Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANEXOS EMBRIONÁRIOS PROFESSORA FLORA CORDEIRO ÂMNIO Produzido pelos amnioblastos, o líquido amniótico atravessa a placenta por difusão efetuando assim a troca e renovação dentro da cavidade amniótica. O fluído amniótico serve como uma proteção mecânica contra qualquer ferimento ao feto, além de uma acomodação do mesmo ao crescimento, permitindo movimentos fetais e protegendo o feto contra adesões. ANEXOS EMBRIONÁRIOS A cavidade amniótica se expande e seu conteúdo líquido pode atingir 1 litro na 33ª a 34º semanas de gravidez. Ocorre 2 fases na produção do líquido amniótico; na primeira que vai até a 20ª semana, a pele fetal ainda não é queratinizada e o fluído e eletrólitos difundem-se livremente através do ectoderma do embrião. Além disso, componentes maternos passam através da membrana amniótica. ANEXOS EMBRIONÁRIOS Na 2ª fase, a partir da 20ª semana, começa a queratinização da epiderme fetal, ocorrendo mudanças na fonte do líquido amniótico. Há uma contribuição no aumento do líquido por parte da urina fetal; da filtração dos vasos maternos no córion e possível filtração dos vasos fetais no cordão umbilical e placa coriônica. Um importante mecanismo de renovação ocorre no 3º trimestre de gravidez que é a deglutição do líquido pelo feto e filtração através do rim. ANEXOS EMBRIONÁRIOS A quantidade normal de líquido é entre 500 a 1000 ml. Alterações nesse volume podem resultar anormalidades fetais. Um excesso na quantidade, acima de 2000 ml, pode ser característico de anormalidades na cabeça do feto e inabilidade de deglutição, ressaltando a importância da deglutição fetal no balanço hídrico. Já volumes abaixo de 500 ml, caracterizam um oligoihdrâmnio e esta condição está normalmente associada a uma agenesia renal bilateral e denota a importância da excreção da urina fetal no balanço hídrico (1/3000 -incompatível com a vida) ANEXOS EMBRIONÁRIOS A análise do líquido amniótico (amniocentese-15ª a 18ª sem) é de grande importância no diagnóstico pré-natal quando necessária. A presença de células descamadas do epitélio fetal, bem como a existência de proteínas, permitem o estudo cromossômico através de cariótipo e dosagens bioquímicas como por exemplo a alfa feto proteína (defeitos do tubo neural), identificação do Rh para avaliação da eritroblastose fetal, etc. Alfafetoproteína – glicoproteína sintetizada pelo fígado fetal, saco vitelino e intestino. no líquido amniótico com concentração alta – fetos com defeitos abertos do tubo neural. Cerca de 99% dos fetos são diagnosticados pre-natalmente. Concentração baixa de AFP no sangue materno – feto com síndrome de Down. Biópsia da vilosidades coriônicas (AVC) – 10ª a 12ª sem) Análises cromossômicas antecipadas. ANEXOS EMBRIONÁRIOS SACO VITELÍNICO Localizado ventralmente à camada bidérmica do embrião, é fonte de nutrição embrionária, uma vez que é revestido externamente por mesoderma extra-embrionário ricamente vascularizado. Grupos de células mesodérmicas da parede agrupam-se formando ilhotas sanguíneas e muitas dessas células diferenciam-se em células primitivas do sangue. ANEXOS EMBRIONÁRIOS Hematopoiese extra-embrionária ocorre no saco vitelínico até cerca de 6 semanas, então esta atividade passa a ocorrer no fígado. Durante a quarta semana, é incorporado pelo embrião formando o intestino primitivo. Células germinativas primordiais surgem na parede do saco vitelino e migram para as gônadas em desenvolvimento, diferenciam-se em espermatogônias e ovogônias. Com avanço da gravidez ele se atrofia. ANEXOS EMBRIONÁRIOS ALANTÓIDE Localizado na região posterior do intestino primitivo, tem função respiratória e excretora em animais mamíferos, répteis e aves. Em humanos, formam os vasos umbilicais (veia e artérias) . A porção intra-embrionária do alantóide vai do umbigo à bexiga. Com o crescimento da bexiga ele involui (úraco) e após o nascimento transforma-se no ligamento umbilical mediano que se estende do ápice da bexiga até o umbigo. ANEXOS EMBRIONÁRIOS CÓRION E PLACENTA A formação do complexo placentário, representa uma cooperação entre tecidos extra-embrionários do embrião e tecidos endometriais da mãe. O córion circunda o embrião, o âmnio e o saco vitelínico. ANEXOS EMBRIONÁRIOS Durante o período pós implantação, vilosidades primárias e secundárias se projetam em direção a superfície externa da vesícula coriônica, onde as células do citotrofoblasto começam a inserir-se no sinsiciotrofoblasto, bem como os vasos maternos, que formam lacunas de sangue. O tecido mesenquimal também se insere dentro do citotrofoblasto. ANEXOS EMBRIONÁRIOS Mais adiante formam-se as vilosidades terciárias que chegam até a decídua, promovendo a fixação da placenta junto à decídua basal. Os espaços intervilosos representam compartimentos isolados que promovem a circulação e as trocas gasosas entre a mãe e a placenta. ANEXOS EMBRIONÁRIOS A placa coriônica se opõe à placa decidual formando uma barreira placentária que impede a mistura do sangue materno com o sangue fetal. A placenta também possui funções de transferência ou transporte de substâncias em ambas direções entre a placenta e o sangue materno, gases e nutrientes, anticorpos maternos. secreção endócrina, gonadotrofina coriônica humana (hcg). metabolismo, como síntese de glicogênio. ANEXOS EMBRIONÁRIOS CORDÃO UMBILICAL É o cordão condutor dos vasos umbilicais que fazem a comunicação entre o feto e a placenta. Os vasos umbilicais são embebidos com um tecido conectivo denominado geléia de Wharton.
Compartilhar