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Vendas especiais 4.1 Venda mediante amostra Amostra é a reprodução integral da coisa vendida, com suas qualidades e características em tamanho normal ou reduzido. Se a mercadoria entregue não for em tudo igual a amostra, caracteriza o inadimplemento contratual, devendo o comprador protestar imediatamente, sob pena de seu silencio ser entendido como tendo havido correta e definitiva entrega. Deve ser tudo igual a mercadoria ofertada, e se não o for o comprador pode recusá-la no ato do recebimento. Para acautelar-se o comprador pode requerer vistoria da mercadoria , como medida preparatória da ação de resolução contratual cumulada com perdas e danos, ou da ação para pedir abatimento do preço. Venda ad corpus e venda ad mensuram AD CORPUS É a possibilidade de celebração por medida de extensão. Leva em conta a coisa negociada como um todo independente de suas medidas. A metragem é dada de maneira meramente enunciativa, pois o bem foi vendido como área certa e precisamente individualizada por marcos geográficos. o comprador tem a visão geral do imóvel e a intensão de adquirir precisamente i eu continha dentro de suas divisas A referência a metragem é meramente acidental O preço é global, pago pelo todo vistoriado A venda nessas condições não autoriza o comprador o direito de exigir complemento da área Privilegia o conteúdo, em vez do mero formalismo é a alienação de imóvel como coisa certa e discriminada, sendo apenas enunciativa a referência ás dimensões Ad mensuram O alienante especifica a medida de extensão do bem que está sendo alienado. -É admissível a especificação da medida correlacionada ao preço que ocorre quando o negocio especifica que está sendo pago um ‘’x’’ valor por cada m³, p.ex. - é a Alienação onerosa de bens imóveis com precisa determinação da área vendida -Se a medida real for inferior aquela noticiada pelo vendedor na contratação, o comprador pode exigir a complementação da área afim de obter a diferença entre o que foi prometido e o que foi entregue - se a diferença foi inferior a 1/20 (5%) da área enunciada, não se autoriza a adoção das medidas jurídicas redibitórias, ou seja, se o comprador quiser desfazer o negócio, ou abatimento no preço quando a diferença for insignificante - mas se ele provar que aquela diferença é fundamental e que se soubesse dela não teria feito o negocio. O ônus da prova é do comprador. Pode o comprador requerer perdas e danos Detectado o vicio de extensão, pode o comprador: Devolver a coisa, através de ação redibitória, desfazendo o negocio Obter abatimento do preço, mantendo a coisa consigo com ação estimatória ( quanti minoris) Exigir, quando possível a complementação da área imobiliária faltante, ajuizando actio ex empto, ação real. Não sendo possível, pode exercitar o direito potestativo à resolução contratual com a devolução de todas as quantias pagas, sem prejuízo de requerer indenização pelos danos recorrentes, ou, pleitear o abatimento proporcional do preço, mantendo o negócio jurídico sob área menor. Prazo 1 ano A resolução do contrato deve ser a ultima ratio, sanando o vício com outros mecanismos EX: Aquisição de 1 terreno com 200m³ ou de uma fazenda de 200k hectares OBS: As regras de venda ad mensuram e ad corpus não se aplica as alienações de hasta pública, pois a garantia das arrematações e adjudicações é restrita a evicção. Já nas vendas com alterações de dimensões, tem um regime especial semelhante ao dos vícios redibitórios, mas normatizado por disciplina especial. Assim a larga publicidade que envolve a hasta publica permite o exame minucioso do bem antes da venda, retirando a possibilidade de o vício permanecer oculto.
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