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635296 TEXTO 2 MODELOS DE AT. SAÚDE

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MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE*
Conceito – “É um sistema lógico que organiza o funcionamento das redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente de saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade” (Mendes, 2007)
Destacam –se três modelos:
1 - Modelo da atenção crônica – componentes: os recursos e as políticas comunitárias, a organização da atenção à saúde, o desenho do sistema de prestação de serviços, o autocuidado apoiado, o sistema de apoio as decisões e os sistemas de informações clínicas.
2 – Modelo da Kaiser permanente – estratifica os usuários do serviço em três níveis de complexidade:
	Nível 1 – 70 a 80% portadores de doenças simples que utilizam o auto-cuidado apoiado
	Nível 2 – portadores de doenças complexas que são cuidados por especialistas
	Nível 3 – portadores de doenças de alta complexidade que são cuidados com a tecnologia de gestão de caso. 
Promove a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e diminui as internações hospitalares e as taxas de permanência hospitalar.
3 – Modelo proposto por Mendes - Modelo de atenção às condições crônicas – cinco níveis e três componentes articulados: a população, o foco das intervenções e as intervenções.
	Nível 1 – população total com foco nos determinantes sociais da saúde e por meio de intervenções de promoção ( acumulação de riscos da vida, emprego, renda, educação, raça, coesão social, ambiente, localização geográfica, estilos de vida, violência e a alimentação e tem como pano de fundo a equidade. Intervenção: projetos intersetoriais e vigilância dos determinantes sociais da saúde
	Nível 2 – subpopulações submetidas a determinados riscos: idade, gênero, tabagismo, sobrepeso ou obesidade, sexo inseguro, uso abusivo de drogas,, estresse, hipertensão arterial, intolerância à glicose e depressão. Intervenções: vigilância dos fatores de risco, medidas de prevenção específicas (ex. imunizações), rastreamento de algumas doenças (ex. HAS), vigilância ativa de algumas doenças (ex. câncer de próstata), exames periódicos de saúde, manejo do estresse, mudança de estilo de vida e controle dos fatores de risco por medicamentos.
	Nível 3 – subpopulação que apresenta uma condição de saúde simples sem muito risco, em geral mais de 70% dos portadores da condição de saúde, por meio de tecnologia de gestão da condição de saúde Intervenções: autocuidado apoiado e cuidado
	Nível 4 – semelhante ao nível 3 mas a intervenção além do autocuidado apoiado inclui o cuidado multiprofissional.
	Nível 5 – subpopulação que apresenta uma condição de saúde muito complexa
(1|% a 5 % da população total que chega a consumir mais da metade dos recursos do sistema de saúde). Intervenção: gestão da clínica ou gestão do caso
Mudanças necessárias:
	- encorajamento dos usuários para participarem de programas comunitários;
	- parceria da rede com as organizações comunitárias;		
	- mudanças na organização da atenção à saúde;
	- desenvolvimento de uma cultura de integração e coordenação da atenção à saúde;
	- institucionalização de incentivos para a qualidade da atenção;
	 - mudanças no desenho do sistema de prestação de serviços;
	- definição do papel das equipes multiprofissionais na atenção à saúde;
	-oferta de gestão de caso a portadores de condições de saúde mais complexas;
	- implantação de sistema de apoio às decisões;
	-utilização de diretrizes clínicas baseada em evidências;
	- educação permanente para os profissionais;
	- educação em saúde para os usuários;
	- integração da atenção primária e da atenção especializada;
	- fortalecimento do autocuidado apoiado;
	- colocação do usuário no centro da atenção à saúde;
	- elaboração colaborativa do plano de cuidado pela equipe multiprofissional e o usuário;
	- mudança nos sistema de informação clínica e socialização da informação
Síntese do Texto do Eugênio Vilaça 
disponível no Guia da Oficina 2: 
Redes de Atenção à Saúde e Regulação Assistencial
“Oficinas de Qualificação da Atenção Primária em Belo Horizonte”

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