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TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL slides

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TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL 
Alunos: Ana Lencina Madeira, Carla, Carlos Dalla Pussa, Luisa Arrojo, Luiza Victória, Mônica, Tainá Costa, Tainá Rosa, Thagner Dorneles
 Questões iniciais
Começa com o pensamento de Edwin Sutherland (1883-1950), nos idos de 1924;
Teve como base o pensamento originário de Gabriel Tarde;
Sutherland teve seu primeiro contato com a criminologia em 1906, na Universidade de Chicago, o que faz ter grande aporte dos autores da Escola de Chicago;
Teve a formulação da sua teoria 10 anos depois, chegando ao que estudamos hoje. 
Logo após a 1ª guerra, os EUA tiveram crescimento econômico considerável, junto disso ocorre um alastramento da corrupção administrativa,bem como escândalos financeiros; 
Com o quebra da bolsa de valores de 1929,o período que estava em alta, acaba insolvente e cresce o número de pessoas pobres e da criminalidade potencializada pela famosa ‘Lei Seca’;
Nas eleições de 1932, o candidato democrata Franklin Delano Roosevelt vence e implanta um novo plano econômico, o New Deal, onde o Estado passava a intervir na economia; 
A mudança no paradigma de não intervenção na economia para uma perspectiva intervencionista não se fez sem resistência;
Como dito, Sutherland, foi vivamente influenciado pelo pensamento da escola de Chicago, que segundo esses autores, o que explicaria o aparecimento preferencial do crime nas comunidades onde os vínculos fossem mais tênues era a sensação de desorganização social que diminuía a possibilidade de um controle social informal, muito mais efetivo para a dissuasão da atividade delitiva; 
A teoria parte da ideia segundo o qual o crime não pode ser definido simplesmente como inadaptação de pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade destas;
Sutherland supera o conceito citado acima, para falar de uma organização diferencial e da aprendizagem dos valores criminais, ao contrário do positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social;
“ O homem aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela”
Como Sutherland, teve grande influencia do jurista francês Tarde, que afirmada que o delinquente era um tipo profissional que necessitava de um aprendizado, assim como todas as profissões precisam de um mestre. 
Acredita-se que ninguém nasce criminoso, mas o delito e a delinquência são resultados da socialização incorreta, ou seja, não há uma ‘herança biológica’, mas sim um processo de aprendizagem que conduz o homem à pratica dos atos socialmente reprováveis;
A teoria assenta-se na consideração de que o processo de comunicação é determinante para a pratica delitiva, trata-se de um processor de imitação que se inicia no âmbito familiar, incluindo até mesmo a aprendizagem do gestual;
A pessoa que nunca ouviu falar de furtos em lojas, como profissão, dificilmente encontrará os códigos de conduta que a levem à prática dessa modalidade; 
As associações diferenciais, podem variar em frequência, duração, prioridade e intensidade, a frequência e a duração como modalidade são óbvias, já a intensidade são relevantes as fontes como modelo de comportamento criminal, bem como as relações emotivas que o agente enfrenta em sua vida antecedente;
O conflito cultural é causa fundamental da associação diferencial e, portanto, do comportamento criminoso sistemático, esse que tem base na desorganização social;
Sutherland, começa a mostrar como é que se opera um novo conceito, para aquelas pessoas, que por determinadas características,não se esperava que venham praticar certos crimes, trata-se dos criminosos que ele passará a chamar de ‘criminosos do colarinho-branco’;
O crime do colarinho-branco é aquele cometido no âmbito da sua profissão, por uma pessoa de responsabilidade e elevado estatuto social;
Por se tratar de pessoas de “confiança”, muitas vezes, a dificuldade em descobrir tais crimes são enormes, bem como sancioná-los;
Isto faz com que a própria legislação seja mais condescendente com tais agentes, tendo algumas regalias, como: tribunais especiais, prisões diferenciadas, penas mais leves,etc...;
Para expor sua tese, Sutherland estudou 70 principais corporações americanas por vários anos (dos anos 20 a 44), assim conseguiu demonstrar que os atos nocivos à comunidade tinham sido praticados por todas as corporações e 91,7% eram reincidentes; 
O crime do colarinho-branco é uma espécie delitiva tratada com especial brandura, este tratamento desigual- por sua leniência- é injusto, estando a demandar medidas específicas mais severas das instâncias formais de controle; 
Os autores dessa crime, não são só pessoas com uma boa situação econômica e socialmente integradas, como sujeitos perfeitamente aptos, muitas vezes acima da média das pessoas comuns; 
É, por isso, uma razão pela qual a teoria do crime do colarinho-branco surge como uma espécie de joia da coroa do pensamento criminológico: ela é a prova inequívoca da importância da teoria da associação diferencial.
A teoria, tem o grande mérito de ampliar a crítica ao fenômeno criminal como tendo um caráter exclusivamente biológico;
A desigualdade no sancionamento de certos agentes, capazes de manipular o sistema penal, são temas dos mais atuais cujos desenvolvimento contemporâneos não prescindiram aportes iniciais da teoria da associação diferencial; 
Foi exatamente esta teoria a primeira a colocar o foco na criminalidade dos poderosos, desnudando a forma diferenciada como a justiça os tratava.

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