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Caso Dora

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A Descoberta da Transferência
Freud descreve a descoberta da transferência, quando Dora começa sua cura, Freud pensou ter encontrado o acerto de suas ideias sobre a origem sexual do fenômeno histérico e papel desempenhado pelos sonhos. Foi um choque quando ela abandonou o tratamento.
Freud teve uma intuição ao perceber de imediato que uma resistência ligada a transferência se manifestara involuntariamente.
20 anos mais tarde, percebe que a interrupção dessa cura não se devia a transferência paterna de Dora, mas também materna, a persistência de uma forte atração homossexual da moça pela mãe.
Proveito de um Fracasso Terapêutico 
Freud começou seu tratamento em outubro de 1900, mas Dora interrompeu três meses depois. Ele teve a oportunidade de fazer duas descobertas:
1ª importância do papel desempenhado pelas zonas erógenas, particularmente a zona oral, na origem da tosse nervosa.
2ª papel pela bissexualidade psíquica, dividida entre a atração pelo homem e mulher.
No que diz respeito da interrupção pela cura, Freud confessou não conseguir controlar a transferência porque não foi capaz de perceber a tempo. Más que soube tirar desse fracasso um de seus principais escritos sobre a transferência.
Descoberta da Obra
Dora veio consultar Freud depois que seu pai teve um caso com a Sra.K, seu marido furioso passou a cortejar a Dora, más ela estava secretamente apaixonada por K, pois ele lembrava seu pai. Um dia de surpresa o Sr.K beijou – a na boca. Durante o tratamento confessou uma excitação, o que deixou confusa e envergonhada. Logo ela passou a sentir repulsa e horror pelos homens. Dora tentou se abrir com o pai, más a acusara de ter inventado a tentativa de sedução.
A exposição das sensações reflete o que confirma sua hipótese sobre a origem sexual dos sintomas histéricos, sobre o papel do sonho como revelador de conflitos inconscientes.
Na época da cura de Dora, Freud visava reconstruir a cadeia de acontecimentos que tinham levado aos sintomas baseados nas associações, nos sonhos e nas lembranças de infância fornecida pela paciente. Logo analisa seu primeiro sonho que ela foge de casa destruída por um incêndio, Freud revela aspectos inconscientes de sua fantasia, a fuga de seu pai quando sentia medo do homem que a seduz quanta a atração pela por seu pai quando o sonho revela seu desejo. Freud não percebeu as resistências que suas “explicações despertavam em sua paciente”. Então se deu conta de que não bastava comunicar, más era preciso comunicar afetos vividos na relação presente com ele.
Dora interrompeu o tratamento depois de 3 meses. Utilizando as anotações que tinha, começou a escrever o relato dessa cura, e encontra prenuncias da interrupção. Ex: cheiro de fumaça nos sonhos, ele percebeu que o pai de Dora e o Sr.K e ele próprio fumava, conclusão a transferência que lhe escapara.
É como se Dora tivesse sentido em seu inconsciente não apenas emoções amorosas e eróticas em relação a Freud, parecida com as que sentiram em relação ao Sr.K, um desejo de se vingar de seu sedutor.
A transferência: descolamento de uma figura do passado para o psicanalista
Com a transferência que podemos definir como um drama que se representa durante o tratamento com uma figura importante do passado que é projetada no presente. No transcorrer da analise, um acontecimento real recente da vida de Dora remeteu – a um passado anterior ao inconsciente, a fantasia de ter sido seduzida por seu pai. Esse acontecimento ligado a situação edipiana, onde teve uma importância na organização de seus psiquismo do que o incidente real com Sr.K 
Um retoque tardio: a transferência homossexual de Dora 
Publicado em 1905, Freud atribui resistência a sua ligação amorosa e aos seus desejos sexuais em relação aos homens representado pelo K, seu pai e por ele próprio. Freud identifica a dimensão heterossexual de transferência a imagem que Dora só consegue ver nele um homem, uma substituição de K ou seu pai. No tratamento Freud estava envolvido apenas como homem, um substituto de K e do pai da paciente. 1923 explica a ligação entre a Sra.K, não envolve a si como figura feminina de transferência.

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