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Aula 11 S€ ¦ínteses Fundamentais Direito Tributário para Concurso SEFAZ

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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1
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SÍNTESES FUNDAMENTAIS 
Prezados (as), 
Seguem as sínteses fundamentais restantes. 
A aula 11 ainda será postada hoje. 
Atenciosamente, 
Edvaldo Nilo. 
SÍNTESE FUNDAMENTAL DA AULA 4 
(I) Afirmar que a norma “Y” é válida significa dizer que a norma
está de acordo com o ordenamento jurídico, não só por ter obedecido
às condições formais para o seu ingresso, mas também as condições
materiais de sua produção. A vigência exige o critério da publicação
da norma e diz respeito à possibilidade da norma incidir, de produzir
efeitos jurídicos no plano abstrato. A eficácia jurídica é a capacidade
da norma de Direito produzir efeitos jurídicos no plano concreto. A
eficácia jurídica tem relação direta com a possibilidade da aplicação
da norma em determinada situação concreta. 
(II) A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-
se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral,
que são a Lei de Introdução ao Código Civil – LICC (Decreto-Lei nº 
4.567/1942) e Lei Complementar n° 95/1998, salvo dispositivo em
contrário disposto no próprio CTN. 
(III) A respeito da vigência no tempo, a LICC determina em seu
art. 1°, que, ressalvado norma dispositiva em contrário, a lei começa
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias (45) depois de
oficialmente publicada. Isto é, sendo omissa a lei, aplica-se
subsidiariamente o prazo de 45 dias de vacância previsto na LICC. 
(IV) O art. 103 do CTN estabelece regras específicas sobre a entrada
em vigor das normas complementares, afirmando que, salvo
disposição em contrário, entram em vigor: (i) os atos normativos
expedidos pelas autoridades administrativas, na data da sua
publicação; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa,
quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua
publicação; (iii) os convênios que entre si celebrem a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Município, na data neles prevista. 
 
 
 
 
 
 
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(V) No que se refere à vigência no espaço, as normas jurídicas
devem em regra obedecer ao princípio da territorialidade, dispondo
que a lei de cada ente federativo vigora nos limites de seu território.
Porém, excepcionalmente, a legislação tributária dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos
territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras
leis de normas gerais expedidas pela União, de acordo com o art. 102
do CTN. 
(VI) O art. 104 do CTN, I a III, estabelece que entram em vigor no
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o
patrimônio ou a renda: (i) que instituem ou majoram tais
impostos; (ii) que definem novas hipóteses de incidência; (iii) que
extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira
mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. 
(VII) Este dispositivo contraria o art. 150, III, “b” e “c”, da CF/88,
que não restringe a aplicação da anterioridade apenas aos
impostos sobre o patrimônio ou a renda (IR, ITR, IGF, ITCMD,
IPVA, ITBI e IPTU), e também a jurisprudência atual do STF que
entende como constitucional a inobservância da anterioridade na
extinção ou redução da isenção incondicionada. Contudo, o
concursando deve ficar atento a literalidade do art. 104 do CTN,
que está em vigor e não ainda foi declarado inconstitucional pelo STF. 
(VIII) Os impostos sobre o patrimônio e a renda incidem sobre a
propriedade de bens móveis, bens imóveis e sobre a renda. São eles:
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR), imposto
sobre propriedade territorial rural (ITR), imposto sobre grandes
fortunas (IGF), impostos sobre transmissão causa mortis e doação,
de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), imposto sobre propriedade de
veículos automotores (IPVA), impostos sobre transmissão inter vivos,
por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição
(ITBI) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
(IPTU). 
(IX) O art. 105 do CTN, disciplina que a legislação tributária aplica-se
imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim
entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início e não esteja
completa nos termos do artigo 116 do mesmo Código. 
(X) A lei tributária pode ter aplicação retroativa, denominando-se de
retroatividade benigna ou in bonam partem, podendo ser aplicada ato 
 
 
 
 
 
 
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ou fato pretérito nas seguintes hipóteses: (i) Em qualquer caso,
quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados; (ii) Tratando-se
de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo
como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na
lei vigente ao tempo da sua prática. 
(XI) O CTN estabelece que na ausência de disposição expressa, a
autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada: 1. analogia; 2. princípios
gerais de direito tributário; 3. princípios gerais de direito público; 
4. equidade. 
(XII) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa
da definição, do conteúdo e do alcance dos institutos, conceitos e
formas do direito tributário, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários, conforme art. 109 do CTN. 
(XIII) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado,
utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal,
pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias. 
(XIV) De acordo com o art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre: (i) suspensão ou exclusão
do crédito tributário; (ii) outorga de isenção; (iii) dispensa do
cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
(XV) A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades,
interpreta-se da maneira mais favorável (benigna ou in bonam
parte) ao acusado, em caso de dúvida quanto: (i) à capitulação legal
do fato; (ii) à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à
natureza ou extensão dos seus efeitos; (iii) à autoria,
imputabilidade, ou punibilidade; (iv) à natureza da penalidade
aplicável, ou à sua graduação. 
SÍNTESE FUNDAMENTAL DA AULA 5 
(I) O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta. 
 
 
 
 
 
 
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(II) As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua
extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele
atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação
tributária que lhe deu origem. 
(III) O crédito tributário regularmente constituído somente se
modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída,
nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei,
a sua efetivação ou as respectivas garantias. 
(IV) Compete privativamente à autoridade administrativa constituiro
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível. A atividade
administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional. 
(V) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada. Entretanto, aplica-se ao lançamento a
legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos
de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades
administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros. Aos impostos lançados por
períodos certos de tempo, aplica-se ao lançamento a lei vigente na
data em que o fato gerador se considera ocorrido. 
(VI) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só
pode ser alterado em virtude de: (i) impugnação do sujeito passivo; 
(ii) recurso de ofício; (iii) iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos para o lançamento de ofício. 
(VII) A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de
decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados
pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente
pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto
a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. 
(VIII) As modalidades de lançamento são três, a saber: lançamento
de ofício, direto, ex officio ou unilateral; lançamento por declaração
ou misto; lançamento por homologação ou “autolançamento”. 
 
 
 
 
 
 
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(IX) O lançamento por declaração ou misto é efetuado com base na
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na
forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. A
retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o
lançamento. Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu
exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que
competir a revisão daquela. 
(X) Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos
jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não
mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administrativa ou judicial. 
(XI) O lançamento denominado de ofício, direto, ex officio ou
unilateral é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa
nos seguintes casos: (i) quando a lei assim o determine; (ii) quando
a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na
forma da legislação tributária; (iii) quando a pessoa legalmente
obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso
anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação
tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; (iv) quando se
comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento
definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória; (v) quando se comprove omissão ou inexatidão, por
parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que
se refere o artigo seguinte; (vi) quando se comprove ação ou
omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que
dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; (vii) quando se
comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele,
agiu com dolo, fraude ou simulação; (viii) quando deva ser apreciado
fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento
anterior; (ix) quando se comprove que, no lançamento anterior,
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. 
 
 
 
 
 
 
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(XII) A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não
extinto o direito da Fazenda Pública. 
(XIII) O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa. O pagamento antecipado pelo obrigado
nos termos do lançamento por homologação extingue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. Não
influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando
à extinção total ou parcial do crédito. Todavia, os atos anteriores à
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando
à extinção total ou parcial do crédito serão considerados na apuração
do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de
penalidade, ou sua graduação. Se a lei não fixar prazo a
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência
de dolo, fraude ou simulação. 
SÍNTESE FUNDAMENTAL SOBRE SUSPENSÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO 
(I) São causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: 
(i) Moratória; (ii) Depósito do seu montante integral; (iii)
Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo; (iv) Concessão de medida liminar
em mandado de segurança; (v) Concessão de medida liminar ou de
tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (vi)
Parcelamento. 
(II) São causas de extinção do crédito tributário: (i) Pagamento; 
(ii) Compensação; (iii) Transação; (iv) Remissão; (v) Prescrição e
a Decadência; (vi) Conversão de depósito em renda; (vii)
Pagamento antecipado e a respectiva homologação do lançamento; 
(viii) A consignação em pagamento; (ix) A decisão administrativa
irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,
que não mais possa ser objeto de ação anulatória; (x) A decisão
judicial passada em julgado ou transitada em julgado; (xi) A dação
em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
 
 
 
 
 
 
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(III) São causas de exclusão do crédito tributário: (i) isenção; (ii)
anistia. 
(IV) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não dispensa
o cumprimento das obrigações tributárias acessórias. 
(V) A moratória (causa de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário) é a prorrogação do prazo legal para o pagamento do
tributo. A lei concessiva da moratória pode ser classificada como
moratória individual (subjetiva) ou moratória geral (objetiva). 
(VI) A moratória de caráter individual é efetivada por despacho da
autoridade administrativa competente, sendo necessária a solicitação
do potencialbeneficiado perante a autoridade fiscal. 
(VII) A moratória de caráter geral é reconhecida diretamente pela
lei, não dependendo de requerimento à autoridade administrativa
competente. Neste caso, distingue-se a em moratória autônoma e
moratória heterônoma. A moratória autônoma é aquela concedida
pela própria pessoa jurídica de direito público competente para
instituir o tributo. A moratória heterônoma é aquela concedida, em
caráter geral, pela União (lei federal), quanto a tributos de
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de
competência federal e às obrigações de direito privado. 
(VIII) A lei concessiva de moratória pode circunscrever
expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território
da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada
classe ou categoria de sujeitos passivos. 
(IX) A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua
concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros
requisitos: (i) o prazo de duração da moratória; (ii) as condições da
concessão do favor em caráter individual; (iii) sendo caso: a) os
tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus
vencimentos, dentro do prazo legal do favor, podendo atribuir a
fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada
caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem
ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter
individual. 
(X) Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente
abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do
despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado
àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. A 
 
 
 
 
 
 
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moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do
sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele 
(XI) A concessão da moratória em caráter individual não gera
direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure
que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições
ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão
do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: (a)
com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou
simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; (b)
sem imposição de penalidade, nos demais casos. Nos casos da letra 
(a) em que deve ocorrer imposição da penalidade (dolo,
simulação ou fraude), o tempo decorrido entre a concessão da
moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição
do direito à cobrança do crédito; nos demais casos, a revogação só
pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. 
(XII) O depósito do montante do tributo (causa de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário) deve ser integral e em dinheiro,
não podendo ser feito de forma parcial ou por prestação de fiança
bancária ou em títulos da dívida pública. 
(XIII) O parcelamento (causa de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário) será concedido na forma e condição estabelecidas
em lei específica. Salvo disposição de lei em contrário, o
parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros
e multas. Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória. 
SÍNTESE FUNDAMENTAL SOBRE EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
(I) São causas de extinção do crédito tributário: (i) Pagamento; 
(ii) Compensação; (iii) Transação; (iv) Remissão; (v) Prescrição e
a Decadência; (vi) Conversão de depósito em renda; (vii)
Pagamento antecipado e a respectiva homologação do lançamento; 
(viii) A consignação em pagamento; (ix) A decisão administrativa
irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,
que não mais possa ser objeto de ação anulatória; (x) A decisão
judicial passada em julgado ou transitada em julgado; (xi) A dação
em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
(II) O pagamento do tributo significa o cumprimento voluntário da
obrigação tributária, sendo a modalidade mais comum de extinção do
crédito tributário. Assim, a imposição de penalidade não ilide o 
 
 
 
 
 
 
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pagamento integral do crédito tributário. Com efeito, o pagamento de
um crédito tributário não importa em presunção de pagamento,
quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando 
total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. 
(III) O pagamento dos tributos é efetuado, em regra, em moeda
corrente, cheque ou vale postal, mas, também, nos casos previstos
em lei, os tributos podem ser pagos em estampilha, em papel selado
ou por processo mecânico. A legislação tributária pode determinar as
garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal,
desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento
em moeda corrente. O crédito pago por cheque somente se considera
extinto com o resgate deste pelo sacado. 
(IV) Assim, quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o
pagamento do tributo é efetuado na repartição competente do
domicílio do sujeito passivo, sendo que a legislação tributária pode
conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições
que estabeleça. 
(V) O crédito tributário não integralmente pago no vencimento é
obrigatoriamente acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo
determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades
cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas
no CTN ou em lei tributária. Salvo disposição de lei em contrário, os
juros de mora serão calculados à taxa de um por cento ao mês. Os
juros de mora não se aplicam na pendência de consulta formulada
pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. 
(VI) A imputação do pagamento ocorre quando existe
simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo
sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito
público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes
de penalidade pecuniária ou juros de mora. Neste caso, a autoridade
administrativa competente para receber o pagamento do tributo
determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras,
na ordem em que enumeradas: (i) em primeiro lugar, aos
débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária; (ii) primeiramente, às
contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; 
(iii) na ordem crescente dos prazos de prescrição; (iv) na
ordem decrescente dos montantes 
(VII) O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio
protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a
modalidade do seu pagamento, nos seguintes casos: (i) cobrança ou 
 
 
 
 
 
 
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pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; (ii)
erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; (iii)
reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
(VIII) No que concerne ao direito de pleitear esta restituição, este
direito se extingue com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos,
contados: (a) - Nas hipóteses (i) e (ii) 1, da data da extinção do
crédito tributário; Na hipótese (iii) 2, o prazo deve ser contado da
data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar
em julgadoa decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória. 
(IX). No que diz respeito à restituição de tributos que comportem,
por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro
somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo,
ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la. Deste modo, o contribuinte
de direito apenas tem direito a restituição do tributo desde que
obedeça a uma das seguintes regras: (a) comprove que não
transferiu o encargo financeiro ao contribuinte de fato, o que, na
prática, não consegue ser feito ou é muito difícil; (b) esteja
expressamente autorizado pelo terceiro que suportou o encargo
(“contribuinte de fato”) a receber a restituição. 
(X) A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias,
salvo as referentes a infrações de caráter formal não
prejudicadas pela causa da restituição. Nesse rumo, a restituição
do tributo vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em
julgado da decisão definitiva que a determinar. 
(XI) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão
administrativa que denegar a restituição. O prazo de prescrição é
interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso,
por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao
representante judicial da Fazenda Pública interessada. 
1 (i) Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido; (ii) Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer
documento relativo ao pagamento”. 
2 Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
 
 
 
 
 
 
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(XII) A compensação é modalidade de extinção do crédito
tributário, podendo a lei, nas condições e sob as garantias que
estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade
administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito
passivo contra a Fazenda Pública. Ressalta-se que sendo o crédito do
sujeito passivo vincendo (ainda não ocorreu o vencimento), a lei
determinará obrigatoriamente a apuração do seu montante, não
podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente
ao abatimento de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 
(XIII) É vedada (proibida) a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo
sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva
decisão judicial. 
(XIV) A transação, modalidade de extinção do crédito tributário, é
uma negociação por meio de concessões recíprocas, que deve por fim
a um litígio, sendo sempre estipulada por lei. Sendo assim, a lei pode
facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo
da obrigação tributária celebrar transação que, mediante
concessões mútuas, importe em terminação de litígio e
conseqüente extinção de crédito tributário, sendo que a lei
determinará a autoridade competente para autorizar a transação em
cada caso. 
(XV) A remissão, modalidade de extinção do crédito tributário, é o
perdão da dívida pelo credor, dependendo sempre de lei específica.
Com efeito, a lei pode autorizar a autoridade administrativa a
conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou
parcial do crédito tributário, atendendo: (i) à situação econômica
do sujeito passivo; (ii) ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito
passivo, quanto a matéria de fato; (iii) à diminuta importância do
crédito tributário; (iv) a considerações de eqüidade, em relação
com as características pessoais ou materiais do caso; (v) a
condições peculiares a determinada região do território da entidade
tributante. Por outro lado, o despacho fundamentado da autoridade
administrativa que concede remissão não gera direito adquirido. 
(XVI) A consignação em pagamento permite que o sujeito passivo
exerça seu direito de pagar o tributo. Portanto, a importância de
crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito
passivo, nos seguintes casos: (i) de recusa de recebimento, ou
subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade,
ou ao cumprimento de obrigação acessória; (ii) de subordinação do 
 
 
 
 
 
 
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recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem
fundamento legal; (iii) de exigência, por mais de uma pessoa
jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato
gerador. 
(XVII) A consignação em pagamento só pode versar sobre o crédito
que o consignante se propõe pagar. Julgada procedente a
consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância
consignada é convertida em renda, extinguindo o crédito tributário;
julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o
crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades
cabíveis. 
(XVIII) O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
(prazo decadencial) extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: (i)
do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado; (ii) da data em que se tornar definitiva a
decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado. 
(XIX) O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
(prazo decadencial) extingue-se definitivamente com o decurso do
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo,
de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 
(XX) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
(XXI) A prescrição se interrompe: (i) pelo despacho do juiz que
ordenar a citação em execução fiscal; (ii) pelo protesto judicial; (iii)
por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (iv) por
qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor. 
(XXII) O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa. Se a lei não fixar prazo a
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se
tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência
de dolo, fraude ou simulação. 
 
 
 
 
 
 
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(XXIII) A isenção e anistia são causas de exclusão do crédito
tributário. 
(XXIV) Exclusão do crédito tributário quer dizer impedir a sua
constituição. Como a constituição do crédito tributário ocorre com o
lançamento, afirma-se que as hipóteses de isenção e de anistia são
causas inibitórias do lançamento tributário, impedindo a sua
existência. 
(XXV) As causas de suspensão ou de exclusão do crédito tributário
devem ser interpretadas de forma literal. A isenção ou a anistia do
crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias (também denominada de deveres instrumentais ou
formais) dependentes da obrigação principalcujo crédito seja
excluído, ou dela conseqüente. 
(XXVI) A isenção, ainda quando prevista em contrato, deve ser
estabelecida em lei, que deve especificar as condições e
requisitos exigidos para sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo o caso, o prazo de duração. 
(XXVII) Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é
extensiva: (i) às taxas e às contribuições de melhoria; (ii) aos
tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
(XXVIII) A isenção pode ser restrita a determinada região do
território da entidade tributante, em função de condições a ela
peculiares. 
(XXIX) As isenções podem revogadas a qualquer tempo, salvo as
isenções condicionais (onerosas) e por prazo certo. Assim, conforme
o entendimento sumulado 544 do STF: “Isenção tributária concedida
sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”. Com base
nesta súmula do STF, a jurisprudência predominante adota o seguinte
posicionamento: (i) A isenção pode ser revogada; (ii) Caso seja
revogada e se trate se isenção incondicional, não há que se observar
a regra da anterioridade, conforme entendimento do STF,
estabelecendo que “revogada a isenção, o tributo torna-se
imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o
princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente.”; (iii)
Caso seja isenção por prazo certo e condicional, não há que se falar
em revogação, porque se trata de isenção irrevogável, havendo
direito adquirido. 
 
 
 
 
 
 
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(XXX) A isenção, quando não concedida em caráter geral, é
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa,
em requerimento com o qual o interessado faça prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos
previstos em lei ou contrato para concessão. O despacho autorizativo
da autoridade administrativa não gera direito adquirido, aplicando-
se, quando cabível, o disposto no artigo 155, que se refere à
moratória. 
(XXXI) A anistia abrange exclusivamente as infrações
cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não
se aplicando: (i) aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam
praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo
ou por terceiro em benefício daquele; (ii) salvo disposição em
contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais
pessoas naturais ou jurídicas. 
(XXXII) A anistia pode ser geral ou limitada, sendo, neste último
caso, concernente: (a) às infrações da legislação relativa a
determinado tributo; (b) às infrações punidas com penalidades
pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com
penalidades de outra natureza; (c) a determinada região do território
da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; (d)
sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei
concessiva do favor ou pela autoridade administrativa. 
(XXXIII) A anistia, quando não concedida em caráter geral, é
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa,
em requerimento com a qual o interessado faça prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos
previstos em lei para sua concessão. E este despacho concessivo da
anistia não gera direito adquirido aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155, que diz respeito ao instituo da moratória. 
 
AULA 6 – SÍNTESE FUNDAMENTAL 
I) As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão
de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio (art. 37, inc. XXII). 
 
 
 
 
 
 
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(II) Nesse rumo, o art. 199 do CTN, concretiza esta regra
constitucional, estabelecendo que a Fazenda Pública da União e as
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou
específico, por lei ou convênio. Porém, apenas a União, na forma
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar
informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação
e da fiscalização de tributos. 
(III) É competência privativa do Senado Federal para avaliar
periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em
sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das
administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal
e dos Municípios (art. 52, XV). 
(IV) A legislação tributária, observando o disposto no CTN, regulará,
em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do
tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação (art. 194
do CTN). 
(V) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação
quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou
da obrigação destes de exibi-los. 
(VI) As autoridades administrativas federais poderão requisitar o
auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção (art. 200). 
(VII) A autoridade administrativa que proceder ou presidir a
quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários
para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão
daquelas (CTN, art. 196). 
(VIII) Os termos do procedimento de fiscalização tributária serão
lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos;
quando lavrados em separado deles se entregará cópia autenticada à
pessoa sujeita à fiscalização, de acordo com o parágrafo único do art.
196 do CTN. 
 
 
 
 
 
 
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(IX) O início do procedimento fiscal delineia os contornos jurídicos de
dois importantes institutos do direito tributário, que são a exclusão da
possibilidade da denúncia espontânea e a antecipação do início do
prazo decadencial. O parágrafo único do art. 138 do CTN, dispõe que
não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração. E o parágrafo único do art. 173 do
mesmo Código estabelece que o direito de constituir o crédito
tributário extingue-se definitivamente com o decurso do prazo de
cinco anos, contados da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo,
de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 
(X) Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os
comprovantes dos lançamentos neles efetuados deverão ser
conservados pelo sujeito passivo da relação tributária até que ocorra
a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a
que se refiram. 
(XI) Mediante intimação escrita e sem necessidade de autorização
judicial, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as
informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou
atividades de terceiros: (i) os tabeliães, escrivães e demais
serventuários de ofício; (ii) os bancos, casasbancárias, Caixas
Econômicas e demais instituições financeiras; (iii) as empresas de
administração de bens; (iv) os corretores, leiloeiros e despachantes
oficiais; (v) os inventariantes; (vi) os síndicos, comissários e
liquidatários; (vii) quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei
designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade
ou profissão. 
(XII) A obrigação de prestar informações não abrange informações
quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente
obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão. 
(XIII) Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada
(proibida) a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus
servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação
econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a
natureza e o estado de seus negócios ou atividades (CTN, art. 198). 
(XIV) Existe ressalva dessa proibição, permitindo a divulgação nas
hipóteses de permuta de informações entre os entes federativos, e
nos casos de: (i) Requisição de autoridade judiciária no interesse da 
 
 
 
 
 
 
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justiça (art. 198, §1°, I, do CTN); (ii) Solicitações de autoridade
administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja
comprovada a instauração regular de processo administrativo, no
órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o
sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração
administrativa (art. 198, §1°, II, do CTN); (iii) Requisição de
comissão parlamentar de inquérito (CPI), obedecendo-se aos
princípios da colegialidade e da motivação, que são, respectivamente,
a aprovação pela maioria absoluta dos membros da comissão e a
fundamentação do pedido (art. 58, §3°, da CF/88); (iv) Requisição
do Ministério Público da União (MPU), desde que concernente a fatos
e pessoas determinadas (art. 8°, §2°, da LC 75/1993). 
(XV) O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da
Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à
autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência
e assegure a preservação do sigilo. 
(XVI) É permitida, sem qualquer tipo de exceção, a divulgação de
informações relativas a: (i) representações fiscais para fins penais; 
(ii) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (iii) parcelamento
ou moratória do crédito tributário. 
(XVII) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito
dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para
pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo
regular. É importante salientar que a fluência de juros de mora
não exclui a liquidez do crédito tributário. 
(XVIII) Portanto, de início, existe a hipótese de incidência ou o fato
gerador in abstrato. Depois, ocorre o fato imponível ou o fato gerador
in concreto. Daí surge à obrigação tributária, que, com o lançamento
tributário, transforma-se em crédito tributário. A seguir, caso o
crédito tributário não esteja suspenso ou extinto e, após o prazo para
pagamento do tributo, deve ocorrer a inscrição em dívida ativa pelas
respectivas procuradorias judiciais, extraindo-se a Certidão de Dívida
Ativa (CDA) e se promove a ação de execução fiscal. Assim, a relação
jurídico-tributária conforme o CTN é a seguinte: Hipótese de
Incidência + Fato Gerador in concreto = Obrigação Tributária <
Lançamento < Crédito Tributário (não suspenso ou extinto) e prazo
pra pagamento do tributo < Inscrição em Dívida Ativa < Certidão de
Dívida Ativa < Execução Fiscal. 
 
 
 
 
 
 
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(XIX) O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela
autoridade competente, deverá indicar obrigatoriamente: (a) o nome
do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre
que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; (b) a
quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; 
(c) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a
disposição da lei em que seja fundado; (d) a data em que foi
inscrita; (e) sendo caso, o número do processo administrativo de
que se originar o crédito. A Certidão de Dívida Ativa (CDA) conterá os
mesmos elementos do termo de inscrição e será autenticada pela
autoridade competente, devendo conter, além dos requisitos o termo
de inscrição da dívida, a indicação do livro e da folha da
inscrição. 
(XX) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo
anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a
nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira
instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao
sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que
somente poderá versar sobre a parte modificada. 
(XXI) Com efeito, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no
art. 202, ou o erro a eles atinente, gera a nulidade da inscrição e
do processo de cobrança dela decorrente. Todavia, a certidão
poderá ser substituída até a decisão de 1° instância (significa
decisão do juiz de primeiro grau e não dos Tribunais), sanando
eventuais erros ou omissões, dando novo prazo para a defesa do
sujeito passivo quanto à parte modificada. 
(XXII) A dívida regularmente inscrita goza da presunção de
certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
Sendo assim, a presunção de certeza e liquidez é relativa (juris
tantum) e pode ser refutada (“ilidida”) por prova inequívoca, a
cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. 
(XXIII) A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado
tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à
vista de requerimento do interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal
e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o
pedido. 
(XXIV) A certidão negativa será sempre expedida nos termos
em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10
(dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. 
 
 
 
 
 
 
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(XXV) Os mesmos efeitos jurídicos da certidão negativa verificam-se
na certidão de que conste a existência de créditos não vencidos,
em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Assim, são três
os casos de certidão positiva com efeitos de negativa
estabelecidos pelo CTN: (a) a existência de créditos não
vencidos (b) a existência de créditos em curso de cobrança
executiva em que tenha sido efetivada a penhora (c) a
existência de créditos cuja exigibilidade esteja suspensa (art.
151 do CTN). 
(XXVI) São causas de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário: (a) Moratória; (b) Depósito do seu montante integral; 
(c) Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo; (d) Concessão de medida liminar
em mandado de segurança; (e) Concessão de medida liminar ou de
tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (f)
Parcelamento. 
(XXVII) Independentemente de disposição legal permissiva,
será dispensada a prova de quitação de tributos (certidão
negativa), ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de
ato indispensável para evitar a caducidade de direito.
Entretanto, respondem todos os participantes no ato de dispensa
pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade
seja pessoal aoinfrator. 
(XXVIII) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que
contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza
pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito
tributário e juros de mora acrescidos, sendo que não se exclui a
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. 
AULA 7 – SÍNTESE FUNDAMENTAL 
(I) A “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas
a eles pertinentes. 
(II) São fontes primárias do direito tributário todas as normas que
têm o seu fundamento de validade retirado diretamente ou
imediatamente da CF/88, a saber: (i) lei constitucional; (ii) leis
complementares; (iii) leis ordinárias; (iv) leis delegadas; (v) 
 
 
 
 
 
 
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medidas provisórias; (vi) tratados e convenções internacionais
ratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional; (vii)
resoluções do Senado Federal; (viii) convênios do ICMS (CONFAZ). 
(III) São fontes secundárias do direito tributário todas as normas
que têm o seu fundamento de validade retirado indiretamente ou
mediatamente da CF/88, e diretamente das fontes primárias, a
saber: (i) decretos regulamentares e (ii) normas complementares
disciplinadas no art. 100 do CTN. 
(IV) O fato gerador in concreto é a fonte real do direito tributário. 
(V) As fontes formais são as normas jurídicas que compõem o
ramo do direito tributário, também divididas em principais e
acessórias ou complementares. 
(VI) As fontes formais principais são as normas legais tributárias
(+) mais o decreto regulamentar, ou seja, Constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias,
tratados e convenções internacionais ratificados por decretos
legislativos do Congresso Nacional, resoluções do Senado Federal,
convênios do ICMS (CONFAZ) e decretos regulamentares. 
(VII) As fontes formais acessórias são as normas
complementares estabelecidas no art. 100 do CTN, a saber: (i) os
atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (ii) as
decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (iii) as práticas
reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; (iv) os
convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, que não se confundem como os convênios
do ICMS regulados pelo CONFAZ. 
(VIII) As fontes não-formais são a doutrina e a jurisprudência. 
(IX) Os temas de direito tributário em que o texto constitucional
expressamente afirma que devem ser estabelecidos por meio de lei
complementar são os seguintes: 
FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR TRIBUTÁRIA 
(i) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 
146, I); 
(ii) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (art.
146, II); 
(iii) estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
 
 
 
 
 
 
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tributária, especialmente sobre: (a) definição de tributos e de suas
espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes; (b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários; (c) adequado tratamento tributário ao ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (d) definição de
tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para
as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das 
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição
a que se refere o art. 239 (art. 146, III);
(iv) tratar da definição de tratamento diferenciado e favorecido para
as microempresas e para as empresas de pequeno porte, também
poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observado que: (a) será opcional para o contribuinte; (b)
poderão ser estabelecidas condições de enquadramento
diferenciadas por Estado; (c) o recolhimento será unificado e 
centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos
respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção
ou condicionamento; (d) a arrecadação, a fiscalização e a cobrança
poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro
nacional único de contribuintes (art. 146, parágrafo único); 
(v) poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o
objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da
competência de a União, por lei ordinária, estabelecer normas de
igual objetivo (Art. 146-A); 
(vi) poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento
público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o princípio da anterioridade (Art. 148); 
(vii) a União poderá instituir impostos e contribuições residuais,
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou
base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (Art.
154, I c/c art. 195, §4°); 
(viii) No ITCMD, o Estado ou o Distrito Federal terá competência
para sua instituição regulada por lei complementar: (a) se o doador
tiver domicilio ou residência no exterior; (b) se o de cujus possuía
bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior (art. 155, §1°, III). 
(ix) Em relação ao ICMS, cabe à lei complementar: (a) definir seus
contribuintes; (b) dispor sobre substituição tributária; (c) disciplinar
o regime de compensação do imposto; (d) fixar, para efeito de sua
cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das
operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de 
 
 
 
 
 
 
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serviços; (e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para
o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no 
inciso X, “a” (atualmente com a EC 42/03 todas as operações que
destinem mercadorias para o exterior e serviços prestados a
destinatários no exterior são imunes ao ICMS); (f) prever casos de
manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e
exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; (g) regular 
a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados; (h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais
o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade,
hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b (i) fixar a
base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,
também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço 
(art. 155, XII); 
(x) Compete aos Municípios instituir impostos sobre serviços de
qualquer natureza (ISSQN ou simplesmente ISS), não
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (Art. 
156, III); 
(xi) Em relação ao ISS, cabe à lei complementar: I - fixar as suas
alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência
exportações de serviços para o exterior. III - regular a forma e as
condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados (art. 156, §3°). 
(xii) É vedada a concessão de remissão ou anistia para débitos em
montante superior ao fixado em lei complementar das contribuiçõessociais: (a) do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada na forma da lei, incidentes sobre (a) a folha de salários e
demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício (contribuição patronal); e (b) do trabalhador e dos 
demais segurados da previdência social (art. 195, §11°). 
(X) Só se exige lei complementar para as matérias cuja disciplina a
CF/88 expressamente faz tal exigência. Nesse rumo, existe invalidade
da legislação ordinária, quando dispõe sobre temas que o texto
constitucional reservou explicitamente à lei complementar. 
(XI) Não existe hierarquia entre lei complementar e as outras
espécies de leis ordinárias presentes no processo legislativo, mas
quando o tema é constitucionalmente predeterminado e exige
quorum de maioria absoluta (mais da metade dos membros da casa
legislativa) se entende que só a lei complementar pode disciplinar a
matéria. 
 
 
 
 
 
 
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(XII) Se o tema disciplinado por lei complementar não seja daquele
para que o texto constitucional expressamente exija lei
complementar, verificamos que a norma aprovada é considerada
como lei materialmente ordinária. Isto é, a norma formalmente
aprovada como lei complementar pode ser revogada por lei ordinária,
uma vez que não é materialmente complementar. Por exemplo, a LC
70/91 é uma lei materialmente ordinária, uma vez que os dispositivos
referentes a COFINS não tratam de matéria reservada por texto
expresso da CF/88 à lei complementar. 
(XIII) A lei ordinária tem o papel primordial de instituir tributos,
salvo nos casos de lei complementar, que são o imposto sobre
grandes fortunas (IGF), empréstimos compulsórios, impostos
residuais da União e contribuições sociais novas ou residuais.
Assim, na interpretação do art. 97 do CTN conforme o texto
constitucional, apenas lei pode estabelecer: (i) a instituição de
tributos, ou a sua extinção; (ii) a majoração de tributos, ou sua
redução, ressalvado o disposto no texto constitucional; (iii) a
definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do
seu sujeito passivo; (iv) a fixação da base de cálculo do tributo e de
sua alíquota, ressalvado o disposto no texto constitucional; (v) a
cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; (vi) as
hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários,
ou de dispensa ou redução de penalidades, ressalvado o disposto no
texto constitucional. 
(XIV) Em relação às normas gerais de direito tributário, devemos
dizer que o texto constitucional há de ser interpretado como
meramente exemplificativo e não taxativa ou numerus clausus
(sistema fechado e exaustivo). Deste modo, é permitido ao legislador
estabelecer outras normas gerais em matéria de legislação
tributária, além das previstas na Carta Magna, que são as
seguintes: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b)
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas
sociedades cooperativas: este dispositivo não cria imunidade
tributária paras as cooperativas; d) definição de tratamento
diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas
de pequeno porte. 
(XV) A Lei 5.172 de 1966, votada como lei ordinária, com base no
art. 5°, XV, alínea b, da Constituição de 1946, que, posteriormente,
passou a chamar-se Código Tributário Nacional (CTN), com 
 
 
 
 
 
 
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fundamento no art. 7°, do Ato Complementar n° 36 de 1967, foi
recepcionada com status de lei complementar, pelo art. 18, § 1°, da
Constituição de 1967/69, sendo válida juridicamente como lei
complementar no que não se contrapor ao texto constitucional de
1988. 
(XVI) No que diz respeito a observância das normas gerais de direito
tributário, o STF entende que as contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou
econômicas deverão observar à lei complementar que dispõe
sobre normas gerais de direito tributário (Código Tributário
Nacional), mas isto não quer dizer que deverão ser instituídas por
lei complementar, isto é, a lei ordinária pode criar tais espécies
tributárias. 
(XVII) A medida provisória e a lei delegada podem tratar de
direito tributário, segundo o entendimento doutrinário predominante,
salvo nos casos que a CF/88 exige lei complementar de direito
tributário, em razão das proibições estabelecidas nos arts. 60, §1°,
III, e 68, §1°, da CF/88. 
(XVIII) No que diz respeito à medida provisória, este é ato
normativo editado apenas pelo Chefe do Poder Executivo, em
hipóteses de urgência e relevância, com força de lei ordinária. No
direito tributário, devemos ter o conhecimento do art. 62, §2°, da
CF/88, dispondo que medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele
em que foi editada, exceto nos casos imposto de importação (II),
imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados
(IPI), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e o imposto
extraordinário de guerra disposto no inciso II do art. 154 da CF/88.
Ressalvas as exceções do §1° do art. 150, da CF/88, a medida
provisória (MP) também deve atender a anterioridade nonagesimal ou
noventena, contada da publicação da medida provisória se esta
for convertida em lei sem alterações substanciais realizadas pelo
Poder Legislativo. Ao contrário, se a medida provisória for
significativamente modificada, a noventena é contada da data da
conversão da MP em lei. 
(XIX) A lei delega, é ato normativo emanado do Poder Executivo,
em face de uma delegação explícita do Poder Legislativo, com força
de lei ordinária. 
 
 
 
 
 
 
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(XX) Os tratados ou convenções internacionais são atos
normativos de competência privativa do Presidente da República,
sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII). Assim,
segundo o art. 49, I, da CF/88, é da competência exclusiva do
Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos
ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional. 
(XXI) No que se refere à integração do tratado internacional no
ordenamento jurídico interno, no caso do Brasil, necessário se faz
que haja decreto legislativo emanado do Congresso Nacional
para que adquira força de lei. Nos termos do art. 98, do CTN, os
tratados e as convenções internacionais revogam ou
modificam a legislação tributária interna, e serão observados
pela que lhes sobrevenha. A interpretação literal desta norma é
que a legislação tributária interna brasileira não pode modificar ou
revogar norma tributária estabelecida em tratado internacional, em
que o Brasil é parte. 
(XXII) Conforme compreensão do STF, em regra, os tratados de
direito internacional introduzidos no direito interno situam-se nos
mesmos planos de validade, eficácia e autoridade em que se
posicionam as leis ordinárias, havendo entre estas e aqueles mera
relação de paridade normativa (ADI-MC 1480/DF, RHC 79785/RJ, CR-
AgR 8279/AT, Ext 662/PU), salvo quando tratar de tema envolvendo
direitos humanos. A esse propósito, destaca-se o disposto no
Informativo 470 do STF: “Reiterou-se, ainda, o que afirmado no
mencionado RE 466343/SPno sentido de que os tratados
internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil possuem
status normativo supralegal, o que torna inaplicável a legislação
infraconstitucional com eles conflitantes, seja ela anterior ou
posterior ao ato de ratificação e que, desde a ratificação, pelo Brasil,
sem qualquer reserva, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos (art. 11) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos 
- Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há mais base
legal para a prisão civil do depositário infiel”. 
(XXIII) A jurisprudência do STJ distingue os tratados normativos
(tratados-leis) em que se aplica integralmente o art. 98 do CTN e os
tratados contratuais (tratados-contratos ou tratados-convencionais)
em que não se aplica o art. 98 do CTN. Conforme o art. 98 do CTN,
os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes
sobrevenha. Contudo, segundo entendimento do STJ, este dispositivo
se aplica aos tratados-leis, mas não aos tratados-contratuais. 
 
 
 
 
 
 
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(XXIV) “Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais” (§3°, do art. 5°, da CF/88). 
(XXV) O Senado Federal é uma Casa Legislativa que representa os
Estados e o Distrito Federal. Então, as resoluções senatoriais
tratam de impostos estaduais e distritais (na esfera de competência
estadual), ou seja, imposto sobre transmissão causa mortis e doação
(ITCMD), imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e imposto
sobre propriedade de veículos automotores (IPVA). 
(XXVI) Os temas em que o texto constitucional estabelece como de
competência de Resolução do Senado Federal são: (i) O ITCMD terá
suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal (art. 155,
§1°, IV); (ii) No ICMS, resolução do Senado Federal, de iniciativa
do Presidente da República ou de um terço (1/3) dos
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação (art. 155, §2°, IV); (iii) No ICMS, é
facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer alíquotas mínimas
nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um
terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; (b)
fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver
conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante
resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois
terços de seus membros (art. 155, §2°, V); (iv) O IPVA terá
alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §6°, I). 
RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL 
(i) O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado
Federal (art. 155, §1°, IV);
(ii) No ICMS, resolução do Senado Federal, de iniciativa do
Presidente da República ou de um terço (1/3) dos Senadores, 
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá
as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação (art. 155, §2°, IV); 
(iii) No ICMS, é facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer 
alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus
membros; (b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações
para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados,
mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada 
 
 
 
 
 
 
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por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, V); 
(iv) O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal
(art. 155, §6°, I). 
(XXVII) Cabe à lei complementar regular a forma como, mediante
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados em relação ao ICMS
(CF, art. 155, §2°, XII, “g”). A referida lei complementar é a de n°
24/75, ainda vigente no País, dispondo logo no seu art. 1° que as
isenções do ICMS serão concedidas ou revogadas nos termos de
convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo
Distrito Federal, segundo esta Lei. O estabelecido neste art. 1°
também se aplica: (i) à redução da base de cálculo; (ii) à devolução
total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo,
ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; (iii) à concessão de
créditos presumidos; (iv) à quaisquer outros incentivos ou favores
fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no ICMS, dos quais
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
(v) às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. 
(XXVIII) No direito tributário, os decretos têm o seu conteúdo e
alcance restringido aos das leis em função das quais sejam
expedidos, determinados com observância das regras de
interpretação estabelecidas nesta Lei (CTN, art. 99). Segundo a
jurisprudência do STF, ressaltamos que a definição de vencimento
das obrigações tributárias (data para pagamento) e a instituição
de obrigações tributárias acessórias não estão no campo
reservado à lei, podendo ser alvo de Decreto do Poder Executivo. 
(XXIX) São normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos: (i) os atos normativos
expedidos pelas autoridades administrativas. Por exemplo, instruções
normativas (IN), ordens de serviço, circulares, pareceres normativos,
portarias ministeriais, resoluções do Ministro da Fazenda, dentre
outros; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa. Por
exemplo, as decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 
– CARF, que é ligado ao Ministério da Fazenda; (iii) as práticas
reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas
(costume); (iv) os convênios que entre si celebrem a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Aqui se trata dos
convênios de colaboração ou de cooperação firmados para o
aprimoramento da arrecadação e fiscalização tributária. 
(XXX) A observância das normas complementares não exclui a
cobrança dos tributos, mas somente a imposição de penalidades, a 
 
 
 
 
 
 
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cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da
base de cálculo do tributo. 
(XXXI) A restituição de pagamento indevido ou a maior por parte do
sujeito passivo (contribuinte e responsável tributário), que não é
modalidade de extinção do crédito tributário, mas faz parte do estudo
do pagamento do tributo. Portanto, no âmbito do direito tributário,
entende-se que o pagamento de tributo indevido é o realizado em
desconformidade com as normas tributárias, ou seja, é por conclusão
lógica o tributo pago sem que exista norma que conceda validade ao
respectivo pagamento. Assim, na hipótese de ser pago tributo
indevido ou a maior, o contribuinte tem direito a restituição do tributo
(repetição de indébito), em conformidade com os arts. 165 a 169 do
CTN. 
(XXXII) Com efeito, o sujeito passivo da relação tributária tem
direito, independentemente de prévio protesto, à restituição
total ou parcial do tributo, seja qual for à modalidade do seu
pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162 (regula a
hipótese de pagamento em estampilha), nos seguintes casos: (i)
Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que
o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou
circunstânciasmateriais do fato gerador efetivamente ocorrido; (ii)
Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; (iii)
Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
(XXXIII) No que concerne ao direito de pleitear esta restituição,
este direito se extingue com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos,
contados: (1) - Nas hipóteses (i) e (ii) 3, da data da extinção do
crédito tributário; (2) - Na hipótese (iii) 4, o prazo de cinco anos
deve ser contado da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha
reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. 
(XXXIV) Assim, no caso (1), para que se possa ocorrer a restituição
do valor pago indevidamente, deve-se obedecer ao prazo legal de
cinco anos, a contar da extinção do crédito tributário. Por exemplo,
nos tributos lançados de forma direta ou lançados por declaração, se 
3 (i) Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido
em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais
do fato gerador efetivamente ocorrido; (ii) Erro na edificação do sujeito passivo, na
determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na
elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento”. 
4 Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 
 
 
 
 
 
 
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pago o tributo a maior em 05 de janeiro de 2000, deve o contribuinte
repetir o valor até 05 de janeiro de 2005, quando se dará o fim do
lustro (cinco anos). 
(XXXV) No lançamento por homologação, o STJ entendia que a
contagem dos cinco anos só se iniciava a partir da homologação
tácita ou expressa do lançamento, totalizando um total de 10 anos a
contar do pagamento antecipado. Todavia, o art. 3°, da LC n.
118/2005, estabeleceu que a extinção do crédito tributário no
lançamento por homologação ocorre no momento do pagamento
antecipado. Assim, atualmente, no lançamento por homologação, o
prazo é de cinco anos a contar do pagamento antecipado para que o
contribuinte possa realizar a restituição do valor do tributo pago
indevidamente. 
(XXXVI) A esse propósito, para dirimir qualquer espécie de dúvida
sobre a contagem do prazo para restituição do pagamento indevido
no lançamento por homologação e a retroatividade do art. 3° da LC 
n. 118/2005, verifica-se a atual jurisprudência do STJ: “A Corte
Especial desta Casa de Justiça já assentou o entendimento de que: a)
o art. 3º da LC 118/05 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo
sobre situações que venham a ocorrer a partir de sua vigência; b) o
art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, que determina a aplicação
retroativa do art. 3º, ofende o princípio constitucional da autonomia e
independência dos Poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito
adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, 
XXXVI). In casu, a ação foi ajuizada em 11/04/2003, anteriormente,
portanto, à vigência da Lei Complementar 118/2005.
Conseqüentemente, o prazo prescricional para a
repetição/compensação dos tributos sujeitos a lançamento por
homologação começa a fluir decorridos 5 (cinco) anos da ocorrência
do fato gerador, acrescidos de mais um quinquênio computado do
termo final do prazo atribuído ao Fisco para realizar a homologação”. 
(XXXVII) No que diz respeito à restituição de “tributos que
comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo
financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o
referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro,
estar por este expressamente autorizado a recebê-la” (art. 166,
do CTN). Este dispositivo trata exatamente dos tributos indiretos.
O tributo indireto é aquele em que contribuinte eleito pela lei
(contribuinte de direito ou de jure) repassa o ônus financeiro do
tributo para terceiro (contribuinte de fato ou de facto). Chama-se
repercussão do ônus financeiro esta transferência do encargo
tributário do contribuinte de direito para o contribuinte de fato. É o
que acontece no IPI e no ICMS, pois ocorre a transferência do ônus 
 
 
 
 
 
 
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tributário para o adquirente final do bem (contribuinte de fato). De
fato, quem realmente paga os tributos indiretos é o consumidor final
do produto ou da mercadoria. 
(XXXVIII) Deste modo, o contribuinte de direito apenas tem
direito a restituição do tributo desde que obedeça a uma das
seguintes regras: (a) comprove que não transferiu o encargo
financeiro ao contribuinte de fato, o que, na prática, não consegue
ser feito ou é muito difícil; (b) esteja expressamente autorizado pelo
terceiro que suportou o encargo (“contribuinte de fato”) a receber a
restituição. O contribuinte de fato não tem direito a restituição em
qualquer hipótese. 
(XXXIX) 3.5 Por outro lado, deve-se destacar que a restituição total
ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção,
dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as
referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela
causa da restituição (art. 167 do CTN). Nesse rumo, a restituição
do tributo vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em
julgado da decisão definitiva que a determinar (art. 167, parágrafo
único). 
(XL) Com efeito, em relação a estes encargos tributários, cabe fazer
uma distinção entre a correção monetária (mera atualização do
valor do tributo), que deve ser computada em razão do pagamento
indevido a partir deste próprio pagamento, e os juros, que podem
ser das seguintes espécies: (i) juros moratórios, que são juros
devidos em relação da demora do Fisco de satisfazer a obrigação de
restituir o tributo pago ilegalmente, sendo computados a partir do
trânsito em julgado da decisão definitiva que determinar devolução
do tributo (art. 167, parágrafo único); (ii) juros compensatórios
ou indenizatórios, que são os juros devidos em razão de
indenização ao contribuinte, uma vez que o Fisco reteve importâncias
alheias indevidas arrecadadas a título de tributos ou penalidades
pecuniárias, sendo computados a partir da data do pagamento
indevido. 
(XLI) O STJ já publicou duas súmulas sobre o assunto, a saber: 188.
“Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são
devidos a partir do trânsito em julgado da sentença”. 162. “Na
repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a
partir do pagamento indevido”. 
(XLII) Deve-se ainda fazer menção ao art. 169 do CTN, dispondo
que prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão
administrativa que denegar a restituição. Esta ação, na verdade, é de 
 
 
 
 
 
 
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repetição do indébito, uma vez que se o pedido houver sido negado
na órbita administrativa, poderá o contribuinte se socorrer no Poder
Judiciário, provocando-o por meio da ação de repetição de
indébito. O parágrafo único do art. 169 estabelece que este prazo de
“prescrição é interrompido pelo início da ação judicial,
recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da
intimação validamente feita ao representante judicial da
Fazenda Pública interessada”. 
AULA 8 – SÍNTESE FUNDAMENTAL 
(I) A competência tributária é o poder conferido à União, aos
Estados-membros, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir
tributos por meio do processo legislativo discriminado nas normas
constitucionais. 
(II) O texto constitucional não institui os tributos, mas sim outorga a
competência tributária para os entes federativos criarem os tributos e
descreve de que forma

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