os principais suspeitos do crime _________ a justiça alega que eles não interferem nas 
investigações. 
a) por que b) por quê c) porque d) porquê 
 
5. Os alunos fizeram uma pesquisa prévia sobre o assunto _______ de escreverem seus artigos. 
a) a fim b) afim 
 
6. (I) você foi? Eu o procurei ali por (II) você costuma estar, mas não o encontrei. 
a) Onde b) Aonde c) a e b são possíveis 
a) onde b) aonde c) a e b são possíveis 
7. (I) dez anos, não se falava (II) celulares, DVDs, i-pods e MP 3. No entanto, (III) 70% de crianças da 
classe média possuem um ou mais desses eletrônicos em casa. 
(I) a) Há cerca de b) Acerca de c) Cerca de 
(II) a) há cerca de b) acerca de c) cerca de 
(III) a) há cerca de b) acerca de c) cerca de 
 
8. O prefeito já pensa em instituir um outro tipo de rodízio de veículos, (I) o intenso (II) na capital nos 
últimos meses. 
(I) a) haja visto b) haja vista 
(II) a) tráfego b) tráfico 
9. Tenho (I) tempo disponível durante a semana que não consigo estudar (II) ler o livro recomendado pela 
professora. 
(I) a) tampouco b) tão pouco 
(II) a) tampouco b) tão pouco 
10. (I) muitos anos, o homem sonhou em pisar na lua. Hoje (II) aqueles que já podem fazer suas reservas 
para uma (III) espacial. 
(I) a) A b) Há 
(II) a) a b) há c) hão 
(III) a) viagem b) viajem 
11. Já (I) anos que trabalho nesta empresa. (II), vim substituir um funcionário afastado, (III) acabei sendo 
efetivado. 
29 
 
 (I) a) faz b) fazem 
(II) a) Em princípio b) A princípio 
(III) a) mais b) más c) mas 
12. Quando ficou (I) das causas da doença, o governador verificou também que, cada vez mais, (II) 
pessoas seguem as medidas de prevenção. 
(I) a) ao par b) a par 
(II) a) menas b) menos 
13. Os alunos que foram (I) na prova disseram que seu (II) desempenho deveu-se ao fato de terem 
perdido muitas aulas. 
(I) a) mal b) mau 
(II) a) mal b) mau 
 
14. O técnico preferiu realizar uma (I) de condicionamento físico (II) treino com bola. 
(I) a) seção b) sessão 
(II) a) ao invés de b) em vez de 
 
15. As medidas preventivas instituídas ___________ estadual podem ajudar no combate à dengue. 
a) a nível b) em nível 
 
16. Muitas pizzarias devem corrigir suas placas para: “Fazemos entregas ______________.” 
a) em domicílio b) a domicílio 
 
17. Nosso escritório situa-se (I) Avenida Nações Unidas, mas residimos (II) Avenida Higienópolis. 
(I) a) na b) à 
(II) a) na b) à 
 
18. O (I) do paulistano fica cada vez mais curto com o tempo gasto no seu deslocamento pela cidade. (II), 
este tempo tende a aumentar (III). 
(I) a) dia a dia b) dia-a-dia 
(II) a) infelizmente b) infelismente 
(III) a) dia a dia b) dia-a-dia 
 
30 
 
19. _________ estiver de acordo com as exigências do cliente, a encomenda poderá ser devolvida e 
reposta por outro produto. 
a) Senão b) Se não 
 
20. O professor contraiu uma virose e está de cama. _____________ a aula de hoje foi cancelada. 
a) Porisso b) Por isso 
 
21. Não adianta você querer ir _________________ novos projetos do diretor. Ele já decidiu colocá-los em 
prática. 
a) ao encontro dos b) de encontro aos 
 
22. _____________ o diretor não vai mudar de idéia. Sabemos o quanto ele é irredutível. 
a) Com certeza b) Concerteza 
 
23. Hoje em dia, o jovem tem acesso a muita informação devido aos sites de pesquisa na internet, os 
canais por assinatura e aos aparelhos eletrônicos de alta tecnologia. (I) isso, o jovem atual pode crescer 
melhor preparado para a vida e para o mercado de trabalho. (II), alguns jovens ainda se negam a estudar. 
(I) a) Contudo b) Com tudo 
(II) a) Contudo b) Com tudo 
 
24. A noite caía normalmente. Os postes se (I), os maridos voltavam às casas e as portas e portões eram 
(II) até que, (III), ouviu-se um grito ecoando pela vizinhança. 
(I) a) acendiam b) ascendiam 
(II) a) serrados b) cerrados 
(II) a) derrepente b) de repente 
 
25. – Desculpe, não (I) incomodar você, mas talvez as crianças (II) sair um pouco para passear. 
(I) a) quis b) quiz 
(II) a) quisessem b) quizessem 
 
26. O (I) da Polícia Federal perguntou se (II) viajava a negócios ou como turistas. 
(I) a) a gente b) agente 
(II) a) a gente b) agente 
31 
 
 
27. O (I) tinha a intenção de investigar a (II) da sociedade brasileira (III) da legalização do porte de armas 
por qualquer indivíduo. 
(I) a) plebicito b) plebiscito 
(II) a) opnião b) opinião 
(III) a) há cerca b) acerca 
28. Os eleitores (I) pelo político (II) e se deixaram levar pela sua boa imagem. 
(I) a) optaram b) opitaram 
(II) a) corrupto b) corrupito 
 
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos. 
A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a 
ligação de vocábulos dentro de contextos. 
Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia. Alguns exemplos: 
 a- pronunciar erradamente vogais quanto ao timbre: 
pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta... 
pronúncia errada, timbre aberto (é, ó):omelete, alcova,crosta... 
 b- omitir fonemas: cantar/ canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra,prostrar/ prostar, 
reivindicar/revindicar... 
 c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/ freiada,bandeja/ bandeija... 
 d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro 
 e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/ bicabornato, 
muçulmano/ mulçumano 
 f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/ bungiganga 
ou buginganga 
 g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar àas cinco horas 
 h- ligar as palavras na frase de forma incorreta: 
correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas. 
exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas 
 
ERRO NA ACENTUAÇÃO DE ALGUMAS PALAVRAS 
32 
 
Em algumas situações, a acentuação altera não só a classe gramatical, mas também o sentido da 
palavra. 
influência influencia 
pronúncia pronuncia 
tecnológico tecnologia 
maquinaria maquinária não existe 
mês meses 
vocês Voces, vocêis, voçês não existem 
secretáriasecretaria 
ERRO NA PRONÚNCIA DE ALGUMAS PALAVRAS 
PRONÚNCIA CORRETA PRONÚNCIA ERRADA 
Aeronáutica Areonáutica 
Bandeja Bandeija 
Emagrecer Esmagrecer 
Progresso Pogresso 
Coincidência Conhicidência 
Advogado Adevogado 
Mortadela Mortandela 
Bicarbonato Bicarbornato 
Problema Poblema, probrema, ploblema 
Salsicha Shalchicha 
Próprio Póprio 
Sobrancelha Sombrancelha 
Perturbar Pertubar 
Frustrado Frustado 
Cabeleireiro Cabelereiro, cabeleileiro 
Entretela Entertela 
Engajamento Enganjamento 
Mendigo Mendingo 
33 
 
Meteorologia Metereologia 
Ignorante Inguinorante 
Reivindicação Reinvidicação 
Privilégio Previlégio 
Superstição Supertição 
Lagartixa Largatixa 
Receoso Receioso 
Digladiar Degladiar 
Subsídio Subzidio 
Rubrica Rubrica 
Disenteria Desinteria 
Empecilho Impecilho 
Estupro Estrupo 
Beneficente Beneficiente 
Irrequieto Irriquieto 
Prazerosamente Prazeirosamente 
Misto Mixto 
Caderneta Cardeneta 
Xifópagos Xipófagos 
Dignitário Dignatário 
Cinqüenta Cincoenta 
Asterisco Asterístico 
 
DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA 
“O pensamento voa e as palavras andam a pé. Aí está o drama de quem 
escreve”. 
Jullien Green 
 
 Um aspecto a ser bem esclarecido a quem procura melhorar seu 
desempenho em redação é perceber a diferença existente entre a 
comunicação oral e a escrita. É preciso registrar que num país civilizado, 
34 
 
ninguém fala como escreve. Tanto a língua oral como a escrita apresenta peculiaridades e variações 
próprias, ditadas por influências geográficas, sociais e até mesmo ambientais: a linguagem do gaúcho, por 
exemplo, apresenta aspectos diferentes da linguagem do nordestino; a fala de um médico não é a mesma 
que a fala de um lixeiro, e assim por diante. 
 Em vista dessas diferenças não devemos pensar em escrever como se fala, pois trata-se de dois 
tipos de comunicação bem distintos. 
 Lembre-se um texto escrito sempre pode ser melhorado e não deve tomar como modelo a língua 
oral. 
Veja exemplo na figura . 
 O primeiro mito que deve ser desfeito na relação entre fala e escrita é o de que a fala é o lugar da 
informalidade, da liberdade, do dizer tudo e da forma que quiser, e a escrita, por sua vez, é o lugar da 
realização formal, controlada e bem elaborada. 
“A perspectiva da dicotomia estrita tem o inconveniente de considerar a fala como o 
lugar do erro e do caos gramatical, tomando a escrita como o lugar da norma e do bom uso da 
língua. Seguramente, trata-se de uma visão a ser rejeitada”. (Marcuschi, 2001: 28) 
 Na verdade, fala e escrita são duas realizações possíveis de uma mesma língua que tanto podem 
ser elaboradas quanto informais. O que determinará o grau maior ou menor de formalidade é o contexto 
em que o falante ou escritor estará inserido. 
 O que existe é uma maior valorização da escrita pela sociedade, justamente pelo fato de esta ser 
aprendida e desenvolvida em uma instituição social que é a escola. Entretanto, assim como a fala não 
possui uma propriedade negativa, a escrita também não é uma modalidade privilegiada, ou seja, não 
existe superioridade de uma modalidade em relação à outra. 
 Sendo assim, fala e escrita são duas práticas sociais que se realizam em um continuum e não de 
maneira dicotômica. 
 “Isso equivale a dizer que tanto a fala como a escrita apresentam um continuum de 
variações, ou seja, a fala varia e a escrita varia. Assim, a comparação deve tomar 
como critério básico de análise uma relação fundada no continuum dos gêneros 
textuais para evitar as dicotomias estritas”. (Ibidem: 42). 
 As diferenças entre língua oral e língua escrita permitem traçar um quadro contrativo dos 
componentes básicos dessas modalidades. 
Quanto à... Fala Escrita 
Interação 
Interação face a face. Mesmo contexto 
situacional. 
Interação à distância (espaço temporal). 
Contexto situacional diverso. 
Planejamento 
Simultâneo ou quase simultâneo à 
produção. 
Anterior à produção. 
Criação Coletiva, administrada passo a passo. Individual. 
Memória Impossibilidade de apagamento. Possibilidade de revisão. 
Consulta Sem condições de consulta a outros textos. Livre consulta. 
Reformulação 
A reformulação pode ser promovida tanto 
pelo falante como pelo interlocutor. 
A reformulação é promovida apenas pelo 
escritor. 
Acesso Acesso imediato às reações do interlocutor. Sem possibilidade de acesso imediato. 
35 
 
Processamento 
 
O falante pode processar o texto, 
redirecionando-o a partir das reações do 
interlocutor. 
O escritor pode processar o texto a partir 
das possíveis reações do leitor. 
Processo de 
Criação 
O texto mostra todo o seu processo de 
criação. 
O texto tende a esconder o seu processo 
de criação, mostrando apenas o 
resultado. 
Adaptado de Fávero (2000:74) 
 
REVENDO ALGUNS CASOS QUE DIFICULTAM A FORMALIDADE DA LÍNGUA 
A tabela abaixo mostra algumas ocorrências muito comuns no nosso cotidiano, algumas foram usadas de 
forma errada que, inclusive, podem se tornar grosseiras e deselegantes. Nessa atividade você deverá 
assinalar a forma correta. No decorrer dos exercícios vamos revendo também as regras gramaticais: 
 
 Assinale a alternativa correta 
 Casas germinadas Casas geminadas 
 Sou de menor Sou menor 
 Sou maior de idade Sou de maior 
 Passar o ano (na escola) Passar de ano (na escola) 
 Repetir o ano (na escola) Repetir de ano (na escola) 
 Ficar de recuperação Ficar para recuperação 
 O feriado caiu num domingo. O feriado caiu de domingo. 
 O filho saiu ao pai, cuspido e escarrado. O filho saiu ao pai, esculpido e encarnado. 
 Saíram elas por elas. Saiu elas por elas. 
 Tive subida honra de saudar o presidente. Tive a súbita honra de saudar o presidente. 
 De sábado, não trabalho. Aos sábados, não trabalho. 
 Faltei pouco para não morrer. Faltou pouco para não morrer. 
 Mandado de segurança Mandato de segurança 
 Aguardo notícias. Estou no aguardo de notícias. 
 Apêndice estuporado Apêndice supurado. 
 Caderno espiral Caderno aspiral 
36 
 
 Estou quites com o Serviço Militar. Estou quite com o Serviço militar. 
 Se eu ver, se ela ver, se nós vermos... Se eu vir, se ela vir, se nós virmos... 
 Neusa é média. Neusa é médium. 
 A mala está leve. A mala está leviana. 
 Fiquei fora de mim. Fiquei fora de si. 
 Não saí por causa que estava chovendo. Não saí porque estava chovendo. 
 Dessas mulheres, só conheço umas par delas. Dessas mulheres, só conheço algumas delas. 
 Vou vestir-me ou trocar de roupa em dois minutos. Vou trocar-me em dois minutos. 
 O paciente sofreu melhoras. O paciente sentiu melhoras. 
 Ele já acordou. Ele já se acordou. 
 O motorista perdeu a direção do veículo. O motorista perdeu o controle do veículo. 
 Se ela não pode comprar isto, que dirá eu. Se ela não pode comprar isto, que dirá de mim. 
 Estou com pigarro. Estou com pigarra. 
 Tenho menas sorte que você. Tenho menos sorte que você. 
 Inimigo figadal Inimigo fidagal 
 O rapaz puxava uma perna. O rapaz puxava de uma perna. 
 Luís é muito xereta. Luís é muito xereto. 
 O pessoal não gostaram do filme. O pessoal não gostou do filme. 
 Prova dos nove Prova dos noves 
 Horas extras Horas extra 
 Eu procurava um emprego que condizesse com meu 
nível cultural. 
 Eu procurava um emprego que condissesse com 
meu nível cultural. 
 Não poderia dizer isso perante ela. Não poderia dizer isso perante a ela. 
 Não vou lá em hipótese nenhuma. Não vou lá de hipótese nenhuma. 
 
Baseadono livro "Não Erre Mais!", de Luiz Antônio Sacconi 
TEXTO VERBAL E NÃO-VERBAL 
37 
 
A capacidade humana ligada ao pensamento que se manifesta por meio de palavras (verbum, 
em latim) de uma determinada língua caracteriza o texto ou linguagem verbal. 
Existem, porém, outras formas de linguagem de que o homem lança mão para representar o 
mundo, expressar-se, comunicar-se: os gestos, a música, a pintura, a mímica, as cores. Trata-se da 
linguagem ou do texto não-verbal. 
É possível apontar semelhanças e diferenças entre os dois tipos de textos. A análise criteriosa 
(leitura) dos signos utilizados nos textos não-verbais permite que o sentido seja apreendido e que se 
estabeleça comunicação, mesmo que a correspondência não seja absoluta e um mesmo tipo de 
mecanismo assuma contornos específicos em cada tipo de linguagem. 
A utilização de recursos não-verbais na comunicação é freqüente e exige que o leitor esteja atento 
a essas formas de interação que, muitas vezes tomam o lugar dos textos verbais -ou a eles se associam -
com o objetivo de produzir sentido de maneira mais rápida e eficiente – é o caso das tabelas, dos gráficos, 
dos sinais de trânsito, charges. Observe a mensagem transmitida com a charge abaixo: 
 
2. Leia a tira a seguir, de Laerte. 
 
A partir da análise da tira, podemos afirmar que: 
(a) A informação pode ser transmitida apenas pela linguagem verbal. 
(b) A mensagem informativa sempre deve ir ao encontro das expectativas do leitor. 
(c) Devemos considerar a possibilidade de transmissão de mensagens por meio de diferentes linguagens. 
(d) A vida se resume às palavras. 
(e) Ao ser repassada ao leitor, a informação não necessita de clareza, pois basta a leitura atenta do texto. 
3. Observe a charge e responda: 
38 
 
 
Após a leitura atenta do texto, assinale a alternativa que melhor traduz os quadrinhos de 
Glauco: 
a) “Não tem nada mais fácil que jogar coisas fora. Um simples movimento e você já está livre 
daquilo que não queria nem usava mais. “ 
b) "A questão do lixo deve ser pensada antes de ele ser disposto. É preciso que busquemos a 
redução do consumo e a reutilização dos materiais", 
c) “É o feitiço virando contra o feiticeiro.” 
d) “O mundo de hoje exige, o tempo inteiro, que as pessoas consumam e, quanto mais cada um 
cede a esse apelo, mais e mais resíduos deixa pelo caminho.” 
e) O resultado desse processo é desastroso e pouca gente tem noção do tamanho da encrenca: 
no Brasil, são produzidos 125 mil toneladas de resíduos por dia. (...)Você aí contribui com mais 
ou menos um quilo de lixo por dia. 
PONTUAÇÃO 
 
LEIA: Um homem muito rico faleceu e deixou em testamento a seguinte frase: 
“Deixo meus bens a meu irmão não aos ricos nada aos pobres”. 
Como todos estavam interessados na herança, cada um pontuou a frase de forma a obtê-
la. Veja como ficou: 
Irmão: Deixo meus bens a meu irmão, não aos ricos, nada aos pobres. 
Ricos: Deixo meus bens: a meu irmão não, aos ricos, nada aos pobres. 
Pobres: Deixo meus bens: ao meu irmão não, aos ricos nada, aos pobres. 
Pontuação – Algumas Noções Sobre o Emprego da Vírgula. 
 A pontuação é uma forma de melhorarmos a organização de nossos textos, deixando as 
informações mais claras. 
39 
 
 Uma primeira observação a ser feita é que geralmente costumamos redigir nossas orações tendo 
em vista uma ordem de termos que pode ser definida por (S+V+C) em que S= sujeito; V= verbo e C= 
complementos. Na oração abaixo: 
 MARCOS FOI PARA RIBEIRÃO PRETO ONTEM PELA MANHÃ. 
 
Temos: sujeito(S) – Marcos; verbo(V) foi; e os complementos(C) onde Marcos foi e quando ele foi. 
Agora repare na mesma oração escrita de outra forma: 
 ONTEM PELA MANHÃ, MARCOS FOI PARA RIBEIRÃO PRETO. 
 
Repare que um dos complementos que geralmente ficaria no final da frase foi colocado no início dela – o 
que não é muito usual – portanto para marcar essa mudança de local do complemento, usamos a vírgula. 
Vejamos de uma forma bem sintética outros casos em que a vírgula deve aparecer: 
 
Casos em que ocorre a 
vírgula no interior da 
orações. 
Exemplos 
- isolar o aposto( uma 
explicação a mais sobre um 
termo anterior) 
 Márcia, aluna do terceiro semestre, foi transferida de curso por 
vontade própria. 
 Os alunos, filhos de funcionários, terão descontos nas 
mensalidades. 
- isolar o vocativo (forma que 
usamos para chamar 
pessoas) 
 Valéria, será que você poderia me emprestar seu carro? 
 Será que você poderia me emprestar seu carro, Valéria? 
 Será que você, Valéria, poderia me emprestar seu carro? 
- isolar as expressões 
explicativas: ou seja, ou 
melhor, isto é, por exemplo, a 
saber. 
 Todas as pessoas, isto é, quase todas foram embora. 
 Eu queria, ou melhor, eu quero ver o doutor agora. 
 No mundo, por exemplo, há muita coisa que eu não gosto. 
- separar local e data  Santa Bárbara d’Oeste, 16 de dezembro de 1970. 
- separar elementos 
seqüenciais quando não 
acompanhados por e, nem. 
 Fomos à loja e lá compramos: duas camisas, uma calça, um 
sapato e um par de meias. 
 Fomos à loja e não compramos calças nem camisas nem meias 
nem sapatos. 
- com as conjunções mas, 
portanto, todavia, contudo, 
pois, porque, etc. 
 Perdemos a hora do vôo, mas tudo terminou bem. 
 Estude mais, pois os exames serão difíceis. 
- indicar a ausência do verbo.  Eu fui para Campinas. Meu irmão, não. 
 Estudamos muito. Marcos, pouco. 
 
 Exercícios 
01. “... acaba de inaugurar em Boston, EUA, um avançado laboratório...”; o emprego das vírgulas 
nesse segmento se justifica por: 
a) Necessidade de destacar o termo mais importante. 
b) Obrigatoriedade de separar as siglas. 
40 
 
c) Mostrar uma explicitação do termo anterior. 
d) Destacar o vocativo. 
e) Indicar um termo intercalado. 
 
02. Indique a alternativa em que a pontuação da frase obedece à norma culta. 
a) Nos últimos anos empresários, pegaram, firme, na questão da responsabilidade social. 
b) Associaram-se em fundações que, captam recursos, e orientam trabalhos. 
c) Outros, como era de se esperar, foram estimulados, pelos empregados, a olhar, para os 
desfavorecidos. 
d) O Brasil tem, segundo critérios do IBGE 20 milhões de pessoas, vivendo abaixo da linha da 
pobreza. 
e) Para os que recebem ajuda, essa multiplicação é bem-vinda, mas está longe de representar uma 
solução. 
 
03. (Magistério/ Ensino Fundamental) Assinale a alternativa que apresenta a pontuação correta. 
a) Dos entrevistados europeus, alguns, já buscam notícias on-line. 
b) Alguns entrevistados já buscam celular; outros, computadores. 
c) No Afeganistão, o conflito, leva a um grande esforço de guerra. 
d) Os governos têm um objetivo: informar em várias, linguagens. 
e) Para melhorar sua reputação o Brasil, precisa, mudar estratégias. 
 
04. (Fiscal de Tributos Estaduais/ Pará) Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro de 
pontuação. 
a) A Independência Brasileira não foi uma revolução: ressalvadas a mudança no relacionamento 
externo e a reorganização administrativa no topo, a estrutura econômica-social criada pela 
exploração colonial continuava intacta, agora em benefício das classes dominantes locais. 
b) Diante dessa persistência, era inevitável que as formas modernas de civilização, vindas na esteira 
da emancipação política e implicando liberdade e cidadania, parecessem estrangeiras – ou 
postiças, antinacionais, emprestadas, despropositadas etc., conforme as preferências dos 
diferentes críticos. 
c) A violência da adjetivação indica as contorções do amor-próprio brasileiro (de elite), obrigado a 
desmerecer em nome do progresso, os fundamentos desua preeminência social, ou vice-versa, 
opção deprimente nos dois casos. 
d) De um lado, tráfico negreiro, latifúndio, escravidão e mandonismo, um complexo de relações com 
regra própria, firmado durante a Colônia e ao qual o universalismo da civilização burguesa não 
chegava. 
e) De outro lado, sendo posto em xeque pelo primeiro, mas pondo-o em xeque também, a Lei (igual 
para todos), a separação entre o público e o privado, as liberdades civis, o parlamento, o 
patriotismo romântico. 
(SCHWARZ, Roberto. Cultura e política, p. 127-128) 
 
05. Marque o item em que o emprego da vírgula está correto. 
a) Os anunciantes procuram ser cada vez mais criativos, e o público é persuadido pelas frases de 
impacto. 
b) A primeira coisa que você tem a fazer é botar um Gold Smoke na boca, e acendê-lo com um gesto 
másculo. 
c) É claro, que a pressão exercida pela publicidade pode chegar a níveis assustadores. 
d) Cada vez mais a sedução da publicidade tem provocado, polêmica atualmente. 
e) A verdade é que a redação de texto publicitário, tornou-se hoje em dia uma atividade 
especializada. 
 
Leia com atenção! 
 
41 
 
Veja como evitar gafes e mal-entendidos nas mensagens eletrônicas da Folha Online 
Etiqueta na rede 
O e-mail é um meio de comunicação diferente dos demais. Ao redigir suas mensagens, observe as 
instruções a seguir e crie uma impressão de eficiência e profissionalismo. 
Cuidados na redação 
A facilidade para escrever e enviar uma mensagem estimula a informalidade. Aproveite esse benefício 
sem cair no desleixo: dedique tempo para redigir e-mails com clareza e objetividade se não quiser 
confundir (ou aborrecer) o destinatário. 
Tente ser objetivo e separar os assuntos com clareza 
Sem excessos 
Além de irritantes, mensagens longas e repetitivas dificilmente conseguem transmitir as informações 
desejadas com eficiência e rapidez. 
Moderação no texto 
Na hora de escrever um e-mail, pode ser tentador incluir todas as pessoas conhecidas na lista de 
destinatários. Lembre-se de que sua mensagem é apenas mais uma na caixa de entrada e, se quiser que 
seja lida com atenção, ela terá de ser bem elaborada. Além disso, se você envia para 25 pessoas uma 
mensagem que precisa de cinco minutos para ser lida, irá consumir mais de duas horas do tempo alheio. 
Tenha em mente que na tela a leitura torna-se mais fácil se o texto vier em parágrafos curtos. 
Em nome da clareza 
Se você quer que seu e-mail seja lido, dedique tenção para a identificação do assunto. Em vez de tentar 
resumir o conteúdo no título, escreva a mensagem primeiro, leia-a e depois elabore a identificação. Prefira 
usar poucas palavras, pois frases longas demais não aparecem inteiras na caixa de identificação de 
diversos programas de gestão de e-mail. 
Identifique o assunto com até 50 caracteres 
Escrita objetiva 
Aprenda a escrever mensagens de leitura fácil e a transmitir o que é importante sem desperdiçar o tempo 
das pessoas 
Como responder 
Mantenha a mesma identificação do assunto (em uma resposta, ela virá precedida da sigla "Re:"), pois a 
medida facilita a organização por tema na hora de arquivar os assuntos. Para redigir a resposta, 
acrescente seus comentários no início do texto, insira algumas observações ao longo da mensagem e 
delete o que não tiver importância. Se cada pessoa que ler e devolver a mensagem adicionar um bloco de 
texto no início, o e-mail corre o risco de ficar imenso. 
Passo a passo 
1. Para enviar e-mails apenas informativos, use PSC (para seu conhecimento). 
2. Nesse tipo de e-mail, você pode usar também a sigla PSI (para sua informação). 
42 
 
Clareza ao comunicar 
Ao contrário do que ocorre com cartas, os e-mails são informais e em geral têm um tom coloquial. No 
entanto, alguns destinatários podem interpretar de maneira errada. Ao escrever, pense em quem vai ler e 
reserve a intimidade para os amigos. 
Seja objetivo e aumente as chances de ser compreendido 
Abreviações 
Como cada vez mais pessoas compõem suas mensagens em movimento, às vezes usando o celular 
como teclado, aumenta a tendência ao uso de abreviações. A necessidade de facilitar o processo deu 
origem a uma linguagem rica em siglas e palavras de fácil identificação, como "msg" em vez de 
"mensagem" e "vc" no lugar de "você". Não se sinta obrigado a utilizar esse "idioma" e reserve a 
linguagem codificada para mensagens enviadas para quem compreende e para mensagens informais. 
Só abrevie palavras se tiver certeza de que o leitor da mensagem as entende 
Símbolos com significado 
No início da era do e-mail, foram desenvolvidos sinais gráficos destinados a transmitir uma mensagem de 
humor, chamados de smileys ou emoticons. Em geral, apontam o tom do texto, como indiferença ou 
preocupação, por exemplo. Existe uma grande variedade desses símbolos, mas os mais usados estão 
descritos no quadro ao lado. Vale lembrar que nem todas as pessoas conhecem o significado dos 
emoticons e há quem os considere infantis. Evite usá-los em e-mails profissionais. 
Significado 
:-) Tradicional sorriso. Costuma indicar satisfação. 
;-) Piscada. Em geral, acompanha uma piada ou brincadeira. 
:-( Preocupação. Costuma indicar tristeza ou desencanto. 
:-I Indiferença. Revela apatia ou falta de interesse. 
:-> Sarcasmo. Usado para identificar cinismo ou ironia. 
Tom correto 
Ao escrever um e-mail para uma pessoa pela primeira vez, pode ser difícil saber qual tratamento dar e 
como encerrar a mensagem. Aposte na neutralidade: use "Caro (fulano)" e termine com "Um abraço". 
Reserve formas mais próximas (como "querido" ou "um beijo") para destinatários que você conhece bem. 
Tente solucionar questões difíceis por telefone ou pessoalmente 
O perigo das emoções 
Quando estiver nervoso ou alterado, preste o dobro de atenção nas mensagens que pretende enviar, pois 
algumas vezes um e-mail que você julga inofensivo pode conter emoções que não precisam ser 
transmitidas. Escrever com neutralidade em momentos de agitação não é fácil, e a leitura feita pelo 
destinatário pode agravar ainda mais a situação. Se tiver dúvidas, elabore uma mensagem "difícil" mas 
não envie: faça uma leitura atenta depois de um intervalo. 
Nos e-mails profissionais, evite ironias 
Em busca de ajuda 
43 
 
Se você se sente cansado ou sob pressão, pode ser útil pedir a opinião de um colega antes de mandar 
uma mensagem. Mostre o e-mail para uma pessoa não envolvida e peça seu parecer sincero. 
Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u316916.shtml 07/08/2007 
A importância da boa comunicação interna 
De: Diretor Presidente 
Para: Gerente 
Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17h, o Cometa Halley estará nesta área. Trata-se de um 
evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, usando 
capacete de segurança, ocasião em que eu, pessoalmente, explicarei o fenômeno a eles. Se estiver 
chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu, sendo assim, todos deverão se dirigir ao 
refeitório, onde será exibido o filme Documentário sobre o Cometa Halley. 
De: Gerente 
Para: Supervisor 
Por ordem do Diretor-Presidente, na sexta-feira às 17h, o Cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica, a 
olho nu. Se chover, por favor, reúnam os funcionários, todos com capacete de segurança e os 
encaminhem ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos. 
 
De: Supervisor 
Para: Chefe de Produção 
A convite de nosso querido Diretor, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nu às 17h no refeitório da 
fábrica, usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o raro problema da chuva na 
segurança. O Diretor levará

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