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ESCOLA DA EXEGESE

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ESCOLA DA EXEGESE
Idolatria ao texto da Lei
A Escola da Exegese surgiu no início do século XIX. Com a ascenção de Napoleão Bonaparte ao poder, a burguesia patrocinou a criação de um código civil que consolidou as conquistas burguesas da Revolução e que trouxe ordem e segurança ao ordenamento jurídico francês. Nascia, assim, o Código Napoleônico. Princípio da legalidade.
também pregava o Estado com a única fonte do direito, pois todo o ordenamento jurídico seria originado da lei e, esta, por ser proveniente do legislador, teria como origem o Estado. Positivismo Jurídico.
Com o uso do racionalismo e devido à influência profunda do Iluminismo, os integrantes da Escola da Exegese afirmaram que o Código Civil francês seria fruto da razão e, por isso, esse codex possuiria as mesmas características desta, ou seja, ele deveria ser universal, rígido e atemporal. 
Os defensores da Escola da Exegese não aceitavam a existência de lacunas na lei, pois, por ser fruto da razão, ela alcançaria todo o ordenamento jurídico. Temos aqui um dos pilares da Escola da Exegese: a 
Teoria da Plenitude da Lei.
Uma importante influência do Código Napoleônico e, consequentemente, da Escola da Exegese na maioria dos ordenamentos jurídicos atuais encontra-se no artigo 4º deste código: “O juiz que se recusar a julgar sob o pretexto do silêncio, obscuridade ou insuficiência da lei, tornar-se-á passível de ser processado sob a acusação de uma denegação da justiça.” Nele, podemos perceber uma das maiores máximas do direito brasileiro: 
a impossibilidade do juiz poder se eximir de julgar um caso alegando uma insuficiência da lei. 
Tal princípio pode ser exemplificado pelo artigo 126º do Código de Processo Civil: “Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.”
A Escola da Exegese assenta-se sobre os seguintes fundamentos: 
1º) a riqueza da legislação, a partir da promulgação dos códigos, torna praticamente impossível a existência de lacunas; 
2º) na hipótese de lacuna, deve o intérprete se valer dos recursos fornecidos pela analogia; 
3º) a interpretação tem como objetivo investigar a vontade do legislador (voluntas legislatoris), tendo em vista ser este o autor da lei.
Dessa forma, o intérprete desenvolve a sua atividade totalmente circunscrito ao texto da lei, não lhe sendo dado ir além dele. 
Realiza apenas um trabalho de exegese, a partir do pressuposto de que a lei escrita contém todo o direito. 
É um sistema hermético, que pressupõe a plenitude e perfeição da lei escrita, considerada esta como uma revelação completa e acabada do direito.
A Escola da Exegese parte, portanto, de um método notadamente dogmático, uma vez que baseado tão-somente na análise exegética dos textos legais. O fundamento desta concepção era a doutrina legalista, segundo a qual todo o direito está na lei.
Segundo a Escola da Exegese, o primeiro passo do intérprete deve ser a análise da norma interpretada quanto ao seu sentido literal ou gramatical. 
Isso se deve à concepção de que a lei é uma declaração de vontade do legislador e, portanto, deve esta ser reproduzida com exatidão e fidelidade. Se o texto é claro, não havendo dúvida quanto à intenção do legislador, deve-se aplicá-lo nos seus próprios termos.
O método gramatical é também denominado literal, verbal, textual, semântico ou filológico. Ele consiste no primeiro movimento do intérprete, que se volta para a literalidade do texto, considerando seu valor léxico e sintático no exame da linguagem. Trata-se de um critério de interpretação que atende à forma exterior do texto, procurando estabelecer qual o sentido de cada vocábulo, frase ou período.
meio léxico(filológico)
Este meio busca encontrar o significado dos termos usados pelo legislador, mediante uma comparação com textos lingüísticos nos quais os termos são utilizados.
1º as palavras não devem ser, nunca, examinadas isoladamente, mas em seu conjunto e postas em confronto umas com as outras, consideradas como partes integrantes do texto;
2º se determinada palavra tem um sentido na linguagem comum e outro na linguagem jurídica, preferir-se-á este último, porque o direito tem sua linguagem própria, que o legislador deve conhecer;
3º mas possível é que o legislador haja empregado a linguagem comum e não a do direito e, neste caso, o exame da disposição, em seu todo, segundo a natureza jurídica da relação sobre a qual versa, revelará esta circunstância e determinará a adoção conseqüente do sentido comum do termo.
4º as palavras, comuns ou jurídicas, também podem ter sido usadas com impropriedade, equivocidade ou imprecisão; e, assim sucedendo, cumpre ao intérprete demonstrar a existência destes vícios e restabelecer ou reconstituir o preceito segundo a natureza da relação jurídica contemplada.
Após a utilização do método gramatical, caso a norma interpretanda ainda exigisse maiores indagações, por ser obscura ou incompleta, não traduzindo, por isso mesmo, fielmente, o pensamento do legislador, cabia ao intérprete proceder à utilização do método lógico, desvendando, assim, o valor lógico dos vocábulos, com a finalidade de suprir as deficiências da interpretação gramatical.
O intérprete da lei não poderia usar outro tipo de interpretação a não ser a lógico-gramatical
A Escola da Exegese pregava a concepção silogística: 
o direito como possuidor de três elementos básicos: 
a norma, 
o fato; 
a sentença. 
Temos aqui, o uso de um dos tipos de silogismo criados por Aristóteles, onde uma premissa maior relaciona-se com uma premissa menor, resultando, dessa forma, em uma conclusão. Nesta visão, a norma sobrepujaria o fato, sendo esta a premissa menor e aquela a premissa maior. Além disso, a sentença era vista como a conclusão desse silogismo.
O Princípio “In Claris Cessat Interpretatio”
significa que ao proceder a interpretação de um texto legal, em sendo o mesmo de uma clareza sem contrastes, não se vê a necessidade da continuação do trabalho de revelar o sentido (finalidade) e o alcance (campo de incidência) da norma interpretada.
TRF-3 - APELAÇÃO CÍVEL AC 4964 MS 0004964-83.2005.4.03.6000 (TRF-3)
Data de publicação: 07/05/2013
Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO CUMULADA COM PEDIDO DE INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. AUSÊNCIA DE AMBIGUIDADE. VEDAÇÃO LEGAL À ISENÇÃO DE TARIFA POSTAL. APELO DESPROVIDO. 1- O teor da cláusula impugnada é claro, não havendo margem à interpretação pretendida pela requerente (in claris cessat interpretatio). 2- A análise da alegação da demandante no sentido de que a ECT teria oferecido, em outra oportunidade, alguma modalidade de cobrança diferenciada para o envio de mais de um objeto postal para o mesmo endereço, demandaria a juntada do contrato anteriormente firmado entre as partes, ônus do qual a autora não se desincumbiu (art. 333 , I , do CPC ). 3- Ainda que se pudesse admitir como legítima a pretensão autoral de que houvesse redução na tarifa cobrada pelos serviços postais, é forçoso concluir que jamais haveria a isenção pretendida pela requerente, em razão da norma contida no art. 34 da Lei Postal . 4- Apelo desprovido

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