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Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 1 3 Noções de Contabilidade de Custos – Princípios para Avaliação de Estoques – Parte II . . ...................................................................................................................................... 2 3.1 Custos Indiretos de Fabricação . ............................................................................... 2 3.2 Taxa de Aplicação dos CIF .......................................................................................... 2 3.3 Custo por Ordem e Custo por Processo . ............................................................... 5 3.4 Perdas de Materiais ........................................................................................................ 9 3.5 Subprodutos e Sucatas . ............................................................................................... 9 3.6 Produção Conjunta e Coprodutos ........................................................................... 10 3.7 Tributação ........................................................................................................................ 12 3.8 Memorize para a prova ............................................................................................... 24 3.9 Exercícios de Fixação .................................................................................................. 26 3.10 Gabarito ......................................................................................................................... 38 3.11 Resolução dos Exercícios de Fixação .................................................................. 39 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 2 3 Noções de Contabilidade de Custos – Princípios para Avaliação de Estoques – Parte II 3.1 Custos Indiretos de Fabricação Aprendemos nas aulas anteriores que os gastos na produção não são considerados despesas e sim custos. Todos os gastos incorridos na produção que não possam ser enquadrados como gastos com Material Direto (MD) ou Mão de Obra Direta (MOD) são denominados Custos Gerais de Fabricação (CGF) ou Custos Gerais de Produção (CGP). Há determinados tipos de CGF que são Diretos (porque são diretamente atribuíveis a um produto ou linha de produção), como, por exemplo, a energia elétrica, pois a empresa pode verificar, por meio dos medidores de consumo de energia instalados na planta industrial, o quanto foi consumido por cada produto em um determinado período. Por outro lado, há outros CGF que não são diretos, mas sim Indiretos, e que, portanto, necessitam de critérios de rateio para suas alocações a cada um dos produtos. Exemplos: material indireto, seguro da fábrica, aluguel da fábrica, depreciação de uma máquina que fabrica mais de um produto, etc. Nem sempre o rateio dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) é feito diretamente aos produtos. Os exemplos da aula passada permitiram que fizéssemos um quadro comparativo dos CIF com e sem Departamentalização. A Tabela com o quadro comparativo sugeriu que a Departamentalização propicia uma determinação mais precisa dos custos, uma vez que o critério de rateio dos CIF fica menos arbitrário. Neste contexto, a questão 2 dos exercícios de fixação nos ensinou que os CIF são primeiramente alocados aos Departamentos e somente depois atribuídos aos produtos. 3.2 Taxa de Aplicação dos CIF Até aqui discutimos como apropriar (alocar) os CIF aos produtos, mas sempre considerando conhecidos os custos e a produção realizada no período. Mas isso só será possível após o encerramento do período. Entretanto, é comum, na prática, o caso em que a empresa apura o custo de cada produto à medida que vai sendo fabricado. Observe-se que alguns CIF não ocorrem de maneira homogênea durante o ano. Por exemplo, é normal as empresas efetuarem procedimentos de manutenção preventiva em certas épocas do ano, como no recesso de fim de ano ou no carnaval. Também há épocas em que são concedidas férias coletivas, e nesses casos há a necessidade de distribuir esses custos à produção toda do ano. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 3 A predeterminação dos CIF consiste na estimativa ou previsão de qual será o valor dos custos indiretos num determinado período de produção e na utilização deste gasto estimado a priori na apuração do custo da produção, em vez do gasto real. A previsão dos CIF do período obedece os seguintes passos: 1) estimativa do volume de produção do período; 2) estimativa dos CIF variáveis, a partir da projeção do volume de produção; 3) estimativa dos CIF fixos; 4) cálculo de uma Taxa de Aplicação ou Taxa Predeterminada dos CIF para aplicação à produção. Exemplo. O Gerente de Produção das Indústrias ABL S/A propôs as seguintes projeções para o exercício de 2011: • Horas-Máquina (HMaq) anual: 250 mil; • Homem-Hora: R$ 25,00; • CIF: R$ 4.000 mil As Indústrias ABL aplicam os CIF com base nas Horas-Máquina. Sendo assim, a Taxa de Aplicação dos CIF em 2011 será de R$ 4.000.000/250.000 = R$ 16,00/HMaq. Já caiu em prova! (Agente Fiscal de Rendas – SP/2006/FCC/Adaptada) Instruções: Considere as informações abaixo para responder às próximas duas questões. No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção da Cia. Albion foram extraídas as seguintes informações: I. Valor dos inventários de início e final do mês (valores em R$): Itens Saldo Inicial Saldo Final Unidades acabadas 125.000 117.000 Unidades em processo 235.000 251.000 Matéria-prima 134.000 124.000 II. Movimentos ocorridos no período (valores em R$): Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 4 Itens Saldo Inicial Compra de matéria-prima 191.000 Mão de obra direta utilizada 300.000 Custos indiretos de fabricação ocorridos 175.000 III. Informações adicionais: A empresa aplica custos indiretos de fabricação a uma taxa de 60% da mão de obra direta. Os excessos ou sub-aplicação dos CIF serão apropriados no final do exercício. Custos primários no mês: (A) 501.000 (B) 499.000 (C) 489.000 (D) 201.000 (E) 199.000 Resolução Matéria-Prima – Saldo Inicial 134.000 (+) Compras de Matéria-Prima 191.000 (-) Matéria-Prima – Saldo Final (124.000) Material Direto 201.000 (+) Mão de obra Direta 300.000 Custo Primário 501.000 GABARITO: A Total de custos de produção no mês de janeiro: (A) 743.000 (B) 681.000 (C) 673.000 (D) 665.000 (E) 501.000 Resolução Custo Primário 501.000 (+) Custos Indiretos de Fabricação 180.000 (= 60% x300.000) Custo de Produção 681.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 5 Observe que utilizamos uma estimativa dos CIF com base na aplicação de uma taxa de 60% sobre a MOD. Os excessos ou sub-aplicação dos CIF serão apropriados ao final do exercício, conforme especificado pelo enunciado. GABARITO: B 3.3 Custo por Ordem e Custo por Processo A distinção entre o custeamento por ordem e o por processo está relacionada com o tipo de atividade produtiva exercida pela empresa: Produção por Ordem ou Produção Contínua. Os CIF podem ser rateados, em ambos os sistemas de produção mencionados acima, com ou sem a Departamentalização, embora sempre sejatecnicamente mais correta a primeira opção. Os dois sistemas de produção podem usar taxas predeterminadas de aplicação dos CIF. Produção por Ordem A produção por ordem ocorre quando a empresa programa a sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas de cada cliente. É o caso, por exemplo, da indústria naval, em que cada pedido é único. Nesse tipo de produção, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem de produção. Esta conta só pára de receber custos quando a ordem estiver finalizada. Se um exercício terminar e o produto estiver ainda sendo fabricado, o saldo da conta será totalmente classificado como Produtos em Elaboração. Uma vez pronto, o saldo da conta relativa à ordem de produção será transferido para Produtos Acabados ou Custo do Produto Vendido (CPV) , conforme já tenha sido realizada ou não a venda. Produção Contínua Ocorre quando a empresa faz a produção em série (ou em massa) de um produto ou linha de produtos. A empresa produz para estoque e não para atender encomendas específicas de clientes. Exemplos: indústrias têxtil, de aço e de produtos farmacêuticos. No Custeamento por Processo, que é aplicado a empresas de produção contínua, os custos são acumulados em conta representativas dos produtos ou linha de produtos. Como a produção é contínua, as contas de custos nunca são encerradas, havendo, portanto, um fluxo contínuo de Produtos em Elaboração, Produtos Acabados e Produtos Vendidos. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 6 Exemplo. A Cia. ABL, fabricante do remédio “Vinagra”, apresentou os seguintes dados de produção ao final do mês de junho (*): • EIPA = EIPE = 0; • CPP (R$ 400 mil): - MD = R$ 40 mil; - MOD = R$ 160 mil; - CIF rateado = R$ 200 mil; • Da produção do mês, 75% foi acabada: R$ 300 mil; • Foram vendidos 90% dos Produtos Acabados: R$ 270 mil. (*) Abreviaturas usadas: • EIPA Estoque Inicial de Produtos Acabados • EIPE Estoque Inicial de Produtos em Elaboração • CPP Custo da Produção do Período • MD Materiais Diretos • MOD Mão-de-Obra Direta Seguem-se os razonetes. Produtos em Elaboração – Vinagra EI = 0 CPP = R$ 400.000,00 CPA = R$ 300.000,00 R$ 100.000,00 Produtos Acabados – Vinagra EI = 0 CPA = R$ 300.000,00 CPV = R$ 270.000,00 R$ 30.000,00 CPV R$ 270.000,00 Custeio por Processo e Produção Equivalente O conceito de Produção Equivalente ou Equivalente de Produção é utilizado quando a produção é contínua e, ao final do período a indústria apresenta estoques de produtos acabados e produtos em elaboração. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 7 No exemplo anterior, suponha que a Cia. ABL tenha iniciado a produção de 1.000 unidades de “Vinagra” num determinado mês, e que, ao final deste, 700 unidades estão acabadas e 300 estão 50% produzidas. Neste caso, como determinamos o custo das 700 unidades acabadas? Por qual valor creditamos Produtos em Elaboração com o correspondente débito em Produtos Acabados ? A solução consiste em determinar o nível equivalente de produção dos produtos em elaboração para a partir daí estimar o custo médio dos produtos acabados. Portanto, se 300 unidades estão acabadas pela metade, elas são equivalentes a 150 unidades acabadas. Então, no mês em consideração, foram produzidas 700 unidades acabadas e 300 semiacabadas, que equivalem a 150 acabadas, totalizando 850 unidades acabadas. Neste caso, o Custo Médio (CM) seria dado por (1) CM = CPP/EP em que EP é o Equivalente de Produção do período e CPP denota o Custo da Produção do Período. Exemplo. Suponha que a empresa J4M2 possua custos indiretos e diretos no período no total de R$ 100.000,00. Além disso, no período foram iniciadas e finalizadas 40.000 unidades e outras 20.000 foram iniciadas, mas estão no meio do processo de fabricação (50%). (I) Determinação do Equivalente de Produção: Produtos Acabados: 40.000 Produtos em Elaboração: $20.000 x 50% processados Equivalente de Produção do Período: 50.000 unidades (II) Cálculo do custo médio por unidade acabada: CM = 100.000/50.000 unid. = R$ 2,00/unid (III) Atribuição dos custos: Produtos Acabados = 40.000 x R$ 2,00 = R$ 80.000,00 Produtos em Elaboração = 20.000 x R$ 2,00 x 50% = R$ 20.000 Total do Custo = 100.000 O Equivalente de Produção é um artifício para se poder calcular o custo médio por unidade quando existem Produtos em Elaboração nos finais de cada período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 8 acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, em vez de ter sido usado para começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras. Produção Equivalente com Diferentes Graus de Acabamento em Relação aos Componentes de Custo Seja, por exemplo, o caso de um Laboratório Farmacêutico que, em um determinado período do ano, tenha iniciado a produção de um lote de 1.000 unidades de um dado remédio. Suponha que 600 unidades do lote foram acabadas ao final do período e que as unidades restantes não acabadas (400 unidades) já receberam totalmente a aplicação de MD, estejam 30% terminadas em relação a MOD e 50% acabadas em relação aos CIF. Nesse caso, o Equivalente de Produção será diferente para cada item do CPP (*), conforme discriminado abaixo: a) MD: As unidades prontas e as em processo já receberam totalmente a aplicação dos MD. Portanto, todas as 1.000 unidades iniciadas são consideradas 100% acabadas em relação a MD e EPMD = 1.000. b) MOD: EPMOD = 600 unid. acabadas + 400 unid. 30% acabadas = 600 + (400 x 30%) = 720. c) CIF: EPCIF = 600 unid. acabadas + 400 unid. 50% acabadas = 600 + (400 x 50%) = 800. Vamos supor que os custos em R$ no período estejam distribuídos da seguinte forma: os custos de MD foram R$ 90.000,00, os custos de MOD foram R$ 40.000,00 e os CIF foram R$ 70.000,00. Então o custo médio por item do CPP será determinado dividindo-se o custo de cada item pelo seu respectivo EP e o custo médio total será a somatória dos custos médios dos itens (vide Tabela abaixo). ITEM DO CUSTO CUSTO MÉDIO DO ITEM MD R$ 90.000,00/1.000 = R$ 90,00 MOD R$ 40.000,00/720 = R$ 55,55 CIF R$ 70.000,00/800 = R$ 87,50 Custo Médio Total R$ 233,05 (*) CPP = MD + MOD + CIF Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 9 Materiais Diretos 3.4 Perdas de Materiais Durante o processo de produção ocorrem Perdas Normais e, ainda que eventualmente, também podem ocorrer Perdas Anormais. A Perda Normal (ou Produtiva) decorre do processo normal de produção, sendo contabilizada como custo. Representa um gasto normal e conhecido, inerente à fabricação, mas que, de fato, não se agrega ao produto, muito embora seja computado como parte do custo. Considere, por exemplo, as sobras dos cortes de tecidos utilizados numa indústria de roupas. Todo o valor do tecido usado na produção, inclusive o das sobras, é computado como custo de matéria-prima. Numa planta industrial, essas perdas também são causadas por tratamento térmico, reações químicas, evaporação, etc. A Perda Anormal (ou Improdutiva) ocorre de forma involuntária e aleatória. Matérias-primas roubadas, danificações extraordinárias em estoques de materiais diretos (MD) por incêndio oualagamento, perda de MD por falha anormal de máquina são exemplos de perdas anormais. Esse tipo de perda representa uma redução do patrimônio por fatores alheios à vontade da empresa. Não podemos confundir a perda anormal com despesa, que é um sacrifício patrimonial intencional. As perdas anormais não integram o custo da produção e são tratadas como Perdas do Período, sendo apropriadas diretamente ao Resultado, sem se incorporarem aos produtos. 3.5 Subprodutos e Sucatas Normalmente, alguns materiais não aproveitados pela produção (aparas, limalhas, serragem etc.) são vendidos pela empresa. Os subprodutos correspondem aos itens que nascem de forma normal durante a produção e que possuem um mercado de venda relativamente estável. Não obstante, representam uma porção não significativa (ínfima) do faturamento total da empresa. É por isso que não atribuímos custos de produção aos subprodutos. Por exemplo, não faz sentido custearmos limalhas, aparas, serragem etc. Usualmente, considera-se a receita originada da venda dos subprodutos como redução do custo de produção da empresa. Portanto, o valor da venda dos subprodutos não é registrado como receita. Os subprodutos são avaliados, contabilmente, pelo valor líquido de realização. Os itens que se originam de desperdícios no processo produtivo (subprodutos) passam a ser tratados como sucatas na ocorrência de pelo menos um dos fatores: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 10 • não ocorrência da mencionada estabilidade para a sua comercialização; • existência apenas eventual de compradores; • flutuação ou até mesmo inexistência do preço de venda. Sucatas são itens cuja venda é esporádica, por valor não previsível na data em que surgem na produção. Não recebem custos e também não têm sua receita considerada como diminuição dos custos da produção. Não aparecem como estoques na Contabilidade. Quando ocorrer sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. 3.6 Produção Conjunta e Coprodutos Em várias empresas de Produção Contínua aparece o fenômeno da Produção Conjunta, que é o aparecimento de diversos produtos a partir, normalmente, da mesma matéria-prima. Por exemplo, nas refinarias, o petróleo é submetido a uma destilação fracionada, sendo o resultado desse processo separado em grupos (benzina, nafta, gasolina, querosene, óleo lubrificante, óleo combustível e resíduos (*), dentre outros). Os produtos conjuntos originários da destilação fracionada do petróleo são normalmente classificados como coprodutos ou subprodutos, conforme a importância que suas vendas tenham para a empresa industrial (veremos a distinção mais a frente). (*) Coque, asfalto, alcatrão, breu, ceras, além de ser material inicial para fabricação de outros produtos. Outro exemplo é o Frigorífico, cuja atividade consiste em abater o boi comprado dos pecuaristas, cortá-lo seguindo as diferentes espécies de corte (filé mignon, alcatra, picanha, contra-filé, coxão mole, etc.) e armazenar as peças resultantes em câmaras frigoríficas até sua venda para o comércio. Os diferentes tipos de carne que são obtidos nos frigoríficos são exemplos de Coprodutos. Os Coprodutos são os produtos principais de uma empresa industrial. São eles que respondem pelo faturamento da empresa. Por outro lado, no frigorífico, os subprodutos seriam os ossos, os chifres e o casco do boi, pois estes produtos respondem por uma parcela ínfima do volume total de vendas. Observe que só são atribuídos custos aos Coprodutos. Note que, no caso em que há Produção Conjunta, há uma série de custos que não são facilmente atribuíveis aos produtos resultantes. No item anterior, abordamos os conceitos de Sucata e Subproduto e seus respectivos tratamentos contábeis. Podemos estender o conceito de Sucatas (ou resíduos ou sobras), definindo-as como aqueles produtos que emergem da produção conjunta ou não que, em estado normal ou com defeitos ou estragos, não têm mercado garantido de comercialização e sua venda, portanto, é bastante incerta, não se podendo estabelecer, a priori, se ela ocorrerá ou não. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 11 Apropriação dos Custos Conjuntos aos Coprodutos Comprado o boi por um preço, por exemplo de R$ 40,00 por arroba (15 kg), como podemos atribuir esse custo a cada tipo de coproduto? Quanto é o custo por quilo de filé mignon, de alcatra, de picanha, etc.? Adquirido o petróleo, como ratear o seu custo mais o do processamento para cada coproduto? Esse é um problema mais difícil de ser resolvido do que o da apropriação dos CIF aos diversos produtos elaborados. Quaisquer que sejam os critérios de alocação, pode-se sempre dizer que são muito mais arbitrários do que aqueles vistos para o rateio dos CIF. E neste rateio dos Custos Conjuntos entram até os custos diretos (matéria-prima e mão-de-obra direta, principalmente). Os principais critérios de apropriação dos custos conjuntos são os seguintes: • Método do valor de mercado; • Método dos volumes produzidos; • Método da igualdade do lucro bruto e • Método das ponderações. Veremos a seguir um exemplo sobre o método do valor de mercado, que é o método mais utilizado na prática. Exemplo. A empresa J4M2 S.A. triturou 1.000 toneladas de trigo em dezembro de 2010. Foram produzidas 400 toneladas de farinha A, 300 toneladas de farinha B e 200 toneladas de farinha C. O preço pago aos produtores foi de R$ 1,00 por kg. Houve uma perda de 10% de matéria-prima no processo produtivo. Determine o custo total que deve ser atribuído a cada um dos produtos pelo método do valor de mercado. Informações adicionais: • os custos conjuntos do mês foram de R$ 300.000,00, além da matéria prima; • o preço de venda de cada produto por kg, em reais, é o seguinte: - farinha A 1,00 - farinha B 1,20 - farinha C 1,40 Nota: 1 tonelada = 1.000 kg = 103 kg. Matéria-prima (*) R$1,00 x 1.000x103 = R$ 1.000x103 Custos Conjuntos R$ 300x103 Custos Conjuntos Totais R$ 1.300x103 (*) como a perda de matéria-prima é normal (decorre do processo de produção), deve ser contabilizada como custo da produção conjunta. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 12 Valor de Venda (R$) Quantidade Produzida Valor de Venda Total (R$) Farinha A 1,00/kg 400x103 400x103 Farinha B 1,20/kg 300x103 360x103 Farinha C 1,40/kg 200x103 280x103 Total 900x103 1.040x103 O rateio dos R$ 1.300.000,00 de custos conjuntos deve ser efetuado proporcionalmente à participação de cada co-produto na receita: A (400x103/1.040x103)x1.300x103= 500.000 B (360x103/1.040x103)x1.300x103= 450.000 C (280x103/1.040x103)x1.300x103= 350.000 1.300x103 _______________________________________________________________ 3.7 Tributação Cumulatividade e Não Cumulatividade de Tributos Um tributo é não cumulativo quando há a compensação do que for devido em cada operação de venda com o montante cobrado na operação de compra, ou seja, deduz-se , do valor do tributo que incide na venda dos produtos ou mercadorias, o valor do tributo que incidiu na operação de compra dos insumos ou produtos ou mercadorias. Exemplo: PIS/COFINS não cumulativos Rec. de Vendas = R$ 100,00 Rec. de Vendas = R$ 200,00 Rec. de Vendas = R$ 300.00 PIS/COFINS = 9,25% x 100 PIS/COFINS = 9,25% x (200-100) PIS/COFINS = 9,25% x (300-200) PIS/COFINS = R$ 9,25 PIS/COFINS = R$ 9,25 PIS/ COFINS = R$ 9,25 Total PIS/COFINS sobre a cadeiaprodutiva = R$ 27,75 Por outro lado, um tributo cumulativo incide de maneira repetitiva sobre toda a cadeia produtiva, ou seja, o valor do tributo que incidiu sobre a operação de compra de insumos ou mercadorias ou produtos não é deduzido do valor do tributo que incide na venda das mercadorias ou produtos. Exemplo: PIS/CONFINS cumulativos Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 13 Rec. de Vendas = R$ 100,00 Rec. de Vendas = R$ 200,00 Rec. de Vendas = R$ 300.00 PIS/COFINS = 3,65% x 100 PIS/COFINS = 3,65% x 200 PIS/COFINS = 3,65% x 300 PIS/COFINS = R$ 3,65 PIS/COFINS = R$ 7,30 PIS/ COFINS = R$ 10,95 Total PIS/COFINS sobre a cadeia produtiva = R$ 21,90 TRIBUTOS ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação) O ICMS é: - um imposto de competência estadual; - não cumulativo, ou seja, é compensado em cada operação com o montante cobrado em operações anteriores; - cobrado “por dentro”, ou seja, já está embutido no valor da operação. Preço do Produto sem Imposto + (Alíquota x Base de Cálculo) = Base de Cálculo Base de Cálculo = Preço do Produto sem Imposto/(1 – Alíquota) Preço Final do Produto = Base de Cálculo Exemplo. O preço de uma mercadoria sem o ICMS é R$ 75,00 e a alíquota do imposto é 25%. Então a Base de Cálculo do ICMS é Base de Cálculo = 75/(1 – 0,25) = 75/0,75 = 100 ⇒ preço final da mercadoria para o consumidor é igual a R$ 100,00 (valor total da nota fiscal). _______________________________________________________________ Observações: - Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor está transportando as mercadorias. Logo, incide ICMS sobre o valor do frete e do seguro; - Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa Transportadora), sobre esses valores não incidirá o ICMS; Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 14 - Regra geral, quando nada for dito sobre o frete e o seguro, considera-se que foi realizado por uma empresa transportadora; - O valor do ICMS pago ao fornecedor por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa (ICMS a Recuperar); - O valor do ICMS que a empresa recebe de um cliente por ocasião da venda de mercadorias representa uma obrigação (ICMS a Recolher). IMPORTANTE: Se a conta “ICMS a Recuperar” (Ativo Circulante) for maior que a conta “ICMS a Recolher” (Passivo Circulante), a diferença de saldo entre as duas contas, no final do período de apuração, será classificada como “ICMS a Recuperar”. Caso contrário (ICMS a Recuperar < ICMS a Recolher), a diferença entre as duas contas será classificada como “ICMS a Recolher” (Passivo Circulante). IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) O IPI: - É um imposto de competência federal; - Como incide sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas industriais e por empresas equiparadas a industriais; - É não cumulativo, ou seja, é compensado em cada operação com o montante cobrado em operações anteriores; - É cobrado “por fora”; logo, não integra a Receita Bruta de Vendas; e Preço do Produto sem Imposto = Base de Cálculo Imposto = Alíquota Ad Valorem x Preço do Produto s/ Imposto Ou Imposto = Alíquota Específica x Unidade Exemplo. O preço de um produto industrializado é R$ 100,00 e a alíquota do IPI é 10%. A Base de Cálculo do IPI é o preço do produto e o IPI a ser pago é IPI = 10% x 100 = 10 ⇒ a nota fiscal deve discriminar o preço do produto (R$ 100,00) e o IPI “por fora” (R$ 10,00). _______________________________________________________________ Observações: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 15 - Caso o frete e seguro estejam inseridos na nota fiscal, o próprio fornecedor está transportando as mercadorias, logo, incide ICMS e IPI sobre o valor do frete e do seguro; - Caso o frete e o seguro sejam cobrados por outra empresa (Ex: Empresa Transportadora), sobre esses valores não incidirão ICMS e IPI; - Regra geral, quando nada for dito sobre o frete e o seguro, considera-se que foi realizado por uma empresa transportadora; - Caso o adquirente dos produtos sobre os quais incidiu o imposto seja contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada a industrial) e os produtos adquiridos são utilizados em seu processo de industrialização, o IPI incidente na operação de compra poderá ser RECUPERADO quando da vendas dos bens industrializados pelo industrial (imposto não- cumulativo); e - Contudo, se o adquirente não for contribuinte do IPI ou, sendo contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu processo de fabricação, o IPI incidente na operação de compra NÃO SERÁ RECUPERADO e integrará o custo de aquisição do produto. PIS sobre o Faturamento - PIS: Programa de Integração Social; - Contribuição de competência federal; - PIS sobre o Faturamento: conta redutora da Receita Bruta de Vendas; - Tributo por dentro; - O faturamento do mês é a base de cálculo do PIS, mas está sujeito a constantes alterações pela legislação tributária; - Alíquotas: PIS (não-cumulativo(*)) = 1,65%; PIS (cumulativo(**)) = 0,65%. (*) Lucro Real ou Importações de Bens e Serviços. (**) Lucro Presumido. COFINS (Contribuição social para o financiamento da seguridade social) - Contribuição de competência federal; Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 16 - COFINS sobre o Faturamento: conta redutora da Receita Bruta de Vendas; - Tributo por dentro; - O faturamento do mês é a base de cálculo da COFINS, mas está sujeito a constantes alterações pela legislação tributária e - Alíquotas: COFINS (não-cumulativo(*)) = 7,6%; COFINS (cumulativo(**)) = 3%. (*) Lucro Real ou Importações de Bens e Serviços. (**) Lucro Presumido. Tributos incidentes sobre as operações de compras de Materiais Diretos - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS); - Imposto de Importação (II); - Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS); - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). De acordo com a Constituição Federal de 1988, são não-cumulativos o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre a Circulação e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS). Conforme estabelecem o art. 153, § 3o, II (IPI) e 155, § 2o, I (ICMS) da CF/88, os valores devidos em cada operação serão compensados com o montante cobrado nas operações anteriores. Há que se ressaltar também a possibilidade da não cumulatividade das seguintes contribuições, que, até a publicação das leis descritas abaixo, eram somente cumulativas: - Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) – Lei no 10.637/02; e - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Lei no 10.833/03. Ou seja, também é possível compensar os valores pagos destes tributos nas operações de aquisição de mercadorias. Tributos não cumulativos sobre compras serão consideradoscomo “Tributos a Recuperar” (direito da empresa – Ativo), caso a empresa seja contribuinte de tais tributos ou esteja previsto o seu crédito em lei. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 17 Exemplo: A empresa J4M2 Ltda. adquiriu mercadorias a prazo por R$ 100.000,00, com incidência de ICMS (17%), PIS (1,65%) e COFINS (7,6%) não cumulativos. Efetue o registro contábil referente à transação. ICMS s/ Compras = 17% x 100.000 = 17.000 PIS s/ Compras = 1,65% x 100.000 = 1.650 COFINS s/ Compras = 7,6% x 100.000 = 7.600 Valor de Compra 100.000 (-) ICMS s/ Compras (17.000) (-) PIS s/ Compras (1.650) (-) COFINS s/ Compras (7.600) Compras Líquidas 73.750 Lançamento: Diversos a Fornecedores Mercadorias 73.750 ICMS a Recuperar 17.000 PIS a Recuperar 1.650 COFINS a Recuperar 7.600 100.000 Nota: Muitas empresas utilizam uma única conta em substituição às contas “A RECUPERAR” e “A RECOLHER”, que é chamada de “Conta Corrente”: C/C ICMS; C/C PIS e C/C COFINS. A Conta Corrente é DEBITADA pelo valor do tributo incidente nas operações de compras de mercadorias (a recuperar) e é CREDITADA pelo valor incidente nas vendas de mercadorias (a recolher). Ao final do período de apuração, esta conta poderá ter saldo DEVEDOR (tributo a recuperar) ou CREDOR (tributo a recolher). Saldo Devedor da C/C = Direito = Tributo a Recuperar = Ativo Saldo Credor da C/C = Obrigação = Tributo a Recolher = Passivo O IPI é um imposto que tem como fato gerador a saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, ou, no caso de importação, o desembaraço aduaneiro do produto importado. O valor do IPI não está incluído no preço dos produtos (imposto por fora). Caso o adquirente dos produtos sobre os quais incidiu o imposto seja contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada a industrial) e os produtos adquiridos são utilizados em seu processo de industrialização, o IPI incidente na operação de compra poderá ser recuperado quando da vendas dos bens industrializados pelo industrial (imposto não cumulativo). Contudo, se o adquirente não for contribuinte do IPI ou, sendo contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu processo de fabricação, o IPI Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 18 incidente na operação de compra não será recuperado e integrará o custo de aquisição do produto. Exemplo: A empresa industrial Kaprisma Ltda. adquiriu matéria-prima, a prazo, pelo valor de R$ 100.000,00 com alíquota do IPI de 10%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 17%, do PIS é de 1,65% e da COFINS é de 7,6%, qual será a contabilização desta compra? Como a empresa é industrial e adquiriu matérias-primas para o processo de industrialização, o IPI é recuperável. Além disso, o ICMS, o PIS não cumulativo e a COFINS não cumulativa também seriam recuperáveis. Nota: Como o IPI é recuperável, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS, do PIS e da COFINS. IPI s/ Compras = 10% x 100.000 = 10.000 ICMS s/ Compras = 17% x 100.000 = 17.000 => IPI não incide na base de cálculo do ICMS PIS s/ Compras = 1,65% x 100.000 = 1.650 => IPI não incide na base de cálculo do PIS COFINS s/ Compras = 7,6% x 100.000 = 7.600 => IPI não incide na base de cálculo da COFINS Valor de Compra 100.000 (+) IPI s/ Compras 10.000 => não incluso no preço de compra Valor Total da Nota 110.000 (-) IPI s/ Compras. (10.000) (recuperável) (-) ICMS s/ Compras (17.000) (-) PIS s/ Compras (1.650) (-) COFINS s/ Compras (7.600) Compras Líquidas 73.750 Lançamento: Diversos a Fornecedores Estoque de Matéria-Prima 73.750 IPI a Recuperar 10.000 ICMS a Recuperar 17.000 PIS a Recuperar 1.650 COFINS a Recuperar 7.600 110.000 Exemplo: A empresa comercial Kaprisma Ltda. adquiriu uma máquina para o seu ativo imobilizado da indústria Maquinando Ltda, a prazo, pelo valor de R$ 100.000,00 com alíquota do IPI de 10%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 17%, do PIS é de 1,65% e da COFINS é de 7,6%, qual será a contabilização desta compra? Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 19 Como a empresa é comercial, o IPI não é recuperável. Nota: Como o IPI não é recuperável e o produto não se destina à comercialização ou à industrialização, seu valor integra a base de cálculo do ICMS, do PIS e da COFINS. IPI s/ Compras = 10% x 100.000 = 10.000 ICMS s/ Compras = 17% x 110.000 = 18.700 => IPI incide na base de cálculo do ICMS PIS s/ Compras = 1,65% x 110.000 = 1.815 => IPI incide na base de cálculo do PIS COFINS s/ Compras = 7,6% x 110.000 = 8.360 => IPI incide na base de cálculo da COFINS Valor de Compra 100.000 (+) IPI s/ Compras 10.000 => não incluso no preço de compra Valor Total da Nota 110.000 (-) ICMS s/ Compras (18.700) (-) PIS s/ Compras (1.815) (-) COFINS s/ Compras (8.360) Compras Líquidas 81.125 Lançamento: Diversos a Fornecedores Máquinas e Equipamentos 81.125 ICMS a Recuperar 18.700 PIS a Recuperar 1.815 COFINS a Recuperar 8.360 110.000 - Como a máquina foi comprada para uso na produção, isto é, será registrada no ativo não circulante imobilizado da empresa, o ICMS incidente sobre a compra não seria recuperável. Contudo, de acordo com a Lei Complementar no 87/1996, a aquisição de bens incorporados ao ativo não circulante imobilizado também dá direito à compensação do ICMS incidente na aquisição. Além disso, de acordo com a Lei Complementar no 102/2000, a compensação dos referidos créditos do ICMS deverá ser realizada a razão de um quarenta e oito avos por mês, a partir do mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento. O STF, em suas decisões, não tem autorizado tais créditos. - Em relação ao PIS e à COFINS, a legislação permite a utilização dos créditos relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos, a partir de 01/05/2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços. Para utilizar esses créditos a empresa deverá utilizar como parâmetro a depreciação dos ativos que lhe deram origem, ou, opcionalmente, o prazo de 1 ano (1/12 por mês), de acordo com a Lei no 11.774/08. Os créditos serão apurados mediante a Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 20 aplicação, a cada mês, das alíquotas de PIS e COFINS-Não Cumulativos sobre o valor correspondente a 1/12 do custo de aquisição do bem. Exemplo: A empresa comercial Kaprisma Ltda adquiriu produtos industrializados para revenda, a prazo, pelo valor de R$ 100.000,00 com alíquota do IPI de 10%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 17%, do PIS é de 1,65% e da COFINS é de 7,6%, qual será a contabilização desta compra? Como a empresa é comercial, o IPI não é recuperável. Nota: Como o IPI não é recuperável , mas o produto se destina à comercialização, seu valor não integra a base de cálculo do ICMS. Contudo, integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, de acordo com a legislação tributária. IPI s/ Compras = 10% x 100.000 = 10.000 ICMS s/ Compras = 17% x 100.000 = 17.000 => IPI não incide na base de cálculo do ICMS PIS s/ Compras = 1,65% x 110.000 = 1.815 => IPI incide na base de cálculo do PIS COFINS s/ Compras =7,6% x 110.000 = 8.360 => IPI incide na base de cálculo da COFINS Valor de Compra 100.000 (+) IPI s/ Compras 10.000 => não incluso no preço de compra Valor Total da Nota 110.000 (-) ICMS s/ Compras (17.000) (-) PIS s/ Compras (1.815) (-) COFINS s/ Compras (8.360) Compras Líquidas 82.825 Lançamento: Diversos a Fornecedores Mercadorias 82.825 ICMS a Recuperar 17.000 PIS a Recuperar 1.815 COFINS a Recuperar 8.360 110.000 Fatos que Alteram o Valor das Compras 1. Devoluções 2. Abatimentos 3. Descontos Incondicionais ou Comerciais Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 21 4. Descontos Condicionais ou Financeiros Devoluções As mercadorias compradas retornam do cliente ao fornecedor, por estarem em desacordo com o pedido. No ato da devolução, é necessário que o cliente faça uma nota fiscal, a fim de acompanhar as mercadorias/produtos devolvidos, havendo, portanto, incidência de ICMS, caso o comprador seja contribuinte de tal imposto. Também haverá estorno do IPI, do PIS e da COFINS, quando for o caso. Havendo frete na compra, caso as mercadorias sejam totalmente devolvidas, tal frete será considerado como despesa operacional (Perdas com Fretes). Se a devolução for parcial, a perda com frete será proporcional ao valor da devolução. Exemplo: A empresa J4M2 Ltda vendeu mercadorias para a empresa comercial Kaprisma (irá revender as mercadorias) por R$ 100.000,00, à vista, com incidência de ICMS (17%). Sabendo-se que a empresa Kaprisma devolveu 20% das mercadorias adquiridas por estarem em desacordo com o pedido, efetue os lançamentos das operações. Suponha que o CMV foi de R$ 50.000,00. Considere os lançamentos por inventário permanente. Fornecedor: J4M2 Ltda Cliente: Kaprisma I – Fornecedor I.1 – No ato da venda: Caixa a Receita Bruta de Vendas 100.000 ICMS s/ Vendas a ICMS a Recolher 17.000 (17% x 100.000) CMV a Mercadorias 50.000 I.2 – Por ocasião da devolução das mercadorias (20%) Devoluções de Vendas a Caixa 20.000 ICMS a Recolher a ICMS s/ Vendas 3.400 (20% x 17.000) Mercadorias a CMV 10.000 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 22 (20% das mercadorias retornaram ao estoque) Abatimentos Caso o cliente esteja insatisfeito com a mercadoria adquirida, por culpa do fornecedor, e não julgar necessário devolvê-la, pode entrar em acordo com o fornecedor e exigir um abatimento, a fim de evitar a devolução. Exemplos: deteriorização parcial do lote adquirido; perda de qualidade; divergência nas especificações técnicas; atraso na entrega, etc. Como o abatimento é um ato posterior ao ato da venda, não estará na nota fiscal e, consequentemente, não há ICMS no abatimento. Também não há influência nos demais tributos. Exemplo: A empresa J4M2 Ltda vendeu mercadorias para a empresa comercial Kaprisma (irá revender as mercadorias) por R$ 100.000,00, à vista, com incidência de ICMS (17%). Sabendo-se que a empresa Kaprisma conseguiu um abatimento de 20% no preço de compra por atraso na entrega, efetue os lançamentos correspondentes. Suponha que o CMV foi de R$ 50.000,00. Considere os lançamentos por inventário permanente. Fornecedor: J4M2 Ltda Cliente: Kaprisma I – Fornecedor I.1 – No ato da venda: Caixa a Receita Bruta de Vendas 100.000 ICMS s/ Vendas a ICMS a Recolher 17.000 (17% x 100.000) CMV a Mercadorias 50.000 I.2 – Por ocasião do abatimento Abatimento s/ Vendas a Caixa 20.000 Descontos Desconto Incondicional ou Comercial: é o desconto dado incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independe das condições de pagamento. Exemplos: grande quantidade adquirida; cliente preferencial; interesse promocional; etc. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 23 Como este desconto é concedido no ato da venda, aparece na nota fiscal, o ICMS incidirá somente sobre o valor com desconto, o mesmo ocorrendo para o PIS e a COFINS. Porém, o IPI incidirá sobre o valor original da operação. Exemplo: A empresa J4M2 Ltda vendeu mercadorias para a empresa comercial Kaprisma (irá revender as mercadorias) por R$ 100.000,00, à vista, com incidência de ICMS (17%). Houve um desconto incondicional de R$ 10.000,00 por interesse promocional do fornecedor. Efetue os lançamentos correspondentes. Suponha que o CMV foi de R$ 50.000,00. Fornecedor: J4M2 Ltda Cliente: Kaprisma I – Fornecedor I.1 – No ato da venda: Diversos a Receita Bruta de Vendas Caixa 90.000 Desconto Incondicional Concedido 10.000 100.000 ICMS s/ Vendas (Despesa) a ICMS a Recolher (Passivo Circulante) 15.300 (17% x 90.000) CMV a Mercadorias 50.000 II – Cliente II.1 – No ato da compra: Diversos a Caixa Mercadorias 74.700 ICMS a Recuperar 15.300 90.000 Exemplo: Considere as seguintes informações: - Compras de Mercadorias para Revenda = R$ 1.000,00 - Desconto Comercial = 20% do valor das compras - ICMS = 18% - IPI = 10% ICMS s/ Compras = (1.000 – 20% x 1.000) x 18% = 144 IPI s/ Compras = 10% x 1.000 = 100 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 24 Desconto Condicional ou Financeiro: obtido em função de pagamento de duplicata antecipadamente pelo cliente ao fornecedor. Este desconto será uma Despesa Financeira para o Fornecedor e uma Receita Financeira para o Cliente, pois não é uma operação com mercadoria e sim uma operação financeira. Ajustes das Compras de MD - Devoluções de compras; - Fretes; - Seguros; - Abatimentos; - Carga e Descarga; - Armazenagem; - Descontos Incondicionais Obtidos - Tributos (recuperáveis e não-recuperáveis). (+) Compras (-) Tributos a Recuperar (=) Compras Brutas (-) Devoluções (+) Fretes + Seguros (+) Carga + Descarga + Armazenagem (-) Abatimentos (-) Descontos Incondicionais Obtidos (=) Compras Líquidas 3.8 Memorize para a prova ⇒ A predeterminação dos CIF consiste na estimativa ou previsão de qual será o valor dos custos indiretos num determinado período de produção e na utilização deste gasto estimado a priori na apuração do custo da produção, em vez do gasto real. ⇒ O Equivalente de Produção é um artifício para se poder calcular o custo médio por unidade quando existem Produtos em Elaboração nos finais de cada período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, em vez de ter sido usado para começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras. ⇒ Custo Médio do Período = Custo da Produção do Período/Equivalente de Produção ⇒ A perda normal decorre do processo normal de produção, sendo contabilizada como custo. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 25 ⇒ A perda anormal ocorre de forma involuntária e aleatória. Essas perdas não integram o custo da produção e são tratadas como Perdas do Período, sendo apropriadas diretamente ao Resultado, sem se incorporarem aos produtos. ⇒ Os subprodutos correspondem aos itens que nascem de forma normal durante a produção e que possuem um mercado de venda relativamente estável.Representam uma porção não significativa (ínfima) do faturamento total da empresa. É por isso que não atribuímos custos de produção aos subprodutos. Por exemplo, não faz sentido custearmos limalhas, aparas, serragem etc. ⇒ A receita originada da venda dos subprodutos é contabilizada como redução do custo de produção da empresa. Portanto, o valor da venda dos subprodutos não é registrado como receita. Os subprodutos são avaliados pelo valor líquido de realização. ⇒ Sucatas são itens cuja venda é esporádica, por valor não previsível na data em que surgem na produção. Não recebem custos e também não têm sua receita considerada como diminuição dos custos da produção. Não aparecem como estoques na Contabilidade. Quando ocorrer sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. ⇒ A Produção Conjunta consiste no aparecimento de diversos produtos a partir, normalmente, da mesma matéria-prima. Os produtos conjuntos podem ser coprodutos ou subprodutos. ⇒ Os Coprodutos são os produtos principais de uma empresa industrial. São eles que respondem pelo faturamento da empresa. Só são atribuídos custos aos Coprodutos. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 26 3.9 Exercícios de Fixação 1. (Contador Junior-Petrobras/2010/Cesgranrio) A Cooperativa Tirolesa S.A. triturou 1.000 toneladas de trigo em março de 2.009. Nesse processo ocorreu uma perda de 5% na matéria-prima, gerando uma produção de 300 toneladas de farinha W, 250 toneladas de farinha x, 200 toneladas de farinha Y e 200 toneladas de farinha Z, sendo que o preço pago aos produtores foi, em média, de R$ 2,00 por kg. Informações adicionais: • os custos conjuntos do mês foram de R$ 500.000,00, além da matéria prima; • o preço de venda de cada produto por kg, em reais, é o seguinte: - farinha W 1,00 - farinha X 1,92 - farinha Y 1,20 - farinha Z 0,90 Com base exclusivamente nos dados acima e adotando o método do valor de mercado para alocação dos custos conjuntos, o custo total atribuído ao produto farinha Z monta, em reais, a (A) 300.000,00 (B) 375.000,00 (C) 480.000,00 (D) 500.000,00 (E) 625.000,00 2. (Contador Junior/Petrobras/2010/Cesgranrio) A Cia. Industrial Ferrogeral Ltda. aplica na fábrica o sistema de custeio por departamentalização. Os R$ 396.000,00, referentes ao custo de manutenção, são rateados entre os departamentos de produção, com base nas horas trabalhadas por cada departamento, na seguinte ordem: • Departamento de solda 340 horas • Departamento de cromagem 250 horas • Departamento de polimento 400 horas Com base exclusivamente nos dados acima, após o rateamento, os custos de manutenção para o departamento de cromagem monta, em reais, a (A) 100.000,00 (B) 116.470,00 (C) 136.000,00 (D) 158.400,00 (E) 160.000,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 27 3. (Contador Junior-Petrobras/2010/Cesgranrio) Dados extraídos da contabilidade de custos da Indústria Metalúrgica Metalzinco Ltda.: Em reais Vendas 250.000,00 Salários do escritório 35.000,00 Mão de obra direta 30.500,00 Despesas diversas do escritório 7.450,00 Mão de obra indireta 45.000,00 Lucro operacional do exercício 25.000,00 Luz e força da fábrica 12.450,00 Estoque inicial de matéria-prima 12.000,00 Materiais diversos da fábrica 3.650,00 Estoque inicial de produtos em processo 9.000,00 Depreciação de máquinas da fábrica 14.150,00 Estoque inicial de produtos acabados 7.500,00 Salários de vendedores 15.600,00 Estoque final de matéria-prima 8.000,00 Despesas de viagens 28.360,00 Estoque final de produtos em processo 10.000,00 Publicidade e propaganda 17.500,00 Estoque final de produtos acabados 6.000,00 Seguro de fábrica 2.370,00 Com base apenas nos dados acima, o valor da matéria-prima consumida no período, em reais, é (A) 4.000,00 (B) 6.000,00 (C) 8.580,00 (D) 10.760,00 (E) 12.470,00 4. (Técnico de Contabilidade Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) As perdas normais que ocorrem no processo de fabricação (A) devem ser contabilizadas como prejuízo do período. (B) devem ser contabilizadas como despesas operacionais. (C) devem ser ignoradas. (D) fazem parte do custo do produto. (E) só são contabilizadas como prejuízo do período somente se ultrapassarem 50% do custo dos materiais. 5. (Contador Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) Considere as informações da Cia. Industrial Mediterrânea Ltda. a seguir. • Ordens de produção (OP) existentes em 1o de março de 2009: Em reais Ordem no Matéria-Prima Mão de obra direta Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 21.144 20.000,00 15.000,00 4.500,00 21.145 9.000,00 14.000,00 4.200,00 21.146 2.000,00 1.000,00 300,00 • Gastos em março de 2009: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 28 Em reais Ordem no Matéria-Prima Mão de obradireta 21.144 6.000,00 3.000,00 21.145 5.000,00 7.000,00 21.146 3.000,00 2.000,00 21.147 (iniciada) 10.000,00 2.000,00 21.148 (iniciada) 8.000,00 6.000,00 • Os custos indiretos de fabricação no mês foram de R$ 6.000,00 e foram apropriados às OP proporcionalmente aos gastos com mão de obra direta ocorridos durante o mês de março de 2009. • As ordens de produção 21.145, 21.146 e 21.148 foram completadas durante o mês, entregues e faturadas aos clientes. Considerando apenas as informações acima, na apuração de resultados, em 31 de março de 2009, foi levado ao Custo dos Produtos Vendidos (CPV) o valor, em reais, de (A) 52.000,00 (B) 66.000,00 (C) 58.000,00 (D) 70.800,00 (E) 74.700,00 (Agente Fiscal de Rendas – SP/2009/FCC) Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 6 e 7. No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês, foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de produção (diretos e indiretos) do período é R$ 487.500,00. O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A empresa produz somente um produto. 6. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês é, em R$: (A) 50,00 (B) 45,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 29 (C) 30,00 (D) 25,00 (E) 15,00 7. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção acabada no mês é, em R$: (A) 502.500,00 (B) 487.500,00 (C) 477.500,00 (D) 450.500,00 (E) 435.500,00 (Agente Fiscal de Rendas – SP/2006/FCC) Instruções: Considere as informações abaixo para responder as questões de números 8 e 9. Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produziu 12.100 unidades, sendo que 8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas. Os custos de matéria prima foram R$ 3.200.450,00. Os custos de mão-de-obra direta foram R$ 749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$ 624.960,00. A produção não-acabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria- prima, 2/3 da mão-de-obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação.8. Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é: (A) R$ 544,80 (B) R$ 455,20 (C) R$ 410,25 (D) R$ 389,10 (E) R$ 355,20 9. O valor da produção em processo no final do mês será: (A) R$ 1.125.432,00 (B) R$ 1.267.980,00 (C) R$ 1.380.444,00 (D) R$ 1.400.760,00 (E) R$ 1.525.740,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 30 10. (Agente Fiscal de Rendas – SP/2006/FCC) A Cia. Capricórnio tem planejado para o exercício de 2007 os seguintes dados na área de produção: Horas Máquinas projetadas anual 240.000,00, mão-de-obra unitária de R$ 22,00, Gastos indiretos de fabricação anual projetado R$ 3.600.000,00, Gastos indiretos de fabricação unitário projetado de R$ 10,00. A empresa aplica Gastos indiretos de fabricação baseados nas horas máquinas. A Taxa de aplicação de gastos indiretos de fabricação para o exercício de 2007 será, em R$: (A) 15,00 (B) 17,00 (C) 19,00 (D) 21,50 (E) 22,00 11. (AFRFB/2005/ESAF) No processo produtivo da empresa Desperdício S.A., no mês de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de tecidos da linha de produção. Em virtude da contratação de funcionário sem experiência houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De acordo com os conceitos contábeis, devem ser registradas essas perdas: (A) respectivamente, como custo e despesa operacional. (B) respectivamente, como despesa operacional e custo. (C) ambas como despesas não-operacionais no resultado. (D) ambas como custo dos produtos vendidos. (E) ambas como despesas operacionais no resultado. 12. (TRT – 18R/Analista Judiciário/Área Contabilidade/2008/FCC) A Cia. Industrial Luar do Sertão vendeu 10.000 unidades de um produto de sua fabricação ao preço unitário de R$ 20,00, tendo havido incidência de ICMS à alíquota de 18% e IPI à 10%. O preço de custo correspondeu a 60% do preço de venda das mercadorias. Sabendo-se que a companhia é contribuinte do PIS e da COFINS na sistemática cumulativa (alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente), a devolução de 10% do lote pela empresa adquirente diminuiu o lucro bruto da companhia vendedora no valor, em R$, de (A) 3.670,00. (B) 3.800,00. (C) 4.330,00. (D) 4.400,00. (E) 5.670,00. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 31 (TCM – CE/Auditor/2006/FCC/Adaptada) Atenção: Utilize as informações a seguir, para responder à questão de número 13. A Cia. Industrial Moinho de Vento adquiriu um lote de 1.000 unidades de matéria-prima, pagando R$ 500,00 por cada unidade. A companhia está sujeita à incidência do PIS e da COFINS no regime não cumulativo, com alíquotas, respectivamente, de 1,65% e 7,6%, bem como à incidência do ICMS à alíquota de 18% nas operações de compras e vendas. 13. Na compra, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, o valor do estoque da companhia foi debitado pelo valor, em R$, de (A) 352.000,00 (B) 363.750,00 (C) 372.000,00 (D) 388.250,00 (E) 410.000,00 14. (AFC/ESAF) A Industrialzinha Ltda. adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domicílio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados: quantidade 500 unidades preço unitário R$ 8,00 IPI 10% ICMS 17% Despesas acessórias/fretes R$ 240,00 No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento correto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos). (A) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 1.896,00 (B) Produtos Acabados a Matéria-Prima R$ 1.896,00 (C) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 2.376,00 (D) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$ 2.136,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 32 (E) Produtos Acabados a Matéria-Prima R$ 2.136,00 15. (Agente Fiscal de Rendas – SP/2002/FCC) Identifique a alternativa que descreve o que, em custeio, se convencionou chamar de Equivalente de Produção. (A) os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção; estas contas não são encerradas à medida que os produtos são elaborados e estocados, mas apenas quando do fim do período contábil. (B) Custo planejado para determinado período, analisando cada fator de produção em condições normais de fabricação. (C) Número de unidades iniciadas e acabadas a que corresponde, em custos, o quanto se gastou para chegar até certo ponto de outro número de unidades não acabadas. (D) Alocam-se custos indiretos com base nos recursos consumidos em cada atividade envolvida no desenho, produção e distribuição de um produto qualquer. (E) Os custos são acumulados numa conta específica; a conta não é encerrada quando do fim do período contábil, mas quando o produto estiver concluído, transferindo-se os custos para estoque ou para custo dos produtos vendidos, conforme a situação. 16. (Agente Fiscal de Rendas – SP/2006/FCC) Uma empresa calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o método do custeio por absorção e método do custeio variável. Os Estoques iniciais eram “zero”, a produção do mês foi de 8.000 unidades totalmente acabadas, foram vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados os seguintes resultados líquidos finais: Lucro de R$ 348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$ 345.000,00 no custeio variável. Para atingir esses valores de resultado, a empresa manteve os custos variáveis correspondentes a 40% do preço de venda praticado. Desse modo, os valores correspondentes ao preço de venda unitário, aos custos variáveis unitários e aos custos fixos totais foram, respectivamente, em R$, (A) 100,00; 40,00; 15.000,00 (B) 120,00; 48,00; 14.000,00 (C) 130,00; 52,00; 12.000,00 (D) 125,00; 50,00; 14.000,00 (E) 150,00; 52,00; 17.000,00 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 33 Informações impostos sobre o lucro 24% deduções da receita 30% quantidade vendida 800 quantidade produzida 1.000 Custos (R$) mão-de-obra direta unitária 1,30 matéria-prima unitária 1,10 outros custos diretos unitários 3,40 custos indiretos de fabricação fixos 2.400,00 despesas operacionais fixas 1.140,00 preço de venda unitário 17,00 (Serpro – Analista: Gestão Financeira – 2008/CESPE/Adaptada) As indústrias adotam diversas metodologias para a tomada de decisões e apuração do resultado de suas operações. Um exemplo é a adoção do custeio variável ou do custeio por absorção. Acerca dessas metodologias e utilizando as informações do quadro acima, julgue os itens subseqüentes (questões 17 a 20). 17. Sob a ótica do custeio variável, a margem de contribuição apurada é de R$ 4.880. 18. Ao se elaborar a demonstração do resultado do exercício (DRE) pelo custeio por absorção, a margem bruta obtida é superior a 30%. 19. O custo unitário do produto, segundo o custeio por absorção, é de R$ 5,80. 20. Caso a quantidade vendida seja igual à quantidade produzida, sob a ótica do custeio por absorção, o resultado bruto será de R$ 3.700. 21. (ICMS-RJ/2007/FGV)Analise as afirmativas a seguir: I. Os co-produtos são todos os produtos secundários, isto é, deles se espera a geração esporádica de receita que é relevante para a entidade. II. Dos subprodutos se espera a geração de receita regular ou esporádica para a entidade, sendo seu valor irrelevante para a entidade, em relação ao valor de venda dos produtos principais. III. Os subprodutos são avaliados, contabilmente, pelo valor líquido de realização. IV. A receita auferida com a venda de sucatas é reconhecida como “Receita Não-Operacional”. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 34 Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II forem corretas. (B) se somente as afirmativas I, II e IV forem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III forem corretas. (D) se somente as afirmativas II e IV forem corretas. (E) se somente a afirmativa III for correta. 22. (Auditor TCM-RJ/2008/FGV) Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: N e L. Fase significativa da produção é comum a esses dois produtos. Durante a fase de produção conjunta, incorre-se em custos de transformação no valor de $200.000,00, e mais em custos básicos conforme a tabela a seguir: recursos produção conjunta quantidade consumida (em kg) custo unitário (em $/kg) Matéria-prima 1 8.000 12,50 Matéria-prima 2 2.000 100,00 No ponto de separação, identificou-se que a produção conjunta pesava 10.000kg, dos quais 1.000kg eram de produtos N semi-elaborados e 9.000kg eram de produto L semi-elaborado. Para terminar a produção, incorreu-se em mais custos de transformação, sendo $20.000,00 na produção de N e $150.000,00 na produção de L. Sabe-se que: • os preços de venda são: N = $72,00/kg e L = $70,00/kg; • nesse mês a empresa vendeu: N = 600 kg e L = 8.100kg; • não havia estoques iniciais; • toda a produção iniciada foi encerrada no mesmo período; • a empresa trabalha com o controle periódico de estoques e os avalia pelo custo médio ponderado; e • nesse mês a empresa incorreu em despesas comerciais e administrativas que totalizaram $25.000,00. Desconsiderando-se qualquer tributo, é correto afirmar que o lucro bruto, pelo custeio por absorção, dessa empresa nesse mês foi: (A) de mais de $7.000,00. (B) entre $5.001,00 e $7.000,00. (C) entre $3.001,00 e $5.000,00. (D) entre $1.001,00 e $3.000,00. (E) de menos de $1.000,00. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 35 23. (Fiscal de Rendas - MS/2000/FGV) A depreciação deixa de ser considerada despesa e passa a incorporar os custos quando estiver caracterizada como: (A) Bem de produção na indústria. (B) Bem monetário na indústria. (C) Bem não de uso nas instituições financeiras. (D) Bens arrendados. 24. (Fiscal de Rendas - MS/2000/FGV) São considerados custos de produção os gastos incorridos nos processos de obtenção de bens e serviços destinados a venda. Assinale a alternativa que melhor completa essa afirmação: (A) Devem ser incluídas nesse grupo somente as despesas financeiras. (B) Devem ser incluídas nesse grupo somente as despesas de administração. (C) Não devem ser incluídas nesse grupo somente as despesas de vendas. (D) Não devem ser incluídas nesse grupo as despesas financeiras, as de administração e as de vendas. 25. (Fiscal de Rendas - MS/2000/FGV) Assinale, dentre as alternativas abaixo, qual o método de custeio que utiliza mapas de rateios para o cálculo do CIF (Custos Indiretos de Fabricação): (A) Custeio por Absorção. (B) Custeio Direto. (C) Custeio por Atividade. (D) Custeio Variável. 26. (TCM-PA/2008/FGV) Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos meses de outubro e novembro passados, apurou o seguinte: Outubro Novembro Produção (em unidades) 3.000 3.500 Custo Total de Fabricação (em $) 21.000,00 24.000,00 Sabe-se que: I – a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção; II – a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; III – não houve variação de preços no período. O custo total (CT) é: Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 36 (A) CT = $ 3.000,00 + $ 6,00/unidade (B) CT = $ 21.000,00 ou $ 24.000,00 (C) CT = $ 7,00/unidade (D) CT = $ 6,86/unidade (E) CT = $ 18.000,00 + $ 1,00/unidade 27. (TCM-RJ/Auditor/2008/FGV) Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos meses de outubro e novembro passados, apurou o seguinte: março abril Estoque inicial (em unidades) - - Produção (em unidades) 1.000 1.200 Vendas (em unidades) 1.000 1.000 Custo Total de Fabricação (em $) 15.000,00 17.000,00 Receita Bruta de Vendas (em $) 25.000,00 25.000,00 Sabe-se que: • a empresa controla os seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; • a empresa incorre, ainda, em despesas fixas de $ 3.000,00 por mês e em despesas variáveis equivalentes a 10% da receita bruta mensal; • a empresa não pretende acabar o mês de maio com produtos acabados em estoque; • a empresa é contribuinte do imposto de renda sobre o lucro à alíquota de 20% e • não houve variação de preços no período. Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produzir em maio para que o lucro líquido de maio, pelo custeio por absorção, seja $ 5.000,00. (A) mais de 1.150 unidades (B) entre 1.101 unidades e 1.150 unidades (C) entre 801 unidades e 950 unidades (D) entre 951 unidades e 1.100 unidades (E) menos de 800 unidades 28. (Contador Jr - Petrobrás/2011/Cesgranrio) A Indústria Lumilight Ltda. fabrica lâmpadas. Toda a produção passa por dois departamentos. Analise os dados extraídos da contabilidade de custos dessa Indústria em maio de 2010, apresentados a seguir. Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 37 Itens Dept. 1 Dept. 2 Unidades anteriores 0 0 Unidades iniciadas 50.000 47.000 Unidades transferidas/acabadas 47.000 32.000 Custos (em reais) Material direto 7.225,00 4.200,00 MOD 21.250,00 8.500,00 CIF 12.750,00 4.350,00 Estágios de Fabricação 50% 40% Considerando-se exclusivamente os dados acima, o custo unitário da produção acabada em maio de 2010, levando-se em conta o equivalente de produção, foi, em reais, de (A) 1,20 (B) 1,35 (C) 1,45 (D) 1,50 (E) 1,65 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 38 3.10 Gabarito 1 – B 2 – A 3 – E 4 – D 5 – B 6 – D 7 – C 8 – D 9 – B 10 – A 11 – A 12 – A 13 – B 14 – D 15- C 16 – A 17 – CERTA 18 – CERTA 19 – ERRADA 20 – CERTA 21 – E 22 – A 23 – A 24 – D 25 – A 26 – A 27 – D 28 – D Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 39 3.11 Resolução dos Exercícios de Fixação 1. (Contador Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) A Cooperativa Tirolesa S.A. triturou 1.000 toneladas de trigo em março de 2.009. Nesse processo ocorreu uma perda de 5% na matéria-prima, gerando uma produção de 300 toneladas de farinha W, 250 toneladas de farinha x, 200 toneladas de farinha Y e 200 toneladasde farinha Z, sendo que o preço pago aos produtores foi, em média, de R$ 2,00 por kg. Informações adicionais: • os custos conjuntos do mês foram de R$ 500.000,00, além da matéria prima; • o preço de venda de cada produto por kg, em reais, é o seguinte: - farinha W 1,00 - farinha X 1,92 - farinha Y 1,20 - farinha Z 0,90 Com base exclusivamente nos dados acima e adotando o método do valor de mercado para alocação dos custos conjuntos, o custo total atribuído ao produto farinha Z monta, em reais, a (A) 300.000,00 (B) 375.000,00 (C) 480.000,00 (D) 500.000,00 (E) 625.000,00 Resolução Apropriação dos custos conjuntos com base no Método do Valor de Mercado. Matéria-prima (*) R$2,00 x 1.000x103 = R$ 2.000x103 Custos Conjuntos R$ 500x103 Custos Conjuntos Totais R$ 2.500x103 (*) a perda normal de matéria-prima deve ser contabilizada como custo da produção conjunta, como visto na parte teórica. Valor de Venda (R$) Quantidade Produzida Valor de Venda Total (R$) Farinha W 1,00/kg 300x103 300x103 Farinha X 1,92/kg 250x103 480x103 Farinha Y 1,20/kg 200x103 240x103 Farinha Z 0,90/kg 200x103 180x103 1.200x103 Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 40 W (300x103/1.200x103)x2.500x103= 625x103 X (480x103/1.200x103)x2.500x103= 1.000x103 Y (240x103/1.200x103)x2.500x103= 500x103 Z (180x103/1.200x103)x2.500x103= 375x103 2.500x103 Assim, o custo total atribuído ao produto farinha Z monta, em reais, a 375.000. GABARITO: B 2. (Contador Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) A Cia. Industrial Ferrogeral Ltda. aplica na fábrica o sistema de custeio por departamentalização. Os R$ 396.000,00, referentes ao custo de manutenção, são rateados entre os departamentos de produção, com base nas horas trabalhadas por cada departamento, na seguinte ordem: • Departamento de solda 340 horas • Departamento de cromagem 250 horas • Departamento de polimento 400 horas Com base exclusivamente nos dados acima, após o rateamento, os custos de manutenção para o departamento de cromagem monta, em reais, a (A) 100.000,00 (B) 116.470,00 (C) 136.000,00 (D) 158.400,00 (E) 160.000,00 Resolução Total de horas = 340 h + 250 h + 400 h= 990 horas Custo atribuído ao departamento de cromagem: ⇒ (250 h/990 h) x R$ 396.000,00 = R$ 100.000,00 GABARITO: A Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 41 3. (Contador Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) Dados extraídos da contabilidade de custos da Indústria Metalúrgica Metalzinco Ltda.: Em reais Vendas 250.000,00 Salários do escritório 35.000,00 Mão de obra direta 30.500,00 Despesas diversas do escritório 7.450,00 Mão de obra indireta 45.000,00 Lucro operacional do exercício 25.000,00 Luz e força da fábrica 12.450,00 Estoque inicial de matéria-prima 12.000,00 Materiais diversos da fábrica 3.650,00 Estoque inicial de produtos em processo 9.000,00 Depreciação de máquinas da fábrica 14.150,00 Estoque inicial de produtos acabados 7.500,00 Salários de vendedores 15.600,00 Estoque final de matéria-prima 8.000,00 Despesas de viagens 28.360,00 Estoque final de produtos em processo 10.000,00 Publicidade e propaganda 17.500,00 Estoque final de produtos acabados 6.000,00 Seguro de fábrica 2.370,00 Com base apenas nos dados acima, o valor da matéria-prima consumida no período, em reais, é (A) 4.000,00 (B) 6.000,00 (C) 8.580,00 (D) 10.760,00 (E) 12.470,00 Resolução Aprendemos que: Matéria-Prima Consumida = Estoque Inicial de Matéria-Prima + Compras de Matéria-Prima − Estoque Final de Matéria-Prima MD = EIMD + C − EFMD MD = 12.000 + C − 8.000 ⇒ MD = 4.000 + C (equação 1) Precisamos determinar o valor das Compras de Matéria-Prima (C) para saber o valor da Matéria-Prima Consumida (MD). Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Vendas 250.000 (-) CPV (CPV) (=) Lucro Bruto 250.000 − CPV (-) Salários de vendedores (15.600) (-) Despesas de viagens (28.360) (-) Publicidade e propaganda (17.500) (-) Salários do escritório (35.000) Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 42 (-) Despesas diversas do escritório (7.450) (=) Lucro operacional do exercício 25.000 Equacionando a DRE: 250.000 − CPV − 15.600 − 28.360 − 17.500 − 35.000 − 7.450 = 25.000 CPV = 250.000 − 15.600 − 28.360 − 17.500 − 35.000 − 7.450 − 25.000 CPV = 121.090 (equação 2) Apuração do CPV: EIMD 12.000 (+) C C (-) EFMD (8.000) (=) MD 4.000 + C (-) MOD (30.500) (-) Mão de obra indireta (45.000) (-) Luz e força da fábrica (12.450) (-) Materiais diversos da fábrica (3.650) (-) Depreciação de máquinas da fábrica (14.150) (-) Seguro da fábrica (2.370) (=) CPP 112.120 + C (+) EIPE 9.000 (-) EFPE (10.000) (=) CPA 111.120 + C (+) EIPA 7.500 (-) EFPA (6.000) (=) CPV 112.620 + C (equação 3) Chegamos ao seguinte sistema de equações para o CPV: CPV = 121.090 (2) CPV = 112.620 + C (3) Substituindo (2) em (3), obtemos 121.090 = 112.620 + C ⇒ C = 8.470. Substituindo C = 8.470 em (1), obtemos MD = 4.000 + 8.470 = 12.470. GABARITO: E 4. (Técnico de Contabilidade Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) As perdas normais que ocorrem no processo de fabricação Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 43 (A) devem ser contabilizadas como prejuízo do período. (B) devem ser contabilizadas como despesas operacionais. (C) devem ser ignoradas. (D) fazem parte do custo do produto. (E) só são contabilizadas como prejuízo do período somente se ultrapassarem 50% do custo dos materiais. Resolução As perdas normais que ocorrem no processo de fabricação fazem parte do custo do produto. GABARITO: D 5. (Contador Jr. Petrobrás/2010/Cesgranrio) Considere as informações da Cia. Industrial Mediterrânea Ltda. a seguir. • Ordens de produção (OP) existentes em 1o de março de 2009: Em reais Ordem no Matéria-Prima Mão de obra direta Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 21.144 20.000,00 15.000,00 4.500,00 21.145 9.000,00 14.000,00 4.200,00 21.146 2.000,00 1.000,00 300,00 • Gastos em março de 2009: Em reais Ordem no Matéria-Prima Mão de obradireta 21.144 6.000,00 3.000,00 21.145 5.000,00 7.000,00 21.146 3.000,00 2.000,00 21.147 (iniciada) 10.000,00 2.000,00 21.148 (iniciada) 8.000,00 6.000,00 • Os custos indiretos de fabricação no mês foram de R$ 6.000,00 e foram apropriados às OP proporcionalmente aos gastos com mão de obra direta ocorridos durante o mês de março de 2009. • As ordens de produção 21.145, 21.146 e 21.148 foram completadas durante o mês, entregues e faturadas aos clientes. Considerando apenas as informações acima, na apuração de resultados, em 31 de março de 2009, foi levado ao Custo dos Produtos Vendidos (CPV) o valor, em reais, de Curso Online – Contabilidade de Custos ICMS-RJ 2011 Prof. Alexandre Lima Prof. Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 44 (A) 52.000,00 (B) 66.000,00 (C) 58.000,00 (D) 70.800,00 (E) 74.700,00 Resolução Situação em 31/03/2009: Em reais Ordem no Matéria-Prima Total Mão de obra direta (março) Mão de obra direta Total
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