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S CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 1 de 35 AULA 06 - DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS: CONCEITOS ENVOLVIDOS, ITENS COMPONENTES, FORMA DE EVIDENCIAÇÃO, CONCEITO DE CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO E APURAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADO. PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA ELABORAÇÃO. Olá concurseiros (as)!!!! O tema de que trataremos hoje – Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) – deixou de ser uma das demonstrações financeiras obrigatórias com o advento da Lei nº 11.638/07 que alterou o artigo 176 da Lei nº 6.404/76, como veremos no decorrer da aula. Contudo, o demonstrativo em tela tem sido cobrado em algumas editais de concursos recentes. Por ter constado do último edital do ICMS-RJ, consideramos prudente abordá-lo em nosso curso, embora acreditando que se vier a ser cobrado em prova, será uma questão de pouca complexidade. Dito isto, vamos ao nosso trabalho!!! CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 2 de 35 1. CONCEITO A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) tem como objetivo evidenciar as modificações na posição financeira da companhia, ou seja, analisa as alterações do capital circulante líquido da sociedade em um determinado período contábil, além de apresentar de forma ordenada as informações relativas a operações de financiamento e investimento da empresa durante o exercício social. Os financiamentos são representados pelas origens de recursos e os investimentos pelas aplicações de recursos. Investimentos = aplicação de recursos Financiamentos = origem de recursos 2. OBRIGATORIEDADE É necessário ressaltar que essa demonstração, embora continue sendo cobrada em provas de concursos, deixou de ser uma das demonstrações financeiras obrigatórias da Lei nº 6.404/76, que teve o seu artigo 176 alterado pela Lei nº 11.638/07 e passou a ter a seguinte redação: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR) CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 3 de 35 clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Na redação anterior, constava no inciso IV a demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR). Eram obrigadas a elaborar a DOAR todas as companhias de capital aberto e, em relação às de capital fechado, somente aquelas com Patrimônio Líquido superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). O conteúdo e a forma dessa demonstração encontravam-se especificados no artigo 188 da Lei Societária e teve sua redação alterada pela Lei nº 11.638/07. 3. CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Na contabilidade, os bens e direitos compõem o Ativo da entidade e são classificados como aplicações de recursos (investimentos). A DOAR, como já mencionamos, tem por objetivo evidenciar as alterações (variações) no capital circulante líquido. Nesta demonstração, o conceito de origens e aplicações de recursos está relacionado com as alterações do capital circulante líquido. O capital circulante líquido ou capital de giro líquido, corresponde à diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante: CCL = AC – PC S CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 4 de 35 O capital circulante líquido não se confunde com o capital circulante (capital de giro), que é representado pelo ativo circulante. A análise das variações ocorridas no capital circulante líquido serve de base para elaborar a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. O CCL pode ser aumentado: 1. Pelo aumento do ativo circulante, 2. Pela redução do passivo circulante. O CCL pode ser diminuído: 1. Pela redução do ativo circulante, 2. Pelo aumento do passivo circulante. Vejamos um exemplo: 31/12/X1 31/12/X2 Variação Ativo Circulante R$ 2.000 R$ 3.000 R$ 1.000 Passivo Circulante R$ 1.200 R$ 1.500 R$ 300 CCL R$ 800 R$ 1.500 R$ 700 Podemos observar que o CCL ao final de X1 foi de R$ 800 (R$ 2.000 – 1.200); ao final de X2 R$ 1.500 (R$ 3.000 – R$ 1.500). Havendo uma variação no CCL de R$ 700 (R$ 1.000 – R$ 300 ou R$ 1.500 – R$ 800). 4. DESCRIÇÃO DAS ORIGENS As origens dos recursos são representadas pelos aumentos das fontes de financiamento de longo prazo ou pelas transferências dos investimentos de longo prazo para o curto prazo, sendo as mais comuns: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 5 de 35 Das próprias operações, quando as receitas que afetam o CCL do exercício são maiores que as despesas que geram aplicação ou redução do CCL. • Se houver lucro, temos uma origem de recursos; • Se houver prejuízo, temos uma aplicação de recursos. Dos acionistas, pela integralização de capital social por estes no exercício. Pois tais recursos aumentam as disponibilidades da empresa e, consequentemente, o Capital Circulante Líquido. De terceiros, por empréstimos obtidos pela empresa, pagáveis a longo prazo, bem como dos recursos advindos da venda a terceiros de bens do ativo imobilizado, ou de transformação do Realizável a Longo Prazo em Ativo Circulante. Os empréstimos feitos e pagáveis a curto prazo não são considerados como origem de recursos, para fins dessa demonstração, pois não alteram o Capital Circulante Líquido. De fato, nesse caso, há um aumento de disponibilidade e, ao mesmo tempo, do Passivo Circulante. 5. DESCRIÇÃO DAS APLICAÇÕES As aplicações de recursos são representadas pelos aumentos dos investimentos de longo prazo, ou pelas transferências de fontes de financiamento de longo prazo para o curto prazo, e as mais comuns são: Inversões permanentes derivadas de: • Aquisição de bens do Ativo Imobilizado; • Aquisição de novos investimentos permanentes em outras sociedades; • Aplicação de recursos no Ativo Intangível. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 6 de 35 Pagamento de empréstimos a longo prazo, pois assim como a obtenção de um novo financiamento representa uma origem, sua liquidação significa uma aplicação. Remuneração de acionistas derivada dos dividendos declarados e juro sobre o capital próprio declarados. 6. ORIGENS E APLICAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO, MAS APARECEM NA DEMONSTRAÇÃO Além das origens e aplicações já relacionadas, há inúmeros tipos de transações efetuadas que não afetam o CCL, mas devem ser representadas como origens e aplicações simultaneamente. Como exemplo temos: a) Aquisição de bens do Ativo Imobilizado (investimentos ou Imobilizados) pagáveis a longo prazo. Neste caso, há uma aplicação pelo acréscimo do Ativo Imobilizado e ao mesmo tempo uma origem pelo financiamento obtido pelo acréscimono Passivo Não Circulante no exercício, como se houvesse entrado um recurso que fosse imediatamente aplicado. b) Conversão de Empréstimos de Longo Prazo em Capital, caso em que há uma origem pelo aumento do capital e, paralelamente, uma aplicação pela redução do Passivo Não Circulante, como se houvesse ingresso de recurso de capital aplicado na liquidação da dívida. c) Integralização de Capital em bens de Ativo Imobilizado, situação também sem efeito sobre o CCL, mas representada na origem (aumento de capital) e na aplicação (bens do Ativo Imobilizado recebidos), como se houvesse essa circulação do recurso. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 7 de 35 d) Venda de bens do Ativo Imobilizado recebível a longo prazo, operação que também deve ser demonstrada na origem, como se fosse recebido o valor da venda, e na aplicação, como se houvesse o empréstimo sido feito para recebimento a longo prazo. IMPORTANTE!!! Há dois métodos para elaboração da DOAR: Método Restrito – demonstra apenas alterações que afetam o CCL. Método Amplo – demonstra também as origens e aplicação de recursos de transações que afetam somente grupos não circulantes, não alterando o CCL. Se a questão não informar, deve-se utilizar o método amplo. Este é o método adotado pela FGV em provas. Vejamos um exemplo: Aquisição de bens do ativo não circulante (Investimento ou Imobilizado) pagáveis a longo prazo por R$ 50.000,00. Consideremos a aquisição de um veículo. LANÇAMENTO: Veículos (ANC – Imobilizado) a financiamento a pagar (PNC) R$ 50.000 Essa transação não afeta o CCL. Pelo método amplo deve ser evidenciada na DOAR: • Origem: Aumento do PNC = R$ 50.000,00 • Aplicação: Aumento do ANC = R$ 50.000,00 Pelo método restrito essa transação não deve ser demonstrada na DOAR, pois não afeta o CCL. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 8 de 35 7. RECEITAS E DESPESAS QUE NÃO AFETAM O CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (NO EXERCÍCIO) I – Depreciação, Amortização e Exaustão Estes itens constam como despesas no exercício, diminuindo o resultado, mas não reduzem o capital circulante líquido; representam redução no Ativo Imobilizado e redução no Patrimônio Líquido (Resultado), não alternando os valores de Ativo e Passivo Circulantes. O valor desses itens registrados no ano deve ser adicionado ao lucro líquido para apuração do valor efetivo dos recursos gerados pelas próprias operações. Afinal, o desembolso pela aquisição do ativo imobilizado, sendo depreciado, amortizado, ou exaurido, ocorreu no passado e já deve ter sido considerado como aplicação no exercício devido. II – Lucro ou prejuízo registrado pelo método da equivalência patrimonial para investimentos em coligadas ou controladas Quando é adotado o método de equivalência patrimonial na contabilização de investimentos relevantes em coligadas e controladas, faz-se anualmente o registro de receita ou despesa proporcional ao lucro ou prejuízo das investidas no período. Esse resultado, que afeta o lucro da investidora, não afeta o seu capital circulante líquido. Por isso, na apuração da origem de recursos das operações, esse valor deve ser diminuído do lucro líquido, se for receita, ou a ele acrescido, se for despesa. III – Ajustes de Exercícios Anteriores Esses ajustes podem ser decorrentes do efeito da mudança de prática contábil, ou retificação de erros de exercícios anteriores, sendo que esses erros ou ajustes são registrados diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 9 de 35 acu8mulados, não afetando, portanto, o lucro líquido do ano. A melhor forma de tratamento desse item é ajustá-lo nos saldos iniciais do Balanço, nas contas a que se refere, como se já houvesse sido registrado nos anos anteriores. Dessa forma, as origens e aplicações de recursos do ano já ficarão expurgadas desse efeito. IV – Variações Monetárias de dívidas de Longo Prazo Essas despesas afetam o lucro, mas por reduzirem o Patrimônio Líquido e aumentam o Passivo Não circulante, não alteram o capital circulante líquido. Devem, por isso, também ser adicionadas ao lucro líquido do exercício. 8. ESTRUTURA DA DOAR A DOAR é apresentada com os seguintes grandes títulos: I – ORIGENS DOS RECURSOS Onde são discriminadas as origens, por natureza, e apurado o valor total dos recursos obtidos no exercício. II – APLICAÇÕES DOS RECURSOS Onde são relacionadas as aplicações, também por natureza, e evidenciado o seu valor total. III – AUMENTO OU REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Representa a diferença entre o total das origens e o total das aplicações. IV – SALDO INICIAL E FINAL DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO E VARIAÇÃO CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 10 de 35 Onde são evidenciados Ativo e Passivo Circulantes do início e do fim do exercício e respectivo aumento ou redução. A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos tem a seguinte estrutura: Origens de Recursos: Lucro Líquido do exercício (+) Despesas com Depreciação (+/-) Outras despesas e receitas que não afetam o CCCL (+/-) Ajustes de exercícios anteriores que afetam o CCL (=) Total das origens geradas pelas operações da companhia (+) Realização do capital social (+) Contribuições para reserva de capital (+) Recursos de terceiros, originários: Do aumento do passivo não circulante; Da redução do ativo realizável a longo prazo; Da alienação de investimentos permanentes; Da alienação de direitos do ativo imobilizado e intangível. (=) Total das origens dos recursos Aplicação dos Recursos: Dividendos distribuídos (+) Aquisição de direitos do imobilizado e intangível; (+) Aumento do ativo realizável a longo prazo; CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 11 de 35 (+) Aumento dos investimentos permanentes (+) Redução do passivo não circulante (=) Total das aplicações de recursos Total das origens de recursos – total das aplicações de recursos = aumento ou redução do CCL 01. (FGV – Contador Jr. – POTIGAS – 2006 - adaptada) De acordo com a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), analise as afirmativas a seguir: I. O aumento do capital social só é considerado Origem dos Sócios quando ocorre a integralização em dinheiro. II. A redução do Passivo Não Circulante é considerada Aplicação de Recursos. III. A distribuição de dividendos, mesmo que ainda não pagos, é considerada redução das Origens dos Sócios. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta (B) se somente a afirmativa II estiver correta (C) se somente a afirmativa III estiver correta (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas COMENTÁRIOS: I – Incorreta. Pelo método amplo, mesmo que a integralização de capital social não seja em dinheiro, em imóveis, por exemplo, deverá ser considerada origem de recursos na elaboração da DOAR. II – Correta. O aumento do passivo não circulante é considerado origem, a sua reduçãoé considerada aplicação. Veja como cai em prova!!! CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 12 de 35 III – Incorreta. A distribuição de dividendos é uma aplicação e não uma redução de origem. OBSERVAÇÃO: Dividendos distribuídos A expressão ”dividendos distribuídos” significa “dividendos propostos”, ou seja, “dividendos a pagar”. Quando da proposta de dividendos, feita pela administração à assembleia geral ordinária: D – Lucros Acumulados C – Dividendos a Pagar O crédito na conta Dividendos a Pagar aumenta o passivo circulante e diminui o capital líquido. Há uma aplicação do capital circulante líquido. No pagamento dos dividendos: D – Dividendos a Pagar C – Caixa Com esse lançamento, reduzimos o passivo circulante e o ativo circulante, simultaneamente. Logo, o capital circulante líquido não sofreu alteração. Portanto, a alteração no capital circulante líquido decorre da proposta de dividendos (dividendos distribuídos), e não do pagamento dos dividendos. Gabarito: B 02. (FGV – Fiscal de Rendas – SEFAZ – RJ – 2008) Avalie as afirmativas a seguir: I. A compra, à vista, de mercadorias (que se espera revender no curto prazo) acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como origens de terceiros. II. A compra de bens para o imobilizado, a prazo (para pagamento no curto prazo), acarreta redução do CCL e é evidenciada na DOAR como aplicação. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 13 de 35 III. A integralização do capital social em bens do imobilizado não acarreta alteração do CCL, mas é evidenciada na DOAR como aplicação e como origem dos sócios. IV. O pagamento antecipado de dívidas exigíveis a longo prazo acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como aplicação. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS: I – Incorreta. A compra à vista de mercadoria para revenda a curto prazo não altera o CCL, pois nesta transação há aumento da conta estoque e diminuição da conta caixa, porém o ativo circulante mantém-se inalterado. Nesse lançamento não há também alteração do passivo circulante. II – Correta. A compra de bens para o imobilizado é uma aplicação, pois aumenta o ativo não circulante, e neste caso, a dívida é de curto prazo, aumentando o passivo circulante. Portanto, há redução do CCL. III – Correta. Conforme já visto, pelo Método Amplo, mesmo que a integralização de capital social não seja em dinheiro, em imóveis, por exemplo, deverá ser considerada origem de recursos na elaboração da DOAR. Aquisição de bens do ativo não circulante (Investimento ou Imobilizado) pagáveis a longo prazo por R$ 50.000,00. Consideremos a aquisição de um veículo. LANÇAMENTO: Veículos (ANC – Imobilizado) a financiamento a pagar (PNC) R$ 50.000 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 14 de 35 Essa transação não afeta o CCL. Pelo método amplo, deve ser evidenciada na DOAR: • Origem: Aumento do PNC = R$ 50.000,00 • Aplicação: Aumento do ANC = R$ 50.000,00 Pelo método restrito, essa transação não deve ser demonstrada na DOAR, pois não afeta o CCL. IV – Incorreta. No pagamento antecipado de dívidas exigíveis a longo prazo há redução do Ativo Circulante (crédito na conta Caixa) e redução do Passivo Não Circulante (débito na conta empréstimo, por exemplo). Esta transação é uma aplicação, pois houve redução da dívida de longo prazo, no entanto acarretou uma diminuição no CCL, pois também houve uma redução no ativo circulante. Gabarito: C 03. (FGV – Auditor – TCM – PA – 2008 – adaptada) Avalie as afirmativas a seguir: I. A compra, à vista, de mercadorias (que se espera revender no curto prazo) acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como origens de terceiros. II. A compra de bens para o imobilizado, a prazo (para pagamento no longo prazo), não acarreta alteração no CCL; conseqüentemente, não é evidenciada na DOAR. III. A integralização do capital social em bens do imobilizado não acarreta alteração do CCL, mas é evidenciada na DOAR como aplicação e como origem dos sócios. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente a afirmativa II estiver correta. (E) se somente a afirmativa III estiver correta. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 15 de 35 COMENTÁRIOS: I – Incorreta. A compra à vista de mercadoria para revenda a curto prazo não altera o CCL, pois nesta transação há aumento da conta estoque e diminuição da conta caixa, porém o ativo circulante mantém-se inalterado. Nesse lançamento não há também alteração do passivo circulante. II – Incorreta. A compra de bens para o imobilizado é uma aplicação, pois aumenta o ativo não circulante, e neste caso, a dívida é de curto prazo, aumentando o passivo circulante. Portanto, há redução do CCL e deverá ser evidenciada na DOAR como aplicação. III – Correta. Conforme já visto, pelo Método Amplo, mesmo que a integralização de capital social não seja em dinheiro, em imóveis, por exemplo, deverá ser considerada origem de recursos na elaboração da DOAR. Gabarito: E 04. (FGV – Fiscal de Rendas – SERC – MS – 2006) A Cia. Comercial Complexa e Extensa apurou o seguinte Balanço Patrimonial em 01/01/2005: ATIVO $ PASSIVO + PL $ Ativo circulante Caixa 100.000,00 100.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social 100.000,00 100.000,00 Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreram as seguintes transações: • Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital Social da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: $ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; $ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na cidade de Corumbá; e $ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 16 de 35 • A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista. • A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo. • A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre). • No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos acordados (inclusive no mêsde abril). • No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). • A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas administrativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despesas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros. Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variável não apresentada neste enunciado. Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não foram pagos. De acordo com a Lei 6.404/76, determine o valor total das Origens de Recursos da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, apurada em 30/06/2005. (A) $ 70.000,00 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 17 de 35 (B) $ 80.000,00 (C) $ 91.075,00 (D) $ 154.300,00 (E) $ 156.300,00 COMENTÁRIOS: Para esta questão demonstraremos somente o que foi pedido, ou seja, o total das origens. Antes, porém, apuraremos o lucro líquido do exercício. Receita bruta de venda R$ 90.000 (-) CMV R$ 67.500 (=) Lucro Bruto R$ 22.500 (-) Despesa Administrativa R$ 10.000 (-) Despesas Comerciais R$ 5.000 (-) Despesas de Depreciação R$ 2.000 (-) Despesas com juros R$ 1.200 (=) Lucro Líquido R$ 4.300 NOTAS: 1. Cálculo da depreciação: Valor do veículo 60.000 dividido por 5 anos encontra-se o valor da depreciação anual de 12.000. Como o veículo foi adquirido em maio e a DOAR é encerrada em 30 de junho, calculamos a depreciação para os dois meses (maio e junho). Como a depreciação anual é de 12.000 o valor da depreciação para 2 meses é de 2.000. 2. Cálculo dos juros: 400 x 3 (meses de abril, maio e junho) = 1.200 Vejamos, agora, a parte da estrutura da DOAR que nos interessa para a resolução da questão: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 18 de 35 Origens de Recursos: Lucro Líquido do exercício R$ 4.300 (+) Despesas com Depreciação R$ 2.000 (+) Realização do capital social R$ 80.000 (+) Aumento do passivo não circulante R$ 70.000 (=) Total das origens de recursos R$ 156.300 Lembrando que, na prova, esse enunciado servia de base para outras questões de temas diversos. Gabarito: E 05. (ESAF – Contador - Prefeitura de Recife –2003-adaptada) Considerando a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos abaixo apresentada, o valor total das origens de recursos no período deve ser calculado em: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) do Exercício encerrado em 31/12/2002 Itens R$ Lucro líquido do exercício 55.000 Despesas de Depreciação e amortização 72.000 Despesa variação cambial de Passivo Não Circulante 12.000 Receita de variação cambial de realizável a longo prazo 4.000 Aumento do Passivo Não Circulante 50.000 Aumento do ativo realizável a longo prazo 15.000 Emissão de novas ações com ágio 40.000 Dividendos declarados 30.000 Aquisição de ações permanentes (investimentos) 20.000 Aquisição de ativo imobilizado 200.000 Compra de ações próprias para tesouraria 12.000 Total de origens Total de aplicações Variação do capital circ. Líquido AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 19 de 35 a) R$ 213.000 b) R$ 221.000 c) R$ 225.000 d) R$ 229.000 e) R$ 237.000 COMENTÁRIOS: Origens: Lucro líquido do exercício R$ 55.000 Despesas de Depreciação e amortização R$ 72.000 Despesa variação cambial de Passivo Não Circulante R$ 12.000 (-) Receita variação cambial de realizável a longo prazo R$ 4.000 Aumento do Passivo Não Circulante R$ 50.000 Emissão de novas ações com ágio R$ 40.000 Total das origens R$ 225.000 Gabarito: C 06. (FCC – Auditor TCM – Ceará – 2006) São dadas as seguintes informações, extraídas da contabilidade da Cia. Quero Mais (em R$): Despesas de depreciação do exercício 25.000 Lucro líquido do exercício 110.000 Resultado negativo da equivalência patrimonial 8.000 Aquisição à vista de bem do ativo imobilizado 72.000 Pagamento de dividendos não provisionados 36.000 Receita de dividendos de participações societárias 4.000 Aumento de capital com incorporação de reservas 20.000 Levando-se em conta apenas essas informações, o capital circulante líquido da companhia no exercício aumentou (em R$) (A) 27.000,00 (B) 31.000,00 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 20 de 35 (C) 35.000,00 (D) 39.000,00 (E) 47.000,00 COMENTÁRIOS: Origens: Lucro líquido do exercício 110.000 Despesas de depreciação do exercício 25.000 Resultado negativo da equivalência patrimonial 8.000 Total 143.000 Aplicações: Aquisição à vista de bem do ativo imobilizado 72.000 Pagamento de dividendos não provisionados 36.000 Total 108.000 Total das origens 143.000 Total das aplicações (108.000) Variação do CCL no exercício 35.000 As despesas de depreciação do exercício e o resultado negativo da equivalência patrimonial foram somados ao lucro líquido para serem eliminados dele, porque apesar de serem evidenciados na apuração do resultado, não afetam o capital circulante líquido. A receita de dividendos de participações societárias não deve ser eliminada do resultado, pois aumenta o ativo circulante. O aumento de capital com incorporação de reservas não afeta o capital circulante líquido. Gabarito: C CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 21 de 35 07. (ESAF – Auditor Fiscal – PI – 2001) Abaixo, temos informações constantes da escrituração de S/A Leão do Norte, relativas ao exercício encerrado em 31.12.2000: Lucro Líquido apurado no exercício R$ 4.250,00 Dividendos distribuídos no fim do ano R$ 1.250,00 Depreciações referentes ao exercício R$ 2.750,00 Compra de itens do ativo imobilizado R$ 3.750,00 Realização, em dinheiro, de parcela do capital subscrito R$ 750,00 Contratação de dívidas de longo prazo R$ 1.000,00 Aumento dos direitos de longo prazo R$ 500,00 Na demonstração das origens e aplicações de recursos elaborada em 31.12.2000, com base nesses dados, o capital circulante líquido que, no balanço anterior, era de R$ 5.000,00, passou a ser de a) R$ 8.250,00 b) R$ 6.750,00 c) R$ 5.500,00 d) R$ 3.250,00 e) R$ 2.250,00 COMENTÁRIOS: Origens Lucro líquido do exercício R$ 4.250,00 Depreciações R$ 2.750,00 Realização de Capital em dinheiro R$ 750,00 Contratação de dívidas de longo prazo R$ 1.000,00 Total das origens R$ 8.750,00 AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souzawww.pontodosconcursos.com.br página 22 de 35 Aplicações Dividendos distribuídos R$ 1.250,00 Compra de itens do ativo imobilizado R$ 3.750,00 Aumento de direitos de longo prazo R$ 500,00 Total das aplicações R$ 5.500,00 Total das origens R$ 8.750,00 Total das aplicações (R$ 5.500,00) Aumento do CCL no exercício R$ 3.250,00 Devido ao aumento no exercício de R$ 3.250,00, o capital circulante líquido, que no exercício anterior era de R$ 5.000,00, passou a ser de R$ 8.250,00 (R$ 5.000,00 + R$ 3.250,00). Gabarito: A 08. (FJG – Fiscal de Rendas – ISS – RJ 2002 - Adaptada) A Cia. Belvedere apresentava o seguinte balanço patrimonial (resumido) em 31/12/X0: Ativo Circulante 10.100 Realizável a Longo prazo 800 Imobilizado 4.200 15.100 Passivo Circulante 6.550 Não circulante 4.950 Patrimônio Líquido 3.600 15.100 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 23 de 35 Informações referentes às operações realizadas em X1: I. Parte das vendas de mercadorias, no montante de R$ 2.000, foi realizada para recebimento somente em X4. II.Nas despesas administrativas foram computadas R$ 755 de depreciação do imobilizado e R$ 2.100 referentes a encargos sobre financiamentos registrados no PNC. III. Foram feitas aquisições de imobilizados, pagando-se R$ 600,00 à vista. IV. Integralização de capital pelos acionistas, em dinheiro, de R$ 1.400. Não houve incorporação de reserva ao capital, e, do lucro líquido apurado no exercício, no valor de R$ 7.600, foram destinados R$ 1.950 para dividendos a serem distribuídos. Com as informações acima, o capital circulante líquido (CCL), indicado na DOAR, elaborada em 31/12/X1, foi de: a) R$ 12.805 b) R$ 10.855 c) R$ 8.600 d) R$ 6.600 COMENTÁRIOS: Origens Lucro líquido do exercício R$ 7.600,00 Depreciações R$ 755,00 (-) Aumento do ativo real. Longo prazo R$ 2.000,00 Encargos sobre financiamentos de LP R$ 2.100,00 Recursos gerados pelas operações R$ 8.455,00 Realização de Capital em dinheiro R$ 1.400,00 Total das origens R$ 9.855,00 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 24 de 35 Aplicações Dividendos a pagar R$ 1.950,00 Aquisição de imobilizado R$ 600,00 Total das aplicações R$ 2.550,00 Total das origens R$ 9.850,00 Total das aplicações (R$ 2.550,00) Variação do CCL em 2001 R$ 7.305,00 AC em 2000 R$ 10.100 PC em 2000 R$ 6.550 CCL em 2000 R$ 3.550 Variação do CCL em 2001 R$ 3.550 CCL ao fim de 2001 R$ 7.305 R$ 10.855 Gabarito: B 09. (ESAF – AFRF – adaptada) Aumentam o capital líquido: a) Os aumentos do ativo circulante e do passivo circulante. b) Os aumentos do passivo circulante e dos investimentos. c) A redução do passivo não circulante e o aumento do ativo realizável. d) O aumento do passivo não circulante e a redução do ativo não circulante. e) O aumento do ativo realizável a longo prazo e a contribuição para reserva de capital. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 25 de 35 COMENTÁRIOS: “A” – Quando houver variação apenas nos grupos circulantes, o CCL não será afetado. Um exemplo é compra a prazo de mercadorias para pagamento a curto prazo. Aumentam, simultaneamente, o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, sem afetar o CCL. “B” – Os aumentos do passivo circulante e dos investimentos diminuirão o CCL. “C” – A redução do passivo não circulante e o aumento do ativo realizável diminuirão o CCL. “D” Correta. “E” – O aumento do ativo realizável a longo prazo e a contribuição para reserva de capital diminuirão o CCL. Gabarito: D (CESPE – Analista Jud. – Contabilidade–STF–2008–Adaptada) Acerca da classificação dos itens patrimoniais, da sua movimentação e do reflexo desta no capital circulante líquido, julgue os itens seguintes. 10. O aumento do saldo do ativo intangível advindo de pagamento por aquisição de marca provocará redução no capital circulante líquido imediatamente. COMENTÁRIOS: O aumento do saldo do ativo intangível – aumento de um ativo não circulante - é uma aplicação. A contrapartida do lançamento dessa transação é um crédito na conta caixa, reduzindo o ativo circulante, consequentemente reduzirá o capital circulante líquido. Lançamento: D – Intangível C - Caixa Gabarito: Certo CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 26 de 35 11. O registro da provisão para desvalorização de estoques reduz tanto o capital circulante líquido como o resultado do exercício. COMENTÁRIOS: Na constituição da provisão para desvalorização de estoques (provisão para ajuste ao valor de mercado ou valor justo) temos o seguinte lançamento: D - Despesas com provisão para ajuste ao valor de mercado (valor justo) C - Provisão para ajuste ao valor de mercado (valor justo) A conta despesa com provisão para ajuste ao valor de mercado pertence ao grupo Despesas Operacionais e influirá negativamente no resultado no exercício. A conta provisão para ajuste ao valor de mercado é conta patrimonial e figurará no Balanço como conta redutora da conta Estoque de Mercadorias, reduzindo, consequentemente, o ativo circulante. Diante do exposto, podemos concluir que o registro dessa transação reduzirá tanto o capital circulante líquido quanto o resultado do exercício. Gabarito: Certo 12. O registro da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido e reduz o resultado do exercício. O pagamento das provisões já contabilizadas não afetará o capital circulante líquido. COMENTÁRIOS: Na constituição da provisão para contingências judiciais temos o seguinte lançamento: D - Despesas com provisão para contingências judiciais C - Provisão para contingências judiciais CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 27 de 35 A conta despesa com provisão para contingências judiciais pertence ao grupo Despesas Operacionais e influirá negativamente no resultado no exercício. A conta provisão para contingências judiciais é conta patrimonial e figurará no Balanço no grupo passivo circulante, aumentando, consequentemente, o passivo circulante. Diante do exposto, podemos concluir que o registro dessa transação reduzirá tanto o capital circulante líquido quanto o resultado do exercício. O enunciado afirma que essa transação aumentará o capital circulante líquido. Já a afirmação de que o pagamento das provisões já contabilizadas não afetará o capital circulante líquido é verdadeira, vejamos o lançamento. D – Provisão para contingências judiciais C - Caixa O registro desse lançamento reduzirá tanto o grupo ativo circulante (crédito na conta caixa), quanto o grupo passivo circulante (débito na conta provisão para contingências judiciais). Gabarito: Errado Ficamos por aqui e até o próximo encontro! Coloco-me à disposição para eventuais dúvidas e sugestões por meio do fórum ou pelo email: otavio@pontodosconcursos.com.br Um grande abraço a todos e bons estudos!!! Otávio Souza. CURSO ON-LINE– CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 28 de 35 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 01. (FGV – Contador Jr. – POTIGAS – 2006 - adaptada) De acordo com a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), analise as afirmativas a seguir: I. O aumento do capital social só é considerado Origem dos Sócios quando ocorre a integralização em dinheiro. II. A redução do Passivo Não Circulante é considerada Aplicação de Recursos. III. A distribuição de dividendos, mesmo que ainda não pagos, é considerada redução das Origens dos Sócios. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta (B) se somente a afirmativa II estiver correta (C) se somente a afirmativa III estiver correta (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas 02. (FGV – Fiscal de Rendas – SEFAZ – RJ – 2008) Avalie as afirmativas a seguir: I. A compra, à vista, de mercadorias (que se espera revender no curto prazo) acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como origens de terceiros. II. A compra de bens para o imobilizado, a prazo (para pagamento no curto prazo), acarreta redução do CCL e é evidenciada na DOAR como aplicação. III. A integralização do capital social em bens do imobilizado não acarreta alteração do CCL, mas é evidenciada na DOAR como aplicação e como origem dos sócios. IV. O pagamento antecipado de dívidas exigíveis a longo prazo acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como aplicação. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 29 de 35 (B) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 03. (FGV – Auditor – TCM – PA – 2008 – adaptada) Avalie as afirmativas a seguir: I. A compra, à vista, de mercadorias (que se espera revender no curto prazo) acarreta aumento do CCL e é evidenciada na DOAR como origens de terceiros. II. A compra de bens para o imobilizado, a prazo (para pagamento no longo prazo), não acarreta alteração no CCL; conseqüentemente, não é evidenciada na DOAR. III. A integralização do capital social em bens do imobilizado não acarreta alteração do CCL, mas é evidenciada na DOAR como aplicação e como origem dos sócios. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se somente a afirmativa II estiver correta. (E) se somente a afirmativa III estiver correta. 04. (FGV – Fiscal de Rendas – SERC – MS – 2006) A Cia. Comercial Complexa e Extensa apurou o seguinte Balanço Patrimonial em 01/01/2005: ATIVO $ PASSIVO + PL $ Ativo circulante Caixa 100.000,00 100.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social 100.000,00 100.000,00 Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreram as seguintes transações: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 30 de 35 • Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital Social da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: $ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; $ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na cidade de Corumbá; e $ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. • A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista. • A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo. • A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre). • No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos acordados (inclusive no mês de abril). • No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). • A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas administrativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despesas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 31 de 35 Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variável não apresentada neste enunciado. Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não foram pagos. De acordo com a Lei 6.404/76, determine o valor total das Origens de Recursos da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, apurada em 30/06/2005. (A) $ 70.000,00 (B) $ 80.000,00 (C) $ 91.075,00 (D) $ 154.300,00 (E) $ 156.300,00 05. (ESAF – Contador - Prefeitura de Recife –2003-adaptada) Considerando a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos abaixo apresentada, o valor total das origens de recursos no período deve ser calculado em: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) do Exercício encerrado em 31/12/2002 Itens R$ Lucro líquido do exercício 55.000 Despesas de Depreciação e amortização 72.000 Despesa variação cambial de Passivo Não Circulante 12.000 Receita de variação cambial de realizável a longo prazo 4.000 Aumento do Passivo Não Circulante 50.000 Aumento do ativo realizável a longo prazo 15.000 Emissão de novas ações com ágio 40.000 Dividendos declarados 30.000 Aquisição de ações permanentes (investimentos) 20.000 Aquisição de ativo imobilizado 200.000 Compra de ações próprias para tesouraria 12.000 Total de origens Total de aplicações Variação do capital circ. Líquido CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 32 de 35 a) R$ 213.000 b) R$ 221.000 c) R$ 225.000 d) R$ 229.000 e) R$ 237.000 06. (FCC – Auditor TCM – Ceará – 2006) São dadas as seguintes informações, extraídas da contabilidade da Cia. Quero Mais (em R$): Despesas de depreciação do exercício 25.000 Lucro líquido do exercício 110.000 Resultado negativo da equivalência patrimonial 8.000 Aquisição à vista de bem do ativo imobilizado 72.000 Pagamento de dividendos não provisionados 36.000 Receita de dividendos de participações societárias 4.000 Aumento de capital com incorporação de reservas20.000 Levando-se em conta apenas essas informações, o capital circulante líquido da companhia no exercício aumentou (em R$) (A) 27.000,00 (B) 31.000,00 (C) 35.000,00 (D) 39.000,00 (E) 47.000,00 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 33 de 35 07. (ESAF – Auditor Fiscal – PI – 2001) Abaixo, temos informações constantes da escrituração de S/A Leão do Norte, relativas ao exercício encerrado em 31.12.2000: Lucro Líquido apurado no exercício R$ 4.250,00 Dividendos distribuídos no fim do ano R$ 1.250,00 Depreciações referentes ao exercício R$ 2.750,00 Compra de itens do ativo imobilizado R$ 3.750,00 Realização, em dinheiro, de parcela do capital subscrito R$ 750,00 Contratação de dívidas de longo prazo R$ 1.000,00 Aumento dos direitos de longo prazo R$ 500,00 Na demonstração das origens e aplicações de recursos elaborada em 31.12.2000, com base nesses dados, o capital circulante líquido que, no balanço anterior, era de R$ 5.000,00, passou a ser de a) R$ 8.250,00 b) R$ 6.750,00 c) R$ 5.500,00 d) R$ 3.250,00 e) R$ 2.250,00 08. (FJG – Fiscal de Rendas – ISS – RJ 2002 - Adaptada) A Cia. Belvedere apresentava o seguinte balanço patrimonial (resumido) em 31/12/X0: Ativo Circulante 10.100 Realizável a Longo prazo 800 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 34 de 35 Imobilizado 4.200 15.100 Passivo Circulante 6.550 Não circulante 4.950 Patrimônio Líquido 3.600 15.100 Informações referentes às operações realizadas em X1: V. Parte das vendas de mercadorias, no montante de R$ 2.000, foi realizada para recebimento somente em X4. VI. Nas despesas administrativas foram computadas R$ 755 de depreciação do imobilizado e R$ 2.100 referentes a encargos sobre financiamentos registrados no PNC. VII. Foram feitas aquisições de imobilizados, pagando-se R$ 600,00 à vista. VIII. Integralização de capital pelos acionistas, em dinheiro, de R$ 1.400. Não houve incorporação de reserva ao capital, e, do lucro líquido apurado no exercício, no valor de R$ 7.600, foram destinados R$ 1.950 para dividendos a serem distribuídos. Com as informações acima, o capital circulante líquido (CCL), indicado na DOAR, elaborada em 31/12/X1, foi de: a) R$ 12.805 b) R$ 10.855 c) R$ 8.600 d) R$ 6.600 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL - ICMS - RJ PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 35 de 35 09. (ESAF – AFRF – adaptada) Aumentam o capital líquido: a) Os aumentos do ativo circulante e do passivo circulante. b) Os aumentos do passivo circulante e dos investimentos. c) A redução do passivo não circulante e o aumento do ativo realizável. d) O aumento do passivo não circulante e a redução do ativo não circulante. e) O aumento do ativo realizável a longo prazo e a contribuição para reserva de capital. (CESPE – Analista Jud. – Contabilidade–STF–2008–Adaptada) Acerca da classificação dos itens patrimoniais, da sua movimentação e do reflexo desta no capital circulante líquido, julgue os itens seguintes. 10. O aumento do saldo do ativo intangível advindo de pagamento por aquisição de marca provocará redução no capital circulante líquido imediatamente. 11. O registro da provisão para desvalorização de estoques reduz tanto o capital circulante líquido como o resultado do exercício. 12. O registro da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido e reduz o resultado do exercício. O pagamento das provisões já contabilizadas não afetará o capital circulante líquido. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 B C E E C C A B D Certo Certo Errado
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