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Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 1 2 Noções de Contabilidade de Custos – Princípios para Avaliação de Estoques 2 2.1 Custeio Por Absorção . . ................................................................................................ 2 2.1.1 Esquema Básico do Custeio por Absorção . ................................................................... 2 2.1.2 Apuração . . ..................................................................................................................... 4 2.1.3 Avaliação das Saídas para a Produção ............................................................................ 7 2.1.4 Apropriação dos Custos .................................................................................................. 9 2.1.5 Importância da Distinção entre Custo e Despesa .......................................................... 12 2.1.6 Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção . . ............................................... 12 2.1.6 Encargos Financeiros .................................................................................................... 12 2.2 Custeio Variável . . ......................................................................................................... 13 2.2.1 Custeio Variável versus Custeio por Absorção. . ......................................................... 14 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Variável ........................................................... 17 2.3 Hipóteses de Comportamento ................................................................................. 19 2.4 Princípios Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos ........................... 21 2.5 Memorize para a prova ............................................................................................... 27 2.6 Exercícios de Fixação .................................................................................................. 28 2.7 Gabarito ............................................................................................................................ 39 2.8 Resolução dos Exercícios de Fixação . . ................................................................ 40 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 2 2 Noções de Contabilidade de Custos – Princípios para Avaliação de Estoques Olá pessoal! Espero que vocês tenham gostado da aula anterior. Vamos aprender mais um pouco de Contabilidade de Custos hoje? 2.1 Custeio Por Absorção O Custeio por Absorção (CA) ou Custeio Pleno, cuja noção foi apresentada na aula anterior, consiste na apropriação de todos os custos de produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos. Este método de Custeio faz a distinção entre custos e despesas. As despesas são contabilizadas diretamente no resultado do período, ao passo que somente os custos relativos aos produtos vendidos recebem tratamento similar. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques destes produtos, como ilustrado pela Figura a seguir. O CA é uma imposição do Regulamento do Imposto de Renda (IR), que determina que os produtos em fabricação e os produtos acabados sejam avaliados pelo custo de produção, e é normalmente exigido pela auditoria externa das companhias abertas. 2.1.1 Esquema Básico do Custeio por Absorção O CA utiliza o seguinte esquema básico: 1. Separação entre Custos e Despesas; CPV Administração Gastos Despesas Resultado Fábrica Gastos Custos Estoques Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 3 2. Apropriação dos Custos Diretos diretamente à produção do período; 3. Rateio dos Custos Indiretos à produção realizada no período; 4. Inventário dos estoques (*) e 5. Apuração do resultado. (*) Lembre que CPA = CPP + EIPE – EFPE e CPV = CPA + EIPA – EFPA. O esquema acima sugere que os custos incorridos em um período somente irão integralmente para o Resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as despesas – de Administração, de Vendas, Financeiras etc. – sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas. Produto X Custos Indiretos Rateio Diretos Produto Y Produto Z Despesas Estoques CPV Resultado Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 4 2.1.2 Apuração A apuração do CPV e do Resultado Industrial (RI) (ou Lucro Bruto (LB) ou Lucro Operacional Bruto (*)) podem ser feitas conforme as Tabelas 1 e 3, respectivamente (**). (*) Note que RI = V – CPV = LB, em que V representa “Vendas Líquidas” e CPV é o Custo do Produto Vendido. (**) Ressaltamos que é importante memorizar para a prova todos os esquemas (como aqueles das Tabelas 1, 2 e 3 desta aula) e fórmulas apresentados neste curso. Tabela 1: APURAÇÃO DO CPV 01 Estoque inicial de Materiais Diretos (EIMD) 02 (+) Compras de Materiais Diretos (vide Tabela 2) 03 (-) Estoque Final de Materiais Diretos (EFMD) 04 (=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 05 (+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 06 (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 07 (=) Custo de Produção do Período (CPP) CPP = MD + MOD + CIF 08 (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EIPE) 09 (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EFPE) 10 (=) Custo da Produção Acabada (CPA) do período 11 (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA) 12 (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA) 13 (=) CPV Tabela 2: Detalhamento do item “Compras de materiais Diretos ” da Tabela 1 01 Valor da Compra 02 (-) Impostos Recuperáveis (*) 03 (+) Valor do frete suportado pelo adquirente (subtraído do ICMS recuperável incidente na operação) 04 (+) Seguros 05 (+) Carga, Descarga e Armazenagem 06 (+) Gastos com o Desembaraço Aduaneiro (no caso de importação) 07 (-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais) Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 5 08 (=) Compras de Materiais Diretos (*) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são exemplos de impostos recuperáveis. Um imposto é recuperável quando a sua incidência for não cumulativa, isto é, quando o valor pago de imposto na aquisição pode ser abatido do valor devido quando da posterior venda da mercadoria ou do produto acabado. É necessário que o adquirente da mercadoria ou matéria- prima seja contribuinte do imposto por ocasião da venda da mercadoria ou do produto acabado. Tabela 3: APURAÇÃO DO RESULTADO 01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta 04 (-) Deduções da Receita Bruta (*) 05 Vendas Líquidas 06 (-) CPV (*) 07 (=) LB 08 (-) Despesas Operacionais 09 (+) Receitas Operacionais 10 (-) Outras Despesas 11 (+) Outras Receitas 12 (=) Lucro Operacional (LOP) 13 (-) Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL) 14 (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 15 (-) Participações 16 (=) Lucro Líquido do Exercício (*) Deduções (contas retificadoras da receita bruta): - Devoluções de Vendas;- Abatimentos sobre Vendas; - Descontos Incondicionais Concedidos; - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e - Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins). Nota: com relação ao Custo Fixo Total, o CPV só absorve a parcela relativa às unidades de produtos vendidas. Há também o Custo Variável. A questão 8 dos exercícios de fixação trata exatamente deste importante conceito. Exemplos de CIF: - Materiais indiretos; - Mão-de-obra indireta; Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 6 - Energia elétrica; - Combustíveis; - Manutenção de máquinas; - Conta de telefone da fábrica; - Aluguel da fábrica; - Aluguel de equipamentos; - Depreciação; - Seguros da fábrica e - Imposto predial. As contas “Material Direto”, “Produtos em Elaboração”, “Mão-de-Obra”, “Custos Indiretos de Fabricação” e “Produtos Acabados”, dentre outras, são contas da Contabilidade de Custos utilizadas na apuração do CPV. Seguem-se exemplos de representações em razonetes de “Materiais Diretos”, “Produtos em Elaboração” e “Produtos Acabados” (*) Materiais Diretos (MD) Estoque Inicial de MD (EIMD) Compras MD (Saída para a produção) Estoque Final de MD (EFMD) Produtos em Elaboração (PE) EIPE MD MOD CIF CPA EFPE Produtos Acabados (PA) EIPA CPA CPV EFPA (*) Pelo que aprendemos na aula anterior, as seguintes fórmulas são válidas: EFMD = EIMD + C – MD (razonete “Materiais Diretos”) EFPE = EIPE + (MD + MOD + CIF) – CPA (razonete “Produtos em Elaboração”) EFPA = EIPA + CPA – CPV (razonete “Produtos Acabados”) Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 7 A fórmula (1) EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV resume o que foi exposto até este momento. A Eq. (1) mostra que todos os custos incorridos no período, mais os custos incorridos no passado e incorporados aos estoques iniciais de produtos (em elaboração e acabados), terão duas destinações: ou estarão contidos nos estoques finais dos produtos ainda não acabados ou nos estoques de produtos acabados e ainda não vendidos ou terão feito parte do CPV. 2.1.3 Avaliação das Saídas para a Produção Nesta Seção, para facilitar a exposição, abstraímos a existência de tributos sobre as compras. É importante ressaltar que o custo de aquisição do Material Direto (MD) deve estar líquido dos valores de impostos e contribuições a recuperar. Se o MD foi adquirido para uso numa determinada ordem de produção ou encomenda, não haverá dúvidas no reconhecimento de quanto lhe atribuir na saída: será o seu preço específico de aquisição. A princípio, há três métodos para se avaliar as saídas de MD para a produção: 1. PEPS (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai) ou FIFO (First In First Out): a saída do material será avaliada pelo custo das aquisições (+) (-) CPP CPA CPV EIPA EFPA EIPE EFPE (+) (-) Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 8 mais antigas e, portanto, o estoque final remanescente estará avaliado pelo custo das aquisições mais recentes. 2. UEPS (Último que Entra é o Primeiro que Sai) ou LIFO (Last In First Out): a saída do material será avaliada pelo custo das aquisições mais recentes e, portanto, o estoque final remanescente estará avaliado pelo custo das aquisições mais antigas. 3. Custo pela Média Ponderada Móvel ou simplesmente “Custo Médio”: avalia-se tanto a saída como os estoques finais de MD pelo custo médio ponderado de aquisição. Exemplo. No início do mês, havia no estoque de Materias Diretos da Cia. ABLima 40 unidades da matéria-prima X a $ 8,00 a unidade. Ao longo do mês em consideração, ocorreram os seguintes fatos, por ordem cronológica: - aquisição de 60 unidades de X a $ 9,00 cada; - aquisição de 50 unidades de X a $ 10,00 cada; - a produção requisitou 120 unidades de X para fabricar o produto Y; - aquisição de 50 unidades de X a $ 12,00 cada. Como deveriam ser avaliados a saída e o estoque final remanescente? 1. Avaliações das saídas para a produção pelo método UEPS: Valor da Saída = (50 x 10) + (60 x 9) + (10 x 8) = 1.120: EF = (30 x 8) + (50 x 12) = 840 2. Avaliações das saídas para a produção pela média móvel: Valor da Saída = 120 x [(40 x 8) + (60 x 9) + (50 x 10)]/150 = 120 x 9,0667 = 1.088 EF = (30 x 9,0667) + (50 x 12) = 872 3. Avaliações das saídas para a produção pelo método PEPS: Valor da Saída = (40 x 8) + (60 x 9) + (20 x 10) = 1.060: EF = (30 x 10) + (50 x 12) = 900 ___________________________________________________________ Note-se que, numa conjuntura econômica em que os preços de aquisição são estritamente crescentes (regime inflacionário), o Custo do Material (valor de saída de MD para a produção) é mais alto no UEPS do que na Média Móvel, que tem, por sua vez, um custo maior do que o PEPS Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 9 (2) CustoUEPS > CustoMÉDIA MÓVEL > CustoPEPS e, dado que LB = V – CPV, também vale a desigualdade (3) LBUEPS < LBMÉDIA MÓVEL < LBPEPS Por outro lado, se os preços caem no tempo, isto é, se há deflação, a desigualdade (3) deve ser invertida (deve-se trocar < por >) (4) LBUEPS > LBMÉDIA MÓVEL > LBPEPS 2.1.4 Apropriação dos Custos Os Custos de Produção podem ser diretos ou indiretos. Os Custos Diretos são alocados à produção diretamente da conta em que estão registrados para a conta da elaboração ou processamento. Exemplos: custos de matéria-prima, mão-de-obra direta, etc. Para uma apropriação correta, basta uma mensuração precisa do consumo ou utilização dos recursos, ou seja, os custos diretos obedecem a condições objetivas. Por outro lado, os CIF precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo, portanto, o custeio é feito de modo subjetivo. Os principais critérios de rateio dos CIF são: • horas-máquina; • consumo de materiais diretos; • mão-de-obra direta aplicada; • receita de vendas; e • quantidade produzida. Departamentalização Um dos objetivos da Departamentalização (rateio dos custos por Departamentos) é tornar mais preciso o critério de rateio. O Departamento é uma unidade mínima que concentra custos e desenvolve atividades homogêneas. A departamentalização representa um critério eficaz para apropriação de custos indiretos, onde cada departamento é dividido em um ou mais centros de custos. É muito utilizada pelas empresas em que o processo produtivo passa por fases de produção. Ex: Indústria de café: as fases de produção são a seleção de grãos, torrefação, moagem e embalagem. O Centro de Custo é a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é realizada a acumulação de custos. Pode coincidir com o departamento ou não. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 10 Exemplo. A empresa industrial J4M2 Ltda fabrica os produtos ALFA, BRAVO e FOXTROT, que recebem a alocação dos seguintes custos diretos: Produto $ mil ALFA 500 BRAVO 400 FOXTROT 300 Total 1.200 Além disso, a indústria apresenta os seguintes custos indiretos: Depreciação de Máquinas 200 Manutenção 300 Energia Elétrica 400 Materiais Indiretos 100 Outros Custos Indiretos 100 Total1.100 Admita que a distribuição dos CIF pelos produtos seja realizada com base nas horas-máquina necessárias à produção conforme a Tabela que se segue: ALFA 300 horas-máquina (30%) BRAVO 500 horas-máquina (50%) FOXTROT 200 horas-máquina (20%) Total 1.000 horas-máquina Logo os custos totais por produtos seriam: Custos Indiretos Custos Diretos Custo Total ALFA 30% x 1.100 = 330 500 830 BRAVO 50% x 1.100 = 550 400 950 FOXTROT 20% x 1.100 = 220 300 520 Total 1.100 1.200 2.300 Exemplo. Calculemos os custos do exemplo anterior utilizando o conceito de Departamentalização. Suponha, agora, que o produto ALFA consome 300 horas-máquina, distribuídas nos setores de seleção de grãos, moagem e torrefação; enquanto que o produto BRAVO só utiliza o setor de seleção de grãos e o produto FOXTROT somente utiliza o setor de moagem e torrefação. Deste modo, a distribuição das horas-máquina pelos departamentos ficaria da seguinte forma: Seleção de Grãos Moagem Torrefação Total ALFA 200 hm 50 hm 50 hm 300 hm BRAVO 500 hm 500 hm FOXTROT 100 hm 100 hm 200 hm Total 700 hm 150 hm 150 hm 1.000 hm Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 11 Além disso, suponha que o gasto com os custos indiretos por departamentos seja representado na tabela abaixo: Seleção de Grãos Moagem Torrefação Total Depreciação de Máquinas $ 100 $ 30 $ 70 $ 200 Manutenção $ 200 $ 70 $ 30 $ 300 Energia Elétrica $ 60 $ 140 $ 200 $ 400 Materiais Indiretos $ 50 $ 20 $ 30 $ 100 Outros Custos Indiretos $ 40 $ 30 $ 30 $ 100 Total $ 450 $ 290 $ 360 $ 1.100 Custo Médio por Hora Máquina 450/700 = $0,643/hm 290/15= $1,933/hm 360/150 = $2,4/hm Fazendo o cálculo dos custos por produto: Seleção de Grãos Moagem Torrefação Total ALFA 200 x 0,643 = 128,6 50 x 1,93 = 96,7 50 x 2,4 = 120 345,3 BRAVO 500 x 0,643 = 321,4 321,4 FOXTROT 100 x 1,93 = 193,3 100 x 2,4 = 240 433,3 Total 450 290 360 1.100 A Tabela que se segue mostra o quadro comparativo dos CIF com e sem Departamentalização. CIF sem Departamentaliza- ção (1) CIF com Departamentalização (2) Diferença (1) – (2) ALFA 330 345,3 (15,3) BRAVO 550 321,4 228,6 FOXTROT 220 433,3 (213,3) Total 1.100 1.100 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 12 Essa Tabela sugere que a Departamentalização propicia uma determinação mais precisa dos custos, uma vez que o critério de rateio dos CIF fica menos arbitrário. Isto acontece porque: • Alguns custos, embora sejam indiretos em relação aos produtos, são diretamente atribuíveis aos Departamentos. Exemplos: - Depreciação das Máquinas do Departamento (custo indireto em relação aos vários tipos de produtos fabricados, mas direto em relação ao Departamento); - Material Indireto (como cola e verniz) usado no Departamento; - Mão-de-Obra Indireta usada no Departamento. • Nem todos os produtos passam por todos os Departamentos e, caso passem, o fazem em proporções diferentes. 2.1.5 Importância da Distinção entre Custo e Despesa Um custo lançado como despesa ou uma despesa lançada como custo provoca distorções na apuração do resultado do exercício e consequentemente na avaliação dos estoques existentes na data do balanço. 2.1.6 Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção a) Vantagens: 1. inclusão de todos os custos no resultado (custos fixos, custos variáveis, custos diretos e custos indiretos); 2. atende ao Princípio da Competência. b) Desvantagem: inclusão de custos indiretos por meio de rateio arbitrário de seus valores. 2.1.6 Encargos Financeiros O registro dos encargos financeiros deve ser tratado como despesa e não como custo. Se os juros, correções e outros encargos decorrentes de empréstimos e financiamentos fossem adicionados ao custo do produto, também deveriam sê-lo os relativos ao capital próprio. Os encargos financeiros não são itens operacionais, pois não são resultantes da atividade da empresa; são, antes, passivos que representam a remuneração de capital de terceiros, ao invés de custo. Os encargos financeiros não são, portanto, custos de produção. São gastos relacionados à falta de capital próprio e não a gastos de produção, sendo tratados diretamente como despesas. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 13 2.2 Custeio Variável No Custeio Direto ou Variável considera-se que o CPP consiste somente nos custos variáveis incorridos, excluindo-se os Custos Fixos, que não são considerados como custos de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Vimos que EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV logo, o CPV e os Estoques Finais só conterão os custos variáveis. Há que se ressaltar que este método de custeio é vedado pela legislação do imposto de renda. Contudo, é considerado o método mais adequado ao processo de tomada de decisão da administração da empresa. A apuração do CPV e do Resultado podem ser feitas conforme as Tabelas 4 e 5, respectivamente (*). (*) A Tabela 2 é aplicável ao caso do Custeio Variável. Tabela 4: APURAÇÃO DO CPV 01 Estoque inicial de insumos 02 (+) Custo de Aquisição das compras de insumos (matéria-prima, material secundário e embalagens) 03 (-) Estoque Final de insumos 04 (=) Insumos Consumidos 05 (+) Outros Custos Variáveis 06 (+) EIPE 07 (-) EFPE 08 (=) CPA 09 (+) EIPA 10 (-) EFPA 11 (=) CPV Tabela 5: APURAÇÃO DO RESULTADO 01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta 04 (-) Deduções da Receita Bruta (*) 05 (=) Vendas Líquidas 06 (-) Custo dos Produtos Vendidos 07 (-) Despesas Variáveis de Administração e Vendas 08 (=) Margem de Contribuição 09 (-) Custos Fixos (**) 10 (-) Despesas Fixas Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 14 11 (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (*) Deduções (contas retificadoras da receita bruta): - Devoluções de Vendas; - Abatimentos sobre Vendas; - Descontos Incondicionais Concedidos; - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e - Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins). (**) Aqui trata-se do Custo Fixo Total e não somente do Custo Fixo relativo às unidades vendidas. A questão 8 trata deste aspecto, bastante sutil da apuração do resultado pelo Custo Variável. Observe, na Tabela 5, que a Margem de Contribuição (MC) corresponde ao valor que “sobra” para se fazer frente aos custos e despesas fixos. Formalmente, (5) MC = V – (CPV + DV) em que “V” denota as Vendas Líquidas e “DV” representa as Despesas Variáveis de Administração e Vendas. 2.2.1 Custeio Variável versus Custeio por Absorção Faremos a comparação entre os custeios por absorção e variável por meio do exemplo a seguir. Exemplo. A empresa Kaprisma apresentou os seguintes dados contábeis para determinado exercício: Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas Custos Variáveis = $ 20.000,00 Custos Fixos = $ 12.000,00 Despesas Variáveis = $ 4.000,00 Despesas Fixas = $ 6.000,00 Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração Não há estoques iniciais de produtos acabados Vendas Líquidas: 800 unidades a $60,00 cada uma no total de $48.000,00 (I) Custeio por Absorção: Custos Fixos 12.000 CustosVariáveis 20.000 Custo da Produção do Período 32.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 15 Sabemos que CPA = EIPE + CPP – EFPE. Como não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração, temos que: Custo da Produção Acabada no Período = Custo da Produção do Período Custo da Produção Acabada no Período = 32.000 Custo dos Produtos Vendidos: Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitário de produção Custo Unitário de Produção = 32.000/1.000 unidades = 32 Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 32 = 25.600 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 200 unidades x 32 = 6.400 Conferência do resultado obtido para EFPA usando a fórmula do CPV: CPV = EIPA + CPA – EFPA ⇒ 25.600 = 0 + 32.000 – EFPA ⇒ EFPA = 32.000 – 25.600 = 6.400. Demonstração do Resultado do Período: Vendas Líquidas 48.000 (-) CPV (25.600) Resultado Industrial 22.400 (-) Despesas Variáveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Líquido 12.400 (II) Custeio Variável: Custos Variáveis = Custos da Produção do Período = 20.000 Custo da Produção Acabada no Período = Custo da Produção do Período Custo da Produção Acabada no Período = 20.000 Custo dos Produtos Vendidos: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 16 Custo Unitário de Produção = 20.000/1.000 unidades = 20 Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitário de produção Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 200 x 20 = 4.000 Demonstração do Resultado do Período: Vendas Líquidas 48.000 (-) CPV (16.000) (-) Despesas Variáveis (4.000) Margem de Contribuição 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Líquido 10.000 Diferenças entre os dois métodos de custeio: Custeio por Absorção Custeio Variável Diferença Custo de Produção do Período 32.000 20.000 12.000 Custo da Produção Acabada no Período 32.000 20.000 12.000 Custo dos Produtos Vendidos 25.600 16.000 9.600 Estoque Final dos Produtos Acabados 6.400 4.000 2.400 Lucro Líquido 12.400 10.000 2.400 Observe que o custo de produção do período, no custeio por absorção, é maior em R$ 12.000,00, que corresponde ao valor dos custos fixos que, no custeio variável não são considerados custos e sim despesas do período. O custo dos produtos vendidos, no custeio por absorção, é maior em R$ 9.600,00, diferença que corresponde ao valor dos custos fixos apropriados nas unidades vendidas ([800 unidades/1.000 unidades] x 12.000 = 9.600). O estoque final dos produtos acabados, no custeio por absorção, é maior em R$ 2.400,00, diferença que corresponde ao valor dos custos fixos apropriados no estoque final de produtos acabados ([200 unidades/1.000 unidades] x 12.000 = 2.400). O estoque final do custeio variável é representado por: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 17 Custo Variável Unitário = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo Variável Unitário = R$ 20,00 Unidades em Estoque no Final do Período = 200 unidades Valor do Estoque Final = 200 x R$ 20,00 = R$ 4.000,00 O estoque final do custeio por absorção é representado por: Custo Fixo Unitário = R$ 12.000,00/1.000 unidades Custo Fixo Unitário = R$ 12,00 Custo Variável Unitário = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo Variável Unitário = R$ 20,00 Custo Unitário Total = Custos Fixos + Custos Variáveis Custo Unitário Total = 12 + 20 = R$ 32,00 Unidades em Estoque no Final do Período = 200 unidades Valor do Estoque Final = 200 x R$ 32,00 = R$ 6.400,00 Como o estoque final de produtos acabados, no custeio por absorção, é maior em R$ 2.400,00, o lucro do período do custeio por absorção, em relação ao custeio variável, também será maior em R$ 2.400,00. 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Variável Vantagem 1: impede que eventuais aumentos de produção, que não correspondam a aumentos de vendas, venham distorcer o resultado apurado, visto que os custos e despesas fixas são apresentados após a margem de contribuição. Considerando o exemplo do item 2.2.1, suponha que o dono da Kaprisma decida aumentar a sua produção para 2.000 unidades, mesmo sabendo que as unidades vendidas permaneceram em 800. (I) Custeio por Absorção: Custos Fixos 12.000 (não sofrem alteração) Custos Variáveis 40.000 (Custo Variável Unitário x 2.000 unid.) Custo da Produção do Período 52.000 Como não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração: Custo da Produção Acabada no Período = Custo da Produção do Período Custo da Produção Acabada no Período = 52.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 18 Custo dos Produtos Vendidos: Custo Unitário de Produção = 52.000/2.000 unidades = 26 Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitário de produção Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 26 = 20.800 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 1.200 x 26 = 31.200 Demonstração do Resultado do Período: Vendas Líquidas 48.000 (-) CPV (20.800) Resultado Industrial 27.200 (-) Despesas Variáveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Líquido 17.200 Ou seja, apesar de não ter ocorrido um aumento nas vendas, o aumento na produção do período aumentou o lucro líquido em R$ 4.800,00 (R$ 17.200,00 – R$ 12.400,00). Isto ocorreu porque o aumento da produção diminuiu os custos fixos unitários incorporados aos produtos vendidos. Quando a produção era de 1.000 unidades, os custos fixos unitários eram de $ 12,00 ($ 12.000,00/1.000 unidades). Entretanto, com a produção de 2.000 unidades, os custos fixos unitários passaram a $ 6,00 ($ 12.000,00/2.000 unidades). Enfim, o aumento da produção, mesmo sem que ocorresse um aumento nas vendas, reduziu os custos fixos unitários e aumentou o lucro da empresa. (II) Custeio Variável: Custos Variáveis = Custos da Produção do Período = 40.000 (R$ 20,00 x 2.000 unidades) Custo da Produção Acabada no Período = Custo da Produção do Período Custo da Produção Acabada no Período = 40.000 Custo dos Produtos Vendidos: Custo Unitário de Produção = 40.000/2.000 unidades = 20 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 19 Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitário de produção Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 1.200 x 20 = 24.000 Demonstração do Resultado do Período: Vendas Líquidas 48.000 (-) CPV (16.000) (-) Despesas Variáveis (4.000) Margem de Contribuição 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Líquido 10.000 Como os custos fixos são apropriados diretamente no resultado do período, o aumento da produção sem aumento das vendas não proporciona qualquer alteração nos lucros da empresa. Vantagem 2: É uma ferramenta melhor para a tomada de decisão por parte dos administradores da empresa em relação ao custeio por absorção,que pode induzir a decisões erradas sobre a produção. Desvantagens: • A apropriação dos custos fixos diretamente no resultado do exercício, sem passar pelos estoques produzidos, descumpre o princípio da competência. • O administrador pode vir a desprezar custos periódicos no processo de estabelecimento dos preços de venda. 2.3 Hipóteses de Comportamento É razoável admitir que os Custos Variáveis (CV) sejam diretamente proporcionais à quantidade (Q) produzida pela fábrica. Portanto, o Custo Variável Unitário (CVu) é fixo ou constante (6) CVu = CV/Q = K em que K é um valor constante. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 20 O Custo Fixo (CF) é constante qualquer que seja o volume de produção. Porém, o Custo Fixo Unitário (CFu) é sempre decrescente (*), uma vez que é dado por (7) CFu = CF/Q. (*) A fórmula (7) indica que o CFu é uma função potência, ou seja, do tipo y = axα, em que “a” e “α” são constantes reais. No caso do CFu, tem-se α=-1, a=CF e x=Q. Considere o caso da fabricação de um produto em que CF=100 e CV=10Q. Como CT = CV + CF, tem-se que CT = 100 + 10Q. Os Custos Fixos e Variáveis Unitários são dados por CFu = 100/Q CVu =10. Além disso, seja o Custo Médio seja definido por (8) CMe = CT/Q ou (9) CMe = CFu + CVu . Então CMe = 10 + 100/Q . Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 21 O gráfico da parte superior da figura acima mostra que CF é uma reta paralela ao eixo das quantidades Q. O CV é zero se nada for produzido (e teríamos CT = CF neste caso) e aumenta linearmente com a produção (o coeficiente angular da reta CV é igual a 10). O CT também é uma reta de inclinação positiva, com o mesmo coeficiente angular da reta CV (portanto paralela à reta CV), só que deslocada verticalmente, para cima, em $ 100,00. O gráfico da parte inferior da figura mostra que CVu é uma reta paralela ao eixo das quantidades. As funções CFu e CMe decrescem à medida que Q aumenta, pois são funções do tipo potência (y=axα, com “a” e “α” sendo constantes reais), definida somente para Q>0. Além disso, observe que a distância entre as curvas CFu e CMe é sempre constante e igual ao valor de CVu. 2.4 Princípios Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos Existem regras gerais que orientam os procedimentos e práticas do contabilista no exercício de sua atividade profissional. Essas regras ou princípios visam a um tratamento contábil uniforme e servem como guia para a auditoria examinar a qualidade dos relatórios contábeis. Os princípios fundamentais Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 22 da contabilidade norteiam os procedimentos contábeis, seja qual for o ramo da contabilidade. Atualmente, o Brasil possui duas estruturas conceituais que servem de alicerce e arcabouço teórico da contabilidade: a) Estrutura Conceitual do Sistema CFC/CRCs (Conselho Federal de Contabilidade/Conselhos Regionais de Contabilidade), inspirada na escola européia, conforme as Resoluções CFC no 1.282/2010 (princípios contabilidade) (*); e b) Estrutura Conceitual Baseada na Estrutura Conceitual do International Accounting Standards Board (IASB) (**), conforme o Pronunciamento Conceitual Básico sobre a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) (***), aprovado pela Resolução CFC no 1.121/08 e pela Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no 539/08. Essa deliberação revogou a Deliberação CVM no 29/86 – Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. (*) Esta nova Resolução alterou a Resolução CFC n.º 750/93 e revogou a Resolução CFC n.º 774/94, que detalhava os princípios enunciados pela Resolução CFC n.º 750/93. A principal inovação da CFC n.º 1.282/2010 é a revogação do princípio da atualização monetária. (**) O IASB é um órgão independente, do setor privado, para o estudo de padrões contábeis, com sede em Londres. As Normas Internacionais de Contabilidade são editadas desde 1975. Recebiam o nome de International Accounting Standards (IAS). A partir de 2001, passaram a receber a denominação de International Financial Reporting Standards (IFRS). Apesar disso, ainda há varias IAS em vigor. Atualmente, mais de 100 países adotam as normas IFRS. (***) O CPC, criado em 2005 pela Resolução CFC no 1.055/05 e validado formalmente pelo art. 50 da Lei no 11.638/07, é o órgão encarregado pela emissão das novas normas contábeis brasileiras, as quais são elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. São membros do CPC: CFC, Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). O CPC propõe normas, denominadas “Pronunciamentos Técnicos”, que podem ser aprovadas como deliberações ou instruções normativas por órgãos do governo como CVM, Banco Central e Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 23 Apresentaremos, a seguir, os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos aplicáveis à Contabilidade de Custos. PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA Este princípio determina que o resultado (lucro ou prejuízo) deve ser reconhecido apenas quando da realização da receita. Em regra, a receita é realizada quando ocorre a transferência do bem ou do serviço para terceiros. Sendo assim, as indústrias só reconhecem o resultado obtido em sua atividade quando a receita é realizada, ou seja, no momento em que o bem produzido é transferido para o cliente. Deste modo, a Contabilidade de Custos, quando aplicada no contexto da Contabilidade Financeira, também não pode apurar resultado antes desse instante, podendo, servir, no máximo, como instrumento para previsão do lucro/prejuízo. Note que, do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a fabricação do produto, pois há agregação de valores nesta fase. Depreende-se do que foi dito acima que este princípio é o responsável por uma das diferenças entre os conceitos de lucro na Economia e na Contabilidade. Contabilmente, os valores agregados de gastos, relativos a fatores utilizados na produção, vão sendo acumulados na forma de estoques, uma vez que a receita só será reconhecida futuramente. Como este princípio estabelece que o resultado deve ser reconhecido apenas quando da realização da receita (e as receitas devem ser confrontadas com as despesas para que o resultado seja apurado), tem-se que os gastos na produção só serão considerados como despesas no futuro, após o bem elaborado ter sido transferido para terceiros. Resumindo, o princípio da realização define o momento do reconhecimento da receita. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA O reconhecimento das despesas é feito de acordo com a seguinte regra, conhecida como princípio da competência ou da confrontação entre despesas e receitas: após o reconhecimento da receita, deduzem-se dela todos os valores representativos dos esforços necessários para sua obtenção (despesas). Esses esforços podem ser subdivididos em dois grupos: a) despesas especificamente incorridas para a consecução daquelas receitas que estão sendo reconhecidas(por exemplo, custo de produção do bem ora vendido, despesa de comissão relativa à venda do produto, etc.) e b) despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas e não necessariamente daquelas que estão sendo contabilizadas (por exemplo, despesas de administração, propaganda e marketing, etc.). Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 24 Com isso, tem-se a seguinte seqüência: primeiramente, deve-se apropriar as receitas em função da realização; depois, deduz-se dessas receitas todos os gastos que estejam diretamente relacionados ao processo de obtenção dessas mesmas receitas; e, finalmente, deduz-se aquelas despesas que foram incorridas no período e dizem respeito a esforços de geração de receitas, mas cuja vinculação com elas é extremamente difícil ou então impossível de se verificar. É por isso que o gasto com o salário do chefe da fábrica é apropriado a um produto estocado e só se torna despesa por ocasião da venda, enquanto que o salário do chefe de vendas vira, de imediato, despesa, independentemente da existência ou realização de receitas. Em resumo, este princípio diz respeito basicamente ao momento do reconhecimento das despesas. PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Este princípio estabelece que os registros contábeis são efetuados com base no valor de aquisição do bem (valor original) ou pelo preço de fabricação. Dessa forma, dois contadores, ao defrontarem-se com o mesmo fato, não divergiriam na mensuração do mesmo. Ativos como matérias-primas são registrados por seu valor original de entrada ou custo histórico; tal valor permanecerá intacto na escrituração contábil até que o elemento seja baixado do patrimônio. Os estoques das indústrias são avaliados em função do custo histórico de sua obtenção, sem correção por inflação ou por valores de reposição. Além disso, o sacrifício representado pelo que a empresa deixou de ganhar por ter aplicado seus recursos na fabricação do bem, ao invés de aplicar em outra atividade, ou simplesmente o juro calculado sobre o capital próprio, não deve ser englobado ao custo de produção. Os estoques não podem ser avaliados com a inclusão desses itens. O exemplo a seguir ilustra o que foi dito sobre este princípio. Exemplo. Suponha que o custo histórico de fabricação do produto X seja $100.000,00 e que ele fique estocado durante certo tempo, sendo vendido por $150.000,00. Admita que a inflação nesse período seja de 10%. O lucro bruto apurado seria de Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido ($100.000,00) Lucro Bruto $ 50.000,00 na hipótese de valor puramente histórico e de Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 25 Venda $150.000,00 (-) Custo Histórico do Produto Vendido Corrigido = $100.000 x 1,1 ($110.000,00) $ 40.000,00 Lucro Bruto na hipótese de se tirar do lucro o efeito da inflação. Imaginemos ainda que se quisesse levar em consideração o valor que representasse o quanto custaria fazer o produto na data da venda e que esse valor de reposição fosse de $120.000,00. Neste caso, teríamos Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido $120.000,00 Lucro Bruto $ 30.000,00 na hipótese de se adotar o valor de reposição. Qual é o valor do lucro admitido pela Contabilidade? A Contabilidade irá admitir como lucro o total de $50.000,00 porque os estoques das indústrias são avaliados em função do custo histórico de sua obtenção, sem correção por inflação ou por valores de reposição. PRINCÍPIO DA CONSISTÊNCIA OU UNIFORMIDADE Quando há diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo fato, todas válidas dentro dos princípios fundamentais de contabilidade, deve a entidade adotar uma delas de forma consistente. Isto requer que a alternativa adotada seja utilizada sempre, não podendo a entidade ficar mudar o critério a cada período. Deste modo, para a apropriação dos vários custos de produção, há a necessidade de se adotar critérios escolhidos entre várias alternativas. Por exemplo, a empresa pode distribuir os custos de manutenção em função de horas-máquina, homem-hora, valor do equipamento, etc. Todos são válidos a princípio, mas não podem ser usados de forma indiscriminada em cada período. Após a adoção de um deles, deve haver consistência ou uniformidade em seu uso, já que a alteração de critério pode provocar modificações substanciais nos valores dos estoques e, por conseguinte, na apuração dos resultados. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA OU CONSERVADORISMO A posição conservadora (precaução) do contador será evidenciada para antecipar prejuízo e nunca antecipar lucro. Assim, ele não estará influenciando os acionistas, por exemplo, a um otimismo que poderá ser ilusório. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 26 Assim, se uma indústria possui um estoque de produtos acabados cujo custo de fabricação seja de $ 20 milhões, e o valor de mercado (preço que a empresa obteria se vendesse seu estoque hoje) fosse de $ 15 milhões, o contador deve antecipar o prejuízo de $ 5 milhões, mesmo que os produtos ainda não tenham sido vendidos (Custo ou Mercado – dos dois o menor). Note que o prejuízo ainda não ocorreu; contudo, para não esconder dos acionistas uma situação negativa que poderá ocorrer num futuro próximo, o prejuízo será antecipado. Por outro lado, a contabilidade da empresa deverá registrar o maior valor dentre dois montantes, igualmente válidos de dívida da entidade com terceiros, caso haja dúvidas. Deste modo, se, no momento de quitação da dívida, prevalecer o maior valor, ninguém será pego de surpresa. Mas é claro que a prudência deve ser exercida com bom senso, sem exageros, evitando-se uma subavaliação desmesurada da riqueza da empresa. Temos como conseqüências principais deste princípio no contexto da Contabilidade de Custos a avaliação final dos estoques de produtos e o tratamento de certos custos de produção. Para a avaliação dos estoques, foge- se do Princípio do Custo Histórico como Base de Valor no momento em que os produtos elaborados tiverem um valor líquido de venda (preço de venda menos todas as despesas necessárias à venda, tais como comissões, transporte para entrega, impostos, etc.) inferior ao custo de produção. No que tange à relação de certos custos de produção e a Prudência, podemos mencionar certos gastos que provocam dúvida quanto a sua classificação, se custo ou despesa; na dúvida, deve prevalecer a hipótese mais pessimista, que não acarreta a ativação desse valor como estoque, mas sim a sua conversão imediata em despesa. PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA Materialidade é sinônimo de relevância. Pode-se visualizar a materialidade pelo análise do binômino Custo x Benefício. Por exemplo, alguns pequenos materiais de consumo industrial precisariam ser tratados como custo na proporção de sua efetiva utilização; contudo, por representarem valores desprezíveis, são usualmente englobados e totalmente considerados como custo no período de sua aquisição. Neste caso, o custo de contabilização (tempo do pessoal da contabilidade, material, computador) é maior que o benefício que trará aos usuários (acionistas, administradores) dessas informações. Portanto, para valores irrisórios em relação ao todo, a Materialidade desobriga a um tratamento mais rígido que os itens de cifras relevantes. É bom ressaltar, entretanto, que a soma de diversos itens irrelevantes pode ser material, e, nesse caso, um tratamento mais rigoroso deve ser aplicado.Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 27 2.5 Memorize para a prova ⇒ O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos. ⇒ CPA = CPP + EIPE – EFPE ⇒ CPV = CPA + EIPA – EFPA. ⇒ LB = V – CPV ⇒ CPP = MD + MOD + CIF ⇒ EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV (estoques iniciais + CPP = estoques finais + CPV) ⇒ Métodos de avaliação de saídas de MD para a produção: PEPS, UEPS e Média Ponderada Móvel ou Custo Médio. ⇒ Encargos financeiros não são custos de produção. ⇒ Os CIF precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo. (+) (-) CPP CPA CPV EIPA EFPA EIPE EFPE (+) (-) Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 28 ⇒ Principais critérios de rateio dos CIF: horas-máquina, consumo de materiais diretos;, mão-de-obra direta aplicada, receita de vendas e quantidade produzida. ⇒ A Departamentalização torna o critério de rateio mais preciso (ou justo). ⇒ O Custeio Direto ou Variável considera que o CPP consiste somente nos custos variáveis incorridos, excluindo-se os Custos Fixos, que não são considerados como custos de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período ⇒ Custo Variável Unitário = Custo Variável/Quantidade Produzida = Constante ⇒ Custo Fixo Unitário = Custo Fixo/Quantidade Produzida (decresce com aumento da Quantidade) ⇒ Custo Total = Custo Variável + Custo Fixo ⇒ Custo Médio = Custo Total/Quantidade Produzida 2.6 Exercícios de Fixação 1. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC) Uma Empresa, inserida em um contexto de economia inflacionária em que os preços são sempre crescentes ao longo dos períodos, tem o movimento de seus estoques conforme os dados abaixo. Datas Operação Quantidade Saldo Valor Unitário de Compra 01.xx.06 Entrada 2.000 2.000 R$ 10.00 05.xx.06 Entrada 2.500 4.500 R$ 12.00 07.xx.06 Saída (3.000) 1.500 10.xx.06 Entrada 500 2.000 R$ 13.00 12.xx.06 Entrada 1.200 3.200 R$ 15.00 20.xx.06 Saída (1.800) 1.400 23.xx.06 Entrada 1.000 2.400 R$ 20.00 25.xx.06 Saída (1.200) 1.200 26.xx.06 Entrada 700 1.900 R$ 25.00 30.xx.06 Saída (1.300) 600 Com base nessas informações, em qual dos critérios de avaliação dos estoques o Resultado Bruto Operacional será maior? (A) Média ponderada móvel. (B) Último que entra primeiro que sai. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 29 (C) Primeiro que entra primeiro que sai. (D) Média ponderada fixa. (E) Método de preço específico. 2. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC/Adaptada) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos produtos, utilizando-se do método direto (o símbolo “k”, de kilo, denota x1.000). Departamento de Serviços Departamentos Produtivos Total Controle de qualidade Manuten- ção Maquinário Montagem Custos de fabricação alocados diretos aos departamentos R$ 350 k R$ 200 k R$ 400 k R$ 300k R$ 1.250k Horas máquinas incorridas 50 k 50k Horas mão-de-obra direta 25 k 25k Horas de serviços: - de controle qualidade - manutenção 10 k 7 k 21 k 18 k 7 k 12 k 35 k 40 k Produtos Unidades Produzidas Consumo horas máquinas Consumo horas MOD A 5.000 6.0 3.0 B 4.000 5.0 2.5 Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em $, dos produtos A e B são, respectivamente: (A) 150,00 e 125,00 (B) 145,00 e 135,00 (C) 149,00 e 126,25 (D) 125,00 e 156,25 (E) 120,00 e 162,50 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 30 3. (Agente Fiscal de Rendas – SP – 2006 – FCC) A diferença entre o preço de venda e o custo variável constitui (A) a Análise custo-volume-lucro. (B) a Receita operacional bruta. (C) a Receita líquida. (D) o Ponto de equilíbrio. (E) a Margem de contribuição. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC) Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 4 e 5. A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matéria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, para o ano fiscal de 2006, estabelece como meta os seguintes saldos: Itens Saldo Inicial em unidades Saldo Final em unidades Matéria-prima 30.000 40.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000 4. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no período, o número de unidades de matéria-prima que deverá adquirir será: (A) 810.000 (B) 990.000 (C) 1.000.000 (D) 1.010.000 (E) 1.020.000 5. Para que a empresa venda 480.000 unidades durante o ano fiscal de 2006, a quantidade de unidades que deverá produzir no decorres desse período é: (A) 520.000 (B) 480.000 (C) 460.000 (D) 450.000 (E) 440.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 31 6. (Agente Fiscal de Rendas SP/2009/FCC) Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é correto afirmar que (A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados. (D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção. 7. (Agente Fiscal de Rendas SP/2009/FCC) Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de estoques de materiais na empresa Y. Entradas em Unidades Saídas em Unidades Valor das Compras R$/unitário Saldo Inicial 0 0 Janeiro X0 100 100,00 Fevereiro X0 50 Março X0 200 50,00 Maio X0 100 Julho X0 100 80,00 Setembro X0 150 60,00 Dezembro X0 150 Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcançar melhor resultado no período de X0 é (A) PEPS. (B) UEPS. (C) Médio. (D).PEPS e UEPS o mesmo resultado. (E) Médio e PEPS o mesmo resultado. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 32 8. (Agente Fiscal de Rendas SP/2009/FCC) Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do custeio por absorção e método do custeio variável. No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No mês, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00,pelo custeio variável, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção. Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são, respectivamente: (A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00 (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00 (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00 (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00 (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00 9. (Agente Fiscal de Rendas SP/2009/FCC) No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber o tratamento contábil expresso em: Perdas Normais Sucatas (A) Seu custo deve ser lançado como despesas do mês Devem ser lançadas como redução dos custos do mês (B) Seu custo deve ser agregado ao produto de sua origem. Não recebem custos. (C) Devem ser lançadas como outras despesas não-operacionais. Devem receber custos. (D) Devem ser custeadas separadamente. Devem receber custos da mesma forma que um produto normal da empresa. (E) Devem ser lançadas como despesas não operacionais. Devem ser lançadas como redução de custos do mês. 10. (Agente Fiscal de Rendas SP/2009/FCC) A empresa Modelo possui os seguintes saldos no período 2: Itens Saldo Inicial em unidades Saldo Final em unidades Matéria-prima 20.000 50.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 33 Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matéria-prima. A empresa planeja produzir 150.000 unidades no período 2. O número de unidades de matéria-prima que a empresa necessita adquirir é (A) 350.000 (B) 420.000 (C) 450.000 (D) 480.000 (E) 530.000 11. Uma empresa fabril, em certo período, aplicou no processo produtivo: R$ 50.000,00 de materiais diretos, R$ 50.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 50.000,00 de gastos gerais de fabricação. O saldo inicial da conta Produtos em Elaboração também foi de R$ 50.000,00, enquanto seu saldo final foi zero. Sabendo-se que: 1. O custo dos produtos vendidos no período foi de R$ 200.000,00; 2. O saldo inicial da conta Produtos Acabados foi de R$ 0,00. Assinale, com base nos dados fornecidos acima, a alternativa que contém o saldo final da conta Produtos Acabados (em R$): (A) 200.000,00 (B) 150.000,00 (C) 0,00 (D) 50.000,00 (E) 250.000,00 12. Num determinado mês, a escrituração contábil de uma empresa industrial registrou os seguintes dados: 1) Estoque de matérias-primas no início do mês = R$ 60.000,00 2) Compras efetuadas durante o mês = R$ 120.000,00 3) Estoque de matérias-primas no final do mês = R$ 120.000,00 4) Despesas com mão-de-obra direta = R$ 40.000,00 5) Gastos gerais de fabricação = R$ 50.000,00 6) Produção em andamento no início do mês = R$ 24.000,00 7) Produção em andamento no final do mês = R$ 34.000,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 34 O custo dos produtos elaborados foi, portanto, de (R$): (A) 60.000,00 (B) 140.000,00 (C) 150.000,00 (D) 174.000,00 (E) 180.000,00 Baseando-se nos dados abaixo, responda as questões 13 a 17 Compra de materiais diretos = 100.000 Arrendamento mercantil de máquinas industriais = 80.000 Mão-de-obra direta (MOD) = 110.000 Estoque inicial de produtos acabados = 20.000 Energia elétrica da fábrica = 30.000 Despesas pós-fabricação = 150.000 Vendas líquidas = 726.000 Estoque final de materiais diretos = 15.000 Estoque inicial de produtos em elaboração = 40.000 Mão-de-obra indireta (MOI) = 35.000 Depreciação de máquinas industriais = 55.000 Estoque final de produtos acabados = 28.000 Estoque inicial de materiais diretos = 23.000 Constituição de Provisão para Férias e Décimo-Terceiro para MOD e MOI = 17.000 Estoque final de produtos em elaboração = 62.000 Demais custos indiretos de fabricação = 19.000 13. O custo de produção do período foi de: (A)432.000 (B) 424.000 (C) 454.000 (D) 354.000 (E) 469.000 14. O custo da produção acabada do período foi de (em R$): (A) 482.000 (B) 442.000 (C) 432.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 35 (D) 479.000 (E) 494.000 15. O custo dos produtos vendidos foi equivalente a: (A) 424.000 (B) 452.000 (C) 454.000 (D) 432.000 (E) 447.000 16. O resultado bruto industrial corresponde a: (A) 310.000 (B) 272.000 (C) 290.000 (D) 302.000 (E) 424.000 17. O lucro operacional líquido da companhia, supondo-se que não houve outras receitas e despesas operacionais além das mencionadas, foi de: (A) 160.000 (B) 182.000 (C) 302.000 (D) 312.000 (E) 152.000 18. (Fiscal de Rendas MS/2006/FGV) A Cia. Industrial 501 S/A só fabrica o produto JSC, tem uma capacidade instalada que lhe permite produzir, no máximo, 2.000 unidades do produto JSC, por mês. Em janeiro de 2006, a Cia. Industrial 501 S/A incorreu nos seguintes gastos: I - matéria-prima direta: $ 7,00 por unidade de JSC fabricada; II - mão-de-obra direta: $ 3,00 por unidade de JSC fabricada; III - aluguel do parque fabril: $ 9.000,00 por mês; IV - salário dos diretores: $ 12.000,00 por mês; V - força, luz, água e esgoto: $ 16.000,00 por mês. Sabendo-se que o preço de venda de cada unidade do produto JSC é $ 40,00 e considerando, somente, essas informações, e sem considerar, portanto, a legislação tributária, determine a quantidade de produtos JSC que a Cia. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 36 Industrial 501 S/A precisa fabricar e vender por mês para ter um lucro operacional mensal de $ 20.000,00. (A) Não adianta, sempre vai apurar prejuízo. (B) 1.234 unidades (valor arredondado) (C) 1.728 unidades (valor arredondado) (D) 1.900 unidades (E) 2.000 unidades 19. (Fiscal de Rendas MS/2006/FGV) Com relação à classificação dos custos quanto ao volume (também chamada de classificação quanto à formação), analise as afirmativas a seguir: I. Quanto ao volume, os custos são classificados em direto e indireto. II. O custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido. III. O custo variável total varia proporcionalmente ao volume produzido. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 20. (ICMS-RJ/2007/FGV/Adaptada) A empresa industrial Grasse fabrica e vende 2 tipos de perfume: X e Y. A fabricação do produto X consome 2,75kg de matéria-prima por unidade e 2h de mão-de-obra direta por unidade, ao passo que a fabricação do produto Y consome 10kg de matéria-prima por unidade e 3h de mão-de-obra direta por unidade. Sabe-se que a matéria-prima e a mão-de-obra direta podem ser utilizadas indistintamente nos dois produtos. O quilo da matéria-prima custa R$ 2,00 e a taxa da mão-de- obra R$ 3,00/h. A empresa incorre em custos fixos mensais (comuns aos dois produtos) de R$ 9.400 e em despesas fixas mensais de R$ 4.000, além de despesas variáveis correspondentes a 10% da receita. Considere que, em agosto próximo passado,a empresa Grasse produziu 100 unidades do produto X e 90 unidades do produto Y. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 37 Considere, ainda, que em agosto os estoques iniciais estavam vazios e que a empresa vendeu 80 unidades de cada produto, sendo o produto X ao preço unitário de R$ 150 e o produto Y por R$ 250. O resultado que a empresa industrial Grasse apurou em agosto próximo passado, pelo custeio por Absorção (utilizando-se as horas totais de mão-de- obra direta como critério de rateio), foi: (A) R$ 20.760,00. (B) R$ 13.400,00. (C) R$ 13.538,67. (D) R$ 13.560,00. (E) R$ 12.160,00. 21. (ICMS-RJ/2008/FGV) Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos três últimos trimestres apurou o seguinte: trimestre 1 2 3 Produção (em unidades) 5.000 5.200 6.000 Custo total de fabricação (em $) 40.000,00 42.000,00 45.000,00 Sabe-se que: • a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção; • a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; • não houve variação de preços no período. Utilize o método maior-menor para classificar os custos entre fixos e variáveis e determine o custo total de fabricação do quarto trimestre para uma produção total de 6.500 unidades. (A) Maior que $48.000,00. (B) Entre $47.000,01 e $48.000,00. (C) Entre $46.000,01 e $47.000,00. (D) Entre $45.000,01 e $46.000,00. (E) Menor ou igual a $45.000,00. 22. (INÉDITA) Segundo o Princípio da Realização da Receita: (A) O Resultado deve ser reconhecido somente quando da realização financeira da receita. (B) O Lucro deve ser reconhecido somente quando da realização da despesa. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 38 (C) O Resultado deve ser reconhecido somente quando da realização da despesa. (D) O Resultado deve ser reconhecido somente quando da realização da receita. (E) O Resultado não deve ser reconhecido quando da realização da receita. 23. (INÉDITA) De acordo com o Princípio da Realização, considera-se realizada a receita quando (A) Da apuração do resultado do período da venda. (B) da transferência do bem ou serviço a terceiros. (C) há aumento da conta bancária em decorrência da venda. (D) do aumento do caixa do fornecedor. (E) do pagamento por terceiros pelo bem ou serviço. 24. (INÉDITA) O princípio que deve ser aplicado quando se quer reconhecer despesas é o princípio : (A) da Competência. (B) do Registro pelo valor original. (C) da Prudência. (D) da Materialidade. (E) da Uniformidade. 25. (INÉDITA) O princípio que desobriga de um tratamento mais rigoroso aqueles itens cujo valor monetário é pequeno com relação aos gastos totais é conhecido como Princípio: (A) do Registro pelo valor original. (B) da Competência. (C) do Conservadorismo. (D) da Uniformidade. (E) da Materialidade 26. (INÉDITA) O Registro pelo Valor Original como base de valor para avaliação dos estoques de matérias-primas de uma indústria deve ser abandonado quando há: (A) alta inflação no país, de acordo com o Princípio da Atualização Monetária. (B) custo de oportunidade, de acordo com o Princípio da Competência. (C).valor de mercado menor, de acordo com o Princípio da Prudência. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 39 (D) juros sobre o capital próprio, de acordo com o Princípio da Atualização Monetária. (E) créditos de liquidação duvidosa, de acordo com o Princípio da Objetividade. 27. (Contador Junior-Petrobras/2010/Cesgranrio) Dados extraídos da contabilidade de custos da Indústria Plastitil Ltda., com valores em reais. • Aluguel da fábrica 23.000,00 • Depreciação de máquinas 75.000,00 • Mão de obra direta 215.000,00 • Mão de obra indireta 389.000,00 • Matéria-prima 230.000,00 • Materiais de consumo 10.000,00 • Salários de supervisão 435.000,00 Com base apenas nos dados acima e considerando a classificação dos custos em diretos e indiretos, o total dos custos diretos, em reais, é (A) 445.000,00 (B) 455.000,00 (C) 468.000,00 (D) 844.000,00 (E) 890.000,00 2.7 Gabarito 1 – C 2 – A 3 – E 4 – A 5 – D 6 – D 7 – B 8 – A 9 – B 10 – D 11 – C 12 – B 13 – C 14 – C 15 – A 16 – D 17 – E 18 – D 19 – E 20 – D Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 40 21 – B 22 – D 23 – B 24 – A 25 – E 26 – C 27 – A 2.8 Resolução dos Exercícios de Fixação 1. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC) Uma Empresa, inserida em um contexto de economia inflacionária em que os preços são sempre crescentes ao longo dos períodos, tem o movimento de seus estoques conforme os dados abaixo. Datas Operação Quantidade Saldo Valor Unitário de Compra 01.xx.06 Entrada 2.000 2.000 R$ 10.00 05.xx.06 Entrada 2.500 4.500 R$ 12.00 07.xx.06 Saída (3.000) 1.500 10.xx.06 Entrada 500 2.000 R$ 13.00 12.xx.06 Entrada 1.200 3.200 R$ 15.00 20.xx.06 Saída (1.800) 1.400 23.xx.06 Entrada 1.000 2.400 R$ 20.00 25.xx.06 Saída (1.200) 1.200 26.xx.06 Entrada 700 1.900 R$ 25.00 30.xx.06 Saída (1.300) 600 Com base nessas informações, em qual dos critérios de avaliação dos estoques o Resultado Bruto Operacional será maior? (A) Média ponderada móvel. (B) Último que entra primeiro que sai. (C) Primeiro que entra primeiro que sai. (D) Média ponderada fixa. (E) Método de preço específico. Resolução Trata-se de regime inflacionário, pois o valor unitário de compra é monotonicamente crescente com o tempo. Neste caso, o Custo do Material é mais alto no UEPS do que na Média Móvel, que tem, por sua vez, um custo maior do que o PEPS. Portanto, são válidas as relações CustoUEPS > CustoMÉDIA MÓVEL > CustoPEPS Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 41 e, dado que LB = V – CPV, também vale a desigualdade LBUEPS < LBMÉDIA MÓVEL < LBPEPS Logo, o Lucro Bruto será maior no método PEPS. GABARITO: C 2. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC/Adaptada) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos produtos, utilizando-se do método direto (o símbolo “k”, de kilo, denota x1.000). Departamento de Serviços Departamentos Produtivos Total Controle de qualidade Manuten- ção Maquinário Montagem Custos de fabricação alocados diretos aos departamentos R$ 350 k R$ 200 k R$ 400 k R$ 300k R$ 1.250k Horas máquinas incorridas 50 k 50k Horas mão-de-obra direta 25 k 25k Horas de serviços: - de controle qualidade - manutenção 10 k 7 k 21 k 18 k 7 k 12 k 35 k 40 k Produtos Unidades Produzidas Consumo horas máquinas Consumo horas MOD A 5.000 6.0 3.0 B 4.000 5.0 2.5 Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em $, dos produtos A e B são, respectivamente: (A) 150,00 e 125,00 (B) 145,00 e 135,00 (C) 149,00 e 126,25 (D) 125,00 e 156,25 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 42 (E) 120,00 e 162,50 Resolução Primeiramente, deve-seter em mente que os custos totais do Departamento de Serviços referentes ao Controle de Qualidade e à Manutenção (funcionalidades que dão suporte à Produção) precisam ser alocados para Máquinário e Montagem (Departamentos corresponsáveis pela fabricação dos produtos A e B e por isso mesmo denominados Produtivos pelo examinador em seu enunciado), haja vista que os custos do Departamento de Serviços aplicados em atividades da Produção são Custos Indiretos de Fabricação (CIF) do ponto de vista dos Departamentos Produtivos. Os CIF estarão embutidos no preço de venda dos produtos A e B, assim como os custos diretamente atribuíveis para Maquinário e Montagem. Note que os custos unitários dos produtos A e B serão determinados assim que calcularmos os custos por hora máquina associado ao Departamento Maquinário e os custos por homem hora relacionado ao Departamento de Montagem, conforme a Tabela que apresenta o “Consumo de horas máquinas” e “Consumo hora MOD” para os produtos A e B. O rateio pode ser feito de duas maneiras: 1. rateando-se os custos diretos do Controle de Qualidade (R$ 350.000,00) entre a Manutenção, Máquinário e Montagem e depois procedendo-se a um novo rateio dos custos totais da Manutenção entre os Departamentos Produtivos ou 2. rateando-se os custos diretos da Manutenção (R$ 200.000,00) entre o Controle de Qualidade, Máquinário e Montagem e depois procedendo-se a um novo rateio dos custos totais do Controle de Qualidade entre os Departamentos Produtivos. Daremos, a seguir, as duas soluções. Solução 1 Passo 1: alocação dos custos diretos do Controle de Qualidade (R$ 350.000,00) entre a Manutenção, Maquinário e Montagem utilizando as horas de serviços de controle de qualidade como critério de rateio: 1.1) Manutenção = 350.000 x 7.000/35.000 = R$ 70.000,00 Manutenção (Saldo) = R$ 200.000,00 + R$ 70.000,00 = R$ 270.000,00. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 43 1.2) Maquinário = 350.000 x 21.000/35.000 = R$ 210.000,00 Maquinário (Saldo) = R$ 400.000,00 + R$ 210.000,00 = R$ 610.000,00. 1.3) Montagem = 350.000 x 7.000/35.000 = R$ 70.000,00 Montagem (Saldo) = R$ 300.000,00 + R$ 70.000,00 = R$ 370.000,00. Passo 2: distribuição dos custos totais da Manutenção entre Maquinário e Montagem utilizando as horas de serviços de manutenção como critério de rateio (deve-se utilizar o total de 30.000 horas de manutenção alocadas aos Departamentos Produtivos e não as 40.000 horas tabeladas, pois, desse total, 10.000 horas de manutenção foram alocadas para o Controle de Qualidade, conforme mostra a Tabela do enunciado): 2.1) Maquinário = 270.000 x 18.000/30.000 = R$ 162.000,00 Maquinário (Saldo) = R$ 610.000,00 + R$ 162.000,00 = R$ 772.000,00. 2.2) Montagem = 270.000 x 12.000/30.000 = R$ 108.000,00 Montagem (Saldo) = R$ 370.000,00 + R$ 108.000,00 = R$ 478.000,00. Custo por hora máquina (hmaq) = R$ 772.000/50.000 hmaq = R$ 15,44/hmaq => custo unitário relativo ao maquinário. Custo por Homem Hora (HH) = R$ 478.000/25.000 HH = R$ 19,12/HH => custo unitário relativo à montagem, que envolve a mão-de-obra direta, ou seja, os operários da fábrica. Passo 3: cálculo dos custos unitários de fabricação de A e B. Deve-se utilizar a seguinte fórmula geral: Custo Unitário do Produto = (hmaq x custo/hmaq) + (HH x custo/HH) Logo, Custo Unitário de “A” = 6 hmaq x R$ 15,44/hmaq + 3 HH x R$ 19,12/HH = R$ 150,00 e Custo Unitário de “B” = 5 hmaq x R$ 15,44/hmaq + 2,5 HH x R$ 19,12/HH = R$ 125,00. Solução 2 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 44 Passo 1: alocação dos custos diretos da Manutenção (R$ 200.000,00) entre o Controle de Qualidade, Maquinário e Montagem utilizando as horas de serviços de manutenção como critério de rateio: 1.1) Controle de Qualidade = 200.000 x 10.000/40.000 = R$ 50.000,00 Controle de Qualidade (Saldo) = R$ 350.000,00 + R$ 50.000,00 = R$ 400.000,00. 1.2) Maquinário = 200.000 x 18.000/40.000 = R$ 90.000,00 Maquinário (Saldo) = R$ 400.000,00 + R$ 90.000,00 = R$ 490.000,00. 1.3) Montagem = 200.000 x 12.000/40.000 = R$ 60.000,00 Montagem (Saldo) = R$ 300.000,00 + R$ 60.000,00 = R$ 360.000,00. Passo 2: distribuição dos custos totais do Controle de Qualidade entre Maquinário e Montagem utilizando as horas de serviços de controle de qualidade como critério de rateio (deve-se utilizar o total de 28.000 horas de controle de qualidade alocadas aos Departamentos Produtivos e não as 35.000 horas tabeladas, pois, desse total, 7.000 horas de manutenção foram alocadas para a Manutenção, conforme mostra a Tabela do enunciado): 2.1) Maquinário = 400.000 x 21.000/28.000 = R$ 300.000,00 Maquinário (Saldo) = R$ 490.000,00 + R$ 300.000,00 = R$ 790.000,00. 2.2) Montagem = 400.000 x 7.000/28.000 = R$ 100.000,00 Montagem (Saldo) = R$ 360.000,00 + R$ 100.000,00 = R$ 460.000,00. Custo por hora máquina (hmaq) = R$ 790.000/50.000 hmaq = R$ 15,80/hmaq => custo unitário relativo ao maquinário. Custo por Homem Hora (HH) = R$ 460.000/25.000 HH = R$ 18,40/HH => custo unitário relativo à montagem, que envolve a mão-de-obra direta, ou seja, os operários da fábrica. Passo 3: cálculo dos custos unitários de fabricação de A e B. Deve-se utilizar a seguinte fórmula geral: Custo Unitário do Produto = (hmaq x custo/hmaq) + (HH x custo/HH) Logo, Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 45 Custo Unitário de “A” = 6 hmaq x R$ 15,80/hmaq + 3 HH x R$ 18,40/HH = R$ 150,00 e Custo Unitário de “B” = 5 hmaq x R$ 15,80/hmaq + 2,5 HH x R$ 18,40/HH = R$ 125,00. Note que a solução 2 nos dá os mesmos Custos Unitários de fabricação, como já era esperado. GABARITO: A 3. (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC) A diferença entre o preço de venda e o custo variável constitui (A) a Análise custo-volume-lucro. (B) a Receita operacional bruta. (C) a Receita líquida. (D) o Ponto de equilíbrio. (E) a Margem de contribuição. Resolução Margem de Contribuição ou Lucro Bruto: corresponde à diferença entre o preço de venda e as despesas variáveis. É o valor que sobra para fazer frente aos custos e despesas fixos. GABARITO: E (Agente Fiscal de Rendas SP/2006/FCC) Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 4 e 5. A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matéria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, para o ano fiscal de 2006, estabelece como meta os seguintes saldos: Itens Saldo Inicial em unidades Saldo Final em unidades Matéria-prima 30.000 40.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 46 4. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no período, o número de unidades de matéria-prima que deverá adquirir será: (A) 810.000 (B) 990.000 (C) 1.000.000 (D) 1.010.000 (E) 1.020.000 Resolução A empresa utiliza duas unidades de matéria-prima para cada unidade acabada. Matéria-Prima para produzir 400.000 unidades = 2 x 400.000 = 800.000 unidades Estoque Inicial de Matéria-Prima 30.000 (+) Compras de Matéria-Prima C (-) Estoque Final de Matéria-Prima (40.000) Gastos com Matéria-Prima 800.000 => 800.000 = 30.000 + C – 40.000 => => C = 810.000 GABARITO: A 5. Para que a empresa venda 480.000 unidades
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