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Analise Critica Psi Social

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Resenha Critica: Escritores da Liberdade
Através do filme foi possível identificar vários conceitos da psicologia social e perceber uma nova realidade partindo do princípio da relação entre indivíduo e sociedade. Desde os primeiros minutos é retratado uma sociedade aonde as gangues lutam uma contra as outras pelo poder e pela sobrevivência é pregado o tempo todo que eles devem “proteger os seus” independente do certo ou errado. 
A escola é baseada nos conceitos filosóficos determinista, onde alguns estudantes negros eram considerados “alunos problemas”, os professores renomados não queriam dar aula para eles, pois acreditavam que investir neles seria perca de tempo e a presença dos mesmos ali tinha um único fundamento de denegrir a reputação da escola. Em alguns momentos é retratado diversos grupos iniciando brigas entre si o que deixa claro o que Le Bon chamou de psicologia das massas, onde todos os homens podem adquirir característica de massa, desde que se aglomerem em pequenos grupos e em determinadas condições; que o poder de observação e o espirito critico dos indivíduos reduzem quando estão em uma multidão, ou seja sob influência os indivíduos são capazes de cometer barbárie.
Percebe-se uma relação de preconceito em diversos momento do filme, vale ressaltar que durante a contratação de Erin Gruwella, todos os professores que cruzam com ela fazem elogios ao colar de pérolas de forma irônica, fincando entre linhas que a escola optou pelo modelo de integração, só que os alunos poderiam agredi-la e roubar o mesmo a qualquer momento. Cabe aqui uma observação que durante o filme não é retratado nenhum aluno negro armado, porem em dois momentos e visto um aluno branco carregando uma arma. Ou seja, fica explicito novamente a visão determinista da sociedade, na qual afirma que por serem negros, eles estavam fadados a roubar e praticar qualquer tipo de barbárie.[1: Forma geral como os “alunos problemas” eram chamados.]
A professora Erin não desistiu em nenhum momento de ensinar e transformar a realidade dos seus alunos. É possível vincular as atitudes da professora com o materialismo histórico dialético, pois ela enxergou os indivíduos de forma concreta, considerou as histórias de vida de cada um, através do diário no qual explicava e justificava o porquê deles agir daquela maneira e através disso ela utilizou o seu conhecimento para transformar a realidade deles rompendo assim com a dicotomia de que por serem pobres, e negros deveriam ser bandidos e independente do que os membros dos grupos fizesse eles teriam a obrigação de defender os mesmos. Ela apresentou para eles uma nova realidade, por exemplo: eles poderiam defender os deles, porém sem agredir o que eles acham que é o certo.
Ao estudar “O Diário de Anne Frank” Erin forneceu aos alunos um elemento real de comunicação que permitiu aos mesmos se libertarem de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Partindo do exemplo de Anne Frank, menina judia alemã, branca como a professora, que sofreu perseguições por parte dos nazistas até perder a vida durante a 2ª Guerra Mundial, Erin conseguiu mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos, independentemente da cor da pele. Lembrando da Escola de Frankfurt, pois mesmo sendo alemães os frankfurtianos foram perseguidos na época do nazismo, por serem judeus, e exilados dou seu próprio pais.
Como visto na escola de Frankfurt é preciso pensar o não pensado, é necessário ir além do obvio e ver o não visto, foi exatamente o que a professora Erin se propôs a fazer, ver uma sala cheia de garotos problemas todos os professores alienados pelo sistema já tinham visto, mas nenhum deles fez a nada a respeito. Através da decisão de fazer o que ninguém mais queria a professora transformou a realidade e a história daqueles alunos e eles transformaram a dela também, provando assim a relação individuo-sociedade.
Referências Bibliográficas
ESCRITORES da liberdade. Direção: Richard LaGravenese. Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher. Filme, 1'43". Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UCQENEI51Gg>. Acesso em Março 2016
GONÇALVES: Maria G.M; BOCK, Ana M.B. Individuo-sociedade: uma relação importante na psicologia social. In: BOCK, Ana Mercês Bahia. A perspectiva sócia histórica na formação em psicologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. p 41-97.
SOARES, Jorge Coelho. Escola de Frankfurt: unindo materialismo e psicanálise na construção de uma psicologia social marginal. In: JACÓ-VILELA, A.M; FERREIRA, A.A; PORTUGUAL, F. História da Psicologia: Rumos e percursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Nau editora, 2010. p 473-498.

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