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Estudo dirigido digestório

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LA 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
ED Digestório 
 
 
1. Descreva as etapas envolvidas no processo de mastigação e deglutição: 
2. Como se compõe a saliva? 
3. Cite algumas funções da saliva 
4. Como é feita a regulação da secreção salivar? 
5. Quais são as glândulas que produzem a saliva? 
 
 
RESPOSTAS 
 
1. O processo de mastigação se inicia com a introdução do alimento na cavidade oral, 
onde ocorre a movimentação da mandíbula para que o alimento seja cortado e triturado 
pelos dentes, e a língua, vai localizando o alimento entre as superfícies oclusais dos 
dentes; essa é a fase de incisão. Na fase de trituração, os alimentos se transformam em 
pedaços menores, sendo esta fase a mais longa do processo de mastigação. Na fase de 
pulverização ocorre a moagem das partículas menores, transformando-as em partículas 
ainda menores. A presença do bolo alimentar na boca inibe os músculos da mastigação, 
assim a mandíbula cai e o reflexo de estiramento da própria mandíbula provoca a 
contração muscular e o fechamento automático da mandíbula. Esse fechamento 
comprime o bolo alimentar contra as paredes da boca, inibindo os músculos da 
mastigação repetindo todo o processo. 
A deglutição é iniciada voluntariamente na boca e continua involuntariamente. A primeira 
fase, que é voluntária, é a fase oral, na qual a língua força o alimento para trás, em direção 
ao palato duro e a faringe, ativando sensores somatossensoriais da faringe, de forma que 
ativa o reflexo involuntário de deglutição integrado no bulbo. Daí, entra-se na fase 
involuntária da deglutição, na qual eleva-se o palato mole, protegendo a ida para a 
nasofaringe e a epiglote recobre a abertura da laringe para que o alimento não vá para a 
traquéia. Nesta fase, também chamada de fase faríngea, a respiração é inibida. O esfíncter 
esofágico superior relaxa e o alimento chega ao esôfago, de modo que se inicia a onda 
peristáltica na faringe, propelindo o alimento para baixo. 
 
 
2. Quanto à composição química da saliva, além de conter ar. Que lhe dá o aspecto 
espumoso, a saliva é constituída de água (em sua maior parte), ptialina, nitrogênio, 
enxofre, potássio, sódio, cloro, magnésio, cálcio, ácido cítrico e ácido úrico. Além disso, 
possui enzimas (lisozima, amilase, peroxidase), proteínas estruturais (mucinas, gustina) e 
imunoglobulinas. 
Quanto aos tipos de saliva, a saliva pode ser: mucosa (rica em glicoproteínas, atua 
principalmente na gustação e deglutição e é secretada por glândulas de secreção mucosa, 
como as palatinas, glossopalatinas), serosa (rica em albuminóides, atua principalmente na 
mastigação e é secretada pela glândulas parótidas e glândulas de Ebner) e mista (ela pode 
ter mais albumina do que mucina ou ter mais mucina do que albumina, é importante na 
mastigação, gustação e deglutição e é secretada pela glândula submandibular, sublinguais 
maiores, entre outras). 
 
 
3. A principal função da saliva é a umidificação e a lubrificação da mucosa orofaríngea 
(impedindo o seu ressecamento) e dos alimentos, o que facilita a mastigação e a 
transformação do bolo alimentar a ser deglutido. Atua na digestão inicial do amido e dos 
lipídios, ajuda a remover as bactérias patogênicas, bem como as partículas alimentares 
que lhes dão sustentação metabólica. Além disso, tem uma capacidade tampão que é a 
capacidade que a saliva tem de neutralização da acidez bucal. Os ácidos bucais, que são 
formados a partir do processo de fermentação dos restos alimentares (carboidratos) pelas 
bactérias cariogênicas do meio bucal, são os responsáveis pela desmineralização do 
esmalte dentário, dando início à cárie dentária, e a saliva, por sua vez, com o seu teor 
alcalino, atua quimicamente neutralizando esses ácidos bucais, exercendo, portanto, uma 
função de proteção dos dentes contra a cárie dentária. 
 
4. A regulação da secreção salivar é feita exclusivamente pelo sistema nervoso 
autônomo (SNA). As glândulas submandibulares e sublinguais são controladas por 
impulsos nervosos das porções superiores dos núcleos salivares e as parótidas pela parte 
inferior dos mesmos núcleos. Os estímulos gustativos e táteis da língua, estimulam os 
núcleos salivatórios que se localizam na junção da medula oblonga com a ponte. A 
maioria dos estímulos gustativos, sobretudo o sabor ácido, provoca a secreção copiosa de 
saliva, freqüentemente até 5ml por minuto. Certos estímulos táteis, como a presença de 
objetos lisos na boca, também causam salivação importante, enquanto que objetos 
ásperos provocam menos salivação e, ocasionalmente, até mesmo a inibem. Os impulsos 
que chegam aos núcleos salivares podem ser de estímulo ou inibição da salivação. Um 
exemplo é o indivíduo que sente um odor ou vê um alimento que gosta muito, nesse caso 
há um estimulo para liberação de secreção salivar. A inibição pode acontecer se o 
indivíduo detesta certo alimento. A área do apetite do cérebro, que regula parcialmente 
estes efeitos, localiza-se muito perto dos centros parassimpáticos do hipotálamo anterior 
e funciona, em grande parte, em resposta aos sinais das áreas de sabor e odor do córtex 
cerebral ou das amígdalas. 
 A estimulação dos nervos, tanto simpáticos quanto parassimpáticos, que vão para 
as glândulas salivares, ativa a secreção salivar, porém os efeitos dos nervos 
parassimpáticos são mais rigorosos e mais prolongados. A interrupção dos nervos 
simpáticos não afeta a função das glândulas salivares. Se a inervação parassimpática for 
interrompida, a salivação será profundamente afetada e as glândulas salivares se 
atrofiarão. Pela estimulação (direta ou reflexo) do sistema nervoso simpático, há uma 
vasoconstrição acentuada, ocorrendo uma saliva pouco volumosa, causando a sensação 
de boca seca. Ao contrário, a estimulação parassimpática provoca a vasodilatação 
glandular, ocasionando a produção de secreção salivar abundante e bastante diluída. 
A estimulação parassimpática faz aumentar a síntese e a secreção da alfa amilase 
salivar e de mucinas, intensifica as atividades de transporte do epitélio canicular, fazendo 
aumentar o fluxo sangüíneo para as glândulas e estimula o metabolismo e o crescimento 
das glândulas. A estimulação, tanto simpática como parassimpática, causa contração das 
células mioepiteliais que circunda os ácinos. Essa contração ajuda a lançar o conteúdo 
acinar nos canais e, dessa forma, aumentar o fluxo salivar. 
 
5. As glândulas salivares são glândulas exócrinas, localizadas no vestíbulo (bucais e 
labiais) e na cavidade bucal (do assoalho , da língua e palatinas) , constituídas por ácinos 
seromucosos e mucosos. As principais glândulas responsáveis pela secreção da saliva são 
as glândulas: parótida, submandibular e sublingual. As glândulas parótidas são 
constituídas por células serosas, secretam ptialina e a secreção é, principalmente, aquosa. 
As glândulas submandibulares (ou submaxilares) são constituídas de células mistas, ou 
seja, células serosa (secretam saliva aquosa) e células mucosas (secretam mucina). As 
glândulas sublinguais possuem células mucosas, secretam mucina e a secreção é viscosa, 
além de secretarem a lipase lingual e secretam 5% do total de saliva.

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