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Mídia e construção social da realidade 
 
O ser humano foi feito para viver em um meio social e a articulação do indivíduo nesse 
meio resulta num processo denominado socialização, que esta e dividida em primária e 
secundária. Primária é vivenciada ainda na infância e corresponde ao “processo por meio 
do qual a criança se transforma num membro participante da sociedade”, primeiro 
momento de inserção social do indivíduo, o que normalmente ocorre no ambiente 
doméstico, junto aos pais, irmãos , etc. Secundário são “todos os processos posteriores à 
socialização primária, por meio dos quais o indivíduo é introduzido num mundo social 
específico”, costuma se dar na escola, vizinhança, na igreja, etc. E no decorrer da vida 
cada um estabelece uma espécie de conversação permanente com os seus “outros 
significados”, constituindo condições necessárias para garantir a nossa existência perante 
a sociedade. 
As mais importantes experiências de interação social ocorrem na situação face a face, 
mais isso não contradiz o fato do ser humano experimentar e evoluir outros meios de 
comunicação em geral, permitindo uma extensão para além dos contextos de intercâmbio 
social direto, podendo interagir com os outros ainda que não compartilhem o mesmo 
ambiente espaco-temporal. Aconteceram muitas modificações nos padrões de interações, 
característica essa da sociedade moderna, por meio de “comunicação em massa” a maioria 
das pessoas hoje preferem buscar informação e conteúdo simbólico em outras fontes, do 
que com quem interagem no dia a dia. 
A construção social da realidade é a compreensão do mundo fora do alcance de nossa 
experiência pessoal, isso cada vez mais pela mediação de formas simbólicas assim como 
apontado, “só reconhecemos em geral aquilo que nos é contado, o que é dito, habituando-
nos progressivamente a discutir os textos e imagens quando pensamos falar de 
realidades”. Com esse fato somos sujeitos a imposição ou até mesmo manipulação de 
pontos de vista e opiniões como o exemplo citado no texto pela criminalização de forma 
generalizada das pessoas que moram na favela, pelo simples fato dê uma aproximação 
social com criminosos, fazendo assim uma imagem pública associada seja a 
malandragem. 
 
Referência bibliográfica 
Silva, Edison Márcio Almeida. Mídia e construção social da realidade. Algumas 
considerações sobre os critérios de representação da “ violência urbana” na impressa 
carioca. Goiânia; 25° Reunião Brasileira de Antropologia, 2006.